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Notícias(Janeiro/2006)

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Chavez critica FMI e alto déficit dos EUA
Ao invés de meter o bedelho em todo o mundo, Bush e o FMI deveriam cuidar das contas internas da gringolandia.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, criticou nesta segunda-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI) por ignorar o "monstruoso" déficit dos Estados Unidos e só se atrever a intervir quando se trata de países pobres ou em desenvolvimento.

"O monstruoso déficit dos EUA está pondo em risco o equilíbrio do sistema econômico mundial e o FMI não diz nada. O FMI só intervem em países pobres do terceiro mundo", disse Chávez.
Enviada por Almir Américo, às 11:29 31/01/2006, de São Paulo, SP


Ex-chefão da Scania LA desrespeita a inteligência
Nos quase 50 anos de Brasil, a Scania conseguiu em 2005 uma façanha inédita: embarcou para algumas dezenas de países 7.019 caminhões, bem mais que os 5.225 colocados no próprio País.

No entanto, a subsidiária brasileira não repetirá em 2006 a performance de exportações do ano anterior.

O ex-chefão da Scania LA,Hans-Christer Holgersson teve a coragem de afirmar que "o real ficou mais forte e isso tira a competitividade do País. Hoje, o custo de produzir aqui ou na Suécia é o mesmo".

Holgersson entregou para Michel de Lambert a chefia da Scania Latin America, que engloba o Brasil e assumiu o comando mundial da área de vendas e serviços da Scania, na Suécia.

Esse senhor, no mínimo, desconsidera a inteligência dos brasileiros.

Seria o caso perguntar quanto ganha o Trabalhador na Suécia e no Brasil. E não venham dizer que a carga tributária lá é menor, muito menos que o câmbio é mais favorável.

O mundo empresarial vive de mentiras, fala-se o que se quer, ninguém mostra números, estatísticas, etc.

O que adianta ter a internet, que espalha e democratiza a informação, se o que se divulga é mentiras?
Enviada por Almir Américo, às 11:20 31/01/2006, de São Paulo, SP


Desemprego cai em SP, segundo DIEESE
A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo recuou de 16,4% em novembro e atingiu 15,8% da PEA (População Economicamente Ativa) em dezembro, segundo a Fundação Seade-Dieese. Trata-se da menor taxa de desemprego para este mês desde 1996, quando alcançou 14,2%.

É, e ainda tem muita gente que acha que tudo é igual... Na época de FHC as notícias só falavam em aumento do desemprego.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:06 31/01/2006, de Curitiba, PR


Até Delfim Netto vê diferença entre Lula e FHC!!!
Virou moda na imprensa, no PSDB e em alguns grupos ditos de esquerda, dizer que a política econômica do governo Lula é exatamente igual a de FHC e, portanto, néo-liberal e coisa e tal.

Os companheiros mais experientes, para não dizer mais velhos, jamais imaginariam lá nos anos 70 ou 80 que o então mais poderoso ministro civil da didatura militar fosse um dia escrever em uma coluna de um jornal de economia e negócios um artigo demostrando que a economia melhorou durante o governo de Lula exatamente porque a política econômica deste governo é diferente daquela praticada pelo seu antecessor!!!

Delfim afirma no artigo:
"Felizmente, graças à expansão das exportações e à política fiscal responsável, abre-se nova possibilidade de acelerar o crescimento, uma vez que as armadilhas interna e externa construídas na octaetéride fernandista estão sendo desmontadas. A herança mais pesada foi uma dívida de 56% do PIB muito mal financiada e que até hoje produz uma curva de juros teratológica, que dificulta a política monetária."

É, Delfim Netto toca na ferida que muita gente não quer nem ver, ou seja, as coisas estão lentas, mas não se desarma uma bomba ao volante de um carro de fórmula 1. Bombas se desarmam com muita paciência e habilidades cirúrgicas.

As diferenças na economia brasileira entre 2002 e 2005 podem ser notadas no quadro abaixo:
Economia em US$ bilhões
2002
2005
Governo
FHC
LULA
Crescimento do PIB
1,95%
2,5%
Inflação
12,5%
5,7%
Exportações
60,4
118,3
Saldo Transações Correntes/PIB
-1,7%
+1,9%
Saldo Comercial
13,2
44,5
Dívida Externa
194,4
126,5
Reservas Líquidas
16,3
54,9
Dívida Pública Externa/PIB
20,4%
7,0%
Dívida Externa Privada
100,3
71,2
Dívida Externa/Exportações
3,5
1,5
Amortizações+Juros/Exportações
83%
53%
Dívida Líquida/PIB
55,5%
51,4%
Superávit Primário/PIB
3,9%
5,0%
Carga Tributária/PIB
34,9%
37,3%
Dívida com FMI
20,8
ZERO

Delfim conclui que medidas por essas importantes características não há a menor dúvida que a economia brasileira melhorou significativamente nos últimos três anos. A exceção corre por conta da carga tributária bruta. Ele afirma textualmente que é muito difícil, portanto, sustentar a tese de que "a política econômica de Lula é a mesma que de FHC, mas executada com menor competência".

Mas Delfim dá uma cutucada no governante petista e desafia o movimento sindical:
A grande desilusão do Brasil com Lula foi não ter forçado uma reforma profunda da legislação trabalhista que estimularia o emprego reduzindo o custo da mão-de-obra."
Enviada por Sérgio Bertoni, às 09:50 31/01/2006, de Curitiba, PR


Peão paga a conta e ainda sobra grana no bolso
Realmente no Brasil só pobre mesmo consegue estes milagres: paga as contas em dia e ainda consegue fazer caixa de 11 bilhões!!!

É isso mesmo. O governo Lula, do peão de São Bernardo, conseguiu fazer economia suficiente para pagar juros e ficar R$ 11 bi acima da meta em 2005.

O governo passou da meta e fez um superávit primário R$ 10,755 bilhões acima do previsto para o ano passado.

Mesmo abrindo os cofres no final de 2005, a economia de receitas realizada pelo país para o pagamento de juros da dívida (superávit primário) em 2005 atingiu o recorde de R$ 93,505 bilhões ou 4,84% do PIB (Produto Interno Bruto). A meta era de 4,25% do PIB (R$ 82,75 bilhões).

Na relação percentual com o PIB, o resultado é o maior desde 1994, quando a economia foi de 5,21% do PIB. Em 2004, o superávit havia sido de R$ 81,112 bilhões ou 4,59% do PIB.

O pagamento de juros e a dívida pública aumentaram. No ano passado, foram gastos R$ 157,145 bilhões (8,13% do PIB) no pagamento de juros.

Imagina o que dá para fazer se uma pequena parte desta grana for investida em infraestrutura, educação e saúde???

Certamente, ninguém seguraria este país...
Enviada por Arturo Alves, às 15:42 30/01/2006, de Porto Alegre, RS


Arcelor rejeita proposta da Mittal Steel
O conselho administrativo da Arcelor, segunda maior siderúrgica do mundo, rejeitou por unanimidade, após reunião em Luxemburgo, a oferta hostil de compra, por US$ 22,5 bilhões, feita pela indiana Mittal Steel, líder do setor.

Lacônico, o conselho recomendou aos acionistas que não vendam suas ações: "Arcelor e Mittal não compartilham estratégia, modelo de negócios e valores".

O plano da Mittal mexeu com os mercados na sexta-feira, pois poderia criar uma siderúrgica gigantesca, seis vezes maior que a brasileira Gerdau, por exemplo.

O negócio marcaria a entrada da Mittal no Brasil e na Argentina, assumindo CST, Belgo, Acesita e Acindar.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 10:36 30/01/2006, de Curitiba, PR


O mercado resolve tudo??? NÃÃÃÃOOOOOO!!!!
A tarifa paga pela indústria às concessionárias pelo uso de suas linhas para o transporte de energia, uma espécie de pedágio, subiu 549% nos últimos seis anos, já descontada a inflação do período. Esse aumento explosivo está levando grandes consumidores das áreas de mineração e alumínio a suspender investimentos e a rever estratégias.

Esta é uma clara demonstração de que quando tudo é privatizado os preços para o consumidor final aumentam. De que adianta o Estado produzir energia elétrica barata se a mesma para chegar ao consumidor passa pelas "mãos" de atravessadores privados???
Enviada por Arturo Alves, às 09:09 30/01/2006, de Porto Alegre, RS


Povão leva mais grana para casa!!!
A desigualdade social brasileira entrou num declínio sistemático e vigoroso.

O declínio da desigualdade veio junto com uma redução da pobreza. É um fato inédito no Brasil, sem paralelo no mundo de hoje.

Uma família de quatro pessoas que em 2001 vivia com até R$ 209 mensais (em dinheiro de hoje) viveu em 2004 com R$ 239. Teve um aumento real de 14% na sua renda. Este é o piso do andar de baixo, onde estão 18 milhões de brasileiros, os tais ?10% mais pobres?.

O índice de Gini, sinalizador internacional de desigualdades sociais, caiu 5% entre 2003 e 2004, coisa jamais vista no Brasil e que significa uma desigualdade menos gritante.

Isto tudo aconteceu numa época em que o mundo passa por um surto de aumento na desigualdade social e econômica.

Em países apresentados pela direita brasileira como exemplo de crescimento econômico (China, Índia, México e Rússia, por exemplo) as desigualdades social e econômica só aumentaram.

A mudança da situação social brasileira deriva principalmente de dois fatores: o aumento dos postos de trabalho para os mais pobres (ou o aumento dos postos com salários muito baixos) e o efeito dos benefícios dos programas de transferência de renda, ou atrelados ao salário-mínimo.

O sacrossanto salário-mínimo cresce sistematicamente em valores reais nos últimos anos e aumentará outra vez em abril de 2006!!!
Enviada por Almir Américo, às 17:47 29/01/2006, de São Paulo, SP


Empresário que apoia tucano tem casa roubada
Antônio Ermírio de Moraes, do Grupo Votorantim, que há poucas semanas defendeu a candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República em 2006 teve sua casa assaltada na manhã de sábado.

O imóvel fica no bairro do Morumbi, bairro nobre da zona oeste de São Paulo, onde também está a sede do Governo paulista.

Os bandidos fugiram com um carro do empresário, dinheiro (cerca de R$ 3.000), jóias, perfumes e telefones celulares dos motoristas.

Ermírio apóia a candidatura de alguém que não consegue nem mesmo garantir a segurança no bairro onde está instalada a sede do governo. Evidentemente o faz não pela demonstrada "competência" tucana, mas ideologicamente. Afinal, os tucanos são da burguesia.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 09:49 29/01/2006, de Curitiba, PR


FHC envergonha Brasil nos EUA
Ex-presidente lança livro de memórias nos EUA e faz chacota do país que, infelizmente, o elegeu duas vezes

Sem fatos ou idéias novas e rascantes, o livro "The Accidental President of Brazil - A Memoir" ("Presidente do Brasil por Acaso - Memória") que FHC lança nos EUA em março , é uma autobiografia, livro cheio de estereótipos de como a classe média e a elite brasileira vêem o país onde nasceram e, mais importante, enriqueceram às custas do suor do Trabalhadores.

A primeira bizarrice é que FHC dá uma demonstração clara de quanto gosta de nosso país. Primeiro lançou o livro na metrópole para depois, quem sabe, lançar suas mémórias na colônia, ao povo que o elegeu. Tudo é muito evidente: os gringos estão na frente, muito na frente, na lista de prioridades do senhor FHC e de seu PSDB.

O "Presidente por Acaso", que na verdade foi um "Acidente na Presidência", começa com a narrativa das origens "almofadinhas" do ex-presidente.

Já a avó de FHC nutria desprezo pelo Brasil e seus rincões. Filha da burguesia comercial carioca e freqüentadora da corte dos Bragança horroriza-se na visita que faz ao rústico Goiás governado pelo bisavô Cardoso.

Para agradar seus chefes gringos, assim como fez durante os oito anos que esteve no governo, FHC com seu típico esnobismo pinta os políticos brasileiros com um colorido bananeiro, esquecendo-se que ele mesmo é um desses políticos que sempre adorou fazer macaquices para agradar a corte da metrópole em detrimento dos interesses da colônia.

Apesar de sua arrogância FHC acaba revelando em seu livro que nem mesmo gavetas sabia fechar ao contar como a rainha da Inglaterra lhe ensinou a fechar as gavetas de roupas dos aposentos de hóspedes do Palácio de Buckinghan...

O leitor gringo que tiver contato com esta "obra-prima" do nojo nacional certamente achará que o Brasil é um país de idiotas por ter sido governado por alguém como FHC.

Será que o ex-presidente brasileiro está querendo salvar Bush perante a opinião pública norte-americana????
Enviada por Sérgio Bertoni, às 09:35 29/01/2006, de Curitiba, PR


Pobreza cresce em SP enquanto se reduz no BR
Seria por mera coincidência que o número de pobres aumenta exatamente na região governada pelos tucanos?

No país como um todo, a proporção de pobres caiu de 35,6% em 2003 para 33,2%, principalmente por causa do crescimento do emprego, da valorização do salário mínimo e da expansão das bolsas pagas pelo governo, como as do programa Bolsa-Família.

Estudos de estudo da economista Sônia Rocha, do Iets (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade), com base na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que na região metropolitana de SP 214 mil pessoas migraram para a pobreza.

Em apenas um ano o contingente de pobres em SP subiu para 7,506 milhões de pessoas, que vivem com menos de R$ 250,79 por mês na cidade que tem um dos maiores custo de vida do país.

Outro dado mostra o quão eficientes são os tucanos em seus programas de geração de pobreza: dos pobres instalados nas dez grandes metrópoles do país, 35,8% estavam em São Paulo em 2004, sendo que em 2003 esse percentual era de 34,5%.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 09:06 29/01/2006, de Curitiba, PR


Mittal Steel faz oferta bilionária pela Arcelor
A Mittal Steel, a maior siderúrgica do mundo, lançou hoje uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) de 18,6 bilhões de euros sobre sua concorrente européia Arcelor.

O presidente e diretor executivo da Mittal Stell, Lakshmi Mittal, disse que confia que os acionistas da Arcelor saberão reconhecer os benefícios da oferta e a possibilidade de um "futuro brilhante".

Em entrevista coletiva realizada em Londres, Lakshmi Mittal deu detalhes da OPA e disse que confia que os acionistas da Arcelor saberão reconhecer os benefícios da oferta e a possibilidade de um "futuro brilhante".

A Mittal Steel, com sede em Roterdã, na Holanda, fez uma oferta agressiva ao oferecer quatro ações próprias e 35,25 euros em espécie por cada cinco títulos da Arcelor. A Mittal avalia as ações da Arcelor em 28,21 euros, portanto, sua oferta representa um acréscimo de 27% sobre o preço de fechamento dos títulos do grupo europeu ontem na Bolsa de Paris e de 31% sobre a cotação média do último mês.

Concluída a aquisição a Mittal Steel será uma empresa com receitas de 38,6 bilhões de libras (55,970 bilhões de euros), 320 mil funcionários, fábricas e escritórios em mais de 25 países com clientes em 120 países ao redor do mundo.

Esta super-siderúrgica multinacional poderá exercer forte pressão sobre seus Trabalhadores e Governos dos países onde atua, constituíndo-se em um verdadeiro perigo sócio-econômico ao planeta.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 22:02 27/01/2006, de Curitiba, PR


Serra veta lei que beneficia o povo de SP
O povo de São Paulo, dois dias depois do aniversário da cidade, acaba de receber um presentão do prefeito paulistano José Serra (PSDB). Ele vetou, na íntegra, o Projeto de Lei Municipal 201/2005, que instituia o Regime de Promoção à Adimplência e previa descontos de até 20% para os contribuintes bons pagadores do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).

A informação foi fornecida pelo autor do projeto, vereador José Police Neto, o Netinho, que é do partido do prefeito (PSDB).

A Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Finanças emitiu uma nota justificando as razões do veto.

Aprovado pela Câmara Municipal no último mês de dezembro, o projeto beneficiava os bons pagadores do IPTU, com descontos que chegariam, depois de alguns anos, a até 20% do valor do imposto. Atualmente, o nível de adimplência do imposto é de 85%.

Como PSDB no governo é sempre assim, o Estado diminui de tamanho, mas os impostos só aumentam. E se for para reduzir imposto cobrado do povão, então não tem conversa, cobram mais e mais, sem dó.

Lembre-se de tudo isso quando estiver respondendo às pesquisas de opinião pública ou votando em 01 de outubro deste ano.
Enviada por Sergio Bertoni, às 21:51 27/01/2006, de Curitiba, PR


A incrível burrice dos brancos
Terra indígena protege mais que parque

Segundo um estudo publicado na edição de fevereiro do periódico "Conservation Biology", as terras indígenas são tão boas -ou melhores- que parques nacionais para conter a destruição da selva amazônica.

É a primeira vez que se mede, de fato, um efeito que já era conhecido. Basta olhar fotos de satélite ou mesmo sobrevoar áreas em torno do Parque Indígena do Xingu em Mato Grosso, por exemplo, para ver que a devastação é muito menor dentro do que fora dele.

Havia, no entanto, uma convicção difundida entre algumas correntes ambientalistas, geralmente lideradas por brancos, de que parques eram melhores que reservas indígenas para proteger a biodiversidade.

A nova pesquisa prova que não é bem assim. Para quantificar o efeito inibidor do desmatamento de um dos quatro tipos mais importantes de reserva do país (parque, terra indígena, reserva extrativista ou floresta nacional), pesquisadores de sete instituições brasileiras e americanas compararam o desmatamento e a ocorrência de queimadas dos dois lados da linha demarcatória de cada área. O método foi escolhido para diminuir o peso daquelas reservas que, por ficarem muito longe da fronteira agrícola, só estão preservadas por falta de pressão (atividades econômicas, como agricultura e extração de madeira).

Há cerca de 1 milhão de km2 de terras indígenas (TIs) no Brasil, a maior parte na Amazônia. É muita terra: 1/5 da floresta e metade de tudo que existe como área protegida. Foram consideradas no estudo 121 TIs (40% do total de sua área na Amazônia), no caso do desmatamento, e 87 TIs (35% da área total), no das queimadas.

Entraram na comparação 15 parques, 10 Resex (reservas extrativistas) e 18 Flonas (florestas nacionais), na primeira amostra, e 11 parques, 4 Resex e 12 Flonas, na segunda.

No quesito inibição de queimadas, as Terras Indígenas são imbatíveis: o coeficiente de pontos de fogo identificados por satélite foi quase duas vezes mais positivo no caso das reservas indígenas do que na zona equivalente em unidades de conservação. Os índios não queimam áreas onde vivem para não colocar em risco sua própria existência.

Depois de usar muita tecnologia e gastar muita grana com pesquisa os brancos descobrem aquilo que os índios nos dizem há mais de 500 anos: "O progresso de branco é destrutivo e naturalmente insustentável".

Se quiser conter a sanha devastadora de pecuaristas, madeireiros e sojicultores, todos brancos ou não-índios, parece que o melhor que o Governo Federal tem a fazer é dar mais terra para os índios, porque sabem protegê-la.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 17:06 27/01/2006, de Curitiba, PR


BrTelecom quer demitir 6,7 mil Trabalhadores
A Brasil Telecom - BrT, quer demitir 10% de sua mão-de-obra, cerca de 6.700 Trabalhadores, visando reduzir custos e ajustar o peso da folha salarial sobre a receita líquida de 6% para 4%, como o praticado pela Telemar.

