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Notícias(Agosto/2005)

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Confederações lançam Boletim Unificado
Foi lançado nesta quarta feira o Primeiro Número, Agosto 2005, do Boletim Unificado dos Trabalhadores no Grupo Gerdau , editado pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos da Força Sindical e por diversos sindicatos de Trabalhadores metalúrgicos.

Ainda nesta semana acontecerá em São Paulo uma reunião dos sindicatos representativos dos Trabalhadores na Gerdau que contará com a participação de companheiros norte-americanos que estão em luta contra a Gerdau nos EUA.
Enviada por Fernando Lopes, às 20:40 31/08/2005, de São Paulo, SP


Encontro Nacional dos Trabalhadores Siderúrgicos
A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) realizará dia 31/08/2005 o Encontro Nacional dos Trabalhadores no Setor Siderúrgico e de Alumínio.

O setor siderúrgico brasileiro ocupa uma posição estratégica, não apenas pelo expressivo número de trabalhadores, empresas e plantas, mas também pelo fato de ser o primeiro elo de manufatura das cadeias produtivas do ramo metalúrgico como um todo.

Nos últimos anos, com o aumento da demanda mundial pelo aço e outros metais não-ferrosos, o setor se concentrou (fusões e aquisições de empresas) e se internacionalizou ainda mais (ex. Gerdau, Arcelor), além de ter obtido um enorme aumento de lucratividade, via o brutal aumento nos preços. O setor concentra hoje os maiores investimentos no ramo metalúrgico.

Participarão cerca de 60 sindicalistas representando 143.000 trabalhadores em 11 empresas (entre elas Gerdau, Arcelor, CSN, Usiminas, Alcan, Alcoa) e 32 unidades produtivas.

O objetivo é fazer um diagnóstico do setor e discutir uma Pauta Nacional Unificada com vistas à negociação de um Contrato Coletivo Nacional de Trabalho.

Data: 31/08/2005 - das 09:00 às 18:00

Local: Hotel Braston - R. Martins Fontes, 330 - Centro - S.Paulo - SP
Enviada por Valter Sanches, às 14:13 30/08/2005, de São Paulo, SP


O impeachment e a reação popular
Por Altamiro Borges

A crise política brasileira está se agravando rapidamente e seus efeitos são imprevisíveis. O depoimento "espontâneo" do publicitário Duda Mendonça que confessou ter recebido R$ 11,4 milhões do empresário Marcos Valério, dos quais cerca de R$ 10 milhões na conta Dusseldorf, no BankBoston do paraíso fiscal das ilhas Bahamas; a declaração requentada do ex-deputado Waldemar Costa Neto à revista Época de que "Lula sabia do acordo de R$ 10 milhões com o PL"; e outros episódios lamentáveis atiçaram o apetite dos que pregam o impedimento do presidente. Se antes a oposição liberal-conservadora optara por "sangrar" Lula até a sucessão de 2006, agora ela até parece disposta a acelerar a morte prematura do atual governo.

A direita está excitada e quer sangue! "A lama cobriu o terno de Lula. Até agora muitos tergiversaram, inclusive na oposição, mas chegou a hora de chamar as coisas pelo nome: existe, sim, motivos para abrir processo de crime de responsabilidade contra o presidente. O impeachment deixou de ser uma hipótese remota. Passou a ser possível e, mais do que isso, provável", festeja o panfleto tucano Primeira Leitura. A deposição do primeiro presidente operário do Brasil, algo inimaginável para os que diziam que isso não interessaria às elites, agora parece bastante real. O perigo golpista ronda as instituições do país! O cenário político mudou de qualidade, o que exige um reposicionamento rápido e certeiro dos movimentos sociais.

Não dá para se apegar apenas aos aspectos jurídicos deste processo, resvalando num outro tipo de ilusão de classes. É verdade que não há "qualquer fundamento legal hoje para se acusar o presidente de crime de responsabilidade", como demonstra o conceituado jurista Clèmerson Merlin Clève, vice-presidente da Associação Brasileira de Constitucionalistas Democratas. Pelo artigo 85 da Constituição, "este crime diz respeito a algo praticado durante o mandato do presidente. Se houve algo antes da posse, como um crime eleitoral, isso não configura o crime de responsabilidade". Também é fato que o atual parlamento, lotado de "picaretas" confessos, não tem legitimidade para depor um presidente eleito com 53 milhões de votos.

Ocorre que o problema não é jurídico, mas sim político! Se o bloco PSDB-PFL conseguir reunir as peças necessárias, ele não vacilará em acionar o impeachment. Até agora, ele já ativou quase toda a mídia venal ao coro golpista e reforçou sua musculatura institucional, agregando à oposição conservadora o PDT, PPS e PV. Só faltam duas peças para o golpe fatal. Ele não conta ainda com o consenso das elites. A parte que teve lucros recordes com a política neoliberal da dupla Palocci-Meirelles teme turbulências. "Se há boas notícias na economia, elas estão acima da crise política", aponta Marcio Cypriano, presidente da Febraban e chefão do Bradesco. Já a outra parte conspira descaradamente. "São tantas as denúncias que não vejo motivo para não haver impeachment", apela Nabhan Garcia, latifundiário presidente da direitista UDR.

A outra peça decisiva que falta é a da voz das ruas. Não é para menos que o bloco liberal-conservador tem abanado, pelas vias transversas "à esquerda", as manifestações do "Fora Lula". Ele sabe que o presidente ainda conta com forte carisma nas camadas mais sofridas do povo e que, apesar do bombardeio diário da mídia, continua com altos índices de popularidade. Seu único temor é com a reação dos setores populares. A lembrança do suicídio de Getulio Vargas, em agosto de 1954, quando o povo depredou sedes de jornais conservadores, prédios de multinacionais e outros símbolos da oposição, é o que apavora atualmente este bloco. Se conseguir levar as "massas às ruas", ele deixará de vacilar e partirá para o ataque derradeiro.

Guerra declarada

Com as denúncias de corrupção "subindo a rampa do Planalto" e com a "guerra das ruas", a crise política ingressa num novo patamar. A fase que se abre será decisiva para o futuro das esquerdas brasileiras - e, mais ainda, para o futuro das esquerdas na América Latina. Nesta hora, não dá para cair no ceticismo, na passividade, na omissão, na visão rotineira, na choradeira das Cassandras ou na impostura dos que tentam salvar os seus mandatos. É uma oportunidade histórica, num Brasil controlado pelas elites há mais de 500 anos, que está em jogo. Na guerra, é preciso tomar partido! Apesar das graves limitações do atual governo é preciso evitar, a todo custo, o retorno do bloco liberal-conservador.

