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Notícias(Setembro/2006)

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Delegado da Polícia Federal diz que ?O OBJETIVO É ... O LULA?
Segundo o notícia publicada no blog de Paulo Henrique Amorim o delegado que teria descoberto o caso do dossiê e divulgado as fotos da apreensão do dinheiro teria dito que o objetivo dele era atingir Lula.

Abaixo reporduzimos na integra o texto de Paulo Henrique Amorim que també mpode ser visto clicano na palavra blog no paraágrafo anterior.

DELEGADO DA PF: ?O OBJETIVO É ... O LULA?

30/09/2006 17:32h

Paulo Henrique Amorim

O Ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, acaba de informar que tem informações concretas de que o delegado Edmilson Bruno, da Policia Federal de São Apaulo, ao distribuir as fotos do dinheiro à Jovem Pan, ao Estado de S. Paulo, ao Globo e à Folha de S. Paulo disse que seu objetivo era ?... o Lula e o PT e acabar com a eleição?.

Imediatamente após, o delegado Bruno, segundo Genro, simulou um B.O. (Boletim de Ocorrência) em que dizia que o CD com as fotos tinha sido roubado de sua mesa.

Segundo Genro, essa é ?uma operação política para construir um cenário parecido com o do seqüestro do empresário Abílio Diniz, em 89, em cima da eleição, quando Lula enfrentou Collor, e interferir na vontade popular, se aproveitando de um cerco da mídia à campanha de re-eleição do presidente Lula?.

Segundo Genro, a mídia impediu que a população tivesse clareza de que foi o Governo Lula quem desbaratou as quadrilhas de vampiros e sanguessugas que estavam impunes desde o Governo anterior: ?a população pensa, equivocadamente, que isso tudo foi montado no Governo Lula?, disse Genro.

Genro acredita que, dessa vez, porém, a população não vai se enganar. ?Já foi enganada uma vez e agora está madura para fazer a opção?.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 23:15 30/09/2006, de Curitiba, PR


76% dos eleitores acham que Lula ganha!!!
Pesquisa do Vox Populi divulgada em 30 de setembro de 2006 mostra que 76% dos eleitores acham que Lula vai ganhar já no primeiro turno.

A perguntra feita foi a seguinte:

Qual destes candidatos, em sua opinião, tem mais chance de ganhar as eleições para Presidente, mesmo que você não vote nele(a)?

As respostas foram:

Lula (PT/PRB/PC do B) - 76%

Geraldo Alckmin (PSDB/PFL) - 15%
Heloísa Helena (PSOL)- 1%
Cristovam Buarque (PDT) - 1%
Ana Maria Rangel (PRP) - 0%
Rui Costa Pimenta (PCO) - 0%
José Maria Eymael (PSDC) - 0%
Luciano Bivar (PSL)- 0%
Não Sabe/Não Respondeu - 7%
TOTAL - 100%

Lula também lidera na votação espontânea, ou seja, aquela em que o entrevistado diz o nome do seu candidato de livremente, sem precisar de nenhum formulário ou questionário que o estimule a escolher alguém. Em outras palavras este tipo de pergunta mostra quem já tem seu voto decidido de verdade. 44% dos entrevistados espontaneamente afirmam votar em Lula. Já o eleitorado espontâneo de Alckmin é de 30%.

Na pesquisa de voto estimulada, ou seja, aquela que o entrevistado deve escolher entre um dos nomes que lhes é apresentado, Lula tem 46% e Alckimin 33%.

Estes dados apontam vitória de Lula no primeiro turno ao contrário do que a imprensa burguesa tem divulgado na tentativa de manipular o eleitorado em cima da hora.

A pesquisa foi registrada junto à JUSTIÇA ELEITORAL, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o nº 20267/2006, no dia 26 de setembro de 2006, tem sua divulgação vedada antes de 30 de setembro de 2006. Foram realiazada 2.000 (duas mil) entrevistas, distribuídas proporcionalmente entre regiões (Centro-Oeste/Norte,Nordeste, Sul e Sudeste), de acordo com o número de eleitores.

As cotas utilizadas foram gênero, idade, escolaridade, renda familiar e situação perante o trabalho, sendo calculadas proporcionalmente a cada estrato de acordo com os dados do IBGE, censo de 2000 e TSE.

A pesquisa foi realizada em 192 (cento e noventa e dois) municípios. Utilizou-se o método PPT (Probabilidade Proporcional ao Tamanho) para seleção dos municípios, tomando como base o total de eleitores em cada tipo de município (capital, região metropolitana, cidades de pequeno, médio e grande porte) dentro de cada região.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 22:54 30/09/2006, de Curitiba, PR


Crime: Estadão, PSDB e Infiltrados
Ao se coligar com bandidos para divulgar provas de investigação sigilosa, o Grupo Estado e o PSDB estupraram as Leis e o rito democrático em nome da aventura eleitoral. Publicamente expõem o crime de formação de quadrilha, em franco desrespeito à Constituição Federal, em delitos configurados também no Código Penal Brasileiro.

A exibição sorrateira do dinheiro do "caso dossiê" configura-se em grave atentado às instituições. No Capítulo 1, artigo 5o. (XXXIII) da Constituição Federal, apresentam-se claramente as restrições ao serviço informativo.

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

Os atos do Grupo Estado atentam contra a Lei de Imprensa em inúmeros outros artigo da Lei de Imprensa. Na tificação dos abusos do Exercício da Liberdade de Manifestação do Pensamento e Informação, destacam-se:

Art. 16 - Publicar ou divulgar notícias falsas ou fatos verdadeiros truncados ou deturpados, que provoquem:

I - perturbação de ordem pública ou alarma social;

Pena: De 1 (um) a 6 (seis) meses de detenção, quando se tratar do autor do escrito ou transmissão incriminada, e multa de 5 (cinco) a 10 (dez) salários mínimos da região.

É também o caso de várias reportagens que condenam militantes do PT antes de qualquer julgamento. Vale ressaltar que a compra, pura e simples de um dossiê, não configura crime.

Art. 20 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:

Pena: Detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa de 1 (um) a 20 (vinte) salários mínimos da região.

No caso presente, a incitação à violação do sigilo funcional está caracterizada claramente na mesma Lei.

Art. 19 - Incitar a prática de qualquer infração às leis penais:

Pena: Um terço da prevista na lei para a infração provocada, até o máximo de 1 (um) ano de detenção, e multa de 1 (um) a 20 (vinte) salários mínimos da região.

§ 1º - Se a incitação for seguida da prática do crime, as penas serão as mesmas cominadas a este.

§ 2º - Fazer apologia de fato criminoso ou de autor de crime:

Pena: Detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa de 1 (um) a 20 (vinte) salários mínimos da região.

CRIME NO SERVIÇO PÚBLICO

A ação de infiltrados na Polícia Federal, atuando a serviço de interesses privados, constitui-se em outro grave crime, tipificado no Código Penal Brasileiro.

Violação de sigilo funcional

Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.

§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

I - permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

II - se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) .

Se houve tremendo estardalhaço no caso do Dossiê, por que a sociedade brasileira deve, agora, permitir que passe impune esse gravíssimo atentado à Lei e ao Rito Democrático?

Não basta a instalação de uma comissão de sindicância. É urgente a instauração imediata de um inquérito e a prisão imediata de todos os envolvidos, incluindo os meliantes do Estadão e do PSDB que se associaram aos infiltrados, formando uma quadrilha, para burlar a Lei.

(Favor repassar a quem de direito) Eduardo C. Amorim
Enviada por Almir Américo, às 22:30 30/09/2006, de São Paulo, SP


A FARSA DESVENDADA EM 5 PERGUNTAS
Companheiros e Companheiras, Antes devotar mostre estas perguntas para todas as pessoas que vocês conheçam.

1) A Polícia Federal admite que o CD com as fotos do dinheiro foi "furtado". Ou seja, roubaram a POLÍCIA!! E quem são os RECEPTADORES do material roubado? PSDB, Globo e Estadão? Apenas? Cadê a cadeia para os corruptucanos que surrupiaram material da própria polícia?

Cadê o procurador da República para pedir a PRISÃO dos tabajaras da direita e dos "pseudo-jornalistas" envolvidos no trambique?

2) Por que a grande imprensa esconde o conteúdo do dossiê contra Serra e o PSDB? Por que os tucanos envolvidos na Máfia das Ambulâncias não foram indiciados? Por que a mídia poupa Abel, Barjas e Serra?

3) Quem estimulou os Vedoin a oferecer o dossiê para o PT? E quem denunciou antecipadamente a transação? Era interesse de quem o "dossiêgate"? De Lula, que ganharia folgado a eleição?

4) Não é estranho que a farsa seja uma repetição do caso Lunus, que retirou Roseana Sarney do páreo em 2002? Há polícia, dinheiro, fotos e Serra. Será coincidência que o mesmo procurador seja protagonista nos dois casos?

5) Qual Lei impede alguém de comprar informação avulsa ou dossiês? O vídeo de Maurício Marinho dos Correios não foi comprado? Alguém da revista-panfleto foi preso?

Mauro Carrara - Jornalista
Enviada por Almir Américo, às 22:21 30/09/2006, de São Paulo, SP


Trabalhadores na Cargill em Greve
"Porca exploração"

Por Leonardo Wexell Severo

Os dois mil trabalhadores da unidade da Seara-Cargill em Dourados, no interior do Mato Grosso do Sul, estão paralisados desde as primeiras horas da madrugada desta quarta (27) contra o arrocho salarial e as péssimas condições de trabalho impostas pela multinacional norte-americana. Com três turnos, o frigorífico abate 1.700 suínos diariamente, quase que exclusivamente para exportação. A empresa também possui no local uma fábrica de industrializados, como salsicha e mortadela.

Nas palavras do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (STIA) de Dourados, Francisco da Conceição (Chicão), o que a multinacional vem praticando é uma "porca exploração", com os trabalhadores acumulando perdas salariais ao longo dos anos, que se somam à degradação das condições de saúde e segurança, devido ao intenso ritmo de trabalho ditado pelas exportações.

REPOSIÇÃO - "Reivindicamos a reposição integral das perdas que totalizam 13,6%, cesta básica mensal de R$ 70,00, Participação nos Lucros e Resultados de R$ 580,00 e diminuição do ritmo, que tem multiplicado o número de trabalhadores lesionados pelo esforço repetitivo", afirmou Chicão, sublinhando o êxito da paralisação. Hoje, denunciou, "o salário médio dos funcionários na unidade é de R$ 415,00, o que descontado o INSS e os vales transporte e alimentação chega a apenas R$ 320,00, inferior ao salário mínimo, o que é uma baixaria".

CHANTAGEM - Para tentar submeter seus funcionários, a direção da Cargill colocou policiais militares dentro dos ônibus que transportam os trabalhadores até a fábrica, afastada da cidade, e tem chantageado com demissões o setor administrativo. "É uma loucura, estão fazendo de tudo, mas com união e a mobilização da categoria com o Sindicato, vamos vencer", sublinha Chicão.

PLANO DOENÇA ? Outro problema grave apontado pelo Sindicato é o plano de Saúde, popularmente conhecido pelos trabalhadores como "Plano Doença". "Nós chamamos assim porque a partir do momento em que é constatado um problema, ele é suspenso. Ou seja, enquanto o trabalhador tem saúde, ele tem acesso. Adoeceu, tá excluído, e isso é extensivo para toda família", condenou o sindicalista. Na realidade, explicou Chicão, "o plano nada mais é do que uma forma da multinacional fazer o diagnóstico de como se encontra a mão-de-obra, ver em que estágio da doença você está. Assim, à medida que o seu estado vai se agravando, os médicos comunicam à empresa, que toma conhecimento de quanto tempo tem para colocar o trabalhador na rua da amargura. Nós não vamos permitir a continuidade deste absurdo, que é a volta da escravidão". O pior, ressaltou, "é que quando a pessoa sente um sintoma, vai fazer exame, sem saber que na verdade está pagando para ser condenada, pois desembolsa um percentual".

ENFERMIDADES ? "O número de trabalhadores doentes é muito elevado. Aproximadamente 70% dos funcionários demitidos da Cargill sai com problemas graves: é coluna desviada, comprometimento da audição, bursite, resultado das lesões por esforço repetitivo e das doenças ocupacionais. É o LER/DORT completo, como dizemos", destacou Chicão. Neste momento, acrescentou, "a prioridade número um é coibir a continuidade desta prática desumana, pois submete os trabalhadores a esforços muito além do que podem agüentar. É óbvio que o corpo será danificado num pequeno espaço de tempo".

FEDERAÇÃO ? De acordo com o recém-eleito tesoureiro da Federação dos Trabalhadores da Alimentação de Mato Grosso do Sul e presidente do Sindaves de Sidrolândia, Sérgio Bolzan, da mesma forma que em outras unidades, a Cargill parte para a truculência, desrespeitando os trabalhadores e suas entidades. "Cito o exemplo da PLR. Eles nem falam sobre o valor, querem logo ir impondo o critério, com metas de produção inatingíveis, não aceitando atestados, querendo que o trabalhador não adoeça por decreto. Como resultado disso, apesar dos bons resultados obtidos, as tais metas não foram alcançadas no ano passado e ninguém recebeu dinheiro nenhum", denunciou.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Contac), Siderlei de Oliveira, ressaltou a necessidade de que as autoridades "punam exemplarmente a conduta mafiosa adotada por esta multinacional, que vem ao nosso país para extrair altos lucros, às custas da saúde e da segurança dos trabalhadores". "Esta prática criminosa da Cargill tem sido corriqueira e vem da sua sensação de impunidade. Precisamos ser rigorosos na punição, pois é inadmissível que esta barbárie continue", frisou.

Nesta tarde, o Sindicato e a Federação receberam a denúncia do transporte ilegal de 50 trabalhadores do frigorífico de aves da unidade de Sidrolândia ? a 270 quilômetros de Dourados ? para tentar minimizar os efeitos da greve, o que configura prática anti-sindical. Diante da irregularidade, fiscais da Delegacia Regional do Trabalho foram acionados e chegarão ao local às 18 horas. Com o cerco se fechando, a direção da empresa já admitiu fazer uma contraproposta, mas até o momento os valores apresentados ficam muito aquém do reivindicado pelo movimento. A greve continua.

MAIS INFORMAÇÕES ? (67) 9961.2338 OU (67) 3421.0162

Fonte: www.cut.org.br
Enviada por Nilson Antonio, às 14:28 28/09/2006, de Jaragua do Sul, SC


'Como o colesterol, existe o moralismo ruim e o moralismo bom'
Algumas sábias tiradas de Luís Fernando Veríssimo sobre a atual situação no país. Confira:

"Espera-se honestidade e ética de qualquer governante ou pessoa pública - ou motorista, médico ou manicure. Um comportamento moral generalizado é um requisito mínimo para a convivência, com ligeiros ajustes para a hipocrisia e a mentira social. Mas, como tudo na vida, o conceito de moral é relativo. Uma questão de perspectiva. Você pode viver no país mais imoral do mundo, nascer e viver em meio à injustiça mais obscena e à miséria mais pornográfica, sem se dar conta disso - e se escandalizar com cenas de sexo na TV ...

...O objetivo do moralismo não é, necessariamente, a moralidade. Como o colesterol, existe moralismo ruim e moralismo bom, com efeitos diferentes no organismo nacional, com perdão da metáfora médica prolongada. O moralismo pode ser um mau conselheiro político. Já foi em muitos momentos da nossa história. Ajudou a eleger o Jânio Quadros, que iria varrer toda a sujeira deixada pelo governo do Juscelino, e cuja renúncia inaugurou um dos piores períodos da nossa vida institucional. Culminando com o golpe militar de 64, que também nasceu do moralismo, ou da cooptação de valores cristãos ameaçados pelo demônio vermelho. Foi o moralismo que elegeu o Collor, para acabar com a pouca vergonha dos marajás do serviço público ...

...Ou os eleitores declarados do Lula estão sabendo distinguir o moralismo de ocasião, cujo objetivo é tudo menos a moralidade, do moralismo legítimo. Ou, claro, estão votando contra a imoralidade maior".
Enviada por Almir Américo, às 00:42 28/09/2006, de São Paulo, SP


Ibope e Datafolha apontam vitória no domingo
As pesquisas do Ibope e do Datafolha divulgadas nesta quarta-feria, 27 de setembro, mostram que Lula mantém a vantagem sobre os demais concorrentes.

O Ibope entrevistou 3.010 pessoas na segunda e terça-feira, 25 e 26/09, em 200 municípios do país.

Lula passou de 47 por cento, na semana passada, para 48 por cento das intenções de voto.

Alckmin foi de 33 por cento para 32 por cento. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

Heloísa Helena (PSOL) manteve os 8 por cento das intenções de voto que obteve na semana passada.

Já segundo o Datafolha, que entrevistou 7.528 eleitores nesta quarta-feira em 368 municípios do país, Lula manteve os 49 por cento registrados na semana passada.

Alckmin passou de 31 por cento para 33 por cento, uma variação positiva no limite da margem de erro, de 2 pontos percentuais/

Heloísa Helena oscilou de 7 por cento para 8 por cento e Cristovam Buarque manteve os 2 por cento da semana passada.