Parte das demissões deverão ocorrer já em fevereiro de 2006.

Segundo analistas de mercado este corte de pessoal resultará em melhoria de apenas 0,5 % na margem de lucro operacional (antes do pagamentos de juros, impostos, depreciação e amortizações).

O impacto sobre a economia da empresa será pequeno demais para "justificar" uma atrocidade dessas contra 6700 famílias brasileiras e os reflexos disso para a economia nacional.

A Brasil Telecom S.A. é controlada pela Brasil Telecom Participações S.A. A holding, por sua vez, é controlada pela Solpart Participações S.A., que detém 53,6% do capital votante e 20,2% do capital total.

Os acionistas da Solpart são:

Timepart Participações S.A.
com 20,9% do capital total da Solpart, formada por fundos de investimentos;

Telecom Italia International N.V.
com 31,6%;

Techold Participações S.A.
com 47,5%, formada por fundos de pensão brasileiros (Sistel, Telos, Funcef, Petros e Previ) e Opportunity Zain.

A BrT é atualmente administrada pelo Citicorp e os Fundos de Pensão supra citados exceto o Opportunity zain.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 12:45 27/01/2006, de Curitiba, PR


OpenOffice.org.br agora é BrOffice.org
Projeto OpenOffice.org no Brasil é formalizado com a ONG BrOffice.org

Na quarta-feira, dia 25/01/2006, foi anunciado oficialmente o lançamento da ONG BrOffice.org que organizará as atividades da comunidade OpenOffice.org no Brasil. O anúncio foi acompanhado por diversas modificações na estrutura do projeto, além da formalização através da ONG, o portal do projeto e a configuração do servidor foram totalmente remodelados.

Criado em 2002, o projeto OpenOffice.org.br participou ativamente na tradução e desenvolvimento do projeto para o Português do Brasil e atuou como incentivador da adoção deste software em empresas, comunidades, entidades governamentais e instituições em geral.

"O trabalho desenvolvido pelos voluntários do OpenOffice.org.br foi fundamental para chegarmos até aqui. Agora, está na hora de darmos o próximo passo, de forma que possamos ter um crescimento orientado. Esta é nossa meta com a ONG." afirmou Claudio Ferreira Filho, coordenador do projeto OpenOffice.org.br e presidente da ONG BrOffice.org.

Apesar da mudança de nome, os coordenadores lembram que o BrOffice.org não é um fork do projeto OpenOffice.org, mas a garantia de sua continuação no Brasil com todos os instrumentos jurídicos de proteção à marca BrOffice.org.

A missão da ONG alinha-se com as atividades da comunidade já em curso e inclui apoiar e desenvolver ações para fomentar a comunidade brasileira do OpenOffice.org e seus projetos relacionados. Entre os objetivos da ONG BrOffice.org incluem-se a difusão do Software Livre e de Código Aberto, a sustentação do projeto BrOffice.org e a promoção do voluntariado.

Além disso, a criação da ONG BrOffice.org permitirá ao projeto relacionar-se com outras figuras jurídicas na forma da lei, seja através de contribuições financeiras, de equipamentos ou recursos em geral ou, ainda, através de projetos contratados junto a ONG, desde que alinhados com a missão e objetivos definidos em seu estatuto.

Junto com as mudanças organizacionais, diversas mudanças estruturais foram feitas no projeto. A reorganização do servidor permitirá aos colaboradores melhorar os fluxos de trabalho no desenvolvimento de conteúdo exclusivo voltado para o público brasileiro.

Os usuários também terão uma nova alternativa de acesso ao portal. Além do já conhecido www.openoffice.org.br , os domínios www.broffice.org.br e www.broffice.org também apontarão para o novo site do projeto.

Publicado em www.openoffice.org.br
Enviada por Sérgio Bertoni, às 10:21 27/01/2006, de Curitiba, PR


Falta Ética na Comissão de ética
O Conselho de ética da Câmara dos Deputados aprovou ontem relatórios recomendando as cassações dos deputados Professor Luizinho (PT-SP) e Roberto Brant (PFL-MG).

Seria esta uma demonstração de ética e seriedade da Comissão? A análise das votações na Comissão não nos permite conclusão positiva...

Luzinho, do PT, é acusado de receber, através de um acessor, R$ 20.000,00 do tal Valerioduto. A Comissão de ética da Câmara não teve dúvidas e aprovou a indicação de cassação do deputado por 9 votos a 5.

Brant, do PFL, é acusado de sacar R$ 102.000,00 das contas do chamado Valerioduto ainda na época do Governo FHC. Brant foi ministro da Previdência no governo de Fernando Henrique Cardoso. O dinheiro foi sacado por Nestor Francisco de Oliveira, coordenador de campanha de Brant e ex-presidente da Companhia de Processamento de Dados de Minas Gerais e Brant confirmou ser o beneficiário da retirada.

Pois bem, mesmo Brant confirmando um saque 5 vezes maior que o de Luzinho, isso não foi suficiente para convencer os "éticos" deputados da Comissão de ética, que acabaram empatando a votação em 7 a 7 e só o voto de minerva do presidente da Comissão desempatou a peleja em favor da indicação de cassação, livrando a cara do conselho de um vexame maior.

Não se trata de defender aqui a impunidade, mas demonstrar o quão ideológica e anti-ética é a direita nacional. Fica evidente que as investigações feitas pelas CPIs, infelizmente, não são sérias e muito menos estão preocupadas em descobrir a verdade. O que a direita faz é usar uma investigação que poderia passar o Brasil a limpo, para se promover, condenar sumariamente a todos os políticos de esquerda, defender irrestritamente os de direita e se livrar da pecha da corrupção que praticou durante mais de 500 anos de poder.

Não é preciso dizer que os meios de comunicação cobrem este fato com a tradicional parcialidade de sempre. Quando falam de Luizinho diz que ele é do PT, quanto recebeu, enfim, ficha completa. Quando se referem a Brant se esquecem dos motivos da acusação, que ele foi ministro de FHC e outras coisinhas sem importância, não é mesmo? Como a indicação a cassação de Brant significa também indicação de existência do Valeridouto no Governo FHC e a destruição da farsa de que este esquema teria sido inventado pelo Governo Lula, PSDB e PFL não mediram esforços para defender seu correligionário.

Os líderes do PSDB e do PFL estiveram presentes na reunião do Conselho e fizeram pressão para a absolvição de Brant. Até os jornais de direita divulgaram isso.

A sessão chegou a ser interrompida devido denúncias de que líderes do PFL e PSDB estariam tentando "convencer" os deputados a votar em favor de Brant. Infelizmente, os membros da Comissão de Ética não esclareceram que tipo de "argumentos" estariam sendo usados pelos partidos citados para "convencer" os deputados...

O PSDB chegou até mesmo a substituir o Deputado paranaense Gustavo Fruet (que provavelmente votaria contra Brant) por outro que votou em defesa de Brant.

O deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ) tentou impedir que o deputado Nelson Trad (PMDB-MS) replicasse a defesa de Brant e iniciou um bate-boca com o peemedebista.

O Brasil precisa se livrar de práticas como esta que têm como máxima "Aos amigos tudo, aos inimigos a lei".

Fatos como este colocam em dúvida a seriedade do parlamentares brasileiros.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 08:54 27/01/2006, de Curitiba, PR


PC Conectado aumenta a visibilidade do Linux
Talvez um efeito não esperado, pois muitos acreditavam ser inviável vender computadores com Linux pré-instalado, mas muito bem vindo para a comunidade Linux, foi o de que a visibiidade do Linux aumentou de forma significativa desde o lançamento pelo Governo Federal da iniciativa do do "Computador para Todos" (antigo PC-Conectado).

Desde o laçamento no final do ano de 2005 até agora, o varejo comemora aumento nas vendas de computadores e a comunidade Linux, aumento da vsibilidade do Linux para várias camadas da sociedade.

Na matéria do dia 22 de janeiro da WebInsider, Marcelo Terça-Nada disserta sobre o aumento proporcional das vendas de computadores com Linux pré-instalado no modelo de Computador para Todos em relação ao Windows.

"Os primeiros números do programa PC para Todos começam a sair e pelo que tudo indica, será um sucesso de vendas. Em 12 dias, o Magazine Luiza vendeu 15 mil unidades do equipamento.(Linux)"

"Do ponto de vista industrial, o programa do governo federal também já demonstrou sua força. Já são 23 fabricantes credenciados, entre eles: Positivo, Itautec, Semp Toshiba, Amazon PC, Epcom, Login e Solectron (que fabricará PCs da HP). Tanto os varejistas quanto os fabricantes elevaram suas expectativas de venda frente à demanda do PC Popular."

"Apesar de não ter números precisos sobre o desempenho das vendas dos PCs do projeto, Luiz Claudio Mesquita, assessor da diretoria do Serviço de Processamento de Dados (Serpro) do governo federal, afirma que a expectativa é que a meta inicial de venda de 1 milhão de PCs em 12 meses seja superada. Ele informou que deve convocar neste mês uma reunião com os fabricantes para fazer um levantamento das vendas."

"Até outubro de 2005 entre 3 e 4 por cento das vendas da companhia eram de computadores com Linux. Após novembro, a participação subiu para mais de 10 por cento, encerrando próxima de 20 por cento ao final de dezembro, disse o diretor de marketing da companhia, João Marcelo Alves, sem revelar números."

Publicado no www.guiadohardware.net
Enviada por Sérgio Bertoni, às 15:27 26/01/2006, de Curitiba, PR


Desemprego é menor em 4 anos e renda sobe
Enquanto no mundo todo o desemprego aumenta segundo dados da OIT - Organização Internacional do TRabalho, o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - divulgou alguns dados de calar a boca dos pessimistas, dos tucanos e dos liberais que levaram o país e o mundo a falência com a falácia neo-liberal.

A taxa de desemprego de seis regiões metropolitanas do país recuou de 9,6% para para 8,3% em dezembro, a menor marca já verificada na nova Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em março de 2002. Não bastasse isso a renda do trabalhador subiu 2% no ano passado.

Já o contingente de pessoas desocupadas nas seis regiões metropolitanas foi estimado em 1,8 milhão, uma queda de 13,6% em relação ao mês anterior. Trata-se da primeira vez que esse número cai abaixo de 2 milhões.

A renda do trabalhador acompanhou o movimento de recuperação do mercado de trabalho em dezembro e subiu de R$ 978,07 em novembro para R$ 995,40 em dezembro, uma alta de 1,8%. Em relação a dezembro de 2004 houve alta de 5,8%.

É... antes diziam que era preciso fazer a economia crescer para distribuir renda. Agora vemos que distribuir renda é o que faz a economia crescer. E isso tudo acontecendo porque, segundo alguns críticos, o governo é tímido no processo de redistribuição de renda.

Imaginem só como este país crescerá se os programas de redistribuição de renda forem continuados e ampliados...
Enviada por Arturo Alves, às 12:54 26/01/2006, de Porto Alegre, RS


Biodiesel americano com tecnologia brasileira
Enquanto o BNDES patina aqui para tornar realidade a determinação de Lula, os espertos lá de cima aceleram para fazer acontecer.

Aliás, será que vão pagar patentes e royalties?

O pesquisador brasileiro Miguel Dabdoub, conhecido no Brasil como "o pai do biodiesel", vai comandar um projeto ambicioso na região Sul dos Estados Unidos que prevê a construção, a partir do segundo semestre deste ano e em sete estados, de dez unidades de produção do combustível alternativo - elaborado a partir da mistura de óleos vegetais com álcool.

As fábricas instaladas por Dabdoub terão bandeira da empresa Earth Biofuels, Inc. (EBI), companhia de capital aberto sediada em Dallas, no Texas, e listada na Nasdaq (a bolsa eletrônica que reúne as empresas de tecnologia). A empresa tem entre seus acionistas o ator Morgan Freeman e o cantor de country Willie Nelson, também "garotos-propaganda" do biodiesel nos Estados Unidos.

Assim como as duas celebridades norte-americanas, que são também diretores da empresa, o pesquisador brasileiro, de 43 anos, tornou-se "parceiro estratégico" dentro da Earth Biofuels, companhia criada há dois anos pelo grupo petroquímico Apollo Resources International.
Enviada por Almir Américo, às 12:45 26/01/2006, de São Paulo, SP


Direita européia quer meter o bico no Mercosul
A direita européia se acha no direito de dizer ao mundo como este deve viver.

Acostumada ao velho colonialismo e a divulgação do modo de produção predatório e destrutivo inventado pela "civilização" branca, a direita européia tem como lema "faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço". Acham que isso lhes dá o direito de ditar regras e definir com quem os países devem ou não manter relações.

Apostam na divisão dos países em desenvolvimento para tentar manter a dominação colonial.

Alguém precisa avisá-los que o domínio colonial europeu acabou...

Argentina apóia Brasil diante de críticas européias

O embaixador da Argentina na UE (União Européia), Jorge Remes Lenicov, apoiou nesta quarta-feira a posição do Brasil nas negociações comerciais na OMC (Organização Mundial do Comércio) e do Mercosul com a UE, ao responder a críticas feitas contra o gigante sul-americano no Parlamento Europeu, em Bruxelas.

"O Brasil propõe o mesmo que a Argentina, o acesso aos mercados", disse Lenicov à comissão Mercosul do Parlamento Europeu, deixando claro que a suposta "posição brasileira" na espinhosa negociação agrícola com a UE em nível bilateral, e ante a OMC é na verdade uma posição comum dos países que integram o Mercsoul.

O esclarecimento do ex-ministro da Economia foi feito depois que o eurodeputado espanhol Daniel Varela Suanzes (Partido Popular Europeu, direita) criticou o Brasil por ter bloqueado as negociações entre o Mercosul e a UE, bem como na OMC. "A impressão que temos é de que o bloqueio acontece dentro do Mercosul, no Brasil", havia dito Varela Suanzes, vice-presidente da comissão de Comércio Internacional do parlamento, adotando uma linha muito usada pelo comissário europeu da área, Peter Mandelson.

As negociações entre a UE e o Mercosul começaram em 1999 e não foram concluídas de forma ideal no prazo de outubro de 2004.

As partes retomaram a negociações em setembro de 2005, mas segundo Lenicov, a oferta européia não agrada aos membros do Mercosul porque "é um pouquinho mais que a OMC e porque nos temas que nos interessam em serviços e bens é muito limitada (...) Para nós, a agricultura é muito importante. O que nos oferece a Europa? Oferece cotas. A Europa, que é 10, 12 vezes maior que o Mercosul, deveria dar um passo mais agressivo."

OEA defende Mercosul com Venezuela

Os europeus ainda se acham no direito de dizer quem pode ou não entrar no Mercosul ao afirmar que o ingresso da Venezuela no Mercosul complicaria as negociações do bloco com a UE.

"A entrada da Venezuela não muda os termos das discussões", afirmou José Miguel Insulza, secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos).

O embaixador argentino foi direto ao assunto e denunciou a ingerência européia nos assuntos internos do bloco sulino:
"A Venezuela pediu para ser sócio, e foi dito sim. Mas para entrar, terá que cumprir uma série de requisitos. À UE se integraram 10 países, e outros chegarão nos próximos anos, e não dissemos nada".

Com materiais do Sindlab
Enviada por Sérgio Bertoni, às 10:04 26/01/2006, de Curitiba, PR


Câmara aprova o Fundeb em 1º turno
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (23) à noite, em primeira votação, a proposta de emenda constitucional (PEC) que cria o Fundeb - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. O projeto obteve 457 votos favoráveis e cinco contrários.

A PEC precisa ainda ser aprovada em segundo turno, daqui a pelo menos cinco sessões, para ser enviada ao Senado. A aprovação de uma mudança na Constituição, como essa, exige o voto de pelo menos três quintos dos 513 deputados ? isto é, 308 votos.

O Fundeb que abrange toda a educação básica, das creches ao segundo grau, visa a melhoria do ensino fundamental e médio através de melhorias das instalações, aumento da informatização dos estabelecimentos, além de promover a requalificação e atualização dos profissionais de ensino, pois é impossível falar em educação de qualidade se os profissionais da área estão defasados e malpreparados ou mantém praticas educacionais ultrapassadas.

Ele visa a atender 11 áreas do ensino, substituindo o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental, que atende apenas da 1ª a 8ª séries. O fundo é repassado pela União a Estados e municípios.

Com informações da Agência Brasil.
Enviada por Arturo Alves, às 16:20 25/01/2006, de Porto Alegre, RS


FSM: América Latina teme eventual derrota de LULA
Há aproximadamente 8.000 ativistas brasileiros entre os cerca de 70 mil de vários países que participam do 6o. Fórum Social Mundial em Caracas, Venezuela.

Uma preocupação é visível entre os participantes do 6º Fórum Social Mundial (FSM): uma eventual derrota eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais brasileiras.

O chefe de Relações Internacionais do PT, disse, em entrevista coletiva, que "para a América Latina, a reeleição de Lula é fundamental". Ele também identificou temores de "uma regressão" da esquerda regional com a eventual derrota do partido do presidente brasileiro nas urnas.

É evidente a importância da eleição de Lula não só no Brasil, mas em toda a região latinoamericana. Fosse outro o governo brasileiro eleito em 2002, a Argentina não teria o apoio econômico que obteve do Brasil, quando a Petrobrás foi a única empresa estrangeira e investir naquele país, e Chaves provavelmente não governaria mais a Venezuela. A eleição de Lula também teve influência nas eleições de Tabaré Vasquez no Uruguai e Evo Morales na Bolívia. Morales, aliás, em sua posse agradeceu pelas orientações recebidas de Lula.

Enquanto a esquerda latinoamericana teorizava em uns países ou tentava se livrar da ditadura em outros, a esquerda brasileira arregaçou as mãos e criou um novo partido e uma nova central sindical. E este trabalho, feito junto as bases em seus primórdios, sedimentou o alicerce que favoreceu a eleição de Lula em 2002.

Também não podemos esquecer que se os resultados obtidos pelos governos conservadores, seguidores da orientações do FMI e do capitalismo internacional, fossem outros, talvez a esquerda não tivesse tanta chance de governar o continente como tem agora.

Os gringos que, famintos por petróleo, se meteram no Oriente Médio e no Afeganistão também acabaram por nos ajudar, deixando-nos respirar um pouquinho.

Mas sem dúvida a combinação destes fatores aliada a uma maior capacidade de mobilização e organização da Sociedade Civil latinoamericana, é determinante para o sucesso da esquerda continental, que vive um momento excepcional em sua história depois de tantos anos de lutas, cheios de altos e baixos...
Enviada por Arturo Alves, às 16:00 25/01/2006, de Porto Alegre, RS


Filha mais velha de Pinochet é detida nos EUA
A filha mais velha do ditador chileno Augusto Pinochet, Lucía Pinochet, 64, foi detida nesta quarta-feira no aeroporto de Dulles, na cidade americana de Washington, depois de escapar da justiça chilena que a processa por evasão fiscal, confirmou um porta-voz oficial, Osvaldo Puccio.

"A senhora Lucía Pinochet, que tinha uma ordem de prisão internacional de um juiz chileno, foi detida na cidade de Washington", afirmou Puccio, ministro secretário-geral do Governo.

A filha mais velha do ditador fugiu do Chile antes de ser indiciada na segunda-feira pelo juiz Carlos Cerda por evasão fiscal e uso de passaportes falsos.