"Ruim com Lula, pior sem Lula"

Nesta hora, como ensina o presidente Hugo Chávez, que varou a madrugada numa conversa de quatro horas com Lula, "é importante que os brasileiros não percam de vista o estratégico, que apontem para o futuro". Para ele, que já enfrentou e derrotou inúmeras tentativas de desestabilização do seu governo na Venezuela, é preciso ter clareza que "hoje se reúnem diversos setores das elites brasileiras para tratar de reduzir, render e quebrar Lula". Sem temer a gritaria da direita, ele inclusive chegou a sugerir que este "ataque irresponsável tem de vir de algum centro de planificação, do próprio país ou do exterior".

A guerra foi declarada. O PFL já consultou sua assessoria jurídica para abrir o processo de impeachment. O PSDB, que vacilava neste rumo temendo a reação popular e a sua péssima credibilidade nas pesquisas, também dá sinais de que pode trilhar este caminho. O artigo mensal de FHC no jornal O Globo já deu a senha. Após criticar Lula, que não aceitou seu conselho para abdicar da reeleição e partiu para o contato direto com o povo - "tornou-se palanqueiro" -, foi incisivo na defesa do impeachment: "O país perderá se deixarmos passar a hora. A hora é já". Denunciado pela compra de votos para a sua reeleição, entre outros casos cabeludos de corrupção nunca apurados e sempre blindados pela mídia, ele agora quer a revanche!

A mídia está assanhada. A revista Veja, que financiou campanhas de deputados tucanos e tem no posto de diretor de finanças do Grupo Abril o ex-presidente da Caixa Econômica Federal do governo FHC, Emílio Carazzai, está tresloucada. Uma capa recente foi repugnante - Lula com símbolo de Collor. Para Venício Lima, diretor do Núcleo de Estudos sobre Mídia da UnB, "com essa capa, ela evidentemente está jogando na mobilização da classe média" e "entrou num caminho que não tem mais retorno". Já o jornal Folha de S.Paulo voltou a fabricar pesquisas sobre a queda de popularidade do presidente. O circo está armado.

Nesse processo, inclusive setores com certa inserção social entram em cena com papéis dos mais jocosos. A Força Sindical, que nunca criticou a corrupção no governo FHC, agora se traveste de baluarte da ética. "Só vejo duas saídas para Lula: ou renuncia ou se suicida", propõe Paulo Pereira, presidente desta central financiada por Collor e protegida de FHC. O PDT, presidido por ele em São Paulo, o PPS, do ex-ministro Raul Jungamann que criminalizou o MST, e o PV, do secretário de meio ambiente do direitista César Maia, também atiçam as bases. Já no PSOL, que tem na sua executiva uma maioria egressa do PSTU, há quem sonhe com a ultrapassagem pela esquerda do governo Lula. "Essa crise é uma oportunidade para a ruptura revolucionária", teorizam Roberto Robaina e Pedro Fuentes, destacados dirigentes deste partido.

Pecado original

O que explica a violenta escalada do bloco liberal-conservador, e a confusão e a dispersão reinantes nos setores populares? Indiscutivelmente, o governo Lula tem culpa no cartório. Ele deu brechas para o atual imbróglio. Sem cair no diletantismo impotente e sem abdicar da guerra das ruas, é preciso estudar porque um governo que despertou tantas esperanças chegou nesta situação tão deplorável. Os erros foram graves. Até o presidente, em seu insosso pronunciamento à nação, desabafou que "me sinto traído por práticas inaceitáveis, das quais nunca tive conhecimento"; "estou indignado com as revelações que aparecem a cada dia e que chocam o país"; "não tenho vergonha de dizer ao povo que temos de pedir desculpas".

Os erros foram graves e precisam ser estudados para que sejam evitados no futuro e, principalmente, para que sirvam de alerta ao próprio presidente. Nas greves do ABC, um personagem do cartunista Laerte ganhou fama: o João Ferrador. Ele sempre dizia: "acorda, peão". Acorda, Lula! A grave crise atual decorre dos equívocos do seu governo e do seu partido, o PT, e não estão limitados à questão da ética. O pecado original foi acreditar no fim da luta de classes, no "lulinha paz e amor". Essa concepção, de viés socialdemocrata sem jamais ter as conquistas da socialdemocracia da Europa, resultou no atual desastre. A política da conciliação de classe se manifestou em todos os terrenos, com destaque para três:

- No campo econômico, levou o governo a tratar uma necessidade, da transição, já que a ruptura imediata era difícil devido aos estragos do neoliberalismo, como uma virtude. A manutenção do tripé neoliberal - monetário, fiscal e libertinagem financeira - e a continuidade das contra-reformas do capital, como a da previdência, arrefeceram as esperanças do povo, fraturaram o apoio nas bases sociais organizadas e não conseguiram acalmar o deus-mercado. Após enquadrar o governo, a elite agora joga na desestabilização e quer tornar o governo ainda mais refém. Ela sabe das dificuldades da resistência, da confusão e dispersão reinantes nos setores populares. A elite tem classe. Neoliberal por neoliberal, prefere o original.

- No campo político, resultou numa aposta ingênua, até amadora, no jogo institucional. Esse problema já vinha de antes. Diante da defensiva dos movimentos sociais, parte da esquerda exclusivizou este caminho. O processo eleitoral foi americanizado - sem militância, com cabos eleitorais pagos e gastos bilionários em agências de publicidade. O financiamento de campanha virou coisa de profissionais - alguns inclusive aproveitaram, já que operavam milhões, para comprar coberturas e carros de luxo. Na busca da necessária governabilidade, alianças programáticas sucumbiram ao pragmatismo dos métodos sempre condenados da compra de deputados, da formação artificial de maiorias. A ilusão de classe levou a acionar vampiros para cuidar do banco de sangue. Esquemas ilícitos antes usados pela direita, como o de Marcos Valério, foram acionados. O presidente deu "cheque em branco" para renomados oportunistas. A democracia capitalista de fachada, cada vez mais dos ricos, cobrou seu preço! Os espertos foram pegos de cueca e malas na mão!

- Ainda no campo político, a conciliação de classe levou a um distanciamento das bases sociais de apoio. Procurou-se, ao máximo, evitar a mobilização, a conscientização e a pressão dos movimentos sociais. O governo Lula, bem diferente do prepotente FHC, tratou com respeito as organizações populares, mas não apostou na sua participação ativa na luta pelas mudanças no país. No caso da CUT, chegou até a interferir na indicação de um presidente mais amigável e dócil. Com suas metáforas irritantes, o presidente sempre pediu paciência ao povo - tratando-o como objeto e não como sujeito da história. Na via da conciliação, tentou o impossível: fazer omelete sem quebrar ovos! Por isso, não ativou e estimulou sua principal base original de apoio e impulso. Temendo as elites, não apostou na mobilização dos trabalhadores.