Portanto as 4 pesquisas realizadas depois de toda a história do dossiê e do destempero golpista da oposição e divulgadas nesta semana indicam a vitória de Lula no primeiro turno. Ibope e Datafolha sugrem que Lula teria 53% dos votos válidos. Vox Populi mostra 56% e CNT/Sensus diz que Lula ganharia com 59% dos votos válidos.

Caso Ibope e Datafolha estejam certos, Lula ganha com o mesmo percentual obtido por FHC em 1998, o que provavelmente deixará o príncipe dos sociólogos um pouco menos nervoso.

Mas o ideal mesmo é comprovar que quem tem razão é a pesquisa da CNT/Sensus. Para isso os eleitores de Lula não podem entrar no já ganhou e devem comparecer em massa às urnas de votação.

É LULA de novo com a Força do Povo!!!
Enviada por Sérgio Bertoni, às 22:40 27/09/2006, de Curitiba, PR


Um Ritual na Igreja do Ódio
Em culto na capital paulista, cardeais do neoliberalismo celebram a intolerância

Em 1964, as recatadas Senhoras de Santana, militantes de células ultraconservadoras da Igreja Católica converteram-se em peças estratégicas no golpe que sacou do poder o presidente João Goulart e instaurou a Ditadura Militar. Na segunda-feira friorenta, dia 26, os cardeais do neoliberalismo atravessaram o Tietê para celebrar, nas franjas do bairro, no Clube Espéria, um macabro ritual de sagração do ódio e de incitação ao embate.

No início da noite, já circulavam pela Avenida Santos Dumont centenas de brilhantes e posudos bólidos metálicos. Mercedes, BMWs e Volvos despejavam nas área de acesso a fina e bem alimentada elite "branca" paulistana. Alheias ao ridículo, algumas senhoras pareciam trajadas para um baile de formatura. Uma ossuda madame do mundo da moda, metida em saltos altíssimos, torceu o pé, ainda na entrada. Foi auxiliada por seu motorista e secretário, um sujeito discreto e solicito. Depois riu, nervosa e excitada:

- Vamos logo, se trata de depor um presidente da República.

Entre os engravatados, muitos vestiam-se de bem desenhados Armanis e Zegnas. Para quem não sabe, um terno Zegna feito sob medida pode custar o equivalente a 230 bolsas-família, ao valor médio daquelas distribuídas na periferia de João Pessoa, na Paraíba.

Cabelos compridos (mas não muito) e levemente ondeados, conforme dita moda para os garotos bem-nascidos da Zona Sul, o filho de um rico empresário reclamava do atraso. "Cara, eu era para estar em Nova York, hoje, meu...", repetia, bufando. A todo minuto consultava o ceboludo relógio, que tirou do bulso para exibir a outro jovem. Era um Bulgari! Um Bulgari, de verdade! Segundo a edição especial "AAA" da revista Veja São Paulo, a peça custa o equivalente a 270 "auxílios-manutenção" recebidos por bolsistas do Prouni.

Também enfadada, uma curvilínea garota loura aguardava, no lado de fora do salão, o início do ritual. Entre caras e bocas, reclamava do frio. "Nem posso exibir minha arte", lamentava. Enfim, não resistiu e sacou o casaquinho de veludo. Com uma espécie de purpurina, desenhara sobre a camiseta preta de lycra uma mão com apenas quatro dedos. Acima, escreveu: "impeachment nele".

Provavelmente, os sacerdotes tucanos arrebanharam menos almas do que imaginavam. Certamente, não havia 3 mil fiéis, conforme o prognóstico. As ausências, no entanto, foram compensadas por muita exaltação. Antes dos discursos, ouviam-se urros, imprecações e assovios. Quem assistiu ao filme Calígula já viu comportamento parecido na cena da execução pública de Macron.

O governador Claudio Lembro, antes comportado, foi contagiado pelo clima apropriado à aplicação da Lei de Lynch. Em dado momento, gritou:

- Vamos fazer uma limpeza geral. Ou eles vão para casa, ou vão para Catanduvas (presídio), de que eles gostam tanto.

- É pena de morte para o Lula - gritou o rapaz do relógio Bulgari.

Ao lado da tribuna, assessores de Roberto Freire, do PPS, incitavam a multidão com os braços, como se fossem responsáveis pela claque num programa de auditório.

Durante a celebração, a empolgação foi tamanha que um "petista", se flagrado no recinto, certamente não escaparia com vida. Ufa!! O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso converteu-se numa espécie de alucinado juiz da Santa Inquisição ao proferir seu sermão. Novamente, insistiu na forçada teoria de que Lula se compara a Jesus Cristo.

Com olhos severos e voz acusativa, o Bernardo Guy moderno procurava incutir ódio na platéia. Durante o discurso, qualquer incauto se convenceria de que o presidente da República é culpado por todas as mazelas do mundo, da disseminação da Aids na África à derrota do Brasil na Copa do Mundo. Em dado momento, como se estivesse possuído, simulou uma espécie de ato de descarrego.

- Isso não é Cristo não. Isso é o demônio! Isso é demônio! E nós temos que expulsá-lo daqui", bradava FHC, para delírio da platéia em transe. "A culpa é dele, porque seu dedo é podre".

- Ele é o Judas! Ele é o Judas! O traidor do povo. - disparou Geraldo Alckmin, o representante da prelazia pessoal do Opus Dei no evento.

Do púlpito ou em particular, todo o colégio cardinalício do PSDB e do PFL exigiu ruptura e conclamou os crentes à prática da intolerância. A palavra impeachment foi citada várias vezes nas entrevistas com os jornalistas. Tasso Jereissati, presidente tucano, falou em "impeachment pelo voto", mas decretou que a luta pela deposição de Lula se estenderá para além da eleição.

A senhora do mundo da moda, aquela dos saltos altos, saiu comovida do culto. No caminho, enquanto falava da próxima manifestação anti-Lula, na quinta-feira, torceu de novo o tornozelo. Chegou ao carro escorada no mesmo gentil motorista, um sujeito atarracado, de baixa estatura, alguém que nasceu no interior de Pernambuco.

Mauro Carrara, Jornalista

Nota da Redação: Além da confirmação do mau gosto e do preconceito de classe por parte da elite branca e autoritária, paradoxalmente, o evento no fechadíssimo clube Esperia promovido pelo tucanato só serviu para comprovar uma famosa tese do Marxismo:
A história não se repete. A segunda vez é uma farsa".

Para desespero dos tucanos, as edições originais da "Marcha da Família com Deus pela Liberdade" conseguiram juntar mais autoritários e reacionários que a farsa promovida no Clube Espéria.

Nem mesmo aos seus iguais eles conseguem convencer. Estão desacreditados em seu próprio ninho. Pobres aves de vôo curto que só vivem a pilhar os ninos alheios.

Será que alguém ainda tem dúvidas sobre o projeto destes senhores do tucanato-pfl-udenista???
Enviada por Almir Américo, às 21:06 26/09/2006, de São Paulo, SP


Lula está na frente, mas ainda não ganhou!!!
Companheiros e Companheiras,

As recentes pesquisas mostram que a probabilidade de vitória de Lula já no primeiro turno é grande, mas como reza a sabedoria futebolística, o jogo só termina com o apito final. Até lá a bola continua rolando.

Os desesperados que não aceitam a democracia quando perdem, poderão lança mão de qualquer artifício para prejudicar o processo eleitoral. Eles não aprenderam nada com o efeito padeiro: "Quanto mais bate, mais a massa cresce".

Tudo indica que Lula leva no primeiro turno, mas para confirmar a vitória é preciso que cada um de seus eleitores vote no dia 01 de outubro e se possível convença um amigo ou parente a fazer o mesmo, ou seja, votar 13.

Não podemos correr riscos tais como aqueles que ocorreram na França, quando a população não compareceu no primeiro turno e o candidato néo-fascista e ultra-nacionalista, Le Pen, conseguiu levar as eleições para o segundo turno e quase coloca a França na contra-mão da história. Além de ter que aguentar o cara falando besteira por dias, a população francesa teve que correr às urnas no segundo turno para evitar uma tragédia maior.

No dia primeiro vote de acordo com tua consciência e a favor do povo brasileiro.

Tecle 13 e confirme para que a vitória de Lula seja exemplar e inédita.

Vamos lá companheirada. Todos dia 01 de outubro votando 13 e mostrando que o povo brasileiro sabe o que quer.

Já não se trata apenas de eleger um presidente
ou um presidente que tem suas origens no povo.

Trata-se de responder com voto, democracia, civilidade, educação e respeito pelos seres humanos a toda esta selvageria e agressão promovida pelo tucanato-pfl-udenista.

Eles plantam o ódio. Nós responderemos com amor aos cidadãos deste país.

Eles pregam o preconceito e a discriminação. Nós responderemos com inclusão social, econômica, digital.

Eles querem a baderna, nós queremos ordem e progresso.

Eles querem ditadura, nós democracia.

Eles querem prisões, nós liberdade, justiça e igualdade.

E para tudo isso responderemos em alto e bom som:

Lula de novo com a força do povo!

Veja em outras matérias neste sítio relatos sobre a barbárie tucana e sua imprensa mal-intencionada.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 17:30 26/09/2006, de Curitiba, PR


Lula estabiliza em 51,1% e Alckmin sobe para 27,5%
Será que os tucanos e a grande imprensa vão divulgar o resultado desta pesquisa CNT/Sensus da mesma forma alarmante como fizeram com a pesqusia Ibope?

Claro que não, pois a pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira (26) mostra que o presidente e candidato aq reeleiçãoLuiz Inácio Lula da Silva (PT)manteve-se estável com 51,1% das intenções de voto.

Esta é a primeira sondagem da Sensus após a crise do dossiê, deflagrada há quase duas semanas. Considerando a soma dos adversários, Lula seria eleito em primeiro turno, com mais de 56% dos votos válidos.

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, saltou 7,9 pontos dentro de quatro semanas: de 19,6% para 27,5% das indicações. Alckmin conquistou oito pontos percentuais em um mês.

O problema do candidato tucano é que ele cresce em cima dos votos oposicionistas sem conseguir tirar votos de Lula. E como o governo Lula tem uma grande aprovação popular, resta pouco para a oposição de direita.

A senadora Heloísa Helena, presidenciável do PSOL, caiu de 8,6% para 5,7%, ou 2,9 pontos percentuais. Cristovam Buarque (PDT) oscilou 0,2 ponto percentual: de 1,6% para 1,4%.

O quadro atual vai confirmando uma tese que cresce dia-a-dia: desde 1989 só tivemos dois candidatos a presidência da República: Lula e o anti-Lula. O papel de anti-Lula foi desempenhado por vários atores. Já o ator Lula desempenhou vários papéis nestes 20 anos.

O levantamento CNT/Sensus ouviu 2.000 eleitores em 24 estados nas cinco regiões do país, entre os dias 22 e 24 de setembro
Enviada por Sérgio Bertoni, às 13:42 26/09/2006, de Curitiba, PR


Crônica de um golpe anunciado
Por Lula Miranda

Sete perguntas que, se mal respondidas, deixam evidentes a grotesca armação que tentam colar na candidatura petista às vesperas da eleição, quando as pesquisas sentenciam sua vitória.

Vimos acompanhando todos, já faz alguns meses, inúmeros pedidos de impeachment sendo plantados e acalentados pela grande imprensa, semana sim semana também. O esdrúxulo e extemporâneo impeachment não colou, pois, além de não haver base legal que justificasse o impedimento do presidente da República, como se sabe Luiz Inácio Lula da Silva cujo governo têm altos índices de aprovação junto à população. A "vocalização" do impedimento do presidente na grande imprensa parecia ter apenas a intenção de causar ao governo algum desgaste político. Parecia. Mas, percebe-se agora, visava preparar o terreno para um golpe que pretende desalojar Lula do Palácio do Planalto "na raça", na base do golpe sujo, utilizando-se de métodos escusos.

Os velhos "donos do poder" (utilizando-se de expressão cunhada por Faoro) desejam a chefia do executivo federal de volta às suas mãos de qualquer jeito - pois o poder seria deles "de direito", algo que lhes seria devido, inato. Como a candidatura do "decepcionante" Alckmin não decolou, a última cartada seria mesmo "ganhar no tapetão".

Primeiro, a 15 dias das eleições, arma-se uma arapuca "fatal" para Lula e o PT (seu partido). Com a devida manipulação do episódios na mídia, cria-se um clima de comoção, decepção e desalento, e faz-se, em seguida, pesquisas no calor da hora. Se nem assim o candidato dos "coronéis" (os cordatos e os nem tanto) subir, manipulam-se algumas pesquisas. E, se nem com essa bem urdida "arapuca", conseguirem acabar com a candidatura Lula, o jeito seria embargar sua candidatura na Justiça ou, se eleito, impedi-lo de governar criando várias CPIs e revivendo o turbilhão político do último ano e meio de seu primeiro mandato. O lance é não permitir um segundo mandato, de qualquer jeito. Vamos à cronologia e etapas dos últimos acontecimentos.

Na semana do feriado de 7 de setembro, começaram a circular boatos de que uma "bomba" envolvendo o presidente Lula estava por ser detonada pela oposição - envolveria pessoa muito próxima ao presidente e seria avassaladora. Como esse tipo de "chantagem", boatos e ameaças são comuns ao jogo eleitoral, não lhes dei muita atenção e importância. Na semana seguinte ao 7 de Setembro, já na segunda-feira, 11, porém, os boatos começaram a se intensificar.

Foi quando, para minha surpresa, no dia 14, surgiu pela primeira vez na "blogosfera", mais precisamente no blog do Noblat, a notícia de que vinha, sim, uma bomba, mas era, ao contrário do esperado, um artefato que explodiria no colo da candidatura de José Serra: em entrevista os Vedoin (pai e filho) comprometiam José Serra com a chamada máfia dos "sanguessugas", mostrando, inclusive, farta documentação comprobatória. Noblat postou essa notícia às 16h40 do dia 14 como já dito. Acompanhei a repercussão dessa notícia, durante todo o dia 14, nos sites das grandes empresas jornalísticas. Não houve. Não saiu uma nota sequer.

No dia seguinte, procurei nos jornais dos grandes grupos de comunicação: nem uma notinha de pé de página (registro que o "blog do Noblat" é acolhido pelo grupo O Estado de São Paulo, um jornal, todos sabem, "de direita", conservador). Curiosamente, a notícia, inicialmente postada pelo Noblat, só começou a ser veiculada na Folha e em outros "jornalões" quando já se tinha a notícia de que duas pessoas supostamente ligadas ao PT haviam sido presas com R$1,7 milhão que seriam utilizados para comprar um tal dossiê envolvendo José Serra e Geraldo Alckmin (esse seria supostamente o ingrediente novo: o envolvimento de Alckmin) com a máfia das ambulâncias (ou dos "sanguessugas", como queira). O que antes parecia algo restrito a atingir a candidatura de José Serra ao governo do estado de São Paulo, também resvalava em Alckmin.

Na verdade, comprovar-se-ia depois, a intenção daquele episódio todo era atingir a candidatura Lula - agora, com a citação em depoimento de um assessor do presidente isso ficou evidenciado. Bingo! O petardo havia então acertado o alvo. O foco central, a notícia sobre o envolvimento de Serra com a máfia dos "sanguessugas", foi abandonado, deixado de lado. O foco da notícia agora passava a ser o Partido dos Trabalhadores e o governo Lula. O PT e Lula estavam de volta ao patíbulo.

O que estava ocorrendo, afinal? - perguntavam-se todos, entre incrédulos e perplexos. Uma bem urdida "armação? Uma orquestração? Uma "arapuca" armada pelos tucanos e/ou pefelistas, que haviam buscado aproximar os Vedoin de petistas desavisados? Compraram alguns "petistas" na bacia das almas? - na verdade, pessoas infiltradas no partido Ou seria mais uma "tremenda vacilada" de algum petista incauto? Para quem ainda se lembrava do inverossímil episódio dos tais dólares na cueca, tudo era possível. Mas, algumas perguntas restam ser respondidas, pois há indícios sérios, mais ou menos evidentes, que nos causam estranheza ou, no mínimo, desconfiança de uma armação.

1. Por que um dos cidadãos detidos foi logo dizendo, de imediato, que era do PT? Só faltou, para ficar bem na foto, a camisa do PT vestindo o meliante. Lembram do seqüestro de Abílio Diniz - hoje com Lula? Não seria esperado que ele, o cidadão detido em flagrante, caso estivesse realmente a serviço do partido, não revelasse essa informação nem sob tortura?

2. Por que supostos petistas comprariam por, repito, R$1,7 milhão um "dossiê" que continha fatos e informações que não valiam nem um tostão furado - disseram que pediram inicialmente R$20 milhões? Aquelas fotos já haviam saído na imprensa e sido amplamente divulgadas.

3. Por que os petistas, sabendo que os Vedoin estavam sob investigação da Polícia Federal e do Ministério Público, não avisariam a própria PF e ao MP sob a tentativa dos indiciados de vender-lhes essas provas? - assim eles obteriam as provas graciosamente e ainda incriminariam mais os verdadeiramente envolvidos com a máfia (os Vedoin e agora, ao que parece, José Serra).