Lucía Pinochet deixou o Chile no domingo via Argentina e de lá partiu para os Estados Unidos.
Enviada por Arturo Alves, às 13:06 25/01/2006, de Porto Alegre, RS


Palhaçada no Chile: familiares de Pinochet livres
A "justiça" chilena demonstrou ontem o quanto é "séria" e "imparcial".

Um dia depois de mandar prender a mulher e os filhos do ditador Augusto Pinochet, sob a acusação de uma longa lista de crimes cometidos, a "justiça" chilena os libertou!!!

Parece que os poderes obscuros do ditador ainda continuam vigentes no país vizinho o que faz dele e seus pupilos seres intocáveis e acima da lei e da ordem.

Pena que regras como estas não valham para aqueles corajosos chilenos que lutaram pela Democracia e contra a ditadura do general Pinochet.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 12:30 25/01/2006, de Curitiba, PR


ACM ofende a uma cidadã brasileira
ACM se envolve em novo sururu

Deu-se durante uma sessão da CPI dos Bingos. Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) encaminhava-se para deixar a sala. Súbito, foi interpelado pela desempregada Rosa Cimiana dos Santos (na Folha, para assinantes). Referindo-se ao bate-boca que o senador travara na semana passada com Aloizio Mercadante (PT-SP), durante o qual responsabilizou o PT pelo tortura e assassinato do prefeito Celso Daniel, Rosa disparou:
?Você não tem moral para falar em tortura porque você fez parte e apoiou a ditadura [militar], responsável pela morte e tortura de muitos brasileiros".

E ACM, já do lado de fora da sala onde se realizava a reunião da CPI:
"Venha conversar comigo aqui sua puta. Vem aqui falar isso."

Sentindo o cheiro de queimado, o presidente da comissão, Efraim Morais (PFL-PB) interveio. Pediu à segurança do Senado que retirasse a mulher da sala.

Passado o entrevero, em conversa com os jornalistas, Rosa disse: "Meu pai morreu em conseqüência das torturas sofridas durante a ditadura. O próprio governo já reconheceu o erro, pagando para a nossa família uma indenização de R$ 109 mil."

Ela explicou assim o seu gesto:
"Fiquei espantada com a posição do senador ACM, que disse ter ficado chocado com as imagens das torturas sofridas pelo prefeito Celso Daniel. Se ele e outros senadores quiserem saber o que é tortura, bastam cinco minutos de conversa com integrantes de famílias que tiveram parentes desaparecidos durante a ditadura."

Publicado no Blog do Josias
Enviada por Almir Américo, às 12:02 25/01/2006, de São Paulo, SP


Salário Mínimo: R$ 350 em abril
A diversidade de interesses é realmente algo instigante. E a forma como se vende notícia neste país algo horripilante.

Vejamos o caso do salário mínimo anunciado em 24 de janeiro de 2006.

Veículos da imprensa burguesa soltaram manchetes tipo "Lula cede a pressão das Centrais Sindicais" ou "Lula não dobra mínimo mas dá maior aumento em 20 anos" como se o aumento real do salário mínimo fosse coisa de outro mundo.

Já os Trabalhadores e suas Centrais Sindicais comemoram o fato de o Governo Federal ter negociado o valor do salário mínimo com os representantes dos Trabalhadores, anunciaram que houve um acordo entre as partes, mas que o mínimo aprovado está aquém das verdadeiras necessidades dos Trabalhadores, indicando claramente que os Sindicatos também cederam ao governo.

A CUT avalia que o salário mínimo é um dos mais importantes instrumentos de distribuição de renda no país e luta pela sua elevação em termos reais, mas destaca que segundo projeções do Dieese, o valor do mínimo deveria ser de R$ 1.551.41 para atender às necessidades de uma família de quatro pessoas, segundo os preceitos constitucionais que criaram o salário mínimo.

Cientes da dificuldade em alcançar este valor de uma só vez as Centrais Sindicais propuseram ao Governo Federal aumentos reais no salário mínimo com o objetivo de se reestabelecer a norma constitucional. Com este objetivo as Centrais reivindicavam um mínimo de R$ 400,00 em 2006.

Contudo, não podemos deixar de notar que, se o Salário Mínimo aprovado ontem está muito aquém daquele garantido em Constituição ou que R$ 350,00 não significa o dobro do praticado em 2002 em moeda viva (R$ 200,00), o poder de compra do novo mínimo é o dobro daquele praticado em 2002 graças também à redução no valor da cesta básica que em 2005 teve seu menor valor em 23 anos!!!.

Segundo a CUT,o governo inicialmente trabalhava com uma proposta de reajuste do mínimo para R$ 321,00, enquanto as centrais pediam R$ 400,00. A antecipação, de maio para abril, acaba compensando em parte a diferença dos R$ 50,00. A proposta da CUT é chegar, paulatinamente, a que o reajuste do salário mínimo ocorra em janeiro de cada ano.

Já o presidente da Força Sindical, o Paulinho, comemorou a decisão: "com esse valor todos os trabalhadores ganham. Viemos nos encontrar com presidente mais para uma fotografia, para seguir o protocolo", afirmou Paulinho. Segundo ele, todo o brasileiro sairá ganhando com o aumento."É uma vitória dos trabalhadores", disse.

Artigo baseado em notícias divulgadas na imprensa e nos sítios da CUT, da Força Sindical e do DIEESE
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:25 25/01/2006, de Curitiba, PR


União Européia quer dividir o G20 (países pobres)
A burocracia européia sediada em Bruxelas não consegue entender que estamos no século XXI e tenta manter o colonialismo do século XV

Parece que o governo brasileiro não esperava as atitudes negativas dos representantes da União Européia (UE) com objetivo de dividir o G-20, grupo de países em desenvolvimento que têm interesses na abertura do mercado agrícola.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou ontem que a UE faz um "movimento duplo" em agricultura. "Disseram que a sua oferta é final, o que demonstra falta de ambição. Mas o pior é que os europeus querem discutir a quantidade de produtos e não as modalidades ou fórmulas gerais de abertura de mercados. A tática européia é, novamente, dividir o G-20", criticou o ministro.

Amorim explicou que os países em desenvolvimento apresentaram ofertas em acesso aos mercados de produtos industriais e serviços compatíveis com o que receberam no lado agrícola, inferior ao resultado da Rodada Uruguai.

Como a União Européia exige dos países em desenvolvimento uma abertura industrial maior que aquela que a UE se dispõe a fazer em seu mercado agrícola o ministro brasileiro colocou todos os pontos nos "Is":
"Querem uma transfusão de sangue às avessas", disparou.

Desta forma fica evidente que a UE quer retomar a prática do século XV onde as colônias só podiam vender à metrópole os produtos agrícolas (ou extrativistas) que a metrópole queria e tinha que comprar desta tudo o que lhe era imposto. Com a revolução industrial, as colônias só podiam comprar produtos industrializados da metrópole.

Em outras palavras, eles acreditam que "Livre Comércio" só serve quando rende alguma coisa para os países do Norte, ou seja, é um engodo para continuar a dominar os países em desenvolvimento.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 10:59 25/01/2006, de Curitiba, PR


Democratização da produção contra protecionismo
Há 30 anos investindo em tecnologias alternativas para criar combustíveis renováveis o Brasil surpreende o mundo com muita criatividade

Enquando o chamado "mundo civilizado" recorre ao velho protecionismo medieval para se defender da alternativa renovável que é o álcool combustível, técnicos nacionais apresentam mais uma solução inovadora: democratizar a produção de álcool, permitindo que pequenos produtores montem microusinas em pequenas e médias propriedades para abastecer as comunidades locais ou toda uma região, baratear o custo e aumentar o volume de produção do combustível alternativo.

Nem biodiesel, nem gás liquefeito de petróleo (GLP) ou tampouco sistema a hidrogênio, são alternativas viáveis e baratas, nem permitiriam uma real democratização da produção de combustíveis hoje monopolizada nas mãos das grandes petroleiras internacionais.

"Qualquer um pode produzir álcool no Brasil", diz o geólogo Marcello Guimarães Mello , que defende a democratização da produção, hoje controlada pelas grandes usinas, num mercado regulado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP)."É preciso liberar a venda de álcool fabricado pelo pequeno produtor e apoiar a construção no campo de microdestilarias, que serviriam para atender à demanda local, da região".

No quintal de casa, uma microusina de álcool

Mello já produz cerca de 200 litros diários de álcool em sua fazenda em Mateus Leme e se diz satisfeito com o seu trabalho, que consiste em mostrar na prática que é possível "produzir álcool em qualquer parte do Brasil, com mão-de-obra não especializada. A montagem de uma microdestilaria é simples e barata, podendo ser integrada à pequena propriedade rural", afirma.

Para produzir 200 litros de álcool por dia basta uma área equivalente a 5 campos de futebol e alguns equipamentos - como a moenda, a caldeira e o alambique -, facilmente fabricados em oficinas de serralheria, que somados custam algo em torno de R$ 60 mil. "É um investimento baixo, que pode ser aplicado com recursos já disponíveis em outras linhas de crédito existentes, como as dedicadas ao programa de Agricultura Familiar, que muitas vezes não são totalmente utilizadas pelos produtores", constata Mello.

A microusina produz álcool a R$ 0,50 até 0,60 o litro. Isso prova que "é possível produzir álcool a custo baixo e de forma descentralizada?. A produção local também evitaria o transporte do combustível por longos trechos, atualmente feito por caminhões movidos a diesel, reduzindo ainda mais o custo final do produto.

O aumento da produtividade seria sentido logo. Um estado como Minas Gerais poderia, sozinho, ter cerrca 400 mil microdestilarias, que produziriam 14 bilhões de litros de álcool/ano, volume bem próximo da produção brasileira atual, de 15,5 bilhões de litros".

A opção pela microdestilaria não inviabiliza a produção de produtos agrícolas destinados a alimentação humana ou animal, pois é possível utilizar os subprodutos da cana e da destilaria, como o bagaço e o vinhoto, para alimentação do gado, adubação da terra, etc.

Projeto já tramita no Congresso Nacional

Se depender da aprovação dos projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional, os programas de incentivo à produção de álcool combustível em microdestilarias instaladas no interior do País podem ganhar impulso ao longo deste ano.

Tramita no Congresso o Projeto de Lei 5369/05, que cria o Programa Nacional de Microdestilarias de Álcool (Pronamicra) para promoção de desenvolvimento rural sustentável. De autoria do deputado Ivo José (PT-MG), a proposta tem como objetivo a geração de emprego e renda nas regiões que possuam vocação agrícola.

Além da instalação de destilarias de até cinco mil litros/dia, o Pronamicra pretende motivar o aproveitamento de outros produtos derivados da cana e a utilização da palha e do bagaço para geração de energia elétrica. Os financiamentos para a construção das microdestilarias poderão ser firmados com bancos estatais ou privados e terão prazo de oito anos, com dois anos de carência.

Auto-sustentação permanente e renovável

Em vez de ter como meta a auto-suficiência de petróleo, a Petrobras deveria investir mais pesadamente em outras energias alternativas, sobretudo o álcool. "Nós temos um combustível alternativo de alta qualidade (álcool), capaz de dar auto-suficiência permanente ao Brasil", afirma Mello.

O álcool nada mais é que um petróleo limpo, que também serve para produzir plástico, borracha, adubo nitrogenado, entre outros produtos. Com essa estratégia, seriamos o país da alcoolquímica.

Gerador de empregos

A construção de uma refinaria de petróleo com capacidade para produzir 100 mil barris por dia consome investimentos da ordem de US$ 2 bilhões, resultando na criação de cerca de sete mil empregos diretos. Com os mesmos recursos é possível construir 100 mil microdestilarias no meio rural. Isso significaria a geração imediata de um milhão de empregos diretos, 500 mil na área agrícola e outros 500 mil em pequenas oficinas de serralheria.

Hidrogênio para que ou para quem?

Baseado em estudos próprios Mello contesta o uso do hidrogênio como combustível. Vale lembrar que empresas européias investem milhões de euros nesta tecnologia e no desenvolvimento de carros elétricos, movidos a hidrogênio, produzido a partir da célula combustível.
"Fui pesquisar a tecnologia e descobri que o melhor combustível para essa célula é o álcool. Então, por que eu vou pegar o álcool e retirar dele o hidrogênio através de um processo que requer alto investimento, se eu já tenho o álcool que coloco diretamente no carro e ele funciona maravilhosamente?"
constata Mello alegremente.

Enviada por Sérgio Bertoni, às 19:51 24/01/2006, de Curitiba, PR


Microsoft desrespeita justiça norte-americana
A gigante monopolista na área de softawre mais uma vez dá provas que não tem o menor respeito por nada nem por ninguém

A Microsoft está falhando em cumprir o acordo antitruste assinado com o governo americano em 2001, segundo o parecer de advogados do Departamento de Justiça do país.

De acordo com o documento, a Microsoft está demorando para fornecer as informações exigidas pelo acordo, que foi alcançado depois que um juiz federal julgou que a companhia protege o monopólio do sistema operacional Windows, presente em 95% dos computadores pessoais do mundo.

Lute você também contra a PRIVATARIA da MS!!!

Use Software Livre!!!
Enviada por Arturo Alves, às 10:55 24/01/2006, de Porto Alegre, RS


Lula é avaliado pelas ações de governo
Pesquisa mostra dois movimentos: A recuperação do presidente Lula e o esvaziamento das intenções de voto em Serra.

Os especialistas em pesquisas de intenções de voto avaliam que pode estar em curso um movimento de recuperação da imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu governo, o que justificaria o resultado da última pesquisa Ibope/Isto É.

Em relação à pesquisa CNI/Ibope, de dezembro, a diretora do instituto, Márcia Cavallari, afirmou que o presidente Lula teve um crescimento significativo na região Nordeste, entre os eleitores homens, os de menor renda familiar e os de baixo grau de instrução.

Prestação de contas é fundamental

Para a pesquisadora, o crescimento de Lula pode ser explicado como sendo o resultado da campanha publicitária de prestação de contas das ações de governo, da entrevista que o presidente concedeu ao programa ?Fantástico?, da TV Globo, e também ao fato de o foco da crise política ter se deslocado do Executivo para o Congresso por causa da convocação extraordinária.

Quanto à queda de Serra, ela diz que o desempenho do tucano pode ter sido resultado de uma ?bolha? provocada pelas inserções nacionais e redes nacionais e estaduais de rádio e televisão que o PSDB e a oposição tiveram naquele período. Em novembro, foram ao ar em rede nacional de televisão os programas do PSDB, dia 24, do PFL, dia oito, e do PDT, dia 17, sendo que os tucanos tiveram oito dias de inserções nacionais. O PFL contou com uma rede estadual no dia 24, e o PT no dia 21:
? Serra teve uma bolha momentânea, mas seus índices voltaram ao patamar de setembro.
Enviada por Almir Américo, às 10:33 24/01/2006, de São Paulo, SP


Europa: Livre Comércio P****N******
Até parece piada, mas já está começando mais uma de europeu: vão começar distribuir euros para quem plantar beterraba!

No vale tudo para manter a dominação, Bélgica, França, Itália, Lituânia, Áustria e Chipre pediram hoje, durante o Conselho de Agricultura da União Européia (UE), "tarifas altas", para evitar que o Brasil e outros grandes produtores "monopolizem" os mercados de bio-carburantes, informaram fontes comunitárias.

Estes seis países reivindicaram que a manutenção dos impostos alfandegários "suficientemente altos" para dissuadir a UE da importação de matéria-prima como soja, cereal ou açúcar, utilizada na elaboração de bio-combustível e inclusive frear as compras maciças do próprio produto transformado.

Segundo as fontes, estes países consideram que se essas tarifas não forem mantidas, existe o risco que estados como o Brasil monopolizem o comércio dessa fonte de energia renovável, o que impediria o desenvolvimento de setor europeu competitivo.

Em conseqüência, temem que a UE "seja dependente" dessa fonte de energia renovável, "da mesma forma que ocorre atualmente com o petróleo ou o gás", segundo as fontes, que ressaltaram neste sentido o alerta dos problemas entre Rússia e Ucrânia.

O Brasil é líder na venda de bio-etanol (produzido a partir de um álcool que se fabrica com cana-de-açúcar).

A comissária européia de Agricultura, Mariann Fischer Boel, descartou, em entrevista coletiva, a imposição de tarifas altas para as importações de bio-carburantes. "Não rejeitaremos as importações de bio-etanol do Brasil", acrescentou Fischer Boel.

Neste sentido, lembrou que nas negociações em curso entre a UE e o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) as concessões em bio-etanol "são um elemento de discussão".

Por outro lado, a comissária anunciou aos ministros de Agricultura da UE que no final deste ano a Comissão apresentará um relatório a fim de revisar os atuais sistemas de subsídio ao fomento de cultivos para bio-carburante.

Desde a reforma da Política Agrícola Comum (PAC) em 2003, existe uma ajuda de 45 euros por hectare à produção de cereais ou beterraba, destinados ao bio-combustível, para uma extensão máxima de 1,5 milhão de hectares.

Além disso, a Presidência austríaca da UE espera que em junho os países-membros tenham decidido uma estratégia comunitária a fim de fomentar o uso de biomassas nos carburantes, segundo o ministro de Agricultura de Áustria, Joseph Proll.

Em fevereiro, a Comissão divulgará uma proposta para fomentar os bio-carburantes na UE e nos países em desenvolvimento. Incompetentes em desenvolver tecnologias alternativas e renováveis e dependentes do uso de combustíveis fósseis e altamente poluentes alguns países europeus mostram o quão retrógrados são em suas políticas energéticas e de desenvolvimento sustentável.

E depois Fidel, Chaves, Morales, levam fama de inimigos do capitalismo! Os verdadeiros inimigos do capitalismo são seus próprios profetas e catequisadores.

É mais que evidente que esta história de "Comércio Livre" só serve quando as potências mundiais querem entrar e controlar os mercados de países em desenvolvimento, mas basta qualquer um desses se mostrar competente e criativo em algum setor econômico que os capitalistas donos do poder no Norte do planeta defendem a intevenção estatal, subsídios e outras coisas que dizem ser proibidas para nós ao Sul do Equador.
Enviada por Almir Américo, às 10:27 24/01/2006, de São Paulo, SP


Concurso para Universidade Federal do ABC
O Governo Federal abriu concurso público para contratação de 60 profissionais técnico-administrativos, de nível médio e superior, que trabalharão na nova Universidade Pública Federal na região do ABC paulista, a UFABC.

Reivindicação antiga dos movimentos estudantil, social e sindical a UFABC começa a se tornar realidade.

As inscrições para o concurso começaram em 23 de janeiro de 2006 e vão até o próximo dia 17 de fevereiro.

Maiores informações podem ser obtidas no sítio da FAI da Universidade Federal de São Carlos (clique aqui), responsável pela realização do concurso, ou pelo telefone (16) 3351-9000.
Enviada por Valter Sanches, às 10:08 24/01/2006, de São Paulo, SP


Chile: Mulher e Filhos de Pinochet no xilindró!!!
Mulher e filhos de Pinochet são presos por fraude

A mulher e todos os cinco filhos do ex-ditador chileno Augusto Pinochet foram presos nesta segunda-feira, acusados de evasão fiscal, numa investigação sobre fraude tributária e contas secretas mantidas no exterior.