Revanche da direita

Agora, a direita dá o troco. Ela sabe que o governo está debilitado, sem um projeto nacional de mudanças que cative a sua base social de sustentação; que ele se enredou na armadilha da política macroeconômica recessiva e antipopular; e que tem dificuldade na construção da nova base parlamentar de sustentação. Na sua cínica ofensiva, a direita inclusive tenta se apoderar da bandeira da ética, tão cara às esquerdas. Logo ela que sempre se chafurdou no abjeto patrimonialismo, no uso do erário público, na cumplicidade com os corruptores privados. O PFL, expressão secular do conservadorismo obsceno, e o PSDB, pólo "moderno" da privataria do Estado e da agiotagem da oligarquia financeira, preparam eufóricos sua revanche!

Apesar do apoio à política macroeconômica da dupla Palocci-Meirelles, blindada de qualquer turbulência, o bloco liberal-conservador deseja freneticamente o retorno ao governo por diversas razões - nem sempre nuançadas por setores que adotam leituras sectárias sobre a atual correlação de forças e sobre a natureza contraditória do governo Lula. Em primeiro lugar, por uma questão de classe. Os "donos do poder" no Brasil, mesmo os poucos beneficiados pelo continuísmo neoliberal, nunca engoliram a subida ao Planalto de forças oriundas dos movimentos sociais - sindicalistas, sem-terra, pastorais sociais da igreja, partidos de esquerda. As elites têm nojo dos setores populares, como revelam algumas colunas sociais da mídia.

Como argumenta o teólogo Leonardo Boff, "mesmo vitoriosas no campo econômico, elas não se sentem tranqüilas. Suspeitam que os movimentos sociais poderão, num momento crítico, pressionar o governo a mudar as regras do jogo econômico, dando centralidade ao social. Por isso, segundo elas, há de pressionar e até emparedar Lula. Ele é um obstáculo à volta das elites ao poder. É empecilho ao seu enriquecimento perverso. O lugar de operário, dizem, é na fábrica, não no governo e na gerência da coisa pública. Trata-se de uma questão de cultura de classe. O fato da corrupção, que deve ser investigada e apurada, ofereceu agora a ocasião que faltava para suscitar o velho sonho traiçoeiro das elites de se livrar de Lula".

Além disso, o bloco liberal-conservador tem diferenças abissais com várias políticas implementadas pelo atual governo. Mesmo no terreno econômico, a concordância não é integral. Há duras críticas ao fim das privatizações, à contratação de servidores públicos, à contenção da terceirização, ao investimento público em projetos de inclusão social, ao microcrédito, etc. Ele almeja a privatização do Banco do Brasil e da Petrobras e a autonomia do Banco Central; quer total liberdade para as empresas privatizadas; prega a urgência da reforma trabalhista; propõe a redução do papel do Estado, com a demissão de servidores e o desmonte de políticas sociais. Sua plataforma econômica para sucessão já está pronta. Ela é ultraliberal!

Em recente entrevista à revista Exame, FHC criticou o arquivamento do projeto de autonomia do Banco Central, a descontinuidade no desmonte da Previdência e a "demora" na flexibilização trabalhista. Já Luiz Carlos Mendonça de Barros, pivô da criminosa privatização das estatais no reinado passado, condenou "a paralisia" do governo no processo de desestatização e antecipou: "A retomada do movimento de redução da participação do Estado nos negócios só deve ocorrer no próximo mandato presidencial". Também tem feito críticas às medidas de controle das agências reguladoras do petróleo, telecomunicações, energia, etc.

Porém, os dois alvos prediletos da oposição liberal-conservadora são: a nova política externa do Itamaraty e as relações democráticas do governo Lula com os movimentos sociais. O PSDB é hoje um fiel intérprete dos interesses dos EUA no país - FHC inclusive integra um grupo de assessoria em Washington. Rubens Barbosa, presidente do Conselho de Comércio Exterior da Fiesp e homem-forte de FHC na área, já prega uma "retomada das negociações da Alca" e a mudança da política externa "para restabelecer uma atitude positiva e cooperativa". Quanto à postura democrática, o bloco liberal-conservador não esconde seu ódio ao MST, ao sindicalismo e a esquerda como um todo, crítica o "assembleísmo de Lula" e tem saudades dos tempos de FHC - do exército ocupando as refinarias contra a greve dos petroleiros, das portarias de criminalização da luta pela terra, das medidas provisórias impostas para flexibilizar direitos trabalhistas.

Acorda Lula!

Diante dos erros do governo Lula e do iminente perigo do retorno ao poder do bloco liberal-conservador, como devem se portar os movimentos sociais brasileiros? A resposta não é simples, exige muito debate e tolerância e não comporta sectarismos e adjetivações. O pior dos mundos seria que a crise aprofundasse a divisão e a dispersão do campo popular. O que foi construído nos duros anos de luta contra a ditadura e na resistência ao neoliberalismo não pode ser jogado fora. O governo Lula pode até minguar, mas a luta dos trabalhadores prosseguirá e exigirá instrumentos afiados, unitários e combativos. Nestes tempos bicudos, seria uma irresponsabilidade apostar na cisão ou no partidismo tacanho visando colher espólios da crise.

A grave crise atual, que coloca em risco uma oportunidade histórica de mudanças no Brasil, não comporta nem posturas passivas, acríticas, típicas de movimentos chapa-branca; nem atitudes voluntaristas, que não levam em conta os limites do governo Lula e reforçam as ações desestabilizadoras da direita. Neste rumo, a plataforma costurada pela Coordenação dos Movimentos Sociais, que reúne o grosso das entidades mais representativas do campo popular, continua bastante atual. Ao mesmo tempo em que denuncia a ofensiva do bloco liberal-conservador, ela não dá um cheque em branco para o governo Lula e exige mudanças dos rumos. Ela posiciona bem os movimentos sociais diante da crise, centrando em quatro eixos de atuação:

1- Contra a postura hipócrita e desestabilizadora da direita. Esta bandeira ganhou centralidade com a atual ofensiva pelo impeachment. Ela é o ponto de discórdia entre setores da esquerda diante da crise - e revela a miopia sectária dos que afirmam que a direita não visaria desgastar ou derrubar o governo Lula. A defesa intransigente do legítimo mandato do presidente tornou-se a questão central. Se esta experiência, mesmo com suas limitações, for abortada, não haverá espaços de imediato para construção de um projeto mais avançado. Sua ultrapassagem se dará pela direita, com efeitos prolongados, trágicos e obscurantistas.