4. Por que só agora resolveram denunciar José Serra? Estavam negociando o dossiê antes com o PSDB?

5. Por que envolveram, de imediato, um assessor da Presidência da República nessa mal contada história - se o depoente não sabia sequer precisar o nome da pessoa. Por que na acareação o acusador tão falante até então, calou-se?

6. Afinal, quem negociou por parte do PT foi o Diretório Estadual, como se disse no início, ou o Nacional, como se diz agora? Não é estranho que um militante recém-ingressado no partido (filiou-se em 2004) seja destacado para tão importante, delicada e "suicida" missão às vésperas da eleição?

7. E esse novo episódio do grampo nos telefones dos ministros do TSE? Não lhes parece estranho? Por que a varredura foi feita? Por que foi divulgada sem que antes houvesse uma necessária investigação? A quem interessaria a essa altura conturbar o processo eleitoral? É da democracia que o presidente do TSE reúna-se com políticos da oposição para estudarem juntos uma forma de impugnar a candidatura do presidente em exercício? Certamente que não!

Enfim, prezado leitores, é tão absurda e impensável toda essa situação que só mesmo aguardando uma competente e acurada investigação da Polícia Federal. Não precipitemos o julgamento. Foi armação? Teria sido uma contramedida de um dos "gestapos" incrustados no Estado para favorecer José Serra - lembram-se do caso Lunus, que destruiu a candidatura de Roseane Sarney? Lembram do Dossiê Cayman - era verdadeiro ou não? E a lista de Furnas? E a pasta rosa? Há uma vasta oferta de Dossiês no mercado negro da política.

Só que, passado o calor do momento, para o dia 1º de outubro, o estrago na campanha à reeleição de Lula já terá sido fato consumado. Ao passo que a campanha de Alckmin, e, principalmente, a do Serra, passam incólumes. Quem foi a priori condenado nesse episódio, pela grande imprensa, foi, de novo, o PT. Será esse episódio suficiente e necessário para servir como um novo pretexto a um recrudescimento do já evidente parcialismo da grande imprensa pró-Alckmin e pró-Serra? Só nos restar aguardar, e, de olhos bem atentos e vigilantes, reclamar um tratamento mais equânime às candidaturas na mídia. E denunciar, sempre.

E que não insistam em velhas receitas e estratégias golpistas, pois, essa democracia que aí está, com toda sua fragilidade e podridão, hipocrisia e "gansgsterismo" das máfias políticas, é a que temos, por enquanto, enquanto a tão necessária reforma política não vem. E se o "rei" tentar derrubar o "peão" "no tapetão" sairemos todos às ruas para, como nas Diretas-Já, fazer valer a vontade do povo.
Enviada por João Cayres, às 09:21 26/09/2006, de São Paulo, SP


Na reta final é preciso ter cuidado para não envenenar o país!
Por Franklin Martins

Pretendia escrever a coluna de hoje sobre as discrepâncias entre as mais recentes pesquisas do Ibope e do Datafolha. Mas mudei de idéia ao ler matéria publicada no Estadão desta segunda-feira sob o título "Rigor com a corrupção na política varia com região e condição social" e o subtítulo "Eleitor do Nordeste expressa maior tolerância com desvios do que o do Sudeste". É séria candidata ao primeiro lugar da campanha "Vamos envenenar este país" em curso em muitos jornalões brasileiros.

Jogando com números de uma pesquisa do Ibope que não prova nada, a matéria tenta sustentar a tese de que os nordestinos, os pobres e os negros dão menor valor à questão ética do que os habitantes do "Sul Maravilha", os ricos e os pobres. Diz o Estadão: "No Nordeste, 10% dos eleitores declaram que votariam em político acusado de corrupção - índice próximo do Norte/Centro-Oeste, que é de 9%. No Sul e no Sudeste, esses índices são de 6% e 7%, respectivamente".

Na realidade, as variações são mínimas, estão dentro da margem de erro da pesquisa e não indicam absolutamente nada. Aliás, se alguma coisa pode se depreender desses números é que, na valoração da questão ética, há um padrão razoavelmente homogêneo nas diferentes regiões do país - e não o contrário.

Mas há mais. O Estadão avalia também que a pesquisa do Ibope permite estabelecer relação entre cor de pele e rigor moral: "Os que se autodeclaram brancos são mais implacáveis com a ética: 88% não votariam num corrupto; os que se autodeclaram pardos cobram menos e 85% não votariam em indiciados por corrupção; mas os que se autodeclaram pretos são os menos rígidos com a ética: só 82% negam o voto a corruptos". Queira-se ou não, a idéia que se passa é de que, quanto mais escurinha for a cor da pele, maior será a frouxidão com valores éticos.

Tenha a santa paciência. Está claro que o jornal tinha uma tese. Encomendou a pesquisa para dar-lhe sustentação, digamos, científica. O levantamento, porém, não comprovou o postulado (ou o preconceito). Se houvesse bom senso, arquivava-se o assunto. Mas, como alguém quer provar, sabe-se lá por quê, que o povão não "está nem aí" para a corrupção e que nossa elite tem padrões morais dignos de Catão, a pesquisa rendeu matéria.

Mais um pouco e descobriremos que os pobres, os nordestinos e os negros são os responsáveis pela corrupção no país, que os ricos não têm nada a ver com isso, que em São Paulo nunca se pagou nem se recebeu propina e que os brancos sempre repeliram com veemência a idéia de pagar ou de levar um "por fora".

Não sei por quê, mas lembrei-me do samba "Não é conselho", de Dário Augusto e Nilcéia Gomes, gravado em 1993 pelo grande Bezerra da Silva.

Não é um conselho,
Mas não foi o preto quem botou
O meu Brasil no vermelho

Quando a coisa não vai bem
Eles dizem logo que está preta
Mas não foi o preto que travou
A grana da caderneta

Juro alto, inflação,
Mutretagem, mordomia
Mão não foi o preto
Quem botou o povão nessa agonia...

Como a maioria dos sambas cantados por Bezerra da Silva nessa fase, ele pega pesado. Mas que tem gente também pegando pesado demais nessa campanha, tem. Como dizem os jovens: "menos, gente, menos". É muito fácil envenenar um país, e muito difícil desintoxicá-lo depois. É como o adolescente que cai na droga. Para entrar na onda, bastam meses (e alguma revolta). Para sair dela, às vezes, são necessários anos (e muito sofrimento).
Enviada por Almir Américo, às 09:09 26/09/2006, de São Paulo, SP


Dois pesos e duas medidas
Clique aqui para ampliá-lo
Clique no desenho ao lado para ver a tira que define muito bem o atual momento político e a desfaçatez de uns e outros por aí.

Tanto a imprensa como a oposição de direita têm se valido de dois pesos e duas medidas para impor sua "verdade" ao país. Quando é para provar que eles são "competentes" mostram as "realizações" de seus governos passados, mas dizem que devemos esquecer o passado quando se compara as "realizações" deles com as do governo atual.

Chega de cinismo e de imprensa controlada

O Brasil precisa de Liberdade de Imprensa e não liberdade para a imprensa burguesa.

É só ver as manchetes dos jornais, revistas e telejornais para descobrir que o outro candidato é o previsível e que Lula não terá como governar o país, etc e tal.

Agora eles dizem que Lula não teria condições políticas de governar. Em 2002 diziam que não teria condições econômicas. É o mesmo terrorismo, só mudam os adjetivos.

Leia também a matéria abaixo e saiba mais sobre a exposição negativa de Lula na imprensa nativa, que não suporta ver um peão na presidência da república.
Enviada por Nilson Antônio, às 08:56 26/09/2006, de Jaraguá do Sul, SC


Exposição de Lula na mídia já era negativa antes do escândalo
(Reuters) - Uma análise da cobertura política e eleitoral de cinco grandes jornais do país constatou que o presidente e candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva já vinha com uma exposição muito negativa mesmo antes do escândalo do "dossiê Serra".

Ao fechar um relatório sobre a cobertura das eleições presidenciais nos jornais O Globo, Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e Correio Braziliense durante 11 semanas --de 6 de julho a 15 de setembro--, o Observatório Brasileiro de Mídia constatou desigualdade no tratamento das candidaturas, com uma exposição muito negativa de Lula em contrapartida a um tratamento mais positivo dispensado ao candidato tucano Geraldo Alckmin.

O período analisado termina justamente no dia 15 de setembro, quando estoura o escândalo do dossiê, com a prisão de Gedimar Passos e Valdebran Padilha e a apreensão de 1,7 milhão de reais pela Polícia Federal.

A análise não considera, portanto, a avalanche de matérias negativas à candidatura de Lula depois do caso.

Nas cinco semanas anteriores ao escândalo, o percentual de matérias negativas à candidatura de Lula foi sempre superior a 50 por cento. "Poderia parecer um paradoxo, já que nesse período as pesquisas consolidam a vitória de Lula no primeiro turno", argumenta Kjeld Jakobsen, coordenador do Observatório de Mídia. "Mas temos que considerar que, à medida que aumenta a quantidade de matérias e como elas são sempre percentualmente mais negativas a Lula, o resultado se explica", complementa.

O relatório mostra que o candidato Lula foi o que teve o maior número de reportagens publicadas a seu respeito, ficando sua candidatura mais exposta que as demais.

A qualidade dessa exposição é que se revela desvantajosa para o candidato do PT, com um percentual de matérias negativas sempre superior às positivas.

A análise dos gráficos permite verificar que o presidente Lula teve uma exposição até pior que o candidato Lula durante as 11 semanas. "Esse é o preço por exercer as duas funções simultaneamente", diz Jakobsen, considerando que o presidente fica mais susceptível a ataques pela dificuldade de separar as condições de chefe do Executivo e de candidato.

O Observatório ainda não fechou a primeira semana após o escândalo, mas fez um relatório especial, na quarta-feira, analisando apenas aquele dia nos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e o Globo.

Das 97 matérias publicadas, 70 referiam-se à candidatura de Lula e 65,7 por cento eram negativas.

O Observatório Brasileiro de Mídia é uma organização de pesquisa e análise da atuação dos meios de comunicação associada a Media Watch Global.

Por Mair Pena Neto
Publicado no Boletim NPC No. 93
Enviada por NPC, às 08:30 26/09/2006, de Rio de Janeiro, RJ


Aumento põe fim a greve nas montadoras do Paraná!
Os Trabalhadores nas três montadoras de veículos instaladas na região metropolitana de Curitiba - Renault, VW-Audi e Volvo - aprovaram o fim da greve iniciada em 20 de setembro.

As assembléias realizadas nas fábricas aprovaram o aumento salarial de 4,19% a partir de 01 de setembro, 0,78% a partir de 01 de janeiro de 2007 e um abono de R$ 700 a ser pago no dia 02 de outubro. Desta forma os metalúrgicos nas montadoras paranaenses poderão comemorar a vitória de Lula com uma graninha a mais no Bolso.

O pagamento dos dias parados ainda será negociado fábrica por fábrica, pois em algumas delas os Trabalhadores preferem ter os dias descontados a compensá-los. Em outras preferem a compensação.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 08:21 26/09/2006, de Curitiba, PR


Significados de uma vitória ou de uma derrota de Lula
Por Emir Sader, Agência Carta Maior

E se, por algum milagre, Alckmin triunfasse?
Como ninguém leva a sério esta possibilidade, esse exercício não é realizado. Mas, para entender o que triunfa e o que é derrotado com a provável vitória de Lula no primeiro turno, pensemos o que seria se não fosse.

A política econômica, tal qual transparece claramente do discurso de campanha tucano, seria uma retomada forte dos contornos mais ortodoxos do modelo liberal. O ?choque de gestão? que Alckmin anunciou ? e deixou guardado, pelo contraste altamente negativo para ele diante do ?choque social? com que Lula respondeu ? expressa isso, além da equipe econômica que ele ameaçou lançar mão. Seria uma retomada da política econômica de FHC onde este havia sido obrigado a deixá-la: a privatização da Petrobrás, da Eletrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, voltariam centralmente à pauta do governo. FHC recém acabou de reivindicar seu processo de privatizações, fortalecendo o compromisso programático dos tucanos com o liberalismo econômico ortodoxo.

A política internacional tucana aponta claramente ? nas declarações do candidato e de FHC ? para um abandono da centralidade d eixo Sul/Sul e a retomada de relações privilegiadas com os EUA, que implicariam no fim definitivo do Mercosul e na aceleração da Alca, com a assinatura de Tratado de Livre Comércio com os EUA.

As políticas sociais voltariam à inocuidade que tiveram nos 8 anos em que foram dirigidas pela ex-primeira dama, Ruth Cardoso, retomando a centralidade das metas econômico-financeiras. No plano educacional, a privataria, que multiplicou como nunca na nossa história as faculdades particulares, retomaria seu caminho. Os movimentos sociais ? o MST em primeiro lugar ? seriam vítimas de repressão e criminalização. O salário mínimo seguiria defasado em termos de poder aquisitivo diante dos preços, a desigualdade retomaria seu caminho histórico de consolidação.

Não é estranho, diante da possibilidade que a oposição de direita propõe ? ou ameaça -, que o pronunciamento das urnas se anuncia como uma vitória esmagadora do governo Lula. Apesar de não haver saído do modelo econômico neoliberal ? responsável pelo baixo crescimento econômico -, apesar da política que tem favorecido os trangênicos em detrimento da política de auto-suficiência alimentar, do andamento lento da reforma agrária, da repressão às rádios comunitárias, do pouco incentivo ao software alternativo ?, apesar disso tudo, o povo percebe que a melhor alternativa hoje é a da reeleição.

A derrota do bloco tucano-pefelista será uma grande derrota da direita no Brasil. Ela ganhou nova cara com o governo FHC, que promoveu a aliança da elite paulista com a nordestina, em torno do plano de estabilidade financeira, da privatização, da abertura acelerada da economia, da desregulamentação, da projeção do capital financeiro ? em sua forma especulativa ? ao posto hegemônico na economia, entre tantas outras coisas, todas regressivas e negativas para o Brasil. O espaço para o crescimento e fortalecimento da esquerda voltará a ser amplo. Para o que será necessário que o governo leve à prática um novo modelo econômico, com crescimento, distribuição de renda, criação de empregos, fortalecimento da organização popular, consolidação dos projetos de integração regional e de articulação com o Sul do mundo.

Essa derrota deve representar uma nova oportunidade para formular e desenvolver um projeto posneoliberal, valendo-se da divisão e desconcerto que já se apossou da direita ? dos seus lideres políticos, dos seus cronistas na mídia, dos dirigentes partidários. Valendo-se também do novo caudal de votos recebidos, da composição claramente popular dessa votação, da desarticulação dos discursos da direita, abre-se espaço para um discurso de democratização social, de soberania nacional, de integração regional, de reformas democráticas do Estado e do conjunto do sistema político.

Essa nova oportunidade será, ao mesmo tempo, uma nova oportunidade para a esquerda se recompor, recuperar capacidade de formulação de propostas e de mobilização social, de protagonismo político ? nacional, regional e internacional -, enfim, reaparecer como alternativa para a crise hegemônica em que vive o país, produto das políticas neoliberais. Para que a derrota do bloco de direita ? tucano-pefelista ? represente realmente uma vitória da esquerda e do movimento popular.
Enviada por Maurício Minolfi, às 14:26 25/09/2006, de Curitiba, PR


Vantagem de Lula continua, mesmo depois dos vorazes ataques
Tendência de votos, mostrada pelas pesquisas
A esquerda tem algumas crenças inabaláveis. Uma delas é que só ela representa a verdadeira vontade do povo. Outra é de que ela é sempre perseguida....

Mas há algumas opiniões formadas na esquerda que são bastante interessantes e por vezes coincidem com as opiniões da direita. É isso mesmo, principalmente, quando falamos de pesquisa eleitoral. Tanto um lado quanto o outro afirmam que as pesquisas de opinião pública, realizadas às vésperas da eleição, são manipuladas quando apontam a vitória de outros candidatos que não os seus. Porém, se estas mesmas pesquisas apontam a vitória dos candidatos que defendem, todos as usam para provar a veracidade de seus argumentos, a coerência e ligação entre o que determinado partido propõe com aquilo que pensa o povo e, principalmente, para provar a inteligência do povo!!! E por aí vai.

É claro que as pesquisas de opinião, assim como qualquer outra invenção humana, como as ciências sociais ou outras ciências quaisquer, são passíveis de manipulação por parte dos humanos que as inventaram. A exatidão e precisão de uma pesquisa depende muito da ótica sob a qual o problema é analisado.

Voltemos ao tema eleitoral. A última pesquisa Datafolha realizada após a crise política motivada pela compra de um dossiê por integrantes do PT, com objetivo de atacar políticos do PSDB, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua líder da corrida presidencial: ele tem 49% das intenções dos votos, oscilou um ponto para baixo em relação à consulta anterior (50%).

Em outras palavras Lula continua com a mesma procentagem das pesquisas anteriores que há tempos tem variado ente 48 e 52% de acordo com as margens de erro anunciadas.

Se a eleição fosse hoje Lula seria reeleito com pelo menos 55% dos votos válidos (excluindo brancos, nulos e indecisos).

Isso significa que mesmo com todos os ataques da oposição e as burradas de alguns da situação, Lula teria hoje 2% a mais do que teve FHC em 1998. Na época a oposição fez campanha limpa e não partiu para baixaria como agora faz, nem teve o apoio de outros partidos ditos de esquerda como acontece agora.