Fontes judiciais disseram que o juiz Carlos Cerda ordenou a prisão da mulher de Pinochet, Lucía Hiriart, e dos cinco filhos sob acusação de declarações de impostos "maliciosamente incompletas" relacionadas a milhões de dólares.

Acusações separadas reveladas posteriormente mostram que o filho mais velho, Augusto, foi preso por falsificação de documentos oficiais.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 16:06 23/01/2006, de Curitiba, PR


Divisão leva a derrota e os gringos sabem disso
No dia da posse de Evo Morales e dias depois de Chaves, Krichner e Lula anunciarem a construção do gasoduto Sulamericano, os gringos colocaram seus periodistas de plantão para menosprezar a iniciativa e mostrar os riscos da mesma.

Chamado de "sonhoduto", o gasoduto Sulamericano é ridicularizado por serviçais do império, os famosos "especialistas", e apresentado como o pomo da discórdia entre os países do Sul. Esforçam-se em mostrar que o mesmo colocaria a Bolívia em conflito com seus vizinhos e que todas as tentativas de integração da Bolívia ao gasoduto Sulamericano seriam desvantajosas para o país andino.

Destacam, sem a menor sutileza, as "vantagens" perdidas pela Bolívia que, devido aos conflitos com o Chile e a mobilização do povo boliviano, teria deixado de exportar gaz para os EUA.

Os gringos apostam claramente na divisão entre os países sulamericanos para seguir dominado na região. É o velho "dividir para governar".

Esta máxima funciona há séculos e parece que até agora não foi compreendida pela esquerda mundial.

Não vamos falar aqui sobre a trágica derrota sofrida pela esquerda alemã nos anos 30, cuja divisão entre social-democratas e comunistas ajudou Hitler a chegar ao poder.

Falemos da amarga experiência da esquerda portuguesa que, ao se dividir, favoreceu a eleição do direitista Cavaco Silva para a presidência daquele país.

Cavaco Silva seria a versão lusitana de FHC, Menen ou Fujimoro. Foi o primeiro-ministro que deixou uma enorme herança maldita ao país ibérico.

Está bem que o cargo de presidente em países parlamentaristas, como é o caso de Portugal, tem menos importância que em países com regimes presidencialistas (tais como Argentina, Brasil, Bolívia, Venezuela), mas de todas as formas é o cargo que permite, por exemplo, vetar leis, dissolver o parlamento e convocar eleições gerais.

Mário Soares não é nenhum radical de esquerda, mas ao lançar-se candidato pelo PS, tirou votos importantíssimos de Manuel Alegre, o outro candidato de esquerda, que tinha maiores chances de ganhar e que acabou o pleito em segundo lugar. Com isso a direita levou a presidencia em primeiro turno, depois de 32 anos de governos de esquerda, ou seja, uma derrota dolorosa para aqueles que lutaram contra a ditadura de Salazar e realizaram a "Revolução dos Cravos".

Agora, se quiser, Cavaco Silva, poderá dissolver o parlamento, onde a esquerda conquistou a maioria nas eleições de 2005.

Esta é mais uma lição a ser aprendida pela esquerda mundial que vive um momento interessante em sua trajetória latinoamericana.

Alguns podem achar que nem todos os chamados governos de esquerda realmente o sejam devido ao grau de moderação na direção dos distintos países sulamericanos. Mas vale lembrar que tudo isso é resultado das famosas "condições objetivas" e da "correlação de forças" existentes em cada país e não da vontade própria dos governantes.

Claro é que, para ter um sólido governo de esquerda é preciso muito apoio popular, o que se consegue através muito trabalho de base e de mobilização de massas.

A trágica história da América Latina é cheia de exemplos de governos radicais que acabaram falando sozinhos ou tirados da cena política por violentíssimos golpes militares, sem que houvesse a menor reação da população em geral. Em alguns casos o povo até apoiou os golpistas, porque a esquerda não soube fazer o trabalho de base necessário.

É óbvio que é mais fácil ser oposição que governo. É claro também que é muito mais fácil rotular este ou aquele de "traidor, "moderado", "reformistas", "revolucionário", etc, a "meter a mão na massa" e fazer o trabalho de base, ou seja, organizar os Trabalhadores nos Locais de Trabalho, os moradores nas Favelas, os estudantes nas escolas, etc.

O momento atual nos leva a refletir se não seria o caso de aproveitarmos que os mais importantes países da América Latina se encontram sob governos de centro-esquerda e fortalecer este Trabalho de base e de mobilização que leve a União dos Trabalhadores em todo o continente?

Não seria o momento de identificar que o único e verdadeiro inimigo é o imperialismo gringo e que o neo-liberalismo é apenas um dos instrumentos que este imperialismo usa para controlar a todos nós?

Ao invés de ficarmos criticando o "Consenso de Washington", outro instrumento do império, não seria melhor construir o "Consenso latinoamericano", baseado na Cooperação Socio-Político-Econômica ente os povos e nações???

Enfim, não estaria passando da hora de deixarmos de lado questões menores para consolidar a União que finalmente derrotaria a máxima "dividir para governar"???

Os gringos sabem que esta união é perigosa e tentam de todas as formas evitá-la. Exemplos, no mundo, de derrota da esquerda devida a sua divisão, embalam os sonhos dos ideólogos do império.

Cabe a nós, latinoamericanos, unirmos e defender a independência e soberania pelas quais nossos antepassados tanto lutaram, mas que até hoje ainda não foi efetivada...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 13:20 23/01/2006, de Curitiba, PR


Argentina: fim de uma era!
Fim de uma tradição: depois de 25 anos, as Mães da Praça de Maio realizarão no próximo dia 25 de janeiro sua última "marcha da resistência", uma manifestação que costuma levar 24 horas seguidas.

A explicação para a decisão: as integrantes do movimento, que reúne mães de desaparecidos durante a ditadura militar, envelheceram, e muitas não têm mais condições físicas para participar do protesto. No último ato realizado, muitas das integrantes do grupo de defesa dos direitos humanos desmaiaram ou tiveram de receber atendimento médico. Além disso, conforme a líder Hebe de Bonafini, 77 anos, "a Argentina não tem mais um governo terrorista".

As Mães vão manter, porém, outra tradição: a passeata das quintas-feiras ao redor da pirâmide da Praça de Maio, na capital Argentina, Buenos Aires.
Enviada por Hugo Chimenes, às 14:39 22/01/2006, de São Borja, RS


31% do brasileiros acham que Lula será reeleito
A Pesquisa do Ibope mostra que 31% do brasileiros acham que Lula será o próximo Presidente da República, independentemente de quem esteja concorrendo com ele.

Já 26% acham que o tucano José Serra será o próximo presidente. Geraldo Alckmin tem a certeza de 12% do eleitorado, enquanto que Garotinho aparece com 8% e FHC com 5%.

Ex-petistas como Heloísa Helena e Cristóvam Buarque aparecem com 2% e 1%, respectivamente. Junto com FHC são os que tem a pior performance...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 21:13 21/01/2006, de Curitiba, PR


O PT é o partido preferido do brasileiros
Apesar de todo o trabalho realizado pela imprensa e pelos partidos de direita para sangrá-lo e detoná-lo o PT é de longe o Partido preferido pelos brasileiros.

A recente pesquisa de opinião pública realizada pelos Ibope para saber quem ganharia as eleições presidenciais em 2006, além de confirmar a liderança de Lula em todos os cenários projetados mostrou também que o Partido do Trabalhadores é o preferido pelos eleitores.

Ao responder a pergunta:
Aqui estão relacionados os prinicpais partidos políticos brasileiros o(a) sr.(a) tem simpatia ou preferencia por algum destes partidos? (1o. lugar)

Partido Político
Percentual
PT26%
PMDB15%
PSDB8%
PDT5%
PFL5%
PV2%
PCdoB1%

O medo da reeleição de Lula é tão grande que a maioria dos meios de comunicação se "esqueceu" de divulgar os dados que mostram que o partido do Presidente da República e dos Trabalhadores é o mais popular no país.

Eles temem que se o povão souber que, além de Lula liderar as pesquisas, seu partido é o preferido nacional, isso aumentaria o favoritismo de Lula, além de gerar um clima favorável à reeleição do operário barbudo de São Bernardo do Campo, já que ninguém gosta de jogar em time que está perdendo.

É o medo de que o conceito de "voto útil", por eles criado em 1982 exatamente para derrotar Lula e o PT na primeiras eleições para governadores depois do golpe de 64, possa agora servir à reeleição de Lula.

A pesquisa do Ibope foi realizada entre os dias 12 e 16 de janeiro de 2006, com 2002 eleitores de 143 municípios com margem de erro de 2%.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 13:26 21/01/2006, de Curitiba, PR


Novas Privatizações contra Reforma Política
As forças de direita preparam sua munições para a próxima campanha eleitoral.

Para evitar os necessários debates sobre a Reforma Política, Redistribuição de Renda e Justiça Social, os partidos de direita proporão durante a campanha eleitoral um novo choque de capitalismo neo-liberal. Eles defenderão uma nova Reforma da Previdência e Desregulamentação na Lesiglação Trabalhista, mas o isca para enganar os eleitores será uma Reforma Tributária que reduziria os impostos.

Na verdade eles querem retirar os poucos direitos dos Trabalhadores e justificar Privatizações para meter a mão no patrimônio público nacional em favor dos mais ricos, ou seja, continuar praticar a já conhecida PRIVATARIA, tão em moda em oito anos de FHC.

Não podemos nos esquecer que durante o reinado do príncipe dos sociólogos os impostos só subiram ao mesmo tempo em que determinados grupos privados recebiam empresas estatais bem abaixo de seu preço de mercado.

Em outras palavras, naquele período o Estado só diminui de tamanho, mas os gastos do governo e a arredação de impostos se fez subir graças ao aumento da quantidade de impostos cobrados do cidadão brasileiro.

O país precisa de outros tipos de Reformas que levam a uma maior proteção dos Trabalhadores, democratizem a estrutura sindical e univerlsalizem o sistema Público de Previdência Social, coíbam a roubalheira do Patrimônio Público, acabem com a reeleição e tornem as agremiações partidárias de hoje em verdadeiros Partidos Políticos.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 13:09 21/01/2006, de Curitiba, PR


A Grande Pátria começa com um gasoduto
Há muito se sonha com a Grande Pátria Latinoamericana, unindo os povos dos países que um dia foram colônia dos países ibéricos.

Os governos do Brasil, da Argentina e da Venezuela decidiram impulsionar o projeto de construção de um supergadosuto sul-americano para viabilizar a integração energética do subcontinente. Em reunião na Granja do Torto, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Néstor Kirchner e Hugo Chávez determinaram o início dos estudos econômico-financeiros e do projeto de engenharia para concretizar as obras.

O supergasoduto ligará a Venezuela à Argentina, atravessando todo o território brasileiro, e permitirá a exportação de aproximadamente 100 milhões de metros cúbicos de gás natural venezuelano por dia.

"Acordamos que, no mês de julho, vamos apresentar um projeto que vai beneficiar toda a América do Sul", afirmou Hugo Chávez, presidente da Venezuela.

Os três países decidiram também coordenar políticas para o desenvolvimento conjunto das indústrias naval, bélica e aeroespacial.

"A Venezuela já tem feito encomendas ao Brasil e à Argentina na área naval, mas naturalmente tem o interesse de desenvolver os seus próprios estaleiros", disse o chanceler brasileiro Celso Amorim.

Enquanto isso o Uruguai de Tabaré Vasquez parece caminhar na contra-mão da história e a exemplo de seu antecessor de direita, Jorge Battle, pretende deixar o Mercosul para firmar um acordo bilateral com os EUA do Bush. Vale lembrar que durante os cinco anos de governo do direitista Battle, o que se observou foi uma constante sabotagem da unidade do Mercosul e uma vinculação estreita do Uruguai aos interesses do imperialismo norte-americano na região.

Os sócios majoritários do Mercosul parecem cansados deste tipo de comportamento por parte dos sucessivos e suceptíveis governantes da República Oriental. "Se o Uruguai pode fazer um bom acordo com os EUA, não impediremos. Falei sobre isso com Lula e ele está de acordo", disse Néstor Kirchner, presidente da Argentina,segundo o jornal "La Nación".

Tabaré e seu governo talvez tenham esquecido o quão fundamental foi o apoio que tiveram de Chavez, Kirchner e Lula durante o processo eleitoral uruguaio e que Bushinho, com quem Tabaré agora busca se casar, trocava carícias e juras de amor com o candidato de direita indicado por Jorge Battle.

Seria uma reedição do "Ganha com a esquerda e governa com a direita"???
Enviada por Sérgio Bertoni, às 17:26 20/01/2006, de Curitiba, PR


Lula não aceita ingerência dos EUA no caso Embraer
Presidente Lula propôs integração bélica com Argentina e Venezuela, disse Néstor Kirchner

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentará convencer o colega dos Estados Unidos, George W. Bush, a suspender o boicote à venda de 24 aviões Supertucanos da Embraer para as Forças Armadas da Venezuela, um negócio de US$ 230 milhões.

Anteontem, no encontro reservado com o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, Lula disse que não aceitaria esse tipo de intromissão de Washington. O relato foi feito por Kirchner em entrevista à imprensa de seu país, ontem, afirmando que apoiará o Brasil e a Venezuela.

Ontem, no encontro com os presidentes Kirchner e Hugo Chávez, da Venezuela, Lula apresentou uma proposta que pode acentuar a resistência americana à venda dos Supertucanos à Venezuela: a integração das indústrias bélicas dos três países, para potencializar a competitividade do setor e garantir o suprimento da região.

Para Chávez, a medida permitiria à América do Sul consolidar uma estratégia de defesa.

O tema transformou-se em um problema exclusivo do Brasil nas declarações de Chávez. Após a reunião na Granja do Torto, o venezuelano deixou claro que caberá a Lula convencer Washington a mudar de posição sobre o tema. Caso contrário, comprará os aviões na "Rússia, na China, Índia, em qualquer lugar".

Mas o assunto rendeu munição para seu permanente tiroteio com os EUA. "Este é um exemplo do absurdo da política internacional dos Estados Unidos em relação ao Brasil. Porque atropela a liberdade econômica do País."
Enviada por Sindilab, às 12:24 20/01/2006, de São Paulo, SP


Se CPI revelar a fonte a casa deles cai
Entidades públicas administradas pelo PSDB teriam depositado R$ 104 milhões na conta de empresa de Marcos Valério

A CPI dos Correios demonstrou ontem que tem munição contra o PSDB. Uma nota técnica à disposição da comissão revela que uma conta no Banco Industrial e Comercial S/A (Bicbanco), da agência SMP&B São Paulo, de propriedade de Marcos Valério Fernandes de Souza, recebeu em 1997 e 1998 cerca de R$ 104 milhões, em valores atualizados em novembro de 2005, de duas entidades públicas sob responsabilidade de governantes tucanos.

Como no caso das operações efetuadas no governo atual, a CPI suspeita de desvio de recursos públicos para alimentar partidos políticos.

Além disso, vislumbra a possibilidade de comprovar que Marcos Valério opera esquemas de drenagem do erário pelo menos desde meados da década passada.

A nota técnica aponta depósitos e ordens de crédito a favor da SMP&B São Paulo efetuados pela Telesp, então a empresa estatal de telecomunicações do Estado de São Paulo, e pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), ligada ao Ministério do Trabalho e Emprego.

Se a CPI procurar direitinho vai achar a fonte de recursos de Marco Valério e desvendar o mistério do caso. a casa de muita gente que hoje posa de santinho e idôneo vai desmoronar. Vai desmoronar porque vão descobrir que foi o "intelectual", principe de uma determinada categoria, que inventou o tal esquema.

Pergunta-se: não teria sido o valérioduto imaginado e criado como alternativa de financiamento de campanhas tão logo Collor sofreu o impedimento???

Se assim for a CPi vai ter muito o que fazer e não sobrará pedra sobre pedra.
Enviada por Almir Américo / Sérgio Bertoni, às 12:15 20/01/2006, de São Paulo, SP / Curitiba, PR


Privatização da Vale do Rio Doce sob suspeita
Caros,

Apesar dos desvios de prioridades e dos erros políticos do atual Governo, lamento que muita gente tenha adotado o improdutivo discurso da equiparação com o governo FHC.

Generalizações como "continuismo da política econômica" virou mantra dos comentaristas de todas as mídias e contagiou também muita gente boa da esquerda.

A privatização da CVRD (artigo abaixo) que a justiça volta a investigar é somente um dos episódios daquele tempo em que a filosofia de governar era assentar o poder público no banco de reservas e transferir para o campo toda a sorte de interesses particulares, muitos deles excusos.

Essa política de transferência patrimonial, além do colossal prejuízo, gerou uma cadeia de cumplicidade com muitos setores empresariais e financeiros, que agora através da mídia disseminam essa idéia de que o passado e o presente são a mesma coisa.

Não sou um entusiasta incondicional do atual Governo, mas não abro mão de buscar a realidade além desses falsos debates que hoje proliferam na mídia.

Abraço e ótimo fim de semana a todos!

ALMIR

_______________________________________________________________________ Do blog do JOSIAS DE SOUZA:

Justiça decide rever privatização da Vale

Por decisão da 5a Turma do TRF (Tribunal Regional Federal) de Brasília, uma das principais privatizações da era FHC será revista pela Justiça. A venda da Cia Vale do Rio Doce, maior mineradora do mundo, será submetida a uma perícia técnica.

O objetivo é elucidar a suspeita de que o patrimônio da empresa foi subestimado no processo de avaliação que antecedeu o leilão de privatização. Comprovado o prejuízo, os responsáveis podem ser condenados a ressarcir o erário. A Vale do Rio Doce foi ao martelo em maio de 1997. Arrematou-a o "Consórcio Brasil", liderado à época pela CSN (Cia Siderúrgica Nacional). Comprou das mãos do governo 41,73% das ações da empresa. Pagou R$ 3,338 bilhões, em valores da época. O julgamento que determinou que o negócio seja periciado ocorreu no dia 26 de outubro do ano passado. Só agora vem a público, na mesma semana em que o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), assinou ato de criação da CPI das Privatizações, cujo funcionamento só depende dos líderes partidários, a quem cabe indicar os membros da comissão.

O blog obteve na noite desta quinta-feira uma cópia da decisão do TRF. Refere-se ao julgamento de uma das dezenas de ações populares impetradas contra a venda da Vale. Figuram como réus no processo a União, o BNDES e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em decisão de primeira instância, o juiz federal Francisco de Assis Gardês Castro Jr., de Belém (PA), extinguira o processo, sob a alegação de que a venda da empresa produzira efeitos que, se desfeitos, produziriam um desastre.

O processo subiu ao TRF, segunda instância do Judiciário. Ali, foi relatado pela desembargadora federal Selene Maria de Almeida. Ela considerou que apenas os aspectos formais do processo de privatização ?questionamentos em relação ao edital- foram prejudicados pelo decurso de prazo. O mesmo não ocorre com os questionamentos relacionados ao valor de venda da empresa. Ela decidiu anular a decisão do juiz do Pará, determinando a reabertura do processo.

Selene escreveu na sentença: "Há que se ter presente que as ações populares têm por objetivo, dentre outros, a recomposição do patrimônio lesado. Nesse sentido, as alegações relativas aos critérios de avaliação do patrimônio da Vale ganham relevo, pois, se corretas, eventual sub-avaliação terá levado a um gigantesco prejuízo ao patrimônio público, dada a enormidade do patrimônio da empresa."