A onda do impeachment é uma declaração de guerra, é um ato ilegal, é golpe - não no sentido clássico do tempo da "guerra fria" e dos generais, mas sim dos tempos modernos, dos novos golpistas da mídia, do capital financeiro e das instituições apodrecidas. E na guerra é preciso ter lado, é preciso ousar, é preciso acionar todas as forças. Já viraram símbolos da resistência as passeatas dos metalúrgicos do ABC na Via Anchieta e as paralisações de advertência dos metroviários. A evolução da crise pode requerer ações deste tipo. A direita não está brincando em serviço; a esquerda política e social não pode se iludir ou vacilar!

2- Apuração rigorosa das denúncias de corrupção e punição exemplar dos culpados. Não dá para cair no discurso vazio de que a corrupção é sistêmica e de que a direita sempre se chafurdou na lama. A esquerda não pode se confundir com os mesmos métodos sujos. O povo está enojado e cansado de tanta podridão nas instituições. Afinal, o dinheiro público desviado é retirado das camadas pobres e serve aos poderosos. É a expressão reversa do superávit primário, que corta gastos nos programas sociais. Também não dá para passar a mão na cabeça dos que se seduziram com as "tentações do poder".

A militância política e social não pode cair na defensiva diante das revelações constrangedoras, não pode ser comparada com aqueles que confundiram o público e o privado, que montaram esquemas abjetos, que se locupletaram na sujeira. Não pode ser acuada nas ruas com as piadas do mensalão, do cuecão e outras. É preciso ser duro no combate a todos os desvios e exigir a apuração e a punição dos culpados. É preciso pressionar o governo neste sentido. Ele deve dar o exemplo sem titubear; o partido majoritário, também.

3- Reforma política democrática que amplie o protagonismo popular. Diante de uma democracia cada vez mais de fachada, a serviço dos ricos, é preciso ampliar a participação e controle da sociedade sobre as instituições apodrecidas. Na ofensiva, a direita pretende impor uma reforma que cerceie o debate político e imponha barreiras aos partidos. Setores do PT, que não abandonaram a sua arrogância, concordam com esta restrição. Para os movimentos sociais interessa exatamente o oposto. É preciso criar mecanismos de democracia direta, com a adoção de referendos, plebiscitos, revogação de mandatos. Hoje não basta votar; é indispensável controlar os representantes eleitos. Do contrário, eles cedem às pressões do capital!

Numa visão ampliada de reforma política, também é urgente discutir a real democratização dos meios de comunicação. As nove famílias que controlam a mídia brasileira têm um poder excessivo de manipulação das mentes e corações; elas operam um novo tipo de fascismo societário, acima do Estado de Direito. O governo Lula, na sua opção conciliadora, iludiu-se com o seu papel e agora paga alto preço. A sociedade deve ter mecanismos de controle público sobre os meios de comunicação, não pode deixar de exercer a democracia frente ao autoritarismo midiático. Além disso, é preciso investir mais em formas alternativas de comunicação, como as rádios e TVs comunitárias. A democracia exige o fim da ditadura da mídia!

4- Por mudanças na política econômica do governo. Por fim, a CMS exige uma alteração profunda nos rumos do governo Lula. Mantendo a autonomia dos movimentos sociais, ela não dá o apoio incondicional aos atuais ocupantes do Planalto. Um cheque em branco seria extremamente perigoso quando se sabe que a "quinta-coluna" do governo continua orquestrando medidas para acalmar o deus-mercado, como a do déficit nominal zero. Ao mesmo tempo em que se opõe às manobras da direita, a CMS exige mudanças à esquerda. Bate e assopra, numa relação dialética que preserva e fortalece os movimentos sociais.

É evidente que hoje o governo está mais debilitado. Se já era difícil a transição do neoliberalismo para um projeto de desenvolvimento no início do mandato, mais complexo é agora quando ele se encontra acuado e teme turbulências na economia. Mas isso não inviabiliza a possibilidade do governo de sinalizar com as mudanças, de ousar no terreno político, de implementar medidas como do assentamento dos trabalhadores rurais ou da valorização do salário mínimo. Somente desta forma as camadas populares, confusas diante da enxurrada de denúncias, sairão às ruas para defender seu governo; apenas desta forma, os movimentos sociais terão maior capacidade para mobilizar o povo. Nos momentos de crise é que se mede a capacidade dos estadistas, dos líderes. É preciso convicção e coragem para ser absolvido pela história!

Estas quatro bandeiras possibilitam que os movimentos sociais não caiam na passividade, na omissão ou nos subterfúgios do movimentismo e da negação da política. Permitem que as esquerdas políticas e sociais continuem a lutar, a acumular forças, a disputar a hegemonia, a construir seu projeto alternativo e, mesmo no caso de um revés temporário, que recuem de forma organizada. Elas também dão os elementos para enfrentamento do debate na sociedade e nas suas organizações, sem cair na apatia, na desistência ou no oportunismo dos que tentam apenas salvar sua pele. Servem, na fase atual, para intensificar a mobilização social, participando na temporada da "guerra das ruas" que se abre e disputando com os que pregam o fim do governo - pela direita ou pela esquerda. Por fim, são um alerta ao governo, um grito de "acorda, Lula".

* Exposição apresentada na plenária da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS-SP), em 13/8/05, e no II Congresso Nacional dos Metroviários, em 19/08/05.

Altamiro Borges, (Miro) é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical. Autor, junto com Marcio Pochmann, do livro "Era FHC - A regressão do trabalho" (Editora Anita Garibaldi)
Enviada por Ubirajara Freitas, às 23:21 29/08/2005, de Belo Horizonte, MG


O ódio de classe da burguesia brasileira
No dia 26 de agosto tão logo soubemos das declarações rascistas e preconceituosas do presidente do PFL publicamos nesta página de notícias artigo-protesto intitulado "Cuidado: PFL com saudades de Hitler". Agora publicamos o artigo de Emir Sader, enviado pelo companheiro Ubiraja Freitas, que discorre sobre o mesmo problema. O povão deste brasilzão não pode se calar!!!