O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, oscilou dois pontos para cima e agora tem 31%. Na pesquisa divulgada na última terça-feira o tucano tinha 29%. Portanto, Alckmin também oscila dentro da margem de erro das últimas pesquisas, assim como os demais candidatos, tais como, Heloísa Helena (PSOL) que oscilou de 9% para 7%, Cristovam Buarque (PDT) que se manteve com 2% e Ana Maria Rangel (PRP) que tem 1% das preferências.

Com base nos dados apresentados poderíamos dizer que a oscilação de votos se dá na verdade entre Heloísa Helena e Geraldo Alckim, o que é natural, pois ambos disputam o papel do "autêntico" anti-lula, antes exercidos por Collor e FHC. Mesmo se apresentando como extremos do espectro político, HH e Alckmin fazem exatamente o mesmo jogo de agressões e acusações (em alguns casos usando até as mesmas expressões como se combinado fosse), mas com poucas propostas realmente novas ou alternativas a tudo o que está acontecendo no país.

O gráfico acima mostra que independentemente do que se tem falado na campanha eleitoral, nos meios de comunicação ou das "verdades" divulgadas por determinados setores, os brasileiros se posicionam pela continuidade e há vários meses vêm mantendo a diferença de Lula sob seus candidatos, em média 10%.

Dentro do quadro que se descortina perante nossos olhos, para conseguir levar as eleições para o segundo turno Alckmin teria que crescer pelo menos 1,5% ao dia até dia 30 de setembro e torcer para que Lula perdesse pelo menos 7-8% das intenções de voto e nenhum outro candidato de oposição somasse pontos, já que os candidatos de oposição estão disputando a mais faixa de eleitores, ou seja, aqueles que qualificam o governo Lula como péssimo ou ruim e parte daqueles que o acham regular...

Veja também artigo de Marcos Coimbra comentando o resultado da última pesquisa Vox Populi/CartaCapital. Ali o autor desmonta cinco mitos sobre o eleitorado de Lula: cínico, burro, manipulado, nordestino e miserável, tão divulgados pela elite e sua imprensa e repetido como se verdade fosse pela classe média.

Na pesquisa Vox Populi Lula não só mantém a vantagem como conseguiu melhorá-la um pouco. Confira.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 12:17 23/09/2006, de Curitiba, PR


Lula: além de insana, compra de dossiê raiou a "imbecilidade"
O presidente e candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou o número de adjetivos pejorativos para se referir aos envolvidos no caso da compra de um dossiê contra candidatos do PSDB.

Além de repetir que a atitude foi uma insanidade, disse também que foi uma "loucura" e que raiou a "imbecilidade". Comentou ainda que o serviço de inteligência montado pelo PT "não era tão inteligente quanto se imaginava".

Lula participou da série de entrevistas com os presidenciáveis promovida pela rádio CBN. Como na entrevista concedida ontem ao "Bom Dia Brasil", da TV Globo, o presidente optou por individualizar a responsabilidade pelo episódio da compra do dossiê.

"Essas pessoas se arvoraram no direito de achar que podiam fazer bem a alguém colocando na sua vida pessoal uma prática política condenável, porque não é possível que uma pessoa honesta faça negócio com bandido", afirmou o presidente.
Enviada por Alceu Antonio, às 09:52 22/09/2006, de Recife, PE


Contra o preconceito da elite curitibana
No PR, PT pede apreensão de adesivo que faz referência a falta de dedo de Lula

A coordenação da campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Paraná pediu à Justiça Eleitoral a apreensão de adesivos de vidro de carro em que uma mão aberta com quatro dedos é cortada por um xis, símbolo de proibido ou banido.

Para o PT, o adesivo faz campanha discriminatória contra Lula, devido à referência à falta do dedo mínimo da mão esquerda do presidente. A coordenação da campanha de Lula também pede identificação dos autores da peça.

O adesivo começou a aparecer nesta semana em alguns carros que circulam em Curitiba, e sua autoria não é assumida por nenhuma campanha adversária à do PT. O advogado da campanha petista no Paraná Emerson Fukushima disse ter informações de que a peça está sendo entregue a motoristas junto com o material do presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin.

"Em todos os carros em que o adesivo foi visto, foi possível ver também a propaganda desse candidato [Alckmin]", afirmou ele.

O coordenador-executivo da campanha de Alckmin no Paraná, José Carlos Campos Hidalgo, negou a responsabilidade do PSDB na distribuição da peça. "Não conheço quem distribui, não sei de quem é. É até uma propaganda que não é boa para nós, porque não ajuda em nada. Nem adesivo suficiente do nosso próprio candidato temos por aqui", afirmou Hidalgo.

Preconceito e mau gosto

Representante das pessoas com deficiência no Conselho Nacional das Cidades, o aposentado José Leite definiu o adesivo como "uma agressão de mau gosto".

Segundo Leite, o adesivo não promove crítica, só promove preconceito e discriminação. "Leva em consideração uma deficiência que não interfere em nada na ação do presidente."

Para o presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná, Mauro Nardini, o adesivo "é um crime".

Lula perdeu o dedo num acidente de trabalho, quando era torneiro mecânico na região do ABC, na Grande São Paulo.

Nota da redação: Por ser o adesivo uma forma de expressão discriminatória contra os cidadãos com necessidades especiais defendemos que não só os adesivos sejam apreendidos, mas que os proprietários dos veículos sejam processados conforme a Consitutição do país por promover discriminação contra toda uma camada da população brasileira.

Essa elite raivosa e preconceituosa quer, com o adesivo, atingir ao presidente da república, mas acaba atacando a todos cidadãos com necessidades especiais.

Abaixo a todo e qualquer tipo de preconceito e discriminação.
Enviada por Almir Américo, às 09:46 22/09/2006, de São Paulo, SP


Para calar a boca dos detratores e preconceituosos
Estudo aponta queda na pobreza no governo Lula

"Entre 2003 e 2005, o Brasil viveu um 'segundo Plano Real' em termos de redução da pobreza. Essa é a conclusão de um estudo realizado por Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais (CPS) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio. O trabalho de Neri, que será apresentada em detalhes hoje, foi realizado com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2005, recém-divulgada.

De acordo com Neri, a redução da miséria entre 2003 e 2005, de 19,18%, foi até ligeiramente maior do que a verificada entre 1993 e 1995, de 18,5%. A proporção de miseráveis caiu de 35,3% para 28,8% entre 1993 e 1995 e de 28,2% para 22,7% entre 2003 e 2005.

O economista da FGV observa que aqueles dois períodos estão separados por oito anos, de 1995 a 2003, de estagnação na diminuição da miséria, que se reduziu apenas de 28,8% para 28,2% da população."
Enviada por Almir Américo, às 09:37 22/09/2006, de São Paulo, SP


Lula mantém diferença mesmo com o "caso" do dossiê
O presidente da república e candidato a reeleição pelo PT, Lula, manteve a diferença em relação ao segundo concorrente mostram as pesquisas de intenção de voto feitas entre segunda e quarta-feira, depois do chamado "escandâlo do dossiê".

Segundo a pesquisa do Vox Populi, divulgada pelo "Jronal da Band" Lula tem agora 51%, enquanto que Alckmin ficva com 27%, na pesquisa estimulada. Na votação espontânea Lula tem 43%, ou seja, o eleitorado de Lula está consolidado, permitindo prever a liquidação da fatura já no dia 01 de outubro.

PT segue sendo o partido mais popular do Brasil

Dado interessante é mostrado por pesquisa do Ipespe publicada no Valor Econômico: 82% dos eleitores não teriam nenhuma preferência partidária.

Entre os partidos citados pelos eleitores o PT é o preferido absoluto, sendo lembrado por 9% dos cidadãos, enquanto que PSDB é lembrado por apenas 3% e o PFL por 1%.

Estes dados são realmente interessantes, pois são exatamente PFL e PSDB quem comanda o baixo nível e a agressividade contra Lula e contra o PT. Nem mesmo sofrendo tantos ataques por parte dos partidos de direita durante os últimos 18 meses, o PT deixa de ser o preferido entre os eleitores.

Há de se notar que entre os eleitores de Alckmin apenas 8% preferem o PSDB. Já entre os eleitores de Lula, 17% preferem o PT. Também neste quesito Lula e o PT batem os partidos de direita.

É impossível criminalizar a todo um movimento

A suja campanha dos partidos de direita na tentativa de criminalizar todo um movimento que levou a criação do PT não está dando o resultado esperado.

O candidato a gerente, Alckmin afirmou recentemente que ele luta "contra uma organização criminosa" referindo-se ao PT e todo o eleitorado de Lula. Mas no dia primeiro de outubro receberá a resposta a todo este preconceito.

Não é porque alguns indivíduos ligados ao PT possam ter cometido crimes (que precisam ser investigados e provados) e erros, que se pode criminalizar todo o partido e o movimento que lhe deu origem.

Esssa coisa de criminalizar a esquerda é uma das piores tradições da direita internacional e uma prática do século 19.
Tuc! Tuc!

Só para avisar ao tucanato-pfl-udenista: já estamos no século 21 e deixamos a idade média faz algum tempo, tá!
Enviada por Sérgio Bertoni, às 09:14 22/09/2006, de Curitiba, PR


A greve continua nas montadoras do Paraná
Na manhã desta sexta-feira, 22 de setembro, os Trabalhadores nas três montadoras instaladas na região de Curitiba, Renault, VW-Audi e Volvo, reunidos em assembléia rejeitaram a nova proposta das empresas e mantém a greve por tempo indeterminado.

A única mudança na proposta empresarial foi a antecipação para março de 2007 do aumento salarial de 0,78%, previsto inicialmente para setembro do próximo ano.

Portanto, sem mudanças significativas, os Trabalhadores rejeitaram a proposta e a greve continua.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 08:42 22/09/2006, de Curitiba, PR


Cultura: Festival de Besteiras que Assola o País está de volta
Se vivo fosse o saudoso Sérgio Porto, mais conhecido pelo codinome de Stanislaw Ponte Preta, relançaria com produção hollywoodiana, o FEBEAPÁ - o Festival de Besteiras que Assola o País.

Na cerimônia de lançamento do "remake", certamente recorreria às suas mordazes comparações para discorrer sobre a atual situação país, que deixa o presidente Lula e os militantes honestos e batalhadores com a cabeça "Mais inchada do que cabeça de botafoguense".

Falaria sobre o escândalo do dossiê e o o comportamento da elite nacional. Diria que tudo isso deixa ACM (e PSDB-PFL) "Mais assanhado do que bode velho no cercado das cabritas", que a cara-de-pau de nossa elite é "Mais dura do que nádega de estátua", que sua atitude eleitoral é "Mais feia do que mudança de pobre" e seu discurso "Mais murcho do que boca de velha"

O velho Stanislaw estaria a se divertir com os fatos atuais. Ele afirmava ser difícil precisar o dia em que as besteiras começaram a assolar o Brasil, mas dizia ter notado um alastramento desse festival.

Sem dúvida, atualmente o FEBEAPÁ, atinge níveis extremos de ilariedade. Das trapalhadas de alguns petistas paulistas à incapacidade de velha direita que, em pleno século XXI, ainda teima em demonstrar que comunista come criancinha, mesmo quando já não hajam mais comunistas propriamente ditos no Brasil e no mundo...

Aqui mais uma vez Stanislaw certamente recorreria a uma de suas frases célebres para definir tanto o caso do dossiê, como o uso do mesmo na campanha eleitoral, quanto o zêlo de nossos políticos pelo bem público: "Se peito de moça fosse buzina, ninguém dormia nos arredores daquela praça"

Stanislaw era um batalhador incansável contra as mazelas em nosso país. Não deixemos que sua luta seja em vão.

É preciso continuar denunciando as besteiras que continuam a assolar nosso país e não dar créditos àqueles que sempre foram os patrocinadores delas...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 17:56 21/09/2006, de Curitiba, PR


Recordar é viver: a tradição da direita brasileira é golpista
Lula lidera as pesquisas. A eleição está resolvida? Recentes acontecimentos recomendam atenção para um velho hábito da direita brasileira: o golpismo. Ao longo do século XX, o país teve duas experiências de governos com pendores populares. Uma delas acabou com o suicídio do presidente. A outra foi abortada por um golpe militar. A terceira experimenta alguns fenômenos que se repetiram nas duas primeiras.

Artigo de Marco Aurélio Weissheimer

De maus modos também se morre. Essa frase tem vários significados. Entre eles, várias expressões de maus modos. Entre elas, a falta de atenção sobre o que acontece ao nosso redor. Nos últimos dias, uma série de "acontecimentos" aumentaram a temperatura do ambiente político brasileiro. As aspas que cercam os acontecimentos pretendem justamente chamar a atenção para o que pode estar, de fato, acontecendo. Uma mínima dose de razão prudencial recomenda uma certa dose de suspeita em relação à idéia de coincidência. A temperatura política aumentou desde a última sexta com as notícias do suposto envolvimento da gestão de José Serra no Ministério da Saúde, durante o governo FHC, com o esquema das sanguessugas e suas formidáveis ambulâncias super-faturadas. O "acontecimento" aí, rapidamente, sofreu uma transmutação: tornou-se uma "investigação sobre o suposto envolvimento de petistas em uma armação contra José Serra".

A realidade dos "acontecimentos" tem uma dimensão seletiva na mídia. Alguns "acontecimentos" são mais "acontecimentos" do que outros. E merecem qualificação diferenciada: as denúncias contra Serra rapidamente são descritas sob o guarda-chuva da "armação". Um desses "acontecimentos" merece atenção menor. O ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, disse sexta que os escândalos de corrupção investigados pela CGU começaram em governos anteriores. E acrescentou que as denúncias envolvendo ministros de governos passados, como José Serra, devem receber o mesmo tratamento das denúncias que envolvem integrantes e ex-integrantes do governo Lula, como o ex-ministro da Saúde, Humberto Costa. Esse "acontecimento" teve um destaque muito menor na mídia. No final de semana, as manchetes falavam das investigações da PF para apurar o envolvimento de petistas em uma "armação" contra Serra.

"Quadro de horror e opressão"

No final da tarde de domingo, somos informados de mais um "acontecimento". Três ministros do TSE tiveram seus telefones grampeados. Entre eles, o presidente do Tribunal, ministro Marco Aurélio Mello. Uma nota do TSE anuncia a convocação de uma coletiva para a manhã de segunda-feira. Antes do anúncio de qualquer investigação sobre o caso, o ministro já antecipa algumas opiniões na imprensa. "Se partiu de um particular, político ou do crime organizado, é condenável. Mas se partiu do Estado mostra que quadro de horror e opressão estamos vivendo. Um ministro do Supremo ser bisbilhotado é uma coisa inimaginável", declarou Marco Aurélio Mello à Agência Globo. A declaração do ministro mal consegue disfarçar sua visão sobre a conjuntura atual: estaríamos vivendo um quadro de horror e opressão. A caracterização do presidente do TSE não é exatamente nova.

Na semana passada, Marco Aurélio Mello declarou que a reeleição é péssima para a democracia. Se, por um lado, o instituto da reeleição é um problema sério que deve ser discutido, por outro, a declaração, no contexto da campanha eleitoral, significa que o presidente do TSE recomenda à população que não vote nos candidatos que disputam a reeleição, entre eles o presidente. Não custa lembrar: não é atribuição do presidente do TSE dizer à população em quem deve ou não votar. Tampouco é atribuição de um magistrado antecipar opiniões sobre uma investigação que ainda será iniciada. A pressa em indicar possíveis culpados indica uma ansiedade singular. Uma ansiedade em tornar um "acontecimento" o "quadro de horror e opressão que estamos vivendo". E qual é exatamente esse "quadro de horror e de opressão"? Do ponto de vista político, é o quadro de um cenário eleitoral que aponta para a reeleição do atual presidente do país.

Repetição e memória

Não é a primeira vez que esse quadro ocorre. E, em se tratando de repetições, a memória costuma ser uma boa conselheira. No dia 27 de setembro de 1998 a Folha de São Paulo publicou uma entrevista realizada com o então Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ilmar Galvão, onde este expressou publicamente seu apoio a reeleição do então presidente Fernando Henrique Cardoso. O presidente do TSE afirmou: "Se eu fosse Congressista, nunca aprovaria a reeleição para Governador e Prefeito. Quando muito, para Presidente da República, em uma conjuntura como a atual, em que a permanência do Presidente da República é um fato indispensável para a manutenção e para consolidação do modelo econômico que foi implantado no Brasil." A entrevista não ganhou grande repercussão nos noticiários televisivos. A oposição exigiu que o ministro se retratasse publicamente, mas Galvão não se abalou com o episódio, limitando-se a dizer que havia sido mal interpretado pela imprensa.