A posição da desembargadora foi referendada pela 5a Turma do TRF. Integram-na, além de Selene, os juízes Vallisney de Souza Oliveira e Marcelo Albernaz. Com a decisão, o processo retornou à Justiça Federal do Pará, para a realização da perícia, único modo, na opinião do tribunal, de elucidar as duvidas quanto à avaliação do patrimônio da Vale e à existência de eventuais irregularidades no processo de privatização da empresa.

Suspeitas baseiam-se em dados oficiais

O TRF de Brasília entendeu que são consistentes os indícios que apontam para uma sub-avaliação do patrimônio da Cia Vale do Rio Doce. Algumas das suspeitas baseiam-se em dados internos da própria empresa.Um exemplo: em 08 de maio de 1995, a Vale informara à SEC (Securities and Exchange Comission), entidade que fiscaliza o mercado acionário nos EUA, que suas reservas lavráveis de minério de ferro em municípios de Minas Gerais eram de 7.918 bilhões de toneladas. No edital de privatização, foram mencionadas apenas 1,4 bilhão de toneladas. Uma diferença de 6,518 bilhões de toneladas.

Quanto às minas de ferro da Serra de Carajás, a Vale informou à entidade norte-americana que suas reservas totalizavam 4.970 bilhões de toneladas. De novo, o edital de privatização mencionou um número menor: 1,8 bilhão de toneladas. Uma subestimação de 3,170 bilhões de toneladas.

Em sua decisão, a desembargadora Selene Maria de Almeida cita documento que o BNDES anexou aos autos para defender-se da acusação de que o patrimônio da Vale teria sido sub-avaliado. "Este Douto Juízo não tem como avaliar as alegações elencadas pelo autor sem prova pericial."

A realização de uma perícia foi justamente o que determinou o TRF. A juíza anotou na sentença: "Os cuidados efetivados no procedimento de avaliação, relatados nas contestações da União, do BNDES e do réu Fernando Henrique Cardoso se, por um lado, parecem resguardar o interesse público, por outro revelam que foram produzidos de forma unilateral. Nesse sentido, a alegação dos réus de que não há que se falar em vício na avaliação das ações pelo simples fato de que foi realizada por consultores especializados e selecionados por licitação soa risível."Questiona-se também na ação popular a participação da corretora Merril Lynch no consórcio que avaliou a Vale. A Merril Lynch adquirira, em 1995, a empresa Smith New Court, controladora de outra corretora, a SBH (Smith Borkum Hare).

O problema é que a SBH atuava como corretora da Anglo American, uma das empresas participantes do leilão da Vale. Quebrou-se, na visão do TRF, a imparcialidade do leilão.

Há dezenas de ações populares contra a venda da Vale. Só a desembargadora Selene é relatora de 69 processos. Abertos em diversos Estados, foram concentradas na Justiça do Pará, onde fora aberto o primeiro processo.

A ação popular agora reaberta foi movida pelo advogado José Roberto Falco. A União, o BNDES e FHC podem recorrer ao STJ. Não se sabe se os dois primeiros réus, hoje sob Lula, exercerão o direito. FHC talvez tenha de fazê-lo sozinho.
Enviada por Almir Américo, às 12:01 20/01/2006, de São Paulo, SP


Lula volta a liderar pesquisa de opinião pública
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a liderar a corrida para a eleição presidencial no primeiro turno, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira pelo "Jornal Nacional".

Na nova sondagem, Lula obteve 35% das intenções de voto contra 31% do prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB).

É verdade que muita água ainda vai rolar embaixo da ponte, como também é verdade que não dá para acreditar em tudo que a mídia nacional divulga, mas engana-se quem acha que Lula está fora do páreo ou quem já aderiu ao derrotismo e a crítica fácil.

Outros dados mostram que se o candidato do PSDB for o governador de São Paulo, Lula obtém 38% das intenções de voto, enquanto Alckmin tem 17%, empatado tecnicamente com Garotinho, que tem 16%. A senadora Heloísa Helena aparece com 6% dos votos.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 01:38 20/01/2006, de Curitiba, PR


EUA: Trabalhadores na Gerdau em estado de greve
Trabalhadores de quatro das cinco fábricas da Gerdau nos EUA devem entrar em greve nos próximos dias contra a retirada de direitos de seus contratos pela empresa.

Representantes sindicais dos EUA, CNM/CUT e CNTM (Força Sindical) marcaram uma nova teleconferência para sexta-feira, dia 20, às 13 horas (horário de Brasília), para definir as estratégias de campanha da paralisação, que não tem previsão de término.

Todos os países que participam da discussão - Argentina, Suíça, Espanha, Uruguai, EUA, Brasil, Chile e Canadá - estão atentos a esta questão. "Temos toda razão em estarmos solidários. Se a Gerdau retirar os direitos dos americanos, com certeza vão retirar os nossos também", afirma Fernando Lopes, secretário geral da CNM/CUT.

Na última teleconferência, dia 17, foi deliberada a constituição de um grupo de estudos internacional para analisar a situação da Gerdau em cada país; além disso, já está programado um novo encontro internacional de 13 a 16 de novembro, em Porto Alegre, com todos os sindicatos representantes da Gerdau para a discussão destes estudos.

No caso da Espanha, o contrato assinado pela redução da jornada de 35 horas ainda é válido até 2007, como prevê o acordo feito de quatro anos com a empresa anterior, Sidenor, agora representada pela Gerdau.

Minnesota - EUA
"Gerdau engoliu a North Star e isso afetou nosso padrão de vida. Quem é o crocodilo?" Esta era a frase exposta na faixa em frente à porta da fábrica da Gerdau no último dia 9, em South St. Paul, Estados Unidos. Trabalhadores e representantes de sindicatos locais negociam, desde então, contra propostas da empresa, como o arrocho salarial, aumento da jornada em até 16 horas, redução de férias pagas e o fundo de pensão. Caso não aconteça uma boa negociação, a previsão entre os sindicatos é que haja greve dos trabalhadores nos próximos dias.

Das 30 unidades da Gerdau em operação nos EUA, apenas cinco possuem sindicatos organizados; três deles já estão com contratos expirados e apenas um ainda está em negociação. Em 2004, a Gerdau adquiriu os bens da North Star, incluindo as unidades de St. Paul.

Fernando Lopes, secretário geral da CNM/CUT, e Nair Goulart, representante sindical da CNTM (Força Sindical), participaram das atividades em St. Paul. Ambas entidades lutam para manter os direitos dos metalúrgicos no Brasil. "Depois de inúmeras greves e campanhas comunitárias nossas lideranças e a própria Gerdau conseguiram estabelecer um respeito mútuo", afirma Lopes. Para Mike Wodaszewski, presidente do sindicato local em St. Paul, está em questão um contrato mais justo. "Esta é uma companhia que fez milhões de dólares apenas no primeiro ano de sua aquisição", diz Mike que representa 350 trabalhadores na sua unidade.

Senado
Em comunicado enviado à Gerdau, a senadora do estado de Minnesota, Mee Moua, afirma que a direção da empresa demonstra uma absoluta falta de respeito com os trabalhadores, seus familiares e o sindicato. "Eu tenho visto a proposta econômica feita ao sindicato. Estas concessões são totalmente inaceitáveis para forçar a produtividade e continuará a segurar a lucratividade para St. Paul", afirma a senadora.

De acordo com a nota, a senadora pede um termo que dê estabilidade no emprego e a inclusão de pensão e seguro benefício para os trabalhadores americanos.

CNM-CUT - Assessoria de Imprensa
Enviada por Sindilab, às 12:24 19/01/2006, de São Paulo, SP


CUT defende Salário Mínimo maior e IRPF menor
A CUT descarta fazer um acordo com o governo caso não haja avanços na proposta já apresentada de reajustar o salário mínimo para R$ 350 a partir de maio e corrigir a tabela do IRPF - Imposto de Renda Pessoa Física em 7%.

O governo deve anunciar ainda hoje os valores.

"Se o governo disser que não dá para mudar, hoje não haverá acordo", disse João Felício, presidente da CUT, na chegada à sede do Ministério do Trabalho, onde se reunirá com os ministros Luiz Marinho (Trabalho) e Antonio Palocci (Fazenda) e outros sindicalistas.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:43 19/01/2006, de Curitiba, PR


Mesmo pagando FMI, Brasil dobra superávit
O balanço de pagamentos do país encerrou 2005 com superávit de US$ 4,319 bilhões. São mais de 10 bilhões de Reais!!!

Houve épocas que economistas tomavam a conta da economia e as contas não fechavam. Depois entregaram a coisa aos sociólogos e seus compadres de faculdade dos anos 60. Déficit, atrás de déficit para manter o real "forte". Aí, num belo dia, o povão cansou e entregou a direção do "botequim" a um operário. Ele apertou o cinto e ficou no arroz com feijão. E não é que as contas começaram a fechar e o Governo Federal passou a ter superávits seguidos.

No Brasil nem tudo que reluz é ouro

O total decorre do saldo recorde de US$ 14,199 bilhões nas contas correntes e do resultado negativo de US$ 8,808 bilhões na conta de capital e financeira. Os erros e omissões ficaram negativos em US$ 1,072 bilhão.

Em 2004, o Balanço fechou positivo em US$ 2,244 bilhões, ou seja, a metade do obtido em 2005. Vale lembrar que em 2004 o país não quitou dívidas com ninguém, o que torna o resultado obtido em 2005 mais significativo, pois se não tivesse quitado a dívida com o FMI o superávit no ano passado seria maior ainda, para não dizer histórico.

O balanço de pagamentos contabiliza a conta de transações correntes (balança comercial, conta de serviços e transferências) e a conta de capital e financeira. Esta última contabiliza também as transferências de patrimônio, além de empréstimos e financiamentos de todas as modalidades, desembolsos de curto, médio e longo prazo e amortizações.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:28 19/01/2006, de Curitiba, PR


Resposta: Brasil descarta TV digital dos EUA
O Governo Brasileiro decidiu que modelo americano de TV digital não traz vantagens para o País e vai analisar os padrões europeu e japonês

O governo brasileiro descartou ontem a possibilidade de adotar o padrão norte-americano de TV digital no País, informaram técnicos.

As conclusões de estudos técnicos coordenados pela Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) para a escolha do padrão da TV brasileira foram apresentados a representantes de dez ministérios, em reunião no Palácio do Planalto.

A expectativa é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncie hoje a abertura das negociações com europeus e japoneses para escolher a tecnologia a ser usada no País, após reunião sobre o tema da qual participarão os ministros das Comunicações, Hélio Costa, da Casa Civil, Dilma Rousseff, da Fazenda, Antonio Palocci, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. Essa negociação levará em conta os ganhos comerciais e tecnológicos que o Brasil poderá ter em troca da adoção de um ou outro padrão.

O governo quer garantir espaço para comercialização de sistemas já desenvolvidos no Brasil, como a caixinha que faz a conversão dos sinais digitais em analógicos, o que permitirá que o telespectador continue usando o televisor que possui em casa.

Além disso, o País tem desenvolvido aplicativos que podem ser utilizados na TV digital, como programas de computador que permitem a interatividade do telespectador com a emissora e a integração entre serviços de TV, Internet e telefonia. Tanto o sistema europeu quanto o japonês apresentaram condições técnicas para absorver esses aplicativos desenvolvidos.
Enviada por Almir Américo, às 12:10 18/01/2006, de São Paulo, SP


Aviões, softwares, novas armas do império???
O que está acontecendo em relação à compra de aviões pela Venezuela e os vetos impostos pelos EUA ao Brasil, Espanha e Israel, já acontecem em outros setores da economia mundial.

A guerra suja mantida por uma determinada empresa de software contra o movimento do Software Livre possui o mesmo caráter dos vetos do governo de Bushinho aos aviões para Venezuela.

O que as automobilísticas fizeram ao redor do mundo em outras épocas tem o mesmo sabor.

Está em debate não somente o comércio em si, mas o direito de propriedade, as patentes e o direito dos povos usarem livremente o conhecimento humano.

Em outras palavras, o que os gringos defendem abertamente é a privatização do conhecimento humano, traduzido aqui como tecnologia.

O Império lança mão de uma nova arma letal - as patentes - para manter o mundo subjugado.

Eles nos dizem claramente: "O dono da patente, o dono da tecnologia, pode fazer o que quiser, quando quiser e como quiser."

O mais absurdo nesta história é que muitas patentes só foram possíveis porque determinados "pesquisadores", "inventores" e coisas do gênero se valeram de conhecimento adquirido gratuitamente, seja nas escolas, nas ruas, campos ou construções. Conhecimento esse desenvolvido por gerações e gerações e livremente repassados às gerações vinodouras. Em outras palavras, patente é roubo, é uma forma de legalizar a expropriação na cara dura.

A privatização do conhecimento é a nova forma de escravização dos seres humanos, que se dará através da cobrança de licença de uso de todo e qualquer produto que tenha sido patenteado por alguma empresa ou pessoa.

Hoje isso pode parecer loucura, mas no mundo ideal do expropriadores, dentro de alguns anos receberemos em nossas caixas de correios, assim como acontece com água, luz e telefone atualmente, contas nos cobrando pelo uso deste ou daquele equipamento que leva determinada tecnologia...

Já imaginou você recebendo a conta de uma determinada empresa gringa porque consumiu um produto alimentício que continha soja transgênica por ela patenteada, mesmo sem saber que o produto continha o tal transgênico???

Se nada fizermos agora, "quem viver verá" e pagará muito caro para ver...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:37 18/01/2006, de Curitiba, PR


Embraer: Imperialismo Nu e Cru
O governo Bush júnior veta a venda de aviões brasileiros à Venezuela. Mas aprovou a venda à Colômbia

O chanceler brasileiro Celso Amorim confirmou o veto, por Washington, à assinatura de um contrato, de US$ 500 milhões da Embraer com a Venezuela, anunciado já há um ano, para venda de pelo menos 36 aviões Super Tucano, sob a alegação de que a empresa brasileira usa tecnologia estadunidense. Um contrato semelhante (para 25 aviões) foi assinado com a Colômbia, em dezembro.

Não existe nenhum tipo de sanção internacional à Venezuela e aviões brasileiros, destinados a patrulha de fronteiras e combate ao narcotráfico, não representam ameaça alguma aos Estados Unidos. Ou mesmo defesa eficaz contra uma eventual tentativa de Washington de intervir em Caracas.

Trata-se de uma imposição arbitrária do Império, motivada seja por rancor contra um governo insubmisso, seja por determinação mais geral de prevenir o crescimento de novos circuitos de comércio internacional e desenvolvimento tecnológico em condições de quebrar seus monopólios e concorrer com sua própria indústria.

Os EUA também vetaram, com ?argumentos? semelhantes, a venda à Venezuela de aviões e navios de patrulha pela Espanha e de tecnologia israelense para a modernização de aviões F-16. Sharon, muito dependente da ajuda militar e financeira de Washington, acatou o édito imperial. O governo de Zapatero o ignorou.

A Embraer não comenta o assunto. Como empresa privatizada, receia perder o mercado estadunidense, no qual não só vende aviões civis para empresas aéreas regionais como também sonha vencer uma concorrência com a Boeing para fornecer aviões-radar para o Exército.

Para Caracas, não é grande problema. Hugo Chávez poderá comprar aviões equivalentes na Rússia ou na China. É apenas um prejuízo para o comércio e a reputação do Brasil e um desmentido irrespondível aos que insistem em que o capital não tem pátria e que a propriedade das empresas e a origem de sua tecnologia não afetam os interesses e a soberania do País.

Publicado em CartaCapital Número 376, 18 de Janeiro de 2006

Não deixe de ler abaixo artigo sobre a reação dos Trabalhadores espanhóis a restrições semelhantes impostas pelos EUA à empresa EADS-CASA.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:09 18/01/2006, de São Paulo, SP


Um belo exemplo a ser seguido
A empresa espanhola EADS-CASA enfrenta as mesmas restrições impostas pelos EUA à brasileira Embraer.
Ambas negociam vultosos contratos com a Venezuela, mas os EUA interferiram porque os aviões destas empresas levam tecnologias norte-americanas.
A EADS é uma das acionistas da Embraer!
Veja a seguir o que a companheirada na Espanha decidiu fazer.

Los trabajadores de EADS-CASA se concentran a las puertas de sus fábricas en protesta por la decisión de EE.UU. de prohibir el uso de su tecnología en los aviones que se han vendido a Venezuela

?Ningún plan industrial puede estar condicionado por intereses políticos?

Los trabajadores de los seis centros productivos que EADS-CASA tiene repartidos por todo el territorio español (Sevilla, Cádiz, Madrid y Toledo) han interrumpido esta mañana su actividad laboral para concentrarse durante cinco minutos a las puertas de sus fábricas. La plantilla de la compañía aeronáutica protestaba de esta manera contra la decisión del Gobierno estadounidense de impedir el uso de su tecnología en los doce aviones que España ha vendido a Venezuela.

El secretario general de la sección sindical intercentros de CC.OO. en EADS-CASA dirigió unas palabras a los trabajadores que se habían concentrado en el exterior de la planta madrileña de Getafe. Aseguró que ?ningún plan industrial de ninguna empresa puede estar condicionado por intereses políticos?, para advertir después que ?las decisiones políticas equivocadas pueden poner en peligro el empleo?.

Alcazar aprovechó la ocasión para recordar a las instituciones locales, autonómicas y al Gobierno central la necesidad de defender la industria aeroespacial española. El líder sindical reclamó a los grupos políticos que reflexionen sobre la situación y hagan lo que esté en sus manos para evitar que el sector aeronáutico pierda esta oportunidad.

Operación comercial

La Federación Minerometalúrgica de CC.OO., organización sindical que defiende el empleo, el desarrollo de la industria y que vela por que los intereses de los trabajadores estén por encima de las rencillas políticas, considera que se trata de una operación comercial en la que no deben interferir otros asuntos.

Este sindicato recuerda al Gobierno estadounidense que los intereses laborales siempre han de estar por encima de los políticos. La operación ha sido valorada en 1.700 millones de euros y garantizará una gran cantidad de horas de trabajo en los centros que EADS-CASA tienen repartidos por todo el país.

La Federación Minerometalúrgica de CC.OO. es de la opinión de que hay que dar prioridad a los intereses económicos e industriales, que es la postura que defiende EE.UU. cuando le conviene. Sólo en 2004 el país norteamericano suministró a Venezuela material armamentístico valorado en 24,6 millones de dólares.

Una operación de esta envergadura consolidará las compañías implicadas, estabilizará su nivel de empleo y revertirá en la mejora de la competitividad. Para este sindicato si la venta fracasa, se habrá desperdiciado una gran oportunidad para el sector. (Federación Minerometalúrgica de CC.OO.).
Enviada por SindLab, às 11:02 18/01/2006, de Madrid, Espanha


FIAT Auto e Indiana TATA Motors fecham parceria
A maior empresa de automóveis da Índia, Tata Motors, assinou um acordo com a Fiat para vender, em sua rede de concessionários, alguns modelos do fabricante italiano no país asiático.

"Este acordo é um marco em nossa presença na Índia", pois "nos permite aumentar nossa base de clientes no país e fornecer serviços de qualidade superior a nossos atuais clientes", disse o diretor-executivo da Fiat, Sergio Marchionne. "Está sendo feito um trabalho excelente e acredito que nossa cooperação com a Tata aumente ainda mais nos campos de fornecimento de produtos e fabricação", acrescentou.