Por Emir Sader, 28/8/2005

"A gente vai se ver livre desta raça (sic), por, pelo menos, 30 anos", disse o senador Jorge Bornhausen (PFL). Ele merece processo por discriminação, embora no seu meio - de fascistas e banqueiros - é usual referir-se ao povo dessa maneira - são "negros", "pobres", "sujos", "brutos".

O senador Jorge Bornhausen é das pessoas mais repulsivas da burguesia brasileira. Banqueiro, direitista, adepto das ditaduras militares, do governo Collor, do governo FHC, do governo Bush, revela agora todo o seu racismo e seu ódio ao povo brasileiro com essa frase, que saiu do fundo da sua alma - recheada de lucros bancários e ressentimentos.

Repulsivo, não por ser loiro, proveniente de uma região do Brasil em que setores das classes dominantes se consideram de uma raça superior, mas por ser racista e odiar o povo brasileiro. Ele toma o embate atual como um embate contra o povo - que ele significativamente trata de "raça".

Ele merece processo por discriminação, embora no seu meio - de fascistas e banqueiros - sabe-se que é usual referir-se ao povo dessa maneira - são "negros", "pobres", "sujos", "brutos", - em suma, desprezíveis para essa casa grande da política brasileira que é a direita - pefelista e tucana -, que se lambuza com a crise atual, quer derrotar a esquerda por 30 anos, sob o apodo de "essa raça".

É com eles que anda a "elite paulista", ultra-sensível com o processo de sonegação contra a Daslu, mas que certamente não dirigirá uma palavra de condenação a seu aliado estratégico (da mesma forma que a grande mídia privada). São os amigos de FHC e de seus convivas dos Jardins, aliados do que de mais atrasado existe no Brasil, ferrenhamente unidos contra a esquerda e o povo.

Mas não se engane, senhor Bornhausen, banqueiro e racista, muito antes do que sua mente suja imagina, a esquerda, o movimento popular, o povo estarão nas ruas, lutarão de novo por uma hegemonia democrática, anti-racista, popular, no Brasil. Muito antes de sua desaparição definitiva da vida pública brasileira, banido pelo opróbio, pela conivência com a miséria do país mais injusto do mundo, enquanto seus bancos conseguem os maiores lucros especulativos do mundo, sua gente será defintivametente derrotada e colocada no lugar que merece - a famosa "lata de lixo da história".

Não, senhor Bornhausen, nosso ódio a pessoas abjetas como a sua, não os deixará livre de novo para governar o Brasil como sempre fizeram - roubando, explorando, assassinando trabalhadores. O seu sistema, o sistema capitalista, se encarrega de reproduzir cotidianamente os que se opõem a ele, pelo que representa de opressão, de expoliação, de desemprego, de miséria, de discriminação - em suma, de "Jorges Bornhausens".

Saiba que o mesmo ódio que devota ao povo brasileiro e à esquerda, a esquerda e o povo brasileiro devotam à sua pessoa - mesquinha, desprezível, racista. Ele nos fortalece na luta contra sua classe e seus lucros escorchantes e especulativos, na luta por um mundo em que o que conte seja a dignidade e a humanidade das pessoas e não a "raça" e a conta bancária. Obrigado por realimentar no povo e na esquerda o ódio à burguesia.

Emir Sader, professor da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é coordenador do Laboratório de Políticas Públicas da Uerj e autor, entre outros, de "A vingança da História".
Enviada por Ubijara Freitas, às 23:06 29/08/2005, de Belo Horizonte, MG


O que eu acho da crise!
Companheiros,

Este eleitor pode até exagerar (não tanto como a imprensa ao inverso), mas concordo com ele...

Passei a vida toda lutando contra a Ditadura Militar e políticos da Arena; PDS; PFL; PSDB........

Vivi a era FHC e vi o país ser posto à venda.

Vi Mais de 100 empresas públicas serem "privatizadas", sem que o produto da venda tenha sido utilizado em favor do País.

Fiquei 08 anos sem nenhum centavo de reajuste salarial.

Vi colegas de trabalho, concursados, serem demitidos, através do malsinado RH 008.

Vi todo o processo de desmonte da Caixa para a privatização.

Vi dezenas e dezenas de CPIs serem abortadas a custa de muita grana.

Vi o Procurador Geral da União ser chamado de Engavetador Geral da União.

Vi a Polícia Federal de mãos amarradas.

Vi o FMI mandando e desmandando e os Governos dizendo amém.

Vi um país que gerou apenas 8 mil empregos mensais durante 08 longos anos.

Vi trabalhadores escravos.

Vi e vivi. Participei de dezenas de passeatas.

Vi o "pensamento único" do PSDB calando jornais; rádios e tvs.

Vi o Banco Central "doando" milhões de dólares para os banqueiros falidos salvarem suas peles.

Vi milhares de micros e pequenas empresas fechando suas portas para dar lugar aos importados pela paridade do dólar.

Vi o escândalo do SIVAM......................

Agora que o Brasil gera mais de 100 mil empregos mensais;

Que as indústrias batem recordes de produção;

Que o comércio bate recordes de venda;

Que o país bate recordes de exportações;

Que dispensamos a tutela do FMI;

Que o banco onde trabalho contrata milhares de novos empregados concursados;

Que estamos entrando em período de deflação;

Que 09 milhões de famílias são atendidas pelos programas sociais do Governo;

Que a agricultura familiar está tendo acesso ao crédito;

Que as pequenas e micros empresas voltam a abrir portas;

Que a Polícia federal atua sem amarras e desbarata uma quadrilha atrás da outra, como nunca em toda a sua história;

Que a fiscalização da Receita Federal está fazendo as grandes empresas e bancos recolherem impostos (tanto que a Receita federal também bate recordes de arrecadação);

Que o Ministério do trabalho fiscaliza as empresas o FGTS também bate recordes históricos de arrecadação) e está erradicando o trabalho escravo no campo........

Agora vem alguém me pedir para ir às ruas contra LULA e o governo popular???!!!,

Meu amigo: TÔ FORA!!!!!

Estou pronto para ir às ruas pedir investigação de quaisquer atos de corrupção praticados por quem quer que seja. Que a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e outras instituições sérias investiguem com total isenção, e que a Justiça puna exemplarmente todo aquele que tenha praticado irregularidade.

Fazer o jogo e servir de instrumento de pessoas como ACM, Bornhausen, FHC, Arthur Virgilio, Álvaro Dias, ACM Neto, Agripino Maia, Rodrigo Maia, Jefersons da vida e outros, que todos bem sabemos quem são, JAMAIS!