Na época, a comissão de Defesa da Ética na Política da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou nota oficial lamentando o ocorrido e manifestando temor pelo bom andamento das eleições. A comissão concluiu que cabia ao ministro Ilmar Galvão avaliar se o episódio havia abalado a necessária imparcialidade de sua atuação na condução das eleições. O caso foi de extrema gravidade, pois mostrou um Ministro do TSE, presidente da última instância judiciária eleitoral, declarando sua preferência eleitoral sem qualquer constrangimento. Não houve nenhum escarcéu na mídia, muito pelo contrário. Reinou o silêncio. O máximo que se viu foi um pedido de exame de consciência por parte da OAB. Nunca é demais lembrar: o papel da justiça eleitoral é trabalhar para garantir a licitude do pleito de forma imparcial e obedecendo a legalidade vigente. Esse princípio básico foi desrespeitado de forma escancarada. E ficou tudo por isso mesmo.

A geografia seletiva do mar de lama

Ficou tudo por isso mesmo. Essa é uma expressão familiar à história política do Brasil. Ao longo do século XX, o país teve duas experiências de governos com pendores populares, com todos os seus limites e contradições. Um deles acabou com o suicídio do presidente da República. O outro foi abortado por um golpe militar. A terceira dessas experiências, que estamos vivenciando agora, curiosamente experimenta alguns fenômenos que se repetiram nas duas primeiras. O "mar de lama" parece só vir à tona no país quando um governo com algum grau de comprometimento popular chega ao poder. Isso aconteceu também em escala regional. A mais importante experiência de um governo estadual de esquerda no país, o governo Olívio Dutra, no Rio Grande do Sul, foi atravessada por denúncias de corrupção e de envolvimento com "a máfia internacional da jogatina". Este governo enfrentou uma CPI da Segurança Pública, tão pródiga em denúncias quanto em falta de provas, o que resultou no arquivamento das primeiras pelo Ministério Público.

O quadro então é este. Qualquer governo que tenha um cheiro de esquerda, por mais tênue que seja, é logo acusado de estar patrocinando um "mar de lama". Os outros governos, com cheiro, gosto e cor de direita, seriam expressões de moralidade pública. Considerando o tempo histórico que uns e outros governaram esse país, chega-se à conclusão que os problemas do Brasil devem-se aos poucos anos que governos com algum pendor popular estiveram no poder. Neste domingo, o presidente nacional do PFL, o senador banqueiro Jorge Bornhausen (PFL/SC), defendeu a cassação do registro da candidatura do PT. Bornhausen que, recentemente, expressou o modesto desejo de "se ver livre desta raça por 30 anos", afirmou: "Como sempre, o PT vive no submundo do crime, da falcatrua, da chantagem e do uso do dinheiro público". Outro grande líder democrata do país, o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL/BA), chamou o presidente Lula de "rato". Seu currículo de serviçal da ditadura militar e suas recentes declarações defendendo uma nova intervenção dos militares na vida política do país, devem ser vistos, talvez, como acidentes de percurso.

Mas o que a história do país mostra é que não há acidentes de percurso. Mostra que se deve desconfiar daquilo que se apresenta como coincidência. Mostra que se deve levar a sério esses últimos acontecimentos, com ou sem aspas, como uma boa maneira de dar conseqüência ao que está se passando ao nosso redor. A mescla de silêncio e seletividade midiática é um sinal de alerta mais do que suficiente. De maus modos também se morre. A falta de memória e a desatenção estão nessa tenebrosa lista, em que o golpismo se imiscui, para dizer quem pode e quem não pode, governar, e quem pode e quem não pode, ter direitos. Ao longo da história, a imprensa brasileira não sobrevoou esses "acontecimentos" como um anjo que olha, compassivo, os acontecimentos terrenos. Pelo contrário, sempre foi um protagonista ativo, com lado definido. O fato de silenciar sobre o engajamento escandaloso de um presidente do TSE em um processo eleitoral, como ocorreu durante o governo FHC, não é acidental. A única coisa acidental que pode haver aqui é a falta de atenção.

O fim da era da pedra no lago

Não custa lembrar então um fenômeno novo nesta relação da mídia com a sociedade. Um fenômeno apontado pelo jornalista Franklin Martins em recente entrevista à revista Caros Amigos. Segundo ele, estamos vivendo um fenômeno novo importantíssimo na vida política brasileira do qual as pessoas ainda não se deram conta: o fim da era da pedra no lago. Ele explica: "Nós tínhamos um padrão de comportamento que vem desde o final da luta contra a ditadura. Produzia-se um fenômeno político, a classe média formava uma opinião a respeito e essa opinião se estendia para a periferia. Como a pedra no lago: caiu a pedra na classe média, formando ondas concêntricas para os lados. A classe média era a dos chamados formadores de opinião, você os conquistava, tinha resolvido a parada. Ao que assistimos nessa crise do mensalão? A classe média formou a convicção de que o governo estava tomado por uma quadrilha, por uma bandidagem, etc. ? não estou discutindo se isso é verdade ou não -, ela formou essa convicção, bateu a pedra no lago..."

"...as ondas começaram, daqui a pouco...bateu em algum lugar, tinha um dique, e as ondas começaram a voltar. Bateu onde? Bateu na classe C. É o pessoal que ganha de dois a cinco salários mínimos que olhou e disse: "Espera um instantinho, não é bem assim, eu penso um pouco diferente. Tem roubalheira? Tem. Roubou o governo? Roubou. O Lula é algum santo? Não. O Lula sabia? Acho até que sabia, mas é o seguinte: sempre foi assim e a minha vida está melhor hoje em dia, quero discutir isso também. O BNDES anunciou um plano para financiamento de 300.000 computadores até o valor unitário de 1.400 reais. Pra onde eles vão? Para a classe C. Seis milhões de pessoas foram incorporadas à classe C segundo as estatísticas, foi manchete de todos os jornais. Quer dizer, 10% do mercado brasileiro. Agora que estou melhorando de vida, vocês querem derrubar esse governo?"

Essa é a idéia. E é exatamente por isso que as próximas semanas devem ser pesadíssimas. Os advogados do PSDB apresentam nesta segunda, em Brasília, uma representação ao TSE contra o que consideram "interferência do governo no processo eleitoral". A ação será movida contra o presidente Lula, contra o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos e contra o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini. Para o PSDB, "há fatos suficientes para a cassação do registro da candidatura de Lula". Com o seu candidato estagnado nas pesquisas, tucanos e pefelistas devem partir para a radicalização nos próximos dias, tentando atingir a candidatura Lula. O objetivo não é necessariamente impedir a vitória de Lula, mas sim inviabilizar um segundo governo. A julgar pelo tiroteio verbal deste fim de semana e pelo surgimento de novas denúncias, acusações e "acontecimentos", os últimos dias da campanha eleitoral serão de tripa na calçada. Se alguém achava que a campanha seria marcada pela "apatia" pode se preparar para fortes emoções. Vai engrossar.

As elites brasileiras não toleram sequer um governo do PT que mistura um Bolsa Família com lucros inéditos aos bancos. As elites brasileiras não toleram não estar no poder. Não toleram a mínima possibilidade de perder espaço de poder. Por isso, nada está resolvido. Nada está ganho. Não há nenhuma vitória garantida. Atenção redobrada é o melhor antídoto contra os maus modos que continuam a nos espreitar.

Marco Aurélio Weissheimer é jornalista
Enviada por Ubiraja Freitas, às 14:30 21/09/2006, de Belo Horizonte, MG


Trabalhadores na Volvo param e todas as montadoras em Curitiba estão em greve!!!
A greve de 24 horas iniciada em 20 de setembro pelos Trabalhadores na VW-Audi e na Renault, em São José dos Pinhais, passou a ser por tempo indeterminado e conta agora com a adesão dos Trabalhadores na Volvo, localizada em Curitiba.

Após a adesão dos Trabalhadores na Volvo e decidida a continuidade da paralisação nas demais montadoras, as empresas chamaram o sindicato para negociar e ofereceram um nova proposta de 4,19% de reajuste mais 0,78% de aumento e R$ 400,00 de abono.

As negociações seguem e os Trabalhadores afirmam que só voltam ao Trabalho quando tiver um acordo que atenda às suas reivindicações.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 12:25 21/09/2006, de Curitiba, PR


Greve na GM termina em acordo
Cerca de 5.500 trabalhadores do primeiro turno da fábrica da General Motors em São José dos Campos (SP) decidiram fechar um acordo com a direção da empresa que prevê reajuste de 5,47% neste ano.

Do total de 5,47%, um parcela de 4,19% será paga a partir de outubro e mais outra de 1,23% em janeiro. Além disso, os trabalhadores vão receber um abono de R$ 700 no próximo dia 2.

A categoria reivindicava 13,8% de aumento, mas decidiu encerrar a paralisação porque além do aumento, o acordo também prevê benefícios como:
- estabilidade no emprego até 31 de março de 2007
- congelamento dos reajustes do transporte
- adicional noturno de 30% (superior à lei)
- aumento do auxílio-creche
- manutenção de todos os direitos (cláusulas sociais)
- treinamento e contratação de 40 portadores de deficiência auditiva.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:53 21/09/2006, de Curitiba, PR


PT quer investigação sobre dossiês
A alta cúpula do PT resolveu se manifestar acerca das denúncias sobre a compra de um dossiê contra o candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB.

O presidente do PT, Ricardo Berzoini, foi direto ao assunto: "Fala-se muito com relação ao que aconteceu [compra de dossiê], o que é grave, mas muito pouco sobre o conteúdo".

Berzoini acredita que a oposição se apegou a denúncia "como bóia de salvação" para a campanha de Alckmin à Presidência. "O clima que tenta se estabelecer não é bom para o país", disparou.

Já o ministro Tarso Genro, das Relações Institucionais, disse que "É necessário que as investigações sejam levadas a termo nos dois sentidos. Não só [sobre] o dinheiro, mas as informações que constam do dossiê. É necessário que se saiba quando começou e quem são os responsáveis por esses esquemas que ocorrem no país há bem mais de quatro anos".
Enviada por Sérgio Bertoni, às 17:49 20/09/2006, de Curitiba, PR


Trabalhadores na Bosch Campinas paralisaram fábrica
Os 50000 Trabalhadores na unidade da Bosch em Campinas paralisaram hoje suas atividades.

Os Trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 13,8%, estabilidade no emprego, redução de jornada para 40 horas semanais e cláusulas sociais.

A empresa oferece 4,9% e não quer discutir outros temas, apesar de aceitar a manutenção das cláusulas sociais.

A próxima assembléia dos Trabalhadores na Bosch será às 22:00h.

Toyota e Honda fecham acordo com o Sindicato

O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas fechou acordo a direção da Honda e da Toyota. Em ambas as montadoras o reajuste salarial foi de 7%. Na Honda as conquistas foram maiores, já que em junho a empresa havia dado um reajuste de 2%, e agora concordou com uma série avanços significativos em várias cláusulas sociais, tais como, novos valores para os adicionais noturno, auxílio creche, aumento de estabilidade no emprego para as gestantes e garantias extras em caso de aborto, etc.

O Sindicato também negociou com as montadoras da região de Campinas planos de cargos e salários que garantem aos Trabalhadores promoções e aumentos salariais a cada seis meses fazendo com que o Trabalhador atinja o teto de sua faixa salarial em 4 anos e meio no máximo.
Enviada por Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, às 17:30 20/09/2006, de Campinas, SP


Trabalhadores na VW-Audi e na Renault fazem greve de 24 horas
Os Trabalhadores nos complexos industriais da VW-Audi e também os da Renault, ambos em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, paralisaram totalmente suas atividades produtivas.

Os Trabalhadores que já haviam recusado a proposta de reajuste salarial de 4,19% ficaram indignados com a nova proposta das empresas que ofereceram R$ 150,00 de abono e mantêm o mesmo índice de reajuste.

Se até a zero hora desta quinta-feira, 21 de setembro, não houver uma proposta melhor por parte das empresas a greve de 24 horas na VW-Audi e Renault poderá se transformar em greve por tempo indeterminado e passará a contar com a adesão dos Trabalhadores na Volvo.

Devido aos altos estoques na unidade da VW o Sindicato e a Comissão de Fábrica dos Trabalhadores colocaram em votação na assembléia duas propostas:
a) paralisação de 2 horas em cada turno de trabalho; b) paralisação de 24 horas, paralisando completamente os três turnos. Cerca de 80% dos Trabalhadores na VW-Audi votaram pela paralisação de 24 horas.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 17:05 20/09/2006, de Curitiba, PR


CUT condena dossiês e pede investigação imparcial
Direção Executiva da Central ünicados Trabalahdores - CUT divulgou comunicado oficial sobre o caso da compra de dossiês por parte de pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores (PT), o tal dossiê que comprovaria o envolvimento de políticos do Partido da Socail Democracia Brasileira (PSDB) - entre eles José Serra e Geraldo Alckmin - com a máfia das ambulâncias.

A CUT condena todo tipo de chantagem e exige a punição de todos os envolvidos

A Central Única dos Trabalhadores defende a independência dos poderes da República para investigarem o caso e pede que o caso não seja tratado com parcialidade, preservando um dos lados envolvidos.

"A CUT não aceita que apenas um dos lados dessa questão seja objeto de investigação e debate público, como vem acontecendo nos últimos dias. Afinal, existe ou não o dossiê? Se a resposta for positiva, os poderes instituídos e a imprensa têm o dever de revelá-lo à opinião pública e identificar as irregularidades nele contidas", afirma o comunicado.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 12:27 20/09/2006, de Curitiba, PR


Para Dallari, pedido de impugnação é cena
Por Raphael Prado

Para o jurista e professor de Direito da Universidade de São Paulo, Dalmo Dallari, o pedido feito pelo PSDB e pelo PFL ao Tribunal Superior Eleitoral de investigar o caso do dossiê contra José Serra não tem nenhuma consistência. Ele afirma que a atitude é "pura encenação eleitoral" e que é preciso cobrar a divulgação do que realmente interessa: o conteúdo do documento.

Terra Magazine - Qual pode ser o resultado do pedido feito ao TSE?
Dalmo Dallari - Isso é pura encenação eleitoral. Esse pedido não tem a mínima consistência. Um dado que me chama a atenção é que essas ameaças de ação judicial estão sendo usadas como cortina de fumaça para que não se pergunte sobre o conteúdo do dossiê. Que tipo de acusações ele tem? Seria essencial conhecer isso.

Mas, independente disso, o TSE pode tomar alguma medida contra a candidatura de Lula?
Se não houver alguma coisa consistente, o TSE não pode fazer nada. O que foi publicado até agora pela imprensa não dá base nenhuma para uma medida judicial. Se não for mostrado o dossiê, o assunto morre. São apenas intrigas, sugestões, acusações vagas.

E existe algum outro fórum competente para fazer algo?
Não. Num outro fórum, seria a mesma coisa. Porque o judiciário não se movimenta a não ser com base concreta. De fato, essa encenação toda é absolutamente inconsistente. O PSDB faz bravata com a intenção de desviar a atenção para o conteúdo do dossiê.

O presidente do TSE, ministro Marco Aurélio Mello, no entanto, já declarou que a eventual participação de um assessor de Lula no caso é "um elo muito forte, e que isso é ruim"...
... Antes de mais nada, acho que o ministro está abandonando a prudência, que é um requisito essencial de um bom juiz. Porque ele emite uma opinião política, e não jurídica. Com isso, quando o processo chegar ao Tribunal, se chegar, ele deverá declarar-se impedido pra julgar. Ele tem uma opinião pré-concebida. Ele mesmo está se impedindo.

Ele também está com uma postura política, então?
Eu acredito que sim. Só posso interpretar dessa maneira. Ele está abandonando a prudência que deve ser marca fundamental de um juiz e entrando na disputa eleitoral.

Publicado em Terra Magazine
Enviada por Almir Américo, às 10:03 20/09/2006, de São Paulo, SP


Estudo CNM/CUT aponta aumento de 23,4% no emprego metalúrgico
Em um estudo realizado pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos - CNM/CUT, sobre o emprego no ramo metalúrgico, mostra que desde o início do governo Lula, em janeiro de 2003, até agosto deste ano, foram criados 312.902 novos postos de trabalho, atingindo um total de 1.647.758 trabalhadores. Isso representa um crescimento de 23,4% em relação à janeiro de 2003, que apontava 1.334.856 metalúrgicos trabalhando com carteira assinada.

O ápice do trabalho na metalurgia foi em 1987, quando o país registrou 2,8 milhões de trabalhadores atuando no setor. As sucessivas crises fizeram este número abaixar em um pouco mais de 52% em dez anos, com a eliminação de mais de 1,5 milhão de postos de trabalho.

Um dos fatores que contribuíram para este crescimento, foram a recuperação econômica e o crescimento industrial do país. Em São Paulo, foram as cláusulas de limitação às horas extras conquistadas na negociação coletiva de 2004 pelas montadoras e autopeças em São Paulo, seguindo o que já era praticado em Caxias do Sul, que ajudaram a reaquecer o setor.

Para Adriana Marcolino do DIEESE/CNM/CUT, os números são animadores, já que na indústria metalúrgica, metade dos trabalhadores estão na formalidade. Já Valter Sanches, Secretário de Organização da CNM/CUT, diz que a notícia não poderia vir em melhor momento, pois durante todo o ano de 2005, foram criados 58,9 mil postos de trabalho e, em nove meses de 2006, já são 52 mil vagas criadas. 'Isso reforça as previsões que apontávamos que os investimentos feitos pela indústria, além das medidas do governo, como o pacote da habitação, por exemplo, ajudariam a criar novas vagas'.