Ratan Tata, presidente do grupo industrial Tata e de sua filial Tata Motors, também manifestou sua satisfação pela assinatura desse acordo, que classificou como "um passo rápido e definitivo para uma relação potencialmente de longo prazo. Achamos que em breve resultará em mais alianças estratégicas entre as duas organizações e em outros mercados", completou.

Esta "cooperação em outros mercados pode ser a confirmação de informação divulgada em Belo Horizonte pelo cônsul da Índia, Elson Gomes Júnior. Segundo ele, a indiana Tata Motors estuda a possibilidade de construir uma fábrica de automóveis populares em Betim, em Minas Gerais. O investimento poderia chegar a US$ 1 bilhão. De acordo com o cônsul, uma comitiva de executivos da Tata deverá chegar na capital, até o fim do mês, para as primeiras negociações com o governo de Minas.

A TATA Motors produz um modelo popular, INDICA, que nada mais é que um clone do também popular Pálio produzido pela filial mineira da FIAT, o que facilitaria a tal da "sinergia" de produção, tão defendida nas altas rodas gerenciais.

Especula-se que poderia haver uma mudança no mix de produção da empresa italiana no Brasil para acomodar a produção do modelo de entrada da empresa indiana. Os novos lançamentos da Fiat mostram que a empresa busca outros segmentos de mercado.

Notícias recentes também dão conta que a Fiat Automóveis irá contratar mais 300 operários para elevar de 2.060 para 2.200 o número de carros montados por dia em Betim (MG). O objetivo disso é recompor estoques. Em 2005, a Fiat Automóveis exportou US$ 620 milhões, o que representou aumento de 31,53% sobre 2004.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 10:20 17/01/2006, de Curitiba, PR


Tucanos saraivados em pleno vôo
Os tucanos Geraldo Alckmin e José Serra, bem como seu coleguinha Germano Rigotto, usaram o palanque montado pela indústria calçadista na inauguração da Exposição Couromoda, em São Paulo.

O setor calçadista é um dos que mais demitem no Brasil e também é o responsável por grande migração de fábricas do Rio Grande do Sul para o Nordeste brasileiro, gerando desemprego no sul e empregos mal remunerados no região mais pobre do país. Mas isso não parece incomodar os políticos da "nova" direita brasileira.

Os três políticos fizeram discursos duros e criticaram muito o Governo Federal como se só ele fosse responsável pelos desmandos cometidos no país.

Tão espertos são que até se esqueceram como se deve fazer política. É, quem sabe, os coitadinhos não sabiam que o último a falar seria o ministro do Desenvolvimento do Governo Federal, Luiz Fernando Furlan. Este não teve dúvida e sapecou os esvoaçantes bicudos:
Quem sabe, faz!
Quem Já fez, ensina!
E quem nada sabe, critica!!!

É isso mesmo! Se a direita brasileira é tão competente porque não fez antes? Se realmente sabia como fazer porque não ensinou? :-P

É aquilo que sempre afirmamos aqui: Só não vê quem não quer, mas a diferença é clara.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 22:07 16/01/2006, de Curitiba, PR


Chile: Socialista eleita defende a ALCA
Apesar de dizer em campanha que pretendia uma aproximação com o Mercosul e que iria desenvolver políticas sociais a futura presidente do Chile a "socialista" Michelle Bachelet defendeu hoje, um dia após ser eleita, a Área de Livre Comércio da Américas. Uma ALCA "básica", segundo ela, simplificada levando em consideração as diferenças entre os países do continente.

Resta a pergunta: como será que ela pretende desenvolver políticas públicas voltadas para a área social se o Chile for membro de uma Aliança de desiguais, como ela mesma afirmou, e onde o sócio mais rico, os EUA, notoriamente desconsideram o social???

É! o tempo vai dizer, mas parece que a turma Chaves-Kirchner-Lula-Morales trabalham o tema de forma diferenciada.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 21:53 16/01/2006, de Curitiba, PR


Taiwan: Parlamento decide banir Microsoft
De acordo com o sítio slashdot o parlamento de Taiwan aprovou uma série de medidas para acabar com o monopólio da Microsoft no fornecimento de softwares a instituições governamentais daquele país.

Lobbystas locais comentam que a decisão é ilegal, mas cada vez mais uma tendência mundial torna-se visível: a conscientização de setores governamentais sobre assuntos como segurança, liberdades e direitos no mundo digital.

Ficar dependente de um único fornecedor e ainda sem saber o que os computadores fazem em seu meandros por falta de acesso ao código-fonte dos softwares, como acontece com os produtos da Microsoft, é um atentado à segurança do Estado, à liberdade de escolha do usuário final e um desrespeito aos direitos de todos os cidadãos.
Enviada por Djogo, às 14:04 16/01/2006, de São Paulo, SP


Chile é prova de falência do modelo neoliberal
No próximo domingo o Chile terá o segundo turno da eleição presidencial que começou em 2005.

Dois acontecimentos nesta última semana demonstram claramente que o modelo neo-liberal implementado durante a ditadura militar chilena e tão cuidadosamente mantido pela Concertacion (coalisão liderada pelo Partido Socialista que governa o Chile há 15 anos) está morto e a espera do enterro.

Numa jogada demagógica o presidente chileno Ricardo Lagos aproveitou o compromisso assumido em campanha pelo candidato da oposição, Sebastián Piñera, de aprovar uma proposta de lei sobre tercerização (apresentada há três anos e engavetada por Lagos devido a resistência da direita), interrompeu o recesso parlamentar e mandou o texto de volta ao Congresso.

A precarização dos vínculos trabalhistas é uma das tantas falhas do modelo chileno.

Os terceirizados representam 43% dos empregados do setor privado e praticamente não têm direitos trabalhistas.

O projeto determina que a empresa que subcontrate outras seja a responsável final pelo cumprimento das leis trabalhistas e pelo seguro social. Lagos e a candidata do governo à Presidência, Michelle Bachelet, estão dando uma espécie de xeque na direita: rejeitar o projeto pode minar as chances de Piñera no segundo turno de domingo, ale de conferir a Lagos e a seu Partido Socialista a "grandeza" de lutar contra a terceirização até o último minuto de seu mandato.

A hipocresia é muito grande, pois a Concertación teve 15 anos para corrigir este e outros problemas. Não só não os corrigiu, como também subcontratou funcionários para o exercício de funções de funcionários públicos.

Por outro lado, os dois blocos que disputam as eleições presidenciais defendem a manutenção das bases do modelo econômico de abertura que permitiu que o país crescesse nos últimos anos a taxas aceleradas. Paradoxalmente, ambos concordam que este mesmo modelo é o responsável pelas péssimas condições devida do povo chileno. Em campanha, falam até da necessidade de fazer reformas para diminuir a desigualdade social.

Os indicadores sociais chilenos e a distribuição de renda pioraram substancialmente durante o regime do general Augusto Pinochet (1973-90). O desenvolvimento obtido pelo país tornou mais visível o contraste entre ricos e pobres e fez com que o combate à desigualdade se transformasse no eixo da campanha eleitoral.

Tanto o candidato da direita, Sebastián Piñera, quanto a socialista Michelle Bachelet, que fizeram ontem seus comícios finais, defendem a necessidade de melhorar a situação dos setores pobres e médios.

Este uníssono na campanha eleitoral chilena é prova cabal de que o neo-liberalismo não serve mais nem mesmo a direita mais atrasada do continente latino-americano.
Enviada por Arturo Alves, às 11:45 13/01/2006, de Porto Alegre, RS


Os des(a)tinos das esquerdas
Por Flávio Aguiar

Muitas esquerdas de hoje cometem os mesmos erros históricos de seus antepassados. Com a idéia de que o governo Lula é uma decepção, optam pelo curto caminho de atacá-lo. E esquecem análises de conjuntura e de estrutura: sem Lula e o PT, Chávez, Morales e Kirchner também vão para o brejo.

Ao contrário do que se pensa no vulgar, a esquerda tem uma longa história no Brasil, e este é um país muito longevo. O país é herdeiro de Portugal, aquele que é a nação mais antiga do mundo moderno, e de fronteiras mais estáveis por mais longo tempo, desde o século XIII, descontados os períodos de ocupação pelos espanhóis e pelos franceses.

No arquivo da esquerda brasileira, sem levar em conta os tempos coloniais, podemos listar: a maçonaria vermelha (primeira metade do século XIX), os republicanos e abolicionistas exaltados (segunda metade), os maximalistas (começo do século XX), os anarquistas, até chegarmos à fundação do Partido Comunista do Brasil, em 1922, junto com a Semana de Arte Moderna e, em 24, à revolta do Forte de Copacabana. Ainda há os movimentos camponeses, como o de Canudos. E desse conjunto ainda fazem parte um romancista como Lima Barreto e um pensador como Manuel Bonfim. E lá atrás um militar como José de Abreu Lima, que lutou como Simon Bolívar. Não vamos mencionar os "meramente" progressistas, para não alongar a lista.

Buenas, mas tudo isso é muito desconhecido, e o fato é que as esquerdas brasileiras acham que se inventam a cada momento histórico, e que, como um Luís XIV ao contrário, decretam: avant nous, le rien; antes de nós, o nada. E ao lado também, pois nossos companheiros de caminho, que seguem por outras rotas, não passam de vis traidores da causa, e desde sempre.

No Brasil republicano, em nível federal, tivemos quatro momentos de movimentação à esquerda, e neles as esquerdas, ao lado de lutas extraordinárias por sua generosidade (provavelmente de origem cristã) incorreu também em equívocos notáveis, motivados por um erro de paralaxe, entre a avaliação de sua posição e a análise da conjuntura política. Antes de prosseguir, explico a expressão, não por acaso: a origem do "erro de paralaxe" está na fotografia, mais diretamente na diferença que existe na leitura da cena fotografada entre a do visor, no olho do fotógrafo, e a da lente, no coração da máquina.

Os momentos foram: a Revolução de 30, o segundo governo de Vargas, de 51 a 54, o governo de João Goulart, e a agora o governo de Lula. Examinemos.

Na Revolução de 30, Prestes e o Partido Comunista incipiente não tomaram parte. Foi um erro. Prestes foi provavelmente o líder político mais impoluto da história do Brasil. Cometeu erros tremendos, mas jamais em nome de algum proveito pessoal.

Na conspiração de 30, recebeu dinheiro para compra de armas na Argentina. Não tomou um único centavo para si. Entregou a grana para o Partido Comunista, em ajuda aos companheiros no exílio, para pagamento de dívidas e outras funções revolucionárias. Um exemplo, para quem andou recebendo carros de presente e achou que podia sair de fininho. Mas a recusa dele e do Partido quanto à participação no movimento de 30 privou este de uma esquerda organizada, ainda que, no contexto, ele fosse popular, libertário, e inovador; e privou as esquerdas de uma participação no movimento mais importante que já houve no Brasil, no sentido de sua modernização. O movimento ficou preso no círculo de giz liberal, as esquerdas ficaram presas no círculo de giz de sua imaginação revolucionária, que andava longe, nessa altura, do "real brasileiro", o conjunto de circunstâncias da conjuntura e de aspirações das camadas sociais emergentes ( e também das detergentes, as classes dominantes).

Ao final do segundo governo de Vargas houve, quanto às esquerdas, um movimento patético. O Partido Comunista, ainda que fora da lei, era o movimento hegemônico de esquerda. Padecia de alianças populistas, em nome da "revolução nacional e burguesa", que tinha por aliada uma burguesia recalcitrante, não só em fazer uma revolução, mas até em ser uma burguesia digna do nome, achando mais importante manter os anéis em detrimento da independência dos próprios dedos. Mas, além disso, olhando para seu passado, as esquerdas amargavam não só a terrível repressão durante o Estado Novo, como a disputa das massas com a sombra e, pior, a presença de Vargas. Quando a direita começou uma campanha feroz contra o nacionalismo de Vargas, e o trabalhismo, as esquerdas entraram ou simplesmente não se opuseram à cantilena. Foi um desastre. Arrastadas na campanha contra "o ditador", e contra "o mar de lama", foram completamente surpreendidas pelos acontecimentos de 24 de agosto de 1954.

Até hoje, historiadores de esquerda se deixam levar, graças à dubiedade com que vêem a figura de Vargas, pela versão de que naquele dia houve um "mero" quebra-quebra. Na verdade, pelo menos no Rio de Janeiro e em Porto Alegre houve levantes populares desorganizados. Não havia lideranças de maior alcance; em primeiro lugar, porque o grande líder e sua morte eram o motivo do levante; em segundo lugar, porque as lideranças de esquerda, como as de direita, tinham uma leitura completamente defasada do país em que habitavam. As últimas achavam que resolveriam a crise como na República Velha: um acerto entre cúpulas, e fim de conversa. Não contavam com o fato de que a política de Vargas tinha despertado o detestado monstro: o tal de "o povo", que saiu às ruas para depredar seus inimigos. Muitas das esquerdas achavam que estavam se livrando de um inimigo histórico, que usurpara o "seu povo", que o acaudilhava, etc.

Muita gente de esquerda saiu à rua, naquele dia, para festejar "a queda" do ex-ditador. Ao receberem a notícia do suicídio, caíam em si, e na melancolia e no absurdo da situação; e ao saber que as multidões saíam às ruas não para comemorar, mas para depredar os partidos e jornais da direita, caíam na real: o país lhes mostrava uma face insuspeitada. Em Porto Alegre houve um momento notável, que seria cômico, se não fosse trágico. A multidão, ao ouvir a Carta-Testamento transmitida pelo rádio, saiu às ruas para depredar tudo, inclusive a sede do Partido Comunista, cujo jornal atacava Getúlio. Naquela circunstância houve a auto-crítica feita em tempo mais relâmpago na história mundial do Partido: militantes foram às manifestações para desvia-las daquela sede, e leva-las para outros objetivos. O resultado de tudo foi penoso: três mortos, centenas de feridos, um paraplégico, um jovem que pulou do segundo andar da rádio Farroupilha, dos Diários Associados, incendiada pela multidão enfurecida, e quebrou a espinha dorsal.

Quanto ao governo de João Goulart, o maior problema esteve em seu fim. Em 64 as esquerdas não se comportaram do mesmo modo obtuso; mas cometeram, muitas delas, um grave erro de avaliação do significado do que estava acontecendo. Acharam que estávamos diante de uma quartelada tradicional, cujos efeitos seriam superficiais na vida do país. Líderes governistas, como Brizola e Arraes, tiveram uma análise mais adequada da situação, antevendo o tamanho da caverna sem saída em que entrávamos. Poderíamos continuar a evocação de erros e acertos ? pois na resistência as esquerdas sempre tiveram desempenho notável ? mas acho que os exemplos evocados são suficientes para ilustrar o que quero por em pauta. Hoje muitas esquerdas estão cometendo alguns dos erros historicamente apontados.

Com a idéia de que o governo Lula é uma decepção ? o que pode até ser verdade, ainda que não do mesmo modo como a mídia apregoa ? optam pelo caminho de que atacá-lo, assim como rir no Reader?s Digest ? é o melhor remédio. Esquecem análises de conjuntura e de estrutura, não as produzem, ou se as produzem não as divulgam, não as debatem, enveredando pelo caminho fácil da pauleira no governo e no presidente, e no seu partido, sem levar em conta as conseqüências de suas atitudes, inclusive as reflexas, isto é, sobre si mesmas. Pois acham que serão herdeiras de uma terra virgem, a de um caminho inteiramente novo, recém fundado, com elas, a percorrer, e não de uma terra devastada, aquela que a novel aliança da direita (PFL/PSDB e partidos que acorrerão) irá herdar. Divulgam a idéia inteiramente equivocada de nascença, de que um governo futuro dessa aliança será igual ao do PT, já que este teria, "meramente", "continuado" o do PSDB. Ivo engano: se a direita retomar o Planalto, a repressão sobre os movimentos sociais será brutal, ainda que disfarçada de modernidades e sem as "maricotas" (máquinas de dar choque) de antanho. As novas "maricotas" serão jurídicas e legais, apoiadas num Congresso pusilânime como este de agora diante dos ditames da direita dominante.

Partes dessas esquerdas elogiam (com justiça) Hugo Chávez e Evo Morales, e escarmentam Lula. Mas não conseguem ver que sem Lula no Planalto e sem um PT a apoiá-lo a Sul-América hispânica vai pra o brejo. A Argentina vai ficar na mão, o Paraguai vai ficar sem mão, a Venezuela vai ficar isolada, a linha direita vai se aprofundar na Colômbia, o Uruguai vai ficar emparedado à esquerda e com a direita reforçada, e a Bolívia de Evo Morales simplesmente não se sustentará. Não sabemos ainda o que acontecerá com o Equador, com o Peru, com as Guianas, mas sabemos que Cuba ficará muito mais isolada. E que os Estados Unidos e a Alca comerão a todos. Porque sem Lula não existe o Itamaraty de hoje, e sem o Itamaraty de hoje o Brasil retornará ao de ontem, isto é, o de diplomacia sempre competente, como de costume, mas com a costumeira política de subordinação defensiva, ou de defesa subordinante.

Enfim, que as esquerdas escolham seu caminho. Vamos tentar aprender com os erros, ao invés de reitera-los, por outras veredas. E o erro maior, aquele que é a espinha dorsal dos outros, é o do desconhecimento do Brasil, de sua circunstância e sua conjuntura. As esquerdas, como as classes dominantes, parecem olhar por vezes (as classes dominantes quase sempre) o país como um modelo mal realizado de alguma outra coisa com que se sonha, ou se delira.

Retomemos aquele momento mágico da história brasileira, em que o Cavaleiro da Esperança podia ter se unido com quem estava a cavalo do movimento que iria transformar o Brasil num país moderno. Esse momento até teve o seu registro. Em 1929 Prestes fez uma viagem secreta a Porto Alegre (ver Hélio Silva, 1926: a grande marcha. Porto Alegre: LP&M, págs. 312 ? 318) para avaliar a situação política. Reuniu-se com Osvaldo Aranha e com Vargas, com este no Palácio Piratini. Teria ido a uma sessão de cinema no Cine Guarany (oh!, que lembrança!), na Rua da Praia, em frente à Praça da Alfândega. Estaria com Siqueira Campos e Osvaldo Araújo. No intervalo do filme, apareciam cartazes na tela: Com Getúlio, pelas urnas! (Aplausos). Se as urnas foram roubadas, com Prestes, pelas armas! (Mais aplausos). Consta que Siqueira Campos teria se levantado, apontando o Cavaleiro, consagrado em seguida por mais aplausos. Ouçamos o historiador: "Prestes não tomaria parte na Revolução de 30. O revolucionário de Santo Ângelo amadurecera seu desajustamento, na caminhada rude, até o conflito ideológico que iria marcar a divergência com os antigos companheiros, na reunião de Calle Gallo [em Buenos Aires], que precedeu a última jornada da Siqueira Campos. O dinheiro recebido [por Prestes] foi aplicado no pagamento das dívidas dos emigrados, no repatriamento dos que desejavam voltar. O saldo ele o guardou para sua revolução. Isso mesmo será dito anos mais tarde, numa dramática cena, depondo como réu de deserção, babando sangue pela boca esmurrada por um soldado da Polícia Especial, na sala de sessões do Tribunal de Segurança Nacional".