Abraços,

Hugo Chimenes
Enviada por Hugo Chimenes, às 22:17 29/08/2005, de São Borja, RS


Tarso Genro e a decapitação intelectual do PT
Há muito tempo Tarso Genro vem falando que o Brasil precisa de uma "Consertação", que pela forma e pelo conteúdo lembra muito a aliança conservadora entre o Partido Socialista e a burguesia chilena no fim da Ditadura de Pinochet e que se mantém até hoje no poder com "Richard Lakes" na Presidência da República Chilena...

Por Jorge Almeida*

Tarso Genro é o primeiro presidente do PT com o perfil de elaborador teórico, intelectual. Perfil que o mesmo faz questão de cultivar. Entretanto, em mais uma ironia que a história recente tem nos contemplado, é o primeiro a expressar de modo absolutamente aberto e claro, sem meias palavras, a decapitação intelectual do PT. Fez isso, de modo especial, na entrevista dada à Folha de S. Paulo, na qual inventou o conceito do risco de ?colombização do Brasil?.

Literalmente, ele declarou que ?Se as classes populares não tiverem um mediador democrático dentro do Estado de Direito, como o PT, que transforme suas demandas em lutas com qualidade dentro da legalidade, o Brasil pode entrar numa situação de anomia semelhante à da Colômbia. A destruição ou a diluição do partido pode levar para uma desesperança radical e aguçar de maneira irracional os conflitos de classe do Brasil, uma radicalização dos confrontos de classe. As pessoas que eventualmente queiram destruir o PT devem pensar muito bem quais as conseqüências disso para a história do país?.

Como pode se entendida a chamada ?colombização?? Na Colômbia, afora movimentos sociais atuantes e organizações político-partidárias institucionalizadas, existem grupos paramilitares, o narcotráfico e a guerrilha de esquerda. Destas, no Brasil, só não existe a guerrilha. Tarso Genro não criticou o narcotráfico, que amplia sua presença em nosso país. Também não se preocupou em falar de nossos ?paramilitares?, pois os grupos de extermínio estão presentes em praticamente todas as grandes e até médias cidades. No interior, continua funcionando regularmente o assassinato de lideranças indígenas, trabalhadores rurais e seus apoiadores, quase todos afro ou indígena-descendentes.

Tarso Genro só pode estar falando da possibilidade de alguma revolta popular, de movimentos sociais radicalizados, do surgimento ou fortalecimento de partidos que combatam a ordem vigente, o que, nas suas palavras, seria possível de ocorrer se o PT se enfraquecer muito.

Ou seja, usando uma linguagem sofisticada, Tarso Genro faz explicitamente um pedido às classes dominantes para preservarem o PT como um instrumento de garantia da ordem burguesa.

Por um lado, esta é uma atitude submissa aos donos do poder. Por outro lado, é a velha arrogância de quem se considera único instrumento capaz de dar racionalidade aos movimentos sociais e à luta de classes existente no país. Ou seja, ele diz também que, sem este Partido da ordem no qual se transformou o PT, as lutas sociais vão se destrambelhar e os movimentos sociais não terão capacidade de se auto-dirigir. Diz até mais do que isto. Com estas palavras, Tarso Genro está dizendo que os movimentos sociais são hoje controlados pelo PT. É uma fala muito clara do lugar que ele reserva ao partido e a ele próprio como seu presidente: submissão ao bloco de poder, arrogância e desrespeito com os lutadores do povo.

O Intelectual e dirigente socialista italiano Antonio Gramsci cunhou o conceito de ?decapitação intelectual?. É uma alternativa à ?decapitação física? que um grupo dominante pode exercer sobre os grupos subalternos para manter a sua dominação. A decapitação física dispensa maiores explicações: trata-se da eliminação, através da coerção, prisão ou morte de pessoas ou organizações que fazem oposição contra-hegemônica ao bloco de poder dominante.

A decapitação intelectual é a cooptação ideológica (política e cultural) de sua direção. Os quadros e organizações continuam fisicamente vivos e atuantes, mas sem cabeça própria, sem projeto alternativo, apenas servindo como coadjuvantes para a sustentação da hegemonia e da ordem existente. Partidos intelectualmente decapitados, pensam nos limites da ordem existente; desistem de lutar por suas utopias; aceitam práticas burguesas sistematicamente; fazem o que ?todos os outros fazem?. Enfim, compartilham consensualmente da ordem burguesa.

No conteúdo, Tarso Genro não está inovando nem inventando nada no PT. Mas no discurso do novo presidente do PT, não existem as ambiguidades discursivas e as ?bravatas? reincidentes das falas de Lula. Nada da recuperação marqueteira dos ?camaradas de armas? no estilo de José Dirceu. Muito menos o senso comum genérico em que se transformaram as falas de José Genoino. Com Tarso Genro, o transformismo do PT, de um partido dos trabalhadores a um partido da ordem, vem com todas as letras e de modo letrado. A fala é intelectualmente complexa, mas o que ele quer dizer é simples: o PT está aí para manter a ordem capitalista como ela é. Está aí para dar garantias às classes dominantes dominarem com tranqüilidade.

Mas o PT não foi construído para isto. Se ainda se chama ?Partido dos Trabalhadores?, se supõe que deveria ser o instrumento desta classe. Além disso, o PT foi construído entre outros, por um grande contingente de sobreviventes da ditadura. Daqueles que não foram decapitados fisicamente. É triste ver agora que seu presidente com o perfil mais intelectualizado, venha a ser o que assina, com sua entrevista, um auto-atestado de óbito ideológico, intelectual e histórico. Que se assume intelectualmente como avalista da decapitação intelectual do PT.

Mas tudo isto que estou aqui fazendo é um discurso muito rebuscado para explicar o que está acontecendo. A sabedoria popular, tão presente no senso comum, como também dizia Gramsci, explica ainda melhor o que Tarso Genro pretende (em consonância com o governo Lula) na direção do PT: ?ajoelhou, tem que rezar?.

Jorge Almeida é professor do Departamento de Ciência Política e Doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas ? UFBa. É membro da Executiva Nacional e Secretário Nacional de Movimentos Populares do PT.
Enviada por Gezilda Lima, às 13:51 29/08/2005, de Moscou, Rússia


FIAT: terá financiamento do BNDES
A FIAT Automóveis S.A. receberá empréstimo de R$ 180 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, 1/4 do valor total a ser investido para modernizar a planta em Betim e iniciar a produção do modelo monovolume Idea, similar ao Chevrolet Meriva.

A empresa dedicará R$ 500 mil para um projeto social que promove a inclusão social de jovens em situação de risco.

O Governo Federal pode e deve exigir também a modernização das relações trabalhistas na Fiat, já que estará emprestando dinheiro público brasileiro para a modernização dos processos fabris da transnacional italiana.