Sanches diz que o sentimento no setor é que a perspectiva de crescimento deve continuar, principalmente nas indústrias siderúrgicas e automotivas. 'A inflação e a queda nos juros animaram os empresários', completou.

Valter Bittencourt - Jornalista (CNM-CUT)
Enviada por SindLab, às 09:20 20/09/2006, de São Paulo, SP


Lula está preparado para confronto com a oposição golpista
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que iria "para o pau" contra a oposição se ela insistir em vinculá-lo diretamente à tentativa de compra de um dossiê contra o candidato do PSDB ao governo paulista, José Serra.

Lula acha condenável o uso de dossiês e julgou injusta a tentativa do PSDB e do PFL de pedir a impugnação de sua candidatura à Justiça Eleitoral, baseados em uma suposta tentativa de compra de um dossiê.

Lula acusou PSDB e PFL de serem "maus perdedores". Para o Presidente da República, a oposição quer ameaçá-lo com a possibilidade de impeachment no eventual segundo mandato para enfraquecê-lo.

Lula disse ainda que, se a oposição insistir na tese, vai chamá-la de "golpista" e buscará apoio popular.

É, o companheiro Lula, assim como todos nós, já sentiu na pele o que é o uso da baixaria em campanhas eleitorais. Todos conhecemos malcaratismo da elite branca deste país. Os episódios de 1989 deixaram profundas marcas em Lula e só os insanos podem esperar que ele se utilize dos mesmos recursos contra seus adversários, ainda mais neste momento em que está com a bola toda e ganhando de goleada.

O mais incrível é que toda esta boataria criada pela oposição e alguns orgão de imprensa se dê exatamente na mesma semana em que a revista Istoé publicou matéria onde os Vedoin, da Planam, acusam José Serra, do PSDB, de envolvimento com o esquema do sanguessugas, o esquema de desvios de verbas para compra de ambulâncias.

Não lhes parece que estão tentando criar um fato político para abafar uma possível repercursão da materia de Istoé para as candidaturas do PSDB???
Enviada por Sérgio Bertoni, às 17:51 19/09/2006, de Curitiba, PR


Tailândia: Exército dá golpe e toma o poder
As Forças Armadas tailandesas derrubaram o primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, pois segundo os milicos Shinawatra teria dividido o país e a corrupção era excessiva.

Discaradamente o porta-voz do golpe de Estado no país, tenente-general Prapart Sakuntanak, disse diante das câmeras de TV que a usurpação do poder é temporária e o mesmo pode ser "devolvido ao povo" em breve.

Os povos latino-americanos conhecem bem este tipo de "tomada temporária de poder" e sabem que nada de bom vem depois de um golpe desses.

É como afirmamos anteriormente, a direita não acredita em democracia e sempre apela para golpes e ditaduras quando as coisas parecem lhe escapar das mãos.

No caso tailandês podemos afirmar que não se tratava de um governo de bases, nem mesmo origem, popular. Imaginem o que fariam os milicos tailandeses se o primeiro-ministro fosse oriundo do povão...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 14:52 19/09/2006, de Curitiba, PR


Brasil: Cheiro de Golpe no ar!!!
Companheiros e Companheiras,

Há um forte cheiro de golpe no ar. Sempre contestamos uma certa mania da esquerda em colocar-se como vítima de todos os acontecimentos, mas é forte o cheiro de golpe no ar.

As últimas notícias denunciando o alto comando da campanha de Lula pela suposta compra de um dossiê contra Serra está sendo exaustivamente usado pelo comando da camapanha tucana-pfl-udenista. É uma clara tentativa de golpe daqueles que, por inconsistência própria, pelos erros que cometeram no passado recente e pelo péssimo governo que fizeram, não conseguem reverter o favoritismo de Lula nas pesquisas, nem evitar a vitória do torneiro mecânico já no primeiro turno.

Por que falamos em golpe?

Só na cabeça insana de pessoas desesperadas e que não sabem perder uma disputa política, nem mesmo aceitam as regras de uma democracia que prevê a participação do povo, é possível imaginar que a Campanha de Lula se precisaria comprar um dossiê contra José Serra, candidato a governador do Estado de São Paulo.

Serra não é concorrente direto de Lula, portanto, para quê o presidente precisaria desse dossiê?

Para quê o PT e Lula precisariam de um dossiê quando estão na frente na disputa nacional e vencerão facilmente no primeiro turno?

Histórias como estas só interessam aos tucanos e a truculenta imprensa burguesa que não aceita que o Brasil tenha uma democracia com povo. Este elite branca que prefere o "cheiro dos cavalos ao do povo" sempre sonhou com um país onde o povo não existisse e portanto não participasse do processo político.

Só insanos para colocar a disputa de São Paulo no mesmo nível da nacional. São Paulo é um estado importante, mas é bem menor e menos importante que o projeto nacional brasileiro.

Como sempre dizemos: "não se produz Ferraris usando peças de fusquinha"... Não se faz um país com mesquinhez regional, disputas pessoais ou tribaisd.

Também é estranho que um ministro do TSE já tenha se reunido com os presidentes do PFL e PSDB e já tenha admitido a possibilidade de impugnar a candidatura de Lula sem que nada tenha sido investigado. É verdade que o ministro pediu cautela, mas não se furtou a jogar a notícia no ar para que os meios de comunicação a espalhassem pelo país afora.

Perguntamos porque o mesmo TSE não foi tão rápido em 1989 quando a rede Globo manipulou as imagens do debate entre Lula e Collor de forma a beneficiar o segundo?

O PT na época chiou, esperneou, entrou com recurso, mas nada foi feito para impugnar a candidatura beneficiada. Será que era pelo fato de Collor ser da mesma elite que sempre sonhou com a democracia sem povo???

A pergunta acima é retórica e a resposta todos sabemos. Por isso e por outras coisas mais é que sentimos um cheiro de golpe contra a democracia e contra o povo brasileiro.

A direita e os capitalistas são assim. Toda vez que eles perdem a disputa política de forma democrática, segundo as regras do jogo, apelam para a excessão, para fraudes eleitorais, para o golpe de estado, para as ditaduras. Eles não conseguem conviver com uma democracia que beneficie o povo, nem mesmo quando estes benefícios são pequenos e aquém da verdadeiras necessidades dos brasileiros.

A situação é séria e eles estão preparados para a baixaria

Cansamos de avisar aqui neste sítio que a medida que a campanha avançasse e a situação deles não melhorasse, eles apelariam para a baixaria. Estão apelando. Da mesma forma que fizeram em 1989 quando chegaram até usar o caso da filha do companheiro Lula.

Moçada! A coisa é muito clara. Chega de frescura. Chega de vaidade. Chega de divisionismo. O país é muito mais importante que disputas regionais, pessoais ou político-partidárias. O inimigo no momento é um só!

Ou vamos para as ruas defender a lisura no processo eleitoral e combater as tentativas golpistas desta retrógrada direita brasileira, ou ficaremos a chorar a derrota e a fazer coro com aqueles que sempre se apresentam como vítimas do néo-liberalismo, mas nada fazem para organizar os Trabalhadores e mudar a sociedade.

É agora. É LULA de novo!!! Efetivamente com a Força do Povo.

Enviada por Sérgio Bertoni, às 14:18 19/09/2006, de Curitiba, PR


Helicóptero com coordenador da campanha de Lula cai no Ceará
Um helicóptero com quatro assessores da campanha de Cid Gomes (PSB) ao governo do Ceará caiu nesta terça-feira no município de Guaiúba, região metropolitana de Fortaleza. Um deles também é assessor da campanha do presidente Luiz Inácio Lula à reeleição no Ceará. Cid Gomes não estava na aeronave no momento do acidente.

Torcemos pela rápida recuperação dos feridos e esperamos que realmente tenha sido somente um acidente, pois neste momento em que os ânimos eleitorais se exaltam ninguém pode garantir de que não se trata de uma sabotagem...

Tanto o candidato socialista ao governo do Ceará como o candidato petista ao governo federal lideram as pesquisas de intenção de votos naquele estado.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 14:14 19/09/2006, de Curitiba, PR


Emprego formal cresce pelo oitavo mês
O emprego com carteira assinada no Brasil aumentou pelo oitavo mês consecutivo em agosto, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e do Emprego divulgados nesta segunda-feira.

Foram criados 128.915 postos de trabalho no mês passado, acumulando nos últimos 12 meses 1,241 milhão de novos empregos.

O setor que mais criou vagas foi o de serviços, com 64.668 novos postos. Seguiram-se comércio (mais 30.192 vagas) e indústria (28.788 postos).

Enviada por Sérgio Bertoni, às 18:52 18/09/2006, de Curitiba, PR


Taxa de Juros: FHC x Lula
Taxas de juros nominal e real nos governos FHC e Lula
As taxas de juros no Brasil são das mais altas no mundo. Disso ninguém duvida.

A taxa básica de juro, a Selic, determinada pelo COPOM - Conselho de Política Monetária é bastante alta, mas estudos recentes mostram que atualmente ela se encontra abaixo dos 10% anuais, enquanto algumas operadoras de cartão de crédito cobram 16-17% ou mais ao mês, e os bancos e financeiras trabalham com taxas que variam de 4 a 20% ao mês, dependendo do tipo de contrato.

Há muitos vilões nesta história e não é com canetas que resolveremos o problema. Mas o interessante é observar que tem gente por aí dizendo que o problema do país são os altos juros, que basta baixá-los e tudo se resolverá. Juro é problema sim, mas não é o unico.

Cabe aqui perguntar: como será que os tucanos querem agora baixar os juros se durante o governo deles tanto o juro nominal básico, quanto o real chegaram a patamares nunca vistos neste país???

É só clicar no gráfico acima para ver que durante o governo FHC por pelo menos 3 vezes o juro real básico ultrapassou a casa dos 36% ao ano e o nominal chegou a 43,3%.

Durante todo o governo Lula a taxa básica de juros real se manteve entre 9 e 12% ao ano, enquanto que a nominal despencou de 22,5% para 14,25% ao ano.

Se você tem algum conhecido que tem dúvidas sobre o que está acontecendo no Brasil apresente estes dados para que ele possa refletir um pouco sobre quem é quem neste país...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 12:46 18/09/2006, de Curitiba, PR


Balança comercial desmente balela sobre câmbio!
O saldo da balança comercial em 2006 sobe 2,39% e atinge US$ 31,7 bi em meados de setembro

A balança comercial acumula até 17 de setembro de 2006 saldo de US$ 31,732 bilhões, conseqüência de exportações de US$ 94,293 bilhões e importações de US$ 62,561 bilhões. O resultado representa crescimento de 2,39% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o superávit era de US$ 30,992 bilhões.

As informações são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento (Secex). No período, a média diária de vendas ao exterior é de US$ 529,7 milhões e a de compras, de US$ 351,5 milhões.

Este resultado desmente aqueles que insistem em culpar a valorização do real por sua incompetência administrativa. O argumento da valorização do real seria aceitável se esta fosse a única moeda a se valorizar perante o dólar. Mas a desvalorização do dólar é um movimento mundial, ou seja, em relação a todas as moedas. Em janeiro de 2003, por exemplo, um Euro valia em média US$ 1,06. Em 15 de setembro o mesmo Euro comprava US$ 1,26.

Como praticamente todas as moedas se valorizaram em relação ao dólar, os preços dos produtos brasileiros em dólar continuam competitivos lá fora. Por isso aumentam nossas importações. Os dados são claros e não usam meias palavras.

Os que muitas empresas estão reclamando é que com o dólar nos patamares atuais elas não conseguem a mesma quantidade de reais que conseguiam, diriamos, a quatro anos atrás, quando um dólar valia cerca de R$ 4,00... Em outras palavras, diminuiu o lucro em reais. Em compensação estas mesmas empresas podem comprar, hoje, com seus reais, duas vezes mais dólares do que faziam há 4 anos. Logo, uma mão lava a outra...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:51 18/09/2006, de Curitiba, PR


Trabalhadores na GM-AvtoVAZ fundam sindicato e são perseguidos
No mês de julho de 2006 os Trabalhadores na GM-AvtoVAZ, (empresa mista entre a transnacional norte-americana GM e a gigante russa AvtoVAZ/Lada), fundaram sua organização de base, o Sindicato dos Trabalhadores na GM-AvtoVAZ.

Desde então, os Trabalhadores vem sendo perseguidos. Andrei Liapin, presidente eleito do novo sindicato teve bloqueados a linha telefônica e o endereço de e-mail, que usava para seu trabalho no setor de vendas da empresa. Logo após o bloqueio seu chefe imediato começou a pressioná-lo querendo saber porque Andrei não estava trabalhando.

Além disso, Andrei e outros membros da direção do novo sindicato são revistados ostensivamente todos os dias tanto na entrada como na saída de seus turnos de trabalho. A pressão psicológica para que deixem o sindicato é constante.

Os Trabalhadores na GM-AVtoVAZ resistem a pressão e solicitam a solidariedade internacional contra estes atos anti-sindicais cometidos pela GM-AvtoVAZ.

Favor enviar suas cartas de protesto para:

Richard Svando
Diretor da GM-AvtoVAZ
449967, RF, Toliatti
Ul. Vokzalaya, d. 37
Fax:
+(7 8482) 75-80-60
+(7 8482) 75-80-62
+(7 8482) 75-80-64
+(7 8482) 75-67-68

Cartas de Solidariedade, bem como cópias das cartas de protesto enviar para:

Andrei Liapin
Fax: + (78482) 53-41-48

Nota: O Sindicato dos Trabalhadores na GM-AvtoVAZ foi fundado com o apoio do "Edinstvo" - Sindicato Independente dos Trabalhadores na AvtoVAZ (Lada), do Sindicato dos Trabalhadores na Ford, do recém criado ASPR - Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Automobilística da Rússia, da VKT - Confederação Pan-Russa do Trabalho.

Petr Zolatariev, da Lada, e Aleksei Etmanov, da Ford, são velhos conhecidos dos companheiros brasileiros. Com o apoio de TIE-Moscou, Peter já esteve no Brasil nos anos 90 e, em 2005, junto com Etmanov e uma delegação de Trabalhadores russos participou do Encontro Internacional dos Trabalhadores na Ford, promovido por CNM-CUT, Sindicatos dos Metalúrgicos do ABC, da Bahia e de Taubaté e por TIE-Brasil.
Enviada por Aleksei Etmanov, Petr Zolatariev, às 12:40 15/09/2006, de São Petersburgo / Toliatti, Rússia


Mexicanos organizam Fórum Social Fronteiriço
COMPANHEIRAS Y COMPANHEIROS

Esta tem como objetivo comunicar-lhes que entre os dias 13 e 15 de outubro de 2006 se realizará em Ciudad Juárez, Norte do México, o Fórum Social Fronteiriço.

Como membro da comissão anfitriã, extendo o convite a todos que tenham possibilidades de participar deste evento e queiram conhecer os impactos fronteiriços e transfronteiriços do néo-liberalismo no México e nos Estados Unidos através dos debate de 14 eixos temáticos propostos.

A organização do evento é possível graças as o esforço de diversas organizações dos EUA e México em garantir um processo de construção coletiva do Fórum. Os recursos para a realização do mesmo são limitados, por isso não podemos assumir gastos com transporte, mas estamos fazendo todos os esforços para garantir hospedagem solidária como alternativa de redução de custos para os participantes estrangeiros.

Os eixos temáticos do Fórum Social Fronteiriço são:

1. LABOR E TRABALHO
2. SAÚDE
3. DIREITOS HUMANOS
4. EDUCAÇÃO & EDUCAÇÃO POPULAR
5. ARTE & CULTURA
6. MULHERES DA FRONTEIRA
7. ADULTOS DA MAELHOR IDADE E INFÂNCIA
8. RELAÇÕES MÉXICO-ESTADOS UNIDOS
9. MEIO AMBIENTE
10. SOBERANÍA ALIMENTAR
11. LIVRE COMÉRCIO (NEOLIBERALISMO)
12. MIGRAÇÃO
13. JUVENTUDE
14. POVOS INDIGENAS

Com o desejo de poder contar com sua presença e participação,

Um abraço solidário,
Félix L. Pérez
Enviada por Félix L. Perez, às 12:31 14/09/2006, de Ciudad Juarez, México


Mexicanos organizan Foro Social Fronterizo
COMPAÑERAS Y COMPAÑEROS

Esta es con el fin de comunicarles que Ciudad Juárez será Sede del Foro Social Fronterizo, los días del 13 al 15 de octubre de 2006.

Como parte de la comisión anfitriona, estoy haciendo extensiva esta invitación para quienes tengan la posibilidad de asistir a este evento y conocer los impactos fronterizos y transfronterizos del neoliberalismo en México y Estados Unidos a través de 14 ejes temáticos que se han propuesto dentro de este Foro.

La organización del evento, se esta llevando a cabo por parte de diversas organizaciones de ambos países en un proceso de construcción colectiva. Los recursos para el Foro son limitados, por lo que no podremos otorgar becas para transportación, asimismo, estamos recurriendo a la implementación del hospedaje solidario, como alternativa para disminuir el gasto de los participantes foráneos.