Respeitemos os motivos, o exemplo, o ethos estóico do nosso Cavaleiro. Mas aprendamos que leituras erradas são possíveis. Especialmente aquelas que, na adesão a modelos de método, terminam por não se valer deles para explicar o Brasil, mas por se valer do Brasil apenas para justificar a adesão. O resultado, em geral, é confuso.

Flávio Aguiar é professor de Literatura Brasileira na Universidade de São Paulo (USP) e editor da TV Carta Maior.
Enviada por Almir Américo, às 11:24 13/01/2006, de São Paulo, SP


Indício de monopólio barra compra de software
Neste país, infelizmente, as boas notícias não recebem da imprensa a mesma atenção que as denúncias contra o governo.

A comunidade de Software Livre e os cidadãos brasileiros deveriam estar comemorando algumas ações ocorridas recentemete que beneficiam a todos.

Foram levantadas suspeitas que algumas licitações públicas para aquisição de software visavam beneficiar uma determinada empresa do setor.

Em virtude disso, a Câmara dos Deputados suspendeu o pregão eletrônico para a compra de R$ 7,48 milhões em licenciamento de software exclusivo da Microsoft.

A revogação ocorreu depois que a Justiça Federal de Brasília solicitou informações sobre a licitação, em mandado de segurança impetrado pela empresa brasileira Freedows Consortium, que alega ter sido impedida de participar da disputa por Trabalhar com Software Livre, tais como, Freedows Linux e OpenOffice.org.

O pregão de número 71/2005 da Câmara era destinado a compra de licenciamento de softwares do pacote de escritório MS-OFFICE e outros produtos da Microsoft sob a alegação de que a redução de custos proveniente da aquisição de outros produtos seria de apenas 0,3%.

Como os responsáveis pelo processo licitatório sabiam de antemão que a redução de custo com a aquisição de outros produtos seria de apenas 0,3% se as empresas que desenvolvem Software Livre nem chegariam a apresentar suas propostas devido às exigências do edital???

A Freedows garante que pode oferecer pacotes de aplicativos e serviços em Software Livres semelhantes aos licitados por R$ 800 mil.

As empresas nacionais de Software são exlcuídas dos processos de licitação na hora da redação do edital que específica a compra de produtos Microsoft. É como se elas fossem eliminadas de antemão sem ter o direito de apresentar seus argumentos, ou seja, propostas.

A Fundação Nacional de Saúde a a Infraero também cancelaram licitações para compra exclusiva de produtos Microsoft.

O Ministério do Trabalho e Emprego e o Instituto Nacional de Meteorologia elaboraram editais abertos que possibilitaram a participação de empresas nacionais desenvolvedoras e fornecedoras de Software Livre. Estes orgãos governamentais acabaram por optar pelo Software Livre.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 10:38 11/01/2006, de Curitiba, PR


Veja experimenta do próprio veneno
Por Alberto Dines

Veja recebeu em 2005 mais 12.118 cartas do que no ano anterior. Isto está constatado na primeira edição do ano (nº 1938, pág. 27). Mas o aumento de 2004 sobre 2003 foi de 14.824 cartas. Curva descendente, isso é grave: Veja está começando a cansar os assinantes. Logo começará a cansar os anunciantes.

Significa que no ano mais intenso, mais agitado, mais dramático da vida política brasileira nas últimas décadas, o pujante semanário teve menos respostas do seu público. E isso com a economia em ascensão e a equipe econômica do governo executando fielmente tudo o que a direção de Veja recomenda.

Significa também que o extremo recurso de publicar palhaçadas e vilanias "padrão Diogo Mainardi" já não está surtindo o efeito desejado. O Prêmio Nacional de Jornalismo Marrom tem um preço. O rebotalho que sai em suas colunas acaba maculando o resto. Inevitável.
Enviada por Almir Américo, às 09:51 11/01/2006, de São Paulo, SP


As Manipulações de Viena
Depois de ter documento alterado, comunidade de software livre se movimenta para que texto original seja novamente adotado.

Por Fernanda W. Geiden

Todo mundo sabe que as grandes empresas de software proprietário usam de todo o tipo de recurso para ver o software livre fora de documentos conclusórios de conferências, especialmente nas Nações Unidas. O que ninguém esperava era que um dia a comunidade software livre conseguiria provar isso.

Em junho de 2005, o governo da Áustria organizou uma conferência preparatória para a Cúpula Mundial da Sociedade da Informação, com o nome "UN WSIS Contributory Conference on ICT & Creativity". Georg Greve e Karin Kosina, da Free Software Foundation Europa, foram convidados a participar do evento. Em particular, Georg Greve foi chamado a participar do painel "Digital Rights/Creative Commons" ao lado de um representante do Creative Commons Áustria e de um representante da Organização Mundial de Propriedade Intelectual, entre outras pessoas. Depois do painel, foi escrito um texto conclusório no qual todos os participantes concordaram. Este documento faria parte das "Conclusões de Viena".

O documento se referia ao sucesso do software livre e também tratava software como a técnica cultural da era digital. É realmente muito difícil que um documento de uma conferência deste tipo contenha tanto suporte ao software livre, já que os grandes monopólios sempre dão "um jeitinho" de fazer com que ele desapareça. Mas desta vez estava tudo perfeito.

Meses depois, durante a CMSI, na Tunísia, o documento distribuído pela delegação austríaca chocou participantes do painel Bendrath e Greve, ao perceberem que o software livre havia desaparecido do documento, e que este texto tinha sido adicionado: "Para garantir a continuidade da inovação, o desenvolvimento de Digital Rights Management (DRM - Gerência de Direitos Digitais) deve se manter voluntário e guiado pelo mercado". O texto tinha sido virado ao avesso.

O responsável por juntar as conclusões dos dez painéis e fazer delas um documento único, o professor Peter Bruck, tinha mencionado que o documento conclusório seria um documento vivo e que deveria ser trabalhado após a conferência.

Mais do que somente vida, eu diria que o documento ganhou vida própria, já que nenhum dos conferencistas foi avisado de como o processo seria conduzido. Não demorou muito e o ocorrido foi publicado por uma agência de notícias austríaca. O professor Peter Bruck, então, procurou o responsável pela reportagem, esclarecendo que o documento tinha sido alterado por um blog público, no qual supostamente os participantes do painel, e quem mais se interessasse, teriam postado comentários. Detalhe importante é que nenhum dos participantes parecia ter conhecimento do tal procedimento e sequer sabiam o endereço do blog.

Este blog continha cinco posts: dois deles explicando como a alteração do documento seria feita e estabelecendo um prazo para encerramento, em 30 de setembro de 2005. Os demais posts foram: um do sr. Lutz, da Microsoft, um da sra. Felzmann, da Cox Orange, e um terceiro não relacionado ao assunto.

O post da Microsoft sugeriu que a menção ao software livre como modelo de mercado baseado em serviços fosse deletada. O post da sra. Felzmann sugeria mencionar as DRMs.

Ambas foram aceitas, com o detalhe de que a sugestão da sra. Felzmann, parlamentar austríaca também representante da empresa Cox Orange, que já prestou serviços à Microsoft, foi feita cinco dias depois de o blog ser "oficialmente fechado".

A Microsoft ainda se pronunciou dizendo que "o documento Conclusões de Viena foi criado por meio de um processo democrático de feedback conforme requisitado pelo comitê no seu blog. Todos os participantes da conferência foram convidados a publicar contribuições, compartilhar feedbacks e sugerir mudanças..."

Se modificar a essência de um documento sem consultar as pessoas que supostamente seriam os autores - que discutiram o assunto a convite evento -, é um processo democrático, deve ser o mesmo tipo de democracia que diz que uma empresa que tem 98% do mercado de desktops não é um monopólio a ser combatido.

A Free Software Foundation Europa, por meio de uma entrada no blog do seu presidente, iniciou uma campanha informal chamada "Fellow Me: Say NO! to Vienna Manipulations", pedindo que as pessoas incluam este botão em websites.

Diga você também NÃO às Manipulações de Viena.

Fernanda G. Weiden é desenvolvedora de software livre, participante do Projeto Debian Women e membro do Conselho Administrativo da Free Software Foundation América Latina

Artigo Publicado na revista Linux PC Master No. 104, Janeiro 2006

Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Atribuição-Compartilhamento pela mesma licença 2.5.
Enviada por Fernanda W. Geiden, às 16:21 10/01/2006, de São Paulo, SP


Universidade nos EUA bane Coca-cola
A Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, baniu as vendas dos produtos da Coca-Cola no seu campus, alegando que a companhia permite abusos a direitos humanos e ao meio ambiente.

A suspensão afeta as máquinas de venda, cafeterias e restaurantes da universidade. Os contratos da Coca-Cola com a instituição valem cerca de US$ 1,4 milhão.

A decisão da Universidade de Michigan aconteceu depois de uma queixa, apresentada em 2004, por uma organização estudantil, a Students Organizing for Labor and Economic Equality, que acusou a Coca-Cola de drenar águas subterrâneas na Índia e conspirar com grupos paramilitares na Colômbia para ferir membros de sindicatos.
Enviada por Hugo Chimenes, às 15:42 10/01/2006, de São Borja, RS


Gringos reiniciam pressão em favor da ALCA
O novo subsecretário de estado norte-americano para América Latina, Thomas Shannon, está no Brasil para retomar as discussões sobre ALCA e pressionar o Brasil a aceitar o modelo proposto pelos EUA.

A estratégia do governo norte-americano é negociar uma ALCA com dois níveis na qual apenas os países com maior compromisso em áreas como propriedade intelectual e investimentos teriam maior acesso ao mercado norte-americano.

Estes são setores sensíveis para países como Argentina, Brasil, Cuba e Venezuela que buscam desenvolver tecnologias próprias visando dar sustentabilidade ao desenvolvimento socio-econômico autônomo e independente.

Aceitar compromissos em relação às patentes conforme proposto pelos EUA é entregar o ouro para os bandidos. É aceitar passar o resto da vida Trabalhando para pagar royalties para os proprietários das patentes. Significa, ainda, perder autonomia para elaborar políticas de saúde pública ou de inclusão digital, por exemplo.

Para alcançar seus objetivos Thomas Shannon evitará debates políticos e questionamentos às relações do Brasil com Fidel Castro e Hugo Chavez.

A estratégia americana, tanto interna, quanto externa, não mudou. Os altos subsídios ao setor agrícola daquele país deverão ultrapassar os US$ 20 bilhões *(cerca de R$ 45 bilhões) concedidos no ano passado. Mantidas serão as barreiras aos produtos brasileiros.

Portanto, eles seguem querendo que escancaremos nossas portas enquanto mantêm as suas trancafiadas a sete chaves e com sistema de monitoramento eletrônico...

* Os subsídios agrícolas concedidos anualmente pelos EUA aos seus agricultores são equivalentes a 150.000.000 (Cento e cinquenta milhões) de salários mínimos pagos aos brasileiros.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:30 10/01/2006, de Curitiba, PR


Engana-se quem acha que tudo é igual
Tropa de choque tucana montado para assessorar Geraldo Alckim a chegar no Planalto mostra os dentes e desmente a todos aqueles que tentam vender a idéia de que PT e PSDB são farinha do mesmo saco.

Eis o que defendem alguns dos notáveis contratados para ensinar (sic) ao governador dos paulistas o que é a realidade brasileira.

"Notáveis"O que defendem
Luiz Carlos Mendonça de BarrosÉ contra aumento de gastos solicitado por Dilma
Roussef. É a favor das privatizações
Raul VellosoPropõe reduzir despesas com Saúde e Educação
garantidas pela constituição atual
Xico GrazianoFundir Ministério da Agricultura
com Desenvolvimento Agrário
José PastoreEliminar direitos trabalhistas e encargos sociais
Critica abono de férias e FGTS
José CechinElevar para 67 anos (homens) e
65 (mulheres) idade mínima para aposentadoria
Roberto Gianetti da FonsecaÉ contra o Mercosul
É a favor da ALCA JÁ e negociações com UE
Paulo RenatoBusca viabilizar-se como candidato tucano
ao governo de São Paulo

Esta é uma pequena prova daquilo que os tucanos não falarão em campanha, mas certamente cumprirão se voltarem ao governo.

A história já mostrou a competência deles quando é para ferrar o Trabalhador...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 10:51 10/01/2006, de Curitiba, PR


Microsoft, Cúpula da ONU e as Conclusões de Viena
Funcionários de Transnacionais e Lobbystas alteram documentos com Conclusões de Conferência, que seriam enviadas para a reunião de Cúpula da ONU

Por Daniel AJ Sokolov e Craig Morris
Tradução: Fernanda G. Weiden *

As Conclusões de Viena escritas para a Cúpula Mundial da Sociedade da Informação (WSIS) foram apresentadas em uma versão editada em Tunis: Digital Rights Management (DRMs) foram iseridas nos trechos onde originalmente se falava de Software Livre.

Veio a tona que estas mudanças foram feitas por solicitação de Thomas Lutz, um membro do board da Microsoft Austria, e a representante do ÖVP Carolina Felzman, quem também comanda de uma empresa de relações públicas e lobby. O Chanceler da Austria publicou o texto apresentado em Tunis. Seu escritório ainda deve responder ao pedido de esclarecimento feito pelo heise online no último domingo.

Sob o título ICT + Creativity (TIC + Criatividade), o Chanceler austríaco Wolfgang Schüssel (ÖVP) enviou convites no último mês de junho para uma conferência internacional para a CMSI. Microsoft foi um dos patrocinadores. Em vários painéis sobre diversos assuntos, experts promoveram debates, que tiveram seus resultados protocolados em um texto aprovado por todos. Estes textos seriam publicados coletivamente como Conclusões de Viena. Um dos painéis foi chamado de "Digital Rights / Creative Commons" (Direitos Digitais / Creative Commons). Nii Narku Quaynor, então CEO da empresa Network Computer Systems Limited de Ghana e representante africano no ICANN, coordenou o painel. Ralf Bendrath, cientista político da Universidade de Bremen e monitor do processo da CMSI para a Fundação Heinrich Böll, participou do painel. Outros participantes incluíram Georg C. F. Greve da Free Software Foundation Europa (FSFE), Richard Owens da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), Georg Pleger do Creative Commons Áustria, e Peter Rentasa do Centro de Informação sobre Música - Áustria (mica).

Bendrath e Greve se chocaram quando viram as brochuras distribuídas em Tunis (arquivo PDF) "alegando" conter as Conclusões de Viena. No lugar do texto original, eles leram uma versão muito diferente em alguns aspectos substanciais. Para começar, não teve conversa nenhuma sobre o "sucesso do Software Livre". Além disso, o significado da sessão que discutiu a mudança entre conteúdo e trabalhos digitais para serviços baseados neles também foi modificado.

A declaração de que software deve ser visto como a tecnologia cultural da sociedade digital deu lugar a "uso prático e simplificado de software". Da mesma forma, os dois seguintes trechos apareceram do nada: "Produtos comerciais trazem a inovação para as massas em todo o mundo"; e "Para garantir a continuidade da inovação, o desenvolvimento de Digital Rights Management (DRM - Gerência de Direitos Digitais) deve se manter voluntária e guiada pelo mercado".

À primeira vista, isto pode soar como amigável ao consumidor, mas na realidade é uma cutucada contra a tentativa da UE em regulamentar as DRMs. "DRM não tem nada a ver com inovação. O rootkit da Sony também mostrou que não existe nada voluntário em DRM", argumenta Greve. "Em Tunis, nós tentamos conversar com os austríacos (sobre o texto alterado). Mas eles estavam muito ocupados celebrando o ´Prêmio da Cúpula Mundial´ e seu financiamento com os patrocinadores."

Quando o programa de televisão ORF futureZone publicou sobre o assunto, o professor de mídia Dr. Peter Aurelius Bruck -- editor-chefe da brochura publicada pelo Chanceler asutríaco -- começou a participar do fórum de discussão online. Ao mesmo tempo em que Bruck não negou que tenham sido feitas alterações, mas acusou os jornalistas da ORF de ?confundir o público?. Depois da conferência dirigida por ele, ele lançou um blog público onde os textos poderiam então ser discutidos. Mas Greve e Bendrath dizem que nenhum dos participantes do painel foi informado sobre este blog. De fato o blog contém três posts sobre o conteúdo das Conclusões, duas dessas sobre o painel Digital Rights / Creative Commons.

Em 27 de setembro, três dias antes de o blog ser fechado conforme anunciado, apareceu a entrada ?Comentários da Microsoft Corporation?, assinada por ?Thomas Lutz, Manager Public Affairs Mitglied der Geschäftsleitung Microsoft Österreich GmbH". Ele propôs que todas as partes do texto que falavam sobre o sucesso do Software Livre ou da mudança entre venda de conteúdo e trabalho digital em direção a serviços baseados neles fossem deletadas. Microsoft achou que estas partes não deveriam ser mantidas porque o objetivo do Software Livre é que se torne impossível ganhar dinheiro com software. ?Isto é absurdamente estúpido e sem sentido que não existe razão de comentários sobre isso?, Greve comenta em seu blog: ?É somente outro monopolista tentando manter o seu monopólio tentando prevenir a liberdade de mercado ? que é o que o Software Livre busca em realidade?.

As mudanças que a Microsoft propôs foram aceitas sem que os membros do painel fossem consultados. Microsoft também teve a sentença ?inovação através de produtos comerciais? adicionada no texto. Em 05 de outubro, poucos dias depois do fechamento do blog de Bruck, a parlamentar do partido ÖVP, Carina Felzmann postou sobre sua capacidade como líder da empresa de Relações Públicas e Loby CoxOrange e como Chairwomen da Associação creativ wirtschaft austria, da qual faz parte IFPI, a Associação da Indústria Musical Austríaca. O post dela continha sentenças sobre DRM.

No retorno de Tunis, Greve disse que ?O painel agora está discutindo internamente se eles farão um pronunciamento conjunto sobre o ocorrido ou tomarão outras medidas?. ?Eu sinto que esta seja a melhor solução porque as Conclusões de Viena eram um esforço colaborativo?. E enquanto alguns membros do painel discutem entre eles o que deve ser feito, heise online ainda aguarda por um pronunciamento sobre a questão vinda do Chanceler austríaco, quem foi requisitado sobre o assunto.

Tradução livre da notícia publicada em: http://www.heise.de/english/newsticker/news/66619

Fernanda G. Weiden é desenvolvedora de Software Livre, membro do Conselho Administrativo da FSF-LA - Fundação Software Livre América Latina, participante do projeto Debian Women e tem como lema "Software Livre com um toque feminino

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Enviada por Fernanda G. Weiden, às 16:34 09/01/2006, de São Paulo, SP


Suecos investem em fábrica de rolamentos
SKF quer tornar Brasil base de exportação

Segundo o presidente da fabricante sueca de rolamentos SKF, Tom Johnstone a empresa quer fazer do Brasil a sua plataforma de exportações para o mercado americano.

O projeto, fruto de um investimento de R$ 20 milhões, teve início este mês e a meta é elevar a participação das exportações na operação brasileira dos atuais 7% para 20% até o final de 2006.

"A operação brasileira representa algo próximo de 3% das operações mundiais da SKF. Mas o Brasil é estratégico para manter a nossa liderança na América Latina e também para crescermos na América do Norte, daí o porquê de criarmos esta linha específica para os Estados Unidos. As nossas dificuldades agora estão em ganhar competitividade de maneira a superar o atual momento cambial", diz Johnstone o principal executivo da SKF.