Este é um excelente momento para que os Trabalhadores na Fiat e as organizações sindicais de Metalúrgicos que os representam, reivindiquem junto a empresa e ao Governo Federal contrapartidas sociais abrangentes que modifiquem para melhor as relações entre a Fiat e os Trabalhadores e que ponham fim às práticas anti-sindicais tão comuns em Betim.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 13:17 29/08/2005, de Curitiba, PR


Ford: nova reestruturação e cortes
O William Clay Ford Jr., membro do clã de Henry Ford e principal executivo da trasnancional automotriz Ford, disse que a empresa passará por uma reestruturação no próximo trimestre de 2005 que irá além do corte de custos. "Será um anúncio abragente e surpreenderá as pessoas de forma positiva", afirmou.

Para reduzir em 5% a sua folha de pagamento nos EUA a Ford demitirá 1700 Trabalhadores, o que pode ser um indicativo de que serão demitidos os melhor remunerados.

Fordinho só não disse quem são as pessoas que se surpreenderão positivamente. Os membros de seu clã e das famílias de seus sócios ou os Trabalhadores e suas famílias.

Talvez não seja tão difícil advinhar...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 12:54 29/08/2005, de Curitiba, PR


Coréia do Sul: Greve na Hyundai
Os Trabalhadores na Hyundai realizam operação pipoca desde o último dia 25 de agosto. O movimento irá até o próximo dia 30 de agosto e deverá interromper a produção por 28 horas em 4 dias de paralisações parciais. A Hyundai deixará de produzir neste período mais de 10.000 veículos.

Os sindicatos são contra a expansão da Hyundai no exterior, pois temem a transferência de empregos da Coréia do sul para as novas plantas da empresa no exterior. Recentemente foi inaugurada uma unidade nos EUA e em breve será aberta a filial chinesa da Hyundai. A KIA que pertence ao grupo Hyundai iniciou no ano passada a construção de uma planta na Eslováquia.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 12:42 29/08/2005, de Curitiba, PR


Cineasta afirma: FSP - jornalismo da pior espécie
O cineasta Fernando Meireles afirma que a Folha de São Paulo faz "jornalismo da pior espécie" e jornal se cala.

Numa das raras vezes em que não responde com pouca educação ou justificativa pelo erro cometido, o "Painel do Leitor" da Folha de S.Paulo de ontem trouxe o indignado protesto do cineasta Fernando Meirelles ("Cidade de Deus"). A sorte de Meirelles foi ter respondido por e-mail - sua resposta, portanto, foi documentada. Ao contrário da maioria das vezes em que o jornal é contestado, desta vez não houve respostas mal-educadas nem atribuições a terceiros. O jornal poderia ter pedido desculpas pelo enorme equívoco. Mas isso não faz parte do manual de bons modos da imprensa brasileira.

A espinafrada do cineasta no jornal foi a seguinte:

Tenho uma forte reclamação a respeito da Folha. Questionado por e-mail, na sexta-feira, sobre minha opinião sobre um possível impedimento para o presidente Lula, escrevi uma resposta curta, mas claramente contrária à idéia. Chamei esse debate de oportunista e disse que cabe às urnas julgar Lula no ano que vem. Não havia margem para dúvida.

A Redação, no entanto, conseguiu separar duas palavras da primeira linha da minha resposta e publicou apenas: "O cineasta Fernando Meirelles, por sua vez, acredita que existam 'razões de sobra' para iniciar o debate". Com isso, inverteu completamente o sentido do que havia sido dito. Jornalismo da pior espécie.

Começo a achar que pode haver mesmo um certo golpismo da oposição com o apoio da imprensa, interessada em criar climas para vender jornal. Eis as perguntas seguidas das respostas que mandei ao jornal.

Pergunta: O senhor acredita que haja razões para abrir impeachment do presidente Lula?

Resposta: Há razões de sobra, mas, como todos nós sabemos, nos últimos 30 anos, pouquíssimos políticos foram eleitos com verbas declaradas corretamente. Só que ninguém nunca foi punido por isso. Portanto, se houver o impeachment neste caso, serei forçado a concordar com Lula: terá sido mesmo um complô das "elites".

Pergunta: O senhor acredita que haja condições políticas para isso?

Resposta: O oportunismo e o interesse político dos adversários podem criar as condições para isso. Mas de um processo de impeachment é tudo o que o país não precisa agora. Há outras medidas a serem tomadas. Vamos brincar de democracia e deixar que as urnas decidam esta questão no ano quem vem, mas já com novas regras de financiamento de campanha.
Enviada por Ubirajara Feritas, às 12:34 29/08/2005, de Belo Horizonte. MG


Cuidado: PFL com saudades de Hitler!!!
O presidente nacional do direitista PFL - Partido da Frente Liberal, o senador Jorge Bornhausen participou nesta sexta-feira, 26 de agosto de 2005, de debate promovido pelo Centro das Empresas do Estado de São Paulo - CIESP.

Ao ser perguntado se estava desencantado com a crise política Bornhausen soltou uma pérola do preconceito, ignorância e autoritarismo que lhe é marcante:

-"Desencantado? Eu? Eu estou encantado com o que está acontecendo. Por 30 anos ficaremos livres desta raça", respondeu ele.

Talvez seja preciso lembrar ao "nobre" senador que o feudalismo já acabou em todo o mundo, que Hitler, o último alemão a manifestar-se abertamente a favor da eliminação de alguma raça, então os judeus, terminou fragorosamente derrotado e sua "raça" superior ariana baixo o controle de EUA, Inglaterra, França e UNIÃO SOVIÉTICA. Para desgraça do nazista alemão, em 1947 os judeus conquistaram o direito de ter seu próprio Estado Soberano.

Depois de 502 anos alijados do poder controlado por elites preconceituosas e retrógradas, os Trabalhadores Brasileiros tiveram a coragem e oportunidade de eleger um dos seus à Presidência da República.

É preciso gritar bem alto que "esta raça" a quem se refere o senador Bornhausen é composta de brasileiros, verdadeiros brasileiros, cujas famílias aqui nesta terra já estavam ou antes da primeira invasão européia em 1500 ou antes da segunda invasão a partir de 1850.

"Esta raça", senador Bornhausen, é tão ou mais brasileira que o senhor. É "esta raça" que madruga todos os dias, pega ônibus lotado, trabalha 10-12 horas por dia e ganha seu miserável pão honestamente.