Los ejes temáticos del Foro Social Fronterizo son:

1. LABOR Y TRABAJO
2. SALUD
3. DERECHOS HUMANOS
4. EDUCACIÓN & EDUCACIÓN POPULAR
5. ARTE & CULTURA
6. MUJERES DE LA FRONTERA
7. ADULTOS DE MAYOR EDAD Y NIÑEZ
8. RELACIONES MÉXICO-ESTADOS UNIDOS
9. MEDIO AMBIENTE
10. SOBERANÍA ALIMENTARÍA
11. LIBRE COMERCIO (NEOLIBERALISMO)
12. MIGRACIÓN
13. JUVENTUD
14. PUEBLOS INDIGENAS

Con el deseo de poder contar con su presencia y participación.

Un abrazo solidario,
Félix L. Pérez
Enviada por Félix L. Perez, às 12:18 14/09/2006, de Ciudad Juarez, México


ABSURDO: Cartunista brasileiro ameaçado por partido de direita israelense
O cartunista brasileiro Latuff está sendo ameaçado pelo Likud, partido de direita israelense.

Em uma página na Web, associada ao Likud, a foto do artista e alguns de seus cartuns são apresentados.

Veja a tradução de alguns trechos do texto que resume o que o Likud pensa do cartunista:
"Ele é o cabeça de uma das maiores indústrias de propaganda e incitamento contra Israel. Ele destila veneno por toda parte. O dano que ele está fazendo a Israel, junto a juventude mundial, é enorme. Ele é um dos mais influentes anti-sionistas da rede mundial de computadores, um talento gráfico fantástico e um grande cartunista.(...) Ele sabe como influenciar através da Internet. É o campeão da indústria de maldades iraniana e seus cartuns participam da galeria de negação do Holocausto de Teerã".

Dissemine já!

Direita Israelense ameaça cartunista brasileiro
Um pequeno exemplo das táticas sujas de Israel

Adivinhem só! Estou sendo ameaçado pelo Likud, partido de direita israelense (do qual fazia parte o carniceiro de Sabra e Shatila, Ariel Sharon). Numa página associada ao Likud minha foto e alguns de meus cartuns são apresentados.

Além das acusações de sempre (nazista, anti-semita...) eles dizem que "deveriam ter cuidado desse Carlos há muito tempo, de um jeito ou de outro".

Naturalmente podemos esperar qualquer coisa de IsraHell. Se eles podem cometer "assassinatos seletivos" de palestinos e cobrir Beirute com toneladas de bombas matando centenas de civis, não seria difícil "neutralizar" um cartunista no Brasil, seria? Ameaças de morte, tentativas baratas de me aterrorizar, contudo, não vão impedir que eu continue apoiando a luta dos palestinos contra a brutal ocupação israelense.

Tudo o que os capangas do Likud podem fazer é me silenciar com uma bala, mas nunca serão capazes de silenciar minha arte.

Latuff

Veja a tradução do hebraico do conteúdo da página

"Carlos Latuff
Ele tem uma referência no Wikipedia. No Google você pode encontrar oito páginas a seu respeito. Mas e o que o Ministério de Assuntos Exteriores sabe sobre ele? E o Mossad? E o Comitê de Assuntos Externos e Segurança? E o exército israelense? Ou qualquer outro que trate da segurança de Israel?

Carlos Latuff - um sobrenome árabe. Nascido no Rio de Janeiro, 36 anos. Em sua página ele aparece numa foto com Leila Khaled, a terrorista que seqüestrou um avião israelense. Ele é um dos que mais odeiam Israel.

Ele é o cabeça de uma das maiores indústrias de propaganda e incitamento contra Israel. Ele destila veneno por toda parte. O dano que ele está fazendo a Israel, junto a juventude mundial, é enorme. Ele é um dos mais influentes anti-sionistas da rede mundial de computadores, um talento gráfico fantástico e um grande cartunista.

Ele sabe como influenciar através da Internet. É o campeão da indústria de maldades iraniana e seus cartuns participam da galeria de negação do Holocausto de Teerã.

Ele odeia a América e Israel, seus cartuns mostram os israelenses e seus líderes como demônios. Ele envia mísseis de ódio não menos potentes que aqueles que o Irã está desenvolvendo, e faz parte de gigantesca indústria genocida, cuja missão é a destruição do Estado judeu.

Em um impressionante vídeo, em bom inglês, ele está tentando unir todos aqueles que odeiam Israel. Neste vídeo, distribuído pela Internet, ele conclama a serem ativos e participar da luta no front da informação - escrevendo estórias, poemas, blogs, conversando, tirando fotos, participando de encontros e manifestações, sendo ativos e unidos.

Seus cartuns satânicos são publicados em jornais por todo mundo e em inúmeras páginas pela Internet. Ele abre mão de direitos autorais e clama as pessoas a usar suas imagens livremente.

E o que Israel está fazendo? Nada!!!

Houveram reclamações à embaixada do Brasil?

Imagine o que aconteceria a um cidadão israelense que expusesse os líderes brasileiros dessa maneira. Alguém já tentou processá-lo por incitamento e tentativa de homicídio? Alguém pelo menos já ouviu falar dele?

Esta é a arma de destruição em massa que o professor Harari, ex-diretor do Instituto Weitman, se referia na ultima convenção de Hertzlia. Esse é o perigo que o professor Yoav Gelbar vem alertando publicamente. Foi isso que trouxe os líderes do Congresso Judaico a Israel esta semana.

Esse descuido de Israel no front da informação é inaceitável e não pode continuar. Deveriam ter cuidado desse Carlos há muito tempo, de um jeito ou de outro. A pergunta é: o que nós devemos fazer e a quem compete a responsabilidade de fazer?

Chamo vocês a serem ativos. Não existe qualquer instituição que possa enfrentar essa guerra genocida.

Nem o Ministério de Relações Exteriores, nem o Ministério da Defesa ou qualquer outro ministério. Nós devemos, como sugere Carlos, nos unir e agir em conjunto.

Nós estamos testemunhando uma ação sistemática que visa dar legitimidade para atacar o "demônio sionista".

Carlos Latuff se destaca nessa forma de propaganda. O problema será resolvido - a "solução final" - pelo presidente iraniano, que adora esses tipos de desenhos e cartuns, a Alemanha nazista, a negação ao Holocausto, o Hezbollah e seus mísseis. Esta é a razão pela qual ele precisa de uma usina nuclear para matar aquelas criaturas asquerosas que Latuff está desenhando, e então o mundo será um lugar melhor. Houveram outros que tentaram isso antes, lembram-se?

Goebbels foi o ministro da propaganda do Terceiro Reich e fez da propaganda uma poderosa arma do regime nazista. Sua premissa básica era de que uma mentira dita muitas vezes se tornaria verdade na consciência do povo. Agora sabemos que Hitler utilizou isso em seus livros durante o Holocausto. As coisas que são ditas contra Israel em fóruns da Internet e através de imagens são cópias da propaganda nazista. Essa é uma ideologia genocida que provou seu poder no passado"
Enviada por Carlos Cabral, às 11:11 13/09/2006, de São Paulo, SP


Políticas anti-sindicais levam Sindicacau a protestos
Por 2 horas no dia 11/09/2006 o sindicato e trabalhadores, protestaram contra políticas anti-sindicais da multinacional ADM Joanes, instalada no Distrito Industrial de Ilhéus-Bahia.

O protesto ocorreu na troca do turno às 06h30min, seguindo a política da Norte Americana Cargill Agrícola S/A, a americana ADM Joanes ingressou na justiça questionando a estabilidade da direção atual do Sindicacau, eleito com o voto dos trabalhadores contrariando nosso estatuto e a constituição vigente no país, que dá autonomia e liberdade para os trabalhadores se organizarem livremente.

Esta atitude da ADM tem como objetivo fragilizar a direção do sindicato e assim poder implantar a sua política neoliberal de preconização do trabalho.

O Sindicacau tem denunciado junto ao Ministério Público federal do trabalho ao DRT, mobilizando os trabalhadores contra:
- terceirização
- adoecimento no local de trabalho
- revista individual
situações que constrangem os trabalhadores.

A ADM revida com políticas anti-sindicais tentando retalhar a direção do Sindicacau.
Enviada por Sindicacau-Ilhéus, às 09:11 13/09/2006, de Ilhéus, BA


Direita mente para confundir eleitor
Nem memso quando pode usar determinados fatos a seu favor a direita o faz e ainda fica espalhando boatos e mentiras na sociedade.

Que tipo de país este senhores querem realmente construir???

Existem algumas mensagens circulando na internet, ?acusando? o governo Lula de ter perdoado a dívida externa de países como Bolívia, Cabo Verde, Cuba, Gabão, Moçambique, Nicarágua e Nigéria. Vejamos caso a caso, qual a verdade.

Os descontos concedidos pelo Brasil foram realizados ao amparo da Lei 9665, de 19 de junho de 1998, que autoriza o Poder Executivo a conceder remissão parcial dos créditos externos, o que significa que não se pode chegar a 100% de redução. Foi nestes marcos que o governo brasileiro perdoou parte das dívidas de Bolívia, Cabo Verde, Moçambique, Nicarágua e Nigéria.

A Bolívia teve, em 2004, US$ 48,65 milhões de sua dívida perdoada, o que representava 95% do valor total devido. Embora o acordo que formalizou a redução em apreço tenha sido firmado em 2004, o compromisso foi estabelecido em 2001, no âmbito do Clube de Paris (foro informal de credores).

O Cabo Verde recebeu, em 1998, perdão de US$ 4,4 milhões dos US$ 7,1 milhões que devia ao Brasil. A redução concedida pelo Brasil foi motivada pelos laços de amizade entre os dois países, ambos de língua portuguesa, e pelo desejo de contribuir para o desenvolvimento de uma nação que sempre contou com pouquíssimos recursos.

Moçambique conseguiu obter do Clube de Paris, em 2001, perdão de 90% de sua dívida. O Brasil decidiu elevar esse percentual para 95%, também inspirado pela amizade e determinação de ajudar Moçambique a superar a pobreza. O acordo bilateral foi assinado em 2004, tendo o valor perdoado atingido US$ 280 milhões. Registre-se que Moçambique tem conhecido há alguns anos taxas significativas de crescimento, o que tem sido avaliado como resultado, em parte, do benefício obtido pelo alívio de sua dívida.

A Nicarágua recebeu do Brasil 95% (US$ 133 milhões) de redução de sua dívida em 2002. A decisão foi tomada em 1998, ano em que o país foi devastado pelo furacão Mitch.

A Nigéria admitiu, em 2005, que devia cerca de US$ 154 milhões ao Brasil. Naquele mesmo ano, os credores do Clube de Paris concederam 66% de redução à dívida nigeriana, decisão acompanhada pelo Brasil. A Nigéria já efetuou o pagamento, ao Brasil e aos outros credores, de parte considerável do montante não perdoado.

Quanto ao Gabão, até o presente momento não foi concedido perdão de dívida, mesmo que parcial, tendo ocorrido apenas o reescalonamento, ou seja, alteração dos prazos para pagamento. No que diz respeito à dívida de Cuba, o Governo brasileiro nunca concedeu redução ou reescalonamento.

Esses são os fatos. Como se viu, em vários casos trata-se de decisões que vem sendo processadas antes mesmo de Lula tomar posse. Em todos os casos, trata-se de decisões que atendem a orientações do próprio sistema financeiro internacional. Pelo visto, tem gente na oposição que é mais "católico" que o papa.
Enviada por João Cayres / Sérgio Bertoni, às 09:07 13/09/2006, de São Paulo, SP / Curitiba, PR


México: Luta contra a fraude eleitoral e a repressão aos movimentos operário e social
A companheira Rosario Garcia - MUSAS ligou a CJM (Coalização por Justiça nas Maquiladoras) para solicitar o apoio internacional.

A APPO - assembléia dos povos e o sindicato de professores chamaram um fórum internacional no sábado 9 de Setembro en Oaxaca, sul do México.

O conflito de Oaxaca e a fraude eleitoral coincidem com algumas estratégias.

Há alguns meses se formou em Oaxaca a Assembléia Popular dos Povos de Oaxaca - APPO. A liderança é horizontal e diversificada: sindicatos, organizações sociais, indígenas, camponesas etc. O sindicato de professores é um dos integrantes e sua liderança se subordina a assembléia dos povos.

Vários êxitos e fortes lições foram tiradas dessa luta.

Em junho o governo de Ulises reprimiu aos manifestantes, eles tomaram a radio Plantaon e a partir daí se constituiu a assembléia dos povos.

Posteriormente tomaram estradas, estações de radio e TV [12] e sitiaram a cidade, o que provocou outro enfrentamento, onde morreu um dos manifestantes [marido de uma professora].

A demanda laboral por aumento de salário se transformou em uma demanda popular pela destituição do governador e esta agora é o eixo central da luta.

Os professores e a APPO estão em negociações no México com esta demanda. Coincidentemente, nesta mesma época, as autoridades eleitorais proclamam Felipe Calderon presidente da república.

Lopez Obrador, que está em plantão no Zocalo, região central da cidade do México, pede respeito a democracia. Chamou a uma convenção nacional democrática para nomear um governo paralelo e não reconhecer a Felipe Calderon.

Ato Desesperado?

Talvez para alguns, mas histórico para o povo do México. Se espera a chegada de mais de um milhão de delegados do interior da república.

Calderon, o presidente da fraude, anunciou que exercerá mão dura contra a violência dos manifestantes. Se teme um massacre como o massacre estudantil de 68

A situação nacional e do estado de Oaxaca converteu o México em um barril de pólvora.

Solicitamos o apoio internacional enviando cartas ao Presidente Fox de que estão atentos de que possa acontecer contra aos professores de Oaxaca e contra os manifestantes pela democracia em Zocalo.

Qualquer que sejam os resultados, este dia de independência do México se honrará aos mártires que deram sua vida pelo México e escreverá uma página a mais da história do México.

Tradução: M.A. Domingues
Enviada por Martha Ojeda, às 12:20 11/09/2006, de Seatlle, EUA


Ford demite bisneto do fundador da empresa
Bill Ford, bisneto de Henry Ford, fundador da empresa, descreveu suas funções na reunião do conselho: presidente do conselho, diretor-presidente, diretor-superintendente e operacional de fato, embaixador da Ford em Washington e capitais estrangeiras, intermediário com concessionárias e porta-voz da empresa na televisão. Ele não precisou mencionar que também representa a quarta geração da clã Ford no comando da montadora.

"Está difícil para mim manter todas as bolas no ar", disse o líder da Ford aos conselheiros, segundo pessoas a par da reunião. "É muita coisa ? talvez coisa demais."

Para manter "as bolas no ar" e voar mais alto?

No dia 05 de setembro a segunda maior montadora dos Estados Unidos, entendeu o recado do chefão do clã Ford e agiu. Numa decisão-surpresa, a Ford nomeou um alto executivo da Boeing Co., Alan Mulally, como novo diretor-presidente e diretor-superintendente.

Bill Ford continua na presidência do conselho, e disse aos demais membros e diretores que pretende ter uma "parceria ativa" com Mulally, de 61 anos, que também vai entrar para o conselho.

Brasileiros já conhecem a tática

É uma jogada audaciosa, mas não é inédita na história da Ford. No final do anos 1990 a Ford Motors Company no Brasil recorreu aos serviços de Antonio Maciel Neto. Maciel entrou na Ford sem nenhuma experiência na área automotiva, por exigência da própria matriz da companhia. O engenheiro recebeu prazos para colocar a casa em ordem. Abusou da experiência que acumulou como engenheiro e chefe de qualificação na Petrobras para negociar com fornecedores de autopeças.

Antonio Maciel Neto, que saiu da Ford em maio de 2006, encerrou um ciclo na Ford com pelo menos duas missões cumpridas. A mais conhecida no mercado foi conseguir reverter uma situação de quase falência da operação brasileira para a lucratividade. A segunda satisfez um anseio pessoal e se mostrou estratégia acertada dentro da companhia: Maciel conseguiu fazer com que o Brasil passasse a ser ouvido nos projetos de lançamentos dos automóveis da montadora americana. Em menos de seis anos, a equipe de engenheiros na Ford Brasil passou de 180 para 900 profissionais.

"Apertem os cintos, o piloto (as)sumiu"

Se a mesma experiência dará certo na matriz não se sabe, mas sabido é que se os Trabalhadores na Ford não estiverem organizados em seus locais de Trabalho, assim com nacional e internacionalmente, além de estarem muito preparados para os enfrentamentos que virão, certamente perderão muito. O novo presidente da Ford foi responsável pela reestuturação da Boeing, marcada pela redução de números de funcionários e benefícios aos que ficaram.

Logo, logo, os Trabalhadores poderão ouvir o famoso bordão de um filme antigo...
Enviada por Valter Sanches / Sérgio Bertoni, às 12:23 07/09/2006, de São Paulo, SP / Curitiba, PR


México: fraude e desrespeito ao povo
Estimad@s companheir@s:

A situação no Mexico em nível nacional é muito séria, situação que o Governo Fox se nega a reconhecer.

Depois de um longo processo para comprovar a fraude eleitoral, no dia 5 de setembro por volta das 11h00, o poder Judiciário declarou Felipe Calderon presidente eleito em nosso país, validando com isso a fraude.