Se o câmbio fosse realmente um problema a Transnacional sueca não investiria no Brasil. Mas em tempos de falência do discurso globalizante e neo-liberal os empresários sempre encontram uma nova desculpa para seguir com seus planos de reestruturação industrial e cortes nos custos, principalmente no que diz respeito a mão-de-obra. Então, usa-se o câmbio como desculpa.

Como "o peixe morre pela boca" o próprio executivo da SKF desmente a história do câmbio ao afirmar que a operação verde-amarela, voltada integralmente para o setor automotivo, vem crescendo significativamente. Apenas nos dez primeiros meses de 2005, este incremento foi de 10% sobre o mesmo período do exercício anterior. E foi exatamente neste período que o real mais se valorizou...

A conclusão dos últimos investimentos na implantação de uma linha dedicada à exportação para os Estados Unidos devem impulsionar ainda mais o resultado da unidade brasileira, localizada em Cajamar (SP).
Enviada por Sérgio Bertoni, às 15:51 09/01/2006, de Curitiba, PR


Tucano não conhece o Brasil
Tucano Geraldo Alckim monta tropa de choque para lhe dar aulas de realidade brasileira

É isso mesmo. O governador de São Paulo não conhece o país. Pelo menos é isso que disse o seu aliado e ex-ministro Mendonça de Barros a um jornal de negócios:
" O governador está em processo de entendimento dos problemas nacionais "

A sinceridade de Mendonça de Barros é espantosa. Chega até mesmo a concordar que:
"O próximo presidente tem uma oportunidade de ouro para finalmente colocar o Brasil na rota do crescimento sustentável."

Sem dúvida isto acontecerá!!! Não por obra de intelctualóides ou politiqueiros tucanos, mas graças ao esforço da classe Trabalhadora que conhece este país melhor que ninguém.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 12:55 09/01/2006, de Curitiba, PR


Próximo governo terá herança positiva
Os companheiros que leem nosso sítio já devem ter percebido um certo tom de entusiasmo gerado pelos os indicadores econômicos. Também devem ter percebido a esperança em que este entusiasmo econômico se transforme, definitivamente, em congêneres político e social e que as mudanças reivindicadas pelo país finalmente aconteçam.

Pois bem, esta nota é apenas para informar que até um periódico que tão mal fala do Governo Lula, como a Folha de São Paulo, reconhece em sua edição de 09 e janeiro de 2006, que o próximo governo deverá ter uma herança positiva.

Deixamos aqui alguns dados comparativos para o deleite de nossos leitores.
Dívida Total/PIB em %
2002
2005
41,2%
24,7%
Dívida Total/Exportações em %
2002
2005
3,5%
1,6%
Reservas Internacionais em bilhões de dólares
2002
2005
(nov)
16,339
50,823
Crescimento do PIB em %
2002
(real)
2005
(est.)
1,9%
2,6%
Inflação (IPCA)em %
2002
2005
12,53%
5,69%
Juros (Taxa Selic) em %
2002
2005
25%
18%
Risco País em pontos
2002
2005
1446
280
Desemprego em %
2002
metodologia velha
2005
metodologia nova
desde 01/2003
10,5%
9,5%
Renda em %
2002
2005
- 3,8%
+2,1%

Se é verdade que os bancos ganharam muito em 2005 também é verdade que os Trabalhadores também ganharam. Em 2002, último ano de FHC quando os Bancos ganharam tanto quanto em 2005 e os Trabalhadores tiveram sua renda diminuída em quase 4%.

Há de se notar também que se o desemprego medido em 2002 usasse a metodologia adotada pelo IBGE em janeiro de 2003, FHC fecharia seu mandato com mais de 13% de desempregados no país. Agora, se o governo LULA mantivesse aquela estatística enganosa, certamente estaríamos computando em 2005 um desemprego na casa dos 5 ou 6 %. De todas as formas os Trabalhadores brasileiros conseguiram mais empregos nos últimos 3 anos.

Não podemos esquecer também que em 2002 o Brasil não conseguia captar recursos no exterior, nem governo nem empresas privadas!!! Em 2005 captou cerca de US$ 30 bilhões a juros menores que os praticados em 2001, por exemplo. Já os investimentos diretos que em 2002 foram de US$ 12,7 bi, em 2005 podem ultrapassar os US$ 15 bilhões.

A Bolsa de Valores fechou 2002 com 11.234 pontos, enquanto que na última sexta-feira fechou acima dos 35 mil pontos, ou seja 3 vezes mais que na época de FHC.

Por essas e outras é que se torna possível acreditar que o país tem tudo para dar certo.

É só você querer...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 10:58 09/01/2006, de Curitiba, PR


Construção civil pode ter crescido 5% em 2005
Fórmula de cálculo usado pelo IBGE pode estar desatualizada e não refletir o real crescimento no setor

A produção de cimento pela indústria brasileira cresceu 5,7% entre janeiro e outubro de 2005, um número bem acima do obtido em 2004, uma alta de 1,2%.

O emprego formal no setor avançou 6,2% no mesmo período, enquanto o número de financiamentos imobiliários para a construção subiu nada menos do que 80%.

Estes indicadores permitem estimar um crescimento de 5% no setor de Construção Civil em 2005. No entanto, as previsões do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - para o setor são de um crescimento de apenas 1%, pois estão baseadas na produção de Insumos Típicos da Construção Civil (ITCC), que engloba itens como canos, ladrilhos, cimento e aço, que teria tido alta de apenas 0,4% entre janeiro e outubro, enquanto que a produção de aço plano, levou um tombo de quase 7% até novembro.

Essa discrepância mascara o desempenho final do setor no ano passado. Por exemplo, a produção de aço em 2005 foi menor e o cálculo do IBGE não leva em consideração o fato das empresas terem desovado em 2005 os estoques acumulados no ano anterior.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon), João Cláudio Robusti, o crescimento de quase 10% no emprego formal no setor até novembro são explicados pela formalização do trabalho, promovida pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.

No caso do cimento, a informalidade também pode explicar a maior venda. "Como a construção informal representa 63,8% do setor, acredito que esse material está sendo utilizado em pequenas reformas, que não são captadas pelos dados do IBGE", estima Robusti.

A construção habitacional teve um bom desempenho em 2005, pois o sistema financeiro de poupança e empréstimo liberou 57% a mais de dinheiro no ano passado para construção.

Outro exemplo de que o desempenho da construção civil não foi tão ruim está nos números dos fabricantes de pisos e revestimentos. A Cecrisa viu o faturamento aumentar 15% no ano passado só para o mercado interno, que representa 62% das vendas da empresa. Para 2006, a expectativa é repetir o crescimento de 15%. "Com perspectiva de juros em queda não há como estar pessimista", ressalta um diretor da empresa.

Na Dicico, outra empresa do ramo, o faturamento cresceu 15% e chegou a R$ 290 milhões. Isso na comparação com as mesmas lojas que existiam no ano anterior. Se contabilizado o resultado das duas novas unidades abertas em 2005, a alta chega a 45%. Em 2006 a empresa planeja abrir mais 7 lojas!!!
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:39 06/01/2006, de Curitiba, PR


Dívida líquida do governo em dólar perto de zero
Todos os que quiserem ver, poderão observar que nunca em sua história o Brasil conseguiu reunir tantas condições favoráveis para um desenvolvimento duradouro.

Menor inflação em 60 anos (medida pelo IGP da FGV), maiores reservas internacionais, recordes de exportação e no balanço comercial, vendas no mercado interno em crescimento, geração de empregos com carteira assinada.

Mas não é só isso!! A dívida líquida em dólar do governo brasileiro, depois de ter esbarrado em US$ 124 bilhões em 2003, declina acentuadamente e hoje não passa de US$ 16 bilhões. Em 30 dias úteis pode chegar ao fim, se for mantido o ritmo atual de compra de dólares pelo Banco Central.

O fim do passivo cambial líquido dissipa um canal histórico de tensão em relação à solvência do país, ou seja, diminui a vulnerabilidade do país. Com isso, o investidor externo deve passar a pedir prêmio menor para rolar a dívida do Tesouro que pode significar um menor endividamento e juros bem mais baixos.

No fim de 2001, a dívida pública interna indexada à moeda americana chegou a US$ 77,3 bilhões. Hoje não passa de US$ 2,3 bilhões.

Em novembro de 2005 a dívida externa líquida era de US$ 24,5 bilhões, menos da metade se comparada aos US$ 56 bilhões do fim de 2002, último ano do governo de FHC.

Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:09 06/01/2006, de Curitiba, PR


Empresas podem ter sonegado R$ 308 bilhões
O Brasil é um país surrealista. A imprensa, então, nem se fala. Quem acompanha o noticiário vê diariamente denúcias e denúncias de corrupção contra o governo Lula, como se toda a corrupção existente no país fosse inventada pelo PT e só existisse nos últimos 3 anos.

É sabido que em uma economia de mercado só se vendem produtos que têm comprador. Se a procura por determinado produto diminui significativamente deixa-se de produzí-lo, mesmo que tenha sido um ícone de mercado anos ou meses antes. Esta é a regra do sistema.

Pois bem, se há político corrupto é porque existe um empresário ou um cidadão com muita grana para comprá-lo, ou seja, corrompê-lo. Mas a nossa imprensa sempre se esquece disso, pois prefere a máxima "Aos amigos tudo, aos inimigos a lei".

Ou, então, porque será que não sai em primeira página de todos os periódicos impressos, nas capas de revista ou nas chamadas de telejornais noturnos falcatruas praticadas pelo empresariado nacional contra os cofres públicos, portanto, contra os brasileiros????

Muitas destas ações empresariais terminam em sonegação de bilhões de reais. Isto, moralmente, é tão o mais grave que os demais casos de desvio de verbas denunciados diariamente, mas economicamente são muito mais significativos os desvios privados que aqueles feitos pelos políticos.

Condenamos veemente a corrpução em todos os níveis e esferas da sociedade brasileira, mas é preciso falar também da mazelas que ocorrem no setor privado deste país, acostumado a mamar nas tetas do Estado Nacional, a custa da miséria da população brasileira.

Se assim não é, então vejamos o que a operação iniciada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) - de caça às empresas que praticaram evasão fiscal e fraudes tributárias a partir de fusões, cisões e aquisições de empresas - já detectou.

Até agora, foram encontrados mais de cem casos dentro do grupo de grandes devedores da Receita Federal, que abrange as 3,3 mil empresas com as maiores dívidas com a Fazenda, responsáveis por 40% do total da dívida ativa com a União - de R$ 308 bilhões.

As investigações são baseadas no cruzamento de dados sobre fusões e aquisições mantidos pela Receita Federal e os registros da dívida ativa.

Os R$ 308 bilhões sonegados são cerca de 1 bilhão e 27 milhões de salários mínimos!!!

Se distribuíssimos esta grana entre todos os 180 milhões brasileiros daria quase 6 salários mínimos ou R$ 1.800,00 para cada um. Para alguns isto pode ser pouco, mas para a maioria da população brasileira empregada é a renda de quase meio ano de Trabalho duro. É para o desempregado então, nem se fala...

Esta comparação simplória é necessária para mostrar que sonegar imposto não é roubar o governo, mas sim roubar o próprio país e os brasileiros.

Tem gente que não acredita nisso, pois nunca se perguntou:

Será que estes R$ 308 bilhões aplicados em saúde, educação e infra-estrutura não gerariam resultados melhores para o país??? e até mesmo para os próprios capitalistas nativos e estrangeiros???

Será que seria preciso ter uma carga tributária tão alta se as empresas pagassem os devidos impostos corretamente?

Será que os juros precisariam estar tão altos para que o governo consiga captar dinheiro no mercado?

E será que se o governo tivesse receitas suficientes precisaria captar tanto dinheiro no mercado???

Está bem! alguém pode argumentar que as fraudes foram possíveis porque as empresas se aproveitaram da falta de comunicação entre o banco de dados da dívida ativa e as informações mantidas pela Receita Federal. Assim, quando um novo empreendimento é formado, a ação de cobrança judicial corre contra o devedor antigo e deixa a nova unidade livre do passivo fiscal.

Mas diz aí: quem antes se preocupou com isso? Quais foram os demais governos que colocaram em público o problema, tocaram na ferida?

Talvez seja por isso que a imprensa e a elite nacional querem fazer de conta que são puros e atacam o governo petista com fúria total. É porque todos eles têm dívidas com a União e os Estados e não querem que isso seja investigado para o bem do país...

Observem bem que foram encontrados apenas 100 casos e que entre os grandes devedores da União encontram-se apenas 3.300 empresas. Agora imagine o que ainda é possível encontrar...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 10:16 06/01/2006, de Curitiba, PR


Kurumin recomendado na Linux Magazine
Infelizmente, em nosso país se dá muito valor àquilo que é importado ou criado por estrangeiros. Há uma certa mentalidade derrotista que não nos permite acreditar em nossas próprias capacidades. Por vezes determinados produtos brasileiros passam a fazer sucesso neste país depois de terem feito sucesso ou sido recomendados no exterior.

Todos sabem que este sítio apóia o Software Livre e o Kurumin Linux , em especial. Mas tem muita gente que ainda duvida da qualidade destes sistemas. Por isso reproduzimos abaixo uma matéria do www.guiadoharware.net sobre um comparativo realizado pela revista Linux Magazine Internacional, editada nos EUA. Ah! O número 63 da Linux Magazine com o comparativo chega às bancas americanas em fevereiro de 2006

A Linux Magazine internacional publicou um comparativo entre 8 live-cds. O Kurumin foi um dos recomendados, ao lado do Knoppix, Kanotix e o Mephis (que apesar de pouco conhecido por aqui, está entre as distribuições mais usadas lá fora).

No review foi usado o Kurumin 5.0, que está bem desatualizado com relação às outras distros incluídas. Mas, mesmo assim, o Kurumin recebeu uma avaliação mais do que positiva:

"O Kurumin é uma das mais excitantes distribuições baseadas no Knoppix. Em primeiro lugar, ele é muito rápido e a interface do KDE, decorado com ícones do conjunto Crystal é muito atrativo. (...) O Kurumin inclui muitos utilitários úteis para configurar o hardware da máquina, ou configurar os programas. Você encontra também um Painel intuitivo, que lhe ajuda a configurar periféricos."

O interessante é que a matéria foi escrita por um italiano e publicada numa revista destinada ao público norte-americano ;).

Quem quiser conferir a integra da matéria em inglês que chegará às bancas norte-americanas em fevereiro de 2006 pode acessar

http://www.linux-magazine.com/issue/63/LIVE_Distro_Roundup.pdf
Enviada por Sérgio Bertoni, às 13:26 04/01/2006, de Curitiba, PR


IPC-S desacelera e acumula 4,95% em 2005
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) terminou 2005 acumulado em 4,95%. Isso significa 1,35 ponto percentual a menos que em 2004, quando somou 6,3%, segundo a assessoria de imprensa da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A tendência normal no último mês do ano é de aumento na inflação devido a maior demanda, compras de final de natal, quando há mais dinheiro em circulação por causa do 13o Salário e o comércio aproveita para aumentar os preços no varejo. Mas não foi isso que se observou. Em dezembro, o IPC-S terminou em 0,46%, também uma desaceleração diante de novembro (0,57%).

Segundo a FGV, a desaceleração do IPC-S se deveu ao menor ritmo de alta nos preços dos grupos alimentação e habitação, fatores que favorecem diretamente a população de menor poder aquisitivo.

O aumentou de preços dos produtos alimentícios declinou de 0,82% para 0,75% na última medição. O destaque dentro desse grupo foram hortaliças e legumes, cuja alta passou de 7,87% na semana anterior para 5,47% agora.

Já habitação saiu de uma alta de 0,26% na apuração anterior para 0,21% no mais recente levantamento. Houve a diluição do impacto do reajuste na tarifa de eletricidade residencial, que apurou variação de 0,58%, contra alta de 1,57% na pesquisa anterior.

o IPC-S é o segundo índice divulgado em menos de uma semana que mostra desaceleração da inflação em 2005. No dia 29 de dezembro, a FGV divulgou que o IGP-M havia encerrado o ano com variação positiva de 1,21%, em comparação com a alta de 12,41% em 2004. O resultado de 2005 foi o menor do IGP-M, desde sua criação, em 1989. O índice é muito usado para reajuste de aluguéis.
Enviada por Sergio Bertoni, às 16:45 02/01/2006, de Curitiba, PR


Balança comercial: superávit recorde em 2005
Mesmo com a moeda nacional, o Real, supervalorizada em relação ao Dólar e ao Euro (as duas principais moedas usadas nas transações comerciais internacionais), a balança comercial brasileira encerrou 2005 com superávit recorde de US$ 44,76 bilhões, resultado de exportações de US$ 118,3 bilhões e importações de US$ 73,5 bilhões.

Os números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Para efeitos de comparação, em 2004, quando o real estava mais desvalorizado, o país havia registrado um superávit comercial de US$ 33,66 bilhões.

Em dezembro de 2005, mês que o dólar atingiu uma de suas menores cotações nos últimos anos, o superávit foi de US$ 4,3 bilhões, acima dos US$ 3,5 bilhões de dezembro de 2004. As exportações totalizaram US$ 10,897 bilhões no mês e as importações, US$ 6,551 bilhões.

Estes dados, somados à diminuição da dívida externa, aumento das reservas internacionais e o altíssimo superávit alcançado em 2005, podem favorecer uma forte política de investimentos sociais e de infra-estrutura acompanhados de políticas de distribuição de renda que o país tanto merece e reivindica.

Nos últimos 30 anos não tivemos condições tão favoráveis ao crescimento econômico e SOCIAL do país como agora. Este é o momento para a virada pela qual o Brasil tanto espera.

Xô derrotismo! Xô complexo de inferioridade! Está na hora de agir! Está na hora do proletariado colocar o país no século 21.

Vamos nessa Brasil!!!
Enviada por Sérgio Bertoni, às 16:30 02/01/2006, de Curitiba, PR


PC conectado: vende muito!!!
Os produtores e comerciantes de computadores estão festejando os primeiros resultados do Programa do Governo Federal "Computador para Todos" (antigo PC Conectado).

Algumas empresas chegaram a comercializar 2000 computadores por dia no mês de dezembro passado.

Até em supermercados é possível encontrar o "Computador para todos" a preços abaixo de R$ 1000,00.

Geralmente estas máquinas estão equipadas com processadores de 1,6 a 2,8 GHz, sistema operacional Linux e mais 27 Softwares Livres que permitem ao usuário chegar em casa e conectar-se a internet, elaborar textos, planilhas, apresentações, desenhos, gráficos, jogar, etc.

São máquinas completas com todos os softwares necessários que têm seu preço final menor graças a isenção de impostos por parte do Governo Federal, por um lado, e pela utilização de Software Livre (que não precisam pagar licenças de uso) por outro.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 13:39 02/01/2006, de Curitiba, PR


1,2 milhão de novos empregos em 2005
O número de empregos criados no Brasil em 2005 foi de 1 milhão e 200 mil novos postos de Trabalho com carteira assinada.

Este é o segundo melhor desempenho na criação de novos postos de Trabalho nos últimos 10 anos.

O melhor ano foi 2004 quando foram criados mais de 1,5 milhão de empregos.

Nos últimos 20 anos nunca tantos empregos foram criados em tão pouco tempo.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 13:30 02/01/2006, de Curitiba, PR


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