É contra esta gente que é dirigido todo o preconceito do direitista Bornhausen que, certamente, gostaria muito de ver o país ainda atolado nas trevas da didatura militar a qual ele tanto serviu e apoiou.

Brasil! é preciso dar um basta a este preconceito barato e nojento desta elite atrasada. Eles odeiam o povo brasileiro e querem acabar com Lula para deixar claro que o país não nos pertence. Eles atacam ao governo Lula, mas na verdade querem atingir a todos os Trabalhadores honestos e decentes. É preciso dar um basta nisso.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 22:08 26/08/2005, de Curitiba, PR


Popularidade de Bush no fundo do poço
A popularidade do imperador norte-americano George W. Bush atingiu seu mais baixo nível desde que tomou posse pela primeira vez em 2001.

Finalmente o povo norte-americano parece estar acordando do pesadelo que pensara ser sonho. 56% dos norte-americanos desaprovam o governo de Geroge Bush. Infelizmente ainda há 40% dos cidadãos daquele país que aprovam o governo...

Bem! uma coisa é certa a nota atribuída a Bush filho parece ser mais adequada a qualidade de seu modo de governar.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 21:39 26/08/2005, de Curitiba, PR


Pobre país, com este jornalismo
Companheri@s,

Envio-lhes editorial da revista CartaCapital cujo conteúdo é de suma importância para todos nós.

O episódio da ?confissão? que não houve na revista Época, e a reação do resto da mídia, com raras exceções,é mais um emblema da hipocrisiae do cinismo dos donos do poder e dos seus sabujos

O burburinho que antecipou a publicação da entrevista de Valdemar Costa Neto à revista Época levou o presidente Lula a atrasar por algumas horas o pronunciamento que fez à Nação na sexta-feira 12. Segundo vários comentaristas supostamente bem informados, Lula queria ler a entrevista antes de fazer seu discurso. O interesse do presidente foi atiçado pela principal chamada colocada abaixo do título A Confissão: ?Lula sabia do acordo de R$ 10 milhões com o PL?.

A ?denúncia? não apenas atrasou o discurso presidencial, como teve ampla e imediata repercussão em toda a mídia ? desde sites na internet até o Jornal Nacional, passando pelos principais jornais do País no dia seguinte ?, além de impacto sobre o chamado mercado, com reflexos no dólar e na Bolsa de Valores.

Na edição de CartaCapital que circulou um dia depois de Época, a revista desmontou a suposta ?confissão?. Em 30 de outubro de 2002, CartaCapital havia noticiado que quatro meses antes, em junho de 2002, Lula e José Alencar estiveram presentes em uma reunião na qual PT e PL selaram um acordo eleitoral com vistas à eleição presidencial. Um acordo político e financeiro no valor de R$ 10 milhões. Um acordo, então, dentro da legalidade, relatado em detalhes na reportagem assinada por Bob Fernandes.

Um detalhe pitoresco: dias antes da entrevista de Costa Neto à Época, a assessora de imprensa do PL esteve na Editora Confiança, que publica CartaCapital, para adquirir dois exemplares da edição 213, que noticiou o acordo entre os dois partidos em outubro de 2002.

A ?confissão? publicada em Época seria motivo de pilhéria não fosse o impacto que causou. Uma denúncia que não é denúncia foi capaz de afetar o horário do discurso do presidente do País, mexer com os humores do mercado financeiro e ser notícia em todos os meios de comunicação ? com especial ênfase nos veículos das Organizações Globo, de alto a baixo, que valorizaram a ?denúncia? da revista da casa.

É estranho, para não dizer suspeito, o comportamento da mídia depois de CartaCapital ter tornado público o episódio. Pouca gente o considerou e a maioria fingiu que não leu. Registre-se, de cara, uma exceção, o site Blue Bus, noticiário on-line sobre mídia e publicidade, que notou: ?Fraude na revista Época, quem enganou quem? Das duas uma, ou o deputado enganou a revista ou a revista enganou os leitores?.

Veículos especializados em mídia, como o site Comunique-se, ou jornalistas que acompanham o assunto diariamente em órgãos não especializados, como Nelson de Sá, dono de uma coluna chamada Toda Mídia, na Folha de S.Paulo, simplesmente ignoraram o caso. Ou seja, fingiram considerar que era um tema sem importância, diante de notícias como ?Rádio Record anuncia novos nomes na cobertura esportiva? (Comunique-se) ou com o fato de o programa Pânico na TV ter colocado um ator chamado ?Lula? no alto de uma plataforma e feito piada sobre o risco de ele ?cair? (Folha).

A notícia também passou por entre as pernas dos editores do Estadão, mas não de seu editorialista. Num texto intitulado ?Ruim com ele, pior sem ele?, publicado no alto da página 3, na edição de sábado 13, depois de mais uma vez destilar preconceitos contra o ex-metalúrgico que virou presidente, o editorial lembra que a ?denúncia? da revista Época havia sido noticiada anteriormente por Bob Fernandes, em 2002. E só. Haverá algum veto ao nome desta publicação nas páginas do Estadão? Ou ao diretor de Redação desta revista, que trabalhou por quase quatro anos na empresa, sempre com empenho e lealdade, tendo fundado e dirigido a edição de esportes do Estadão e o Jornal da Tarde? Cartas para a redação. Aliás, se viu ilegalidade no acordo noticiado por CartaCapital, por que o Estadão não publicou nada a respeito?

A revista Imprensa, que cada vez faz menos jus ao nome, tratou o tema com desdém em seu portal na internet: ?CartaCapital se queixa da concorrente por não receber os créditos das informações as quais a Época vendeu como exclusivas?.

Um boletim informativo sobre a imprensa, Jornalistas & Cia, publicou uma entrevista com o autor da reportagem de Época, explorando ?os bastidores da capa que elevou a temperatura da crise?. No texto diz-se que a publicação ?foi seguida de um protesto da CartaCapital sobre ter publicado notícia semelhante em outubro de 2002, o que anularia a exclusividade de Época?. Texto mal escrito e ingênuo. Só podemos imaginar que Eduardo Ribeiro, jornalista sério, diretor da publicação, não participou da sua edição.

Jornais, emissoras de tevê e rádio que repercutiram a entrevista de Época não corrigiram a informação depois que se demonstrou publicamente que ?a confissão? era notícia velha, destinada, como parece, a ?aumentar a temperatura da crise?. Apenas reafirmam uma tradição de soberba em relação aos próprios erros e de cumplicidade e corporativismo, exacerbada nestes dias em que o governo Lula é alvo de denúncias graves.

A desculpa da revista Época, além de pífia, beira o cinismo. ?A passagem