Na sexta-feira passada (01 de setembro), dia do informe presidencial ao parlamento, deputados e senadores da fração parlamentar do PRD, partido de oposição e do candidato Andres Manuel Lopez Obrador, tomaram a tribuna impedindo Fox de dar seu informe, como sinal de inconformidade a fraude e as ameaças velada de que o Exercito leve a cabo um possível ato de repressão anunciada.

Lopez Obrador está convocando uma Assembléia Nacional Democrática para dia 16 de setembro em Zocalo, México, ato que se junta com o desfile militar no mesmo espaço. Não sabemos qual vai ser a reação do governo federal, mas tudo dá sinais de que haverá provocações.

Há conflitos sérios em Oaxaca, no sul do país, assim como também em Chiapas há conflitos sindicais.

Nós temos apoiado @s companheir@s do Sul com a impressão de materiais de divulgação sobre a luta que o povo de Oaxaca esta levando a cabo.

O cenário politico não é claro, assim que estaremos em comunicação.

RED DE MUJERES SINDICALISTAS
Enviada por Rede de Mulheres Sindicalistas, às 12:00 07/09/2006, de Cidade do México, DF, México


Portugal: Trabalhadores da Opel (GM) de Azambuja voltam a suspender produção
Os trabalhadores da Opel (GM) de Azambuja, Portugal, decidiram hoje parar a produção na fábrica em protesto contra as propostas de rescisão de contratos da empresa norte-americana.

Luís Figueiredo, coordenador da comissão sindical da GM Portugal, afirmou à agência de notícias Lusa que os representantes dos trabalhadores que ontem participaram na Alemanha na reunião com a administração da General Motors vão comunicar as propostas que lhes foram feitas para rescisão dos contratos num plenário marcado para as 10h00.

A Opel propõe-se a pagar 1.75 salários por cada ano de serviço, "mais alguns subsídios", o que dará indenizações de "25 mil a 30 mil euros (de R$ 70 mil a R$ 84 mil) para a maioria dos trabalhadores".

"O que eles estão a dizer aos trabalhadores é 'vão pedir esmola'. Eles não querem negociar, querem impor", afirmou ainda Luís Figueiredo, lamentando que a administração da GM "não respeite os trabalhadores portugueses" da empresa.

Os trabalhadores da GM Portugal exigem que a empresa assuma os compromissos sociais até 2009, data que a administração sempre garantiu para a atividade da fábrica, apesar de o acordo social com os trabalhadores vigorar até 2007.

A fábrica da Opel em Azambuja, que verá a sua produção transferida para a unidade de Saragoça no final do ano, emprega 1200 pessoas.
Enviada por Valter Sanches, às 11:38 07/09/2006, de São Paulo, SP


México: Mais uma vitória dos Trabalhadores na VW
A transnacional alemã VW foi obrigada a fechar um acordo com os Trabalhadores mexicanos que paralisaram a importante fábrica de Puebla por 48 horas.

O acordo prevê um aumento salarial de 6,1% para os 10 mil Trabalhadores na VW Puebla.

Durante a paralisação 900 carros deixaram de ser produzidos diariamente. A maior parte da produção de Puebla é enviada aos EUA.

Retrospectiva

Em 2001 os Trabalhadores na VW Mexico realizaram um greve de 18 dias. Em 2003 aceitaram uma Jornada Flexível de Trabalho 4x3, que previa 4 dias de Trabalho e 3 de descanso. Acreditavam que isso evitaria demissões de quase 2 mil Trabalhadores, mas isso resultou em redução salarial, cancelamento de pagamento de horas extras e prêmios especiais. Essa redução salarial levou a greve em 2006.

Fica evidente que a tática da VW é a mesma em todo o mundo. Onde há resistência dos Trabalhadores, ela acaba recuando, mas não desistindo de seu pacote de maldades e humilhações.

A lição dos três últimos embates entre VW e Trabalhadores (Espanha, Brasil e México) é que só Mobilização e Organização no local de Trabalho são capazes de barrar a estratégia da transnacional alemã.

Não nos iludamos. Vencemos batalhas, mas ainda não vencemos a guerra.

Quem Luta Vence!!!
Enviada por Sérgio Bertoni / Efren Diaz, às 18:07 05/09/2006, de Curitiba, PR / México, DF


A culpa da crise é da direção da Volkswagen
Enquanto os meios "tucanos" de comunicação tentam culpar os trabalhadores e até o governo pela crise na VW, vejam o que diz um especialista no assunto, professor da USP.

Mauro Zilbovicius é pesquisador da USP (professor do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP) e afirma que valorização cambial não é o motivo central para a ameaça de fechamento de fábrica do ABC paulista. Para ele, a empresa descuidou do mercado interno e não modernizou sua linha de produção.

Quais as causas da crise da Volkswagen e qual o futuro da montadora no Brasil?

Após enviar cartas de demissão a cerca de 1,8 mil trabalhadores da unidade de São Bernardo, a empresa decidiu dar dois dias de folga para os funcionários de Taubaté (SP) e de São José dos Pinhais (PR). Daqui para frente, o roteiro é incerto.

Para Mauro Zilbovicius, autor (em parceria com Glauco Arbix) de ?De JK a FHC: a reinvenção dos carros? (Scritta, 1997), não se pode culpar a política econômica pelo ocorrido. ?A direção da Volkswagen é a responsável e não o câmbio valorizado?, diz ele.

A entrevista foi concedida a Gilberto Maringoni da agência Carta Maior.

CM ? Qual o problema de fundo na crise da Volkswagen? É o real sobrevalorizado, que torna os carros menos competitivos no exterior?
MZ - A valorização cambial é um dado nessa história. Mas não é o único e nem o principal. A crise da Volkswagen é conseqüência de vários fatores. Se há de fato o problema do dólar, vale perguntar: por que a Volks depende tanto de exportações? É preciso examinar a série de produtos que a montadora oferece. A fábrica da via Anchieta, em São Bernardo do Campo, é muito antiga e sofreu poucas mudanças ao longo dos anos. Há partes modernas, como as linhas de produção do Pólo e do Fox para exportação. Mas no geral, é uma planta antiquada e muito grande. A Volks precisa apresentar novos produtos. Sua principal atração, o Gol, tem 27 anos. Mesmo este carro não é inteiramente produzido ali, sua produção é complementar à produção da unidade de Taubaté. O Pólo não tem sucesso no mercado e depende de exportações. É um automóvel caro em relação a produtos semelhantes de outras marcas. São produzidos 300 diariamente. Menos de um terço são vendidos no mercado interno. Outro produto antigo é a Kombi, que tem 50 anos e enfrenta concorrência de vans de outras montadoras. Não apenas é defasada, como seu processo produtivo é o mesmo há muito tempo. O Fox para exportação é fruto de uma negociação feita pelo sindicato dos metalúrgicos na Alemanha, para a modernização e manutenção de empregos, em 2001. No mercado europeu ele enfrenta uma concorrência intensa e, nesse caso específico, o dólar barato faz diferença.

CM ? O senhor diz que o problema principal é da empresa e não da política econômica?
MZ ? Sim. A Volkswagen não tem bons produtos no mercado. Ela se colocou numa armadilha ao não se modernizar. É um problema gerencial da empresa, que navegou em berço esplêndido por várias décadas até ser suplantada pela Fiat e pela GM em volume de vendas. A Fiat opera em todas as faixas do mercado. Apesar de ter o carro mais vendido, o Gol, a Volkswagen foi superada. Ela não investe no primeiro nível de luxo, o dos modelos Civic e Corolla. O Golf, fabricado no Paraná, deu errado em termos de mercado, pois é pequeno e caro em relação á concorrência. O engraçado é que a Fiat acaba de anunciar a contratação de 300 funcionários, evidenciando o crescimento do mercado interno. Isso indica que não existe um problema geral na indústria automobilística. O que existe é um problema da Volkswagen.

CM ? O que a empresa pode fazer agora?
MZ - A fábrica da via Anchieta ficou numa situação difícil. O mix de produção é ruim. O Brasil, por suas próprias características, não pode ser uma plataforma de exportação. As montadoras devem atender o mercado interno e, no máximo, o Mercosul. A exportação deveria ser complementar, pois ela oscila, os mercados por aí estão saturados e os riscos cambiais são reais. O esquema Volkswagen está invertido. A fábrica da Anchieta, especificamente, está muito dependente da exportação dos melhores carros, já que vende ao exterior a maior parte da produção do Pólo e a totalidade da produção do Fox. O modelo nacional deste último é feito apenas no Paraná.

CM ? Mas não há uma tendência de as transnacionais do setor buscarem custos de produção mais baratos justamente para serem plataformas de exportação?
MZ ? Não exatamente. Em países de grande mercado interno, justifica-se produzir para consumo próprio. É o caso dos Estados Unidos, da Europa e é o caso do Brasil. A China deve se tornar uma grande produtora de veículos e a maior parte de sua produção deve ser consumida internamente. Não é real a idéia de que as empresas procurem sempre o local mais barato para se produzir. Há exceções a essa regra. O lugar mais caro para se produzir carros Volkswagen chama-se Alemanha. Há demissões lá, mas não se fecharam fábricas. Se olharmos para cá, veremos que os custos da via Anchieta são altos em relação a outras partes do Brasil, mas são muito mais baratos do que os custos alemães. Não fecham fábricas lá por uma decisão política.

CM ? Aqui, o governo afirma não querer intervir na pendência entre as empresas e os trabalhadores. Mas o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já suspendeu um empréstimo à Volks. Como o sr. vê isso?
MZ - Acho prudente a suspensão do empréstimo, pois há fatos novos na negociação, como as demissões e a ameaça do fechamento da fábrica. O BNDES negocia a viabilidade do empreendimento e a capacidade de pagamento da empresa.

CM ? No curto prazo, o que fazer para reverter as demissões?
MZ - De imediato há as propostas tradicionais, como banco de horas, semana mais curta, programas implantados na própria Alemanha. Mas são paliativos. É preciso acordar com a empresa que tipo de negócio ela querem ter no Brasil, qual o produto e o modo de distribuição a seguir. A direção da Volkswagen é responsável pelo que está acontecendo e não o câmbio. Ninguém sabe qual é o lucro ou o prejuízo da empresa. As montadoras são companhias limitadas, não são sociedades anônimas e não publicam balanço. Ninguém sabe nada a respeito delas no plano interno.

CM ? E o que pode acontecer com a empresa aqui no Brasil?
MZ - A Volkswagen vai perder boa parte de sua competência com essas demissões. A maioria dos dispensados é formada por trabalhadores experientes, gente da área de engenharia, de alto nível técnico. A ferramentaria da Volks é a melhor do país. Ao optar pelas demissões e pelo encolhimento, a empresa segue o caminho dos erros anteriores. É preciso trazer produtos novos, recuperar a presença no mercado interno e, em parte, deve-se exportar. Mas não se pode depender das exportações. Deve-se optar pelo caminho do crescimento

Mauro Zilbovicius pesquisa a cadeia produtiva da indústria automobilística há mais de 20 anos, tendo inclusive cooperado com TIE-Brasil no começo dos anos 1990.
Enviada por João Cayres, às 09:39 05/09/2006, de São Paulo, SP


Vitória: VW suspende demissões e greve termina
Os trabalhadores da Volkswagen da unidade Anchieta (ABC) decidiram nesta segunda-feira suspender a greve geral iniciada na última terça-feira. A decisão, tomada em assembléia com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, só ocorreu porque a direção da empresa decidiu suspender as demissões já comunicadas a 1.800 funcionários por meio de cartas.

A Volks não desistiu de seu plano de reestruturação, que prevê demissões e corte de direitos trabalhistas dos funcionários que permanecerem, mas decidiu abrir negociações com o sindicato e buscar alternativas.

Já na matriz, cerca de 3.500 trabalhadores teriam aceitado deixar seus empregos no primeiro semestre de 2007 através de um programa de demissões voluntárias, segundo anunciou nesta segunda-feira o presidente da empresa, Bernd Pischetsrieder.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 16:36 04/09/2006, de Curitiba, PR


Solidariedade total para a luta na Volks
A greve dos trabalhadores na Volks ganhou apoio nacional e divulgação mundial. O presidente da CUT Nacional, Artur Henrique, está conversando com sindicatos do Brasil inteiro para promover atos de apoio à mobilização dos companheiros de São Bernardo (SP).

Metalúrgicos no pátio da VolkswagenO primeiro acontece no próximo dia 6, quando haverá panfletagem diante de concessionárias da Volkswagen em todo o país; além da entrega de documento explicando à população os reflexos negativos da irresponsabilidade social da montadora alemã.

O presidente da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, que participou ontem da assembléia, confirmou presença na panfletagem. 'Estamos dando todo apoio ao movimento. Pode haver uma reação em cadeia, também com reflexos negativos nas autopeças'.

'Viemos aqui dar nossa solidariedade para que a moral dos trabalhadores continue alta. É preciso enfrentar a chantagem da empresa', disse Antonio Netto, presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, que também esteve na assembléia.

Já o Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro encaminhou nota onde afirma 'saudar a disposição dos companheiros na Volks e da diretoria do Sindicato, que buscaram o caminho da resistência e da luta frente a uma medida covarde, aonde mais uma vez penaliza os trabalhadores'.

A Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) ressalta: 'Estamos indignados com esse tipo de demissão em massa, sendo que a indústria automobilística está em pleno desenvolvimento em nosso país'.

Também manifestaram apoio:
*Metalúrgicos de Guarulhos
*Trabalhadores em Processamento de Dados do Rio Grande do Sul
*Federação Nacional dos Carteiros
*Metalúrgicos de Ouro Preto
*Servidores públicos de Três Pontas (MG)
*Associação dos Secretários Municipais de Esporte e Lazer de São Paulo
*Federação dos Frentistas
*Trabalhadores em Alimentação de São Paulo
*Câmara de Vereadores de Diadema
*Câmara de Vereadores de São Bernardo
*Professora doutora Ana Lúcia Moura Novais
*Bancários de São Paulo
*Químicos do ABC
*Metalúrgicos de São Paulo
*Comerciários de São Paulo
*Metalúrgicos de Ponta Grossa (PR)
*Servidores Municipais de São José dos Campos
*Metalúrgicos de Sorocaba
*Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto de São Paulo
*Associação dos Professsores das Universidades Públicas
*Rosiver Pavam, presidente da Fundacentro

Mais um dia sem produção

A produção da Volks continuou totalmente parada durante toda a quinta-feira, dia 31. Cerca de 940 carros deixaram de ser produzidos.

Na assembléia conjunta realizada à tarde, os trabalhadores decidiram não modificar a tática da greve e vão continuar parados cada um em sua área.

De acordo com a Comissão de Fábrica, supervisores tentaram por duas vezes furar a greve na estamparia, durante a noite de quarta-feira (dia 30), mas a pressão da categoria impediu a ação.

Outra assembléia - O coordenador da Comissão, Valdir Freire, o Chalita, disse que a orientação é ficar parado até segunda-feira, dia 4, quando haverá nova assembléia à tarde.

Ele disse que a falta de produção na Anchieta já começou a afetar as fábricas em Taubaté e São José dos Pinhais. Chalita lembrou que os trabalhadores devem seguir as orientações do Sindicato e da Comissão de Fábrica.

Disse também que o pessoal não deve dar atenção aos encaminhamentos contrários às decisões da assembléias que aparecem em discursos nas áreas ou em boletins.

Feijóo quer negociação séria

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, desafiou a montadora a iniciar um processo de negociação sério, sem a imposição de demissões e perda de direitos. 'Nossa proposta é que a Volks invista aqui na Anchieta, traga produtos e mantenha a fábrica aberta', disse. Ele acredita que é possível construir um acordo que atenda as duas partes. Fonte: Tribuna Cidadania nº 12 - Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SP)
Enviada por SindLab, às 11:22 04/09/2006, de São Paulo, SP


Lula diz que política precisa voltar a ser séria
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, voltou a defender neste sábado a implementação de uma reforma política.

"Nós precisamos fazer com que a política volte a ser séria neste país. Precisamos acabar com a hipocrisia que existe na política, fortalecer e melhorar a participação dos partidos políticos, dar visibilidade às campanhas. Não tem nada mais vergonhoso do que o candidato ter que pedir dinheiro para empresário para ser candidato. É melhor que tivesse um fundo público", disse Lula.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 20:07 02/09/2006, de Curitiba, PR


Tucanos baixam nível e são punidos pelo TSE
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) proibiu a parte final da propaganda eleitoral de televisão do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin.

A ação, movida pela coligação que representa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição, alegou que a veiculação da propaganda, no último dia 31, ofendeu Lula e o o ministro Marcelo Ribeiro, do TSE deferiu liminar acatando o argumento petista.

Como era esperado o tucanato-pefelê-udenista foi para a baixaria ao perceber que não tem argumentos para convencer o povo. Como Lula não para de crescer nas pesquisas de intenção de votos e o tucano não decola, aliás aterrisa, os caras resolveram bater e ofender o Presidente da República.

Como já dissemos anteriormente é bom se preparar, pois eles não tem limites nem éticos nem morais e irão para o vale-tudo.

Eles, contudo, deveriam se lembrar que o tucano é ave de vôo curto e raso...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 20:03 02/09/2006, de Curitiba, PR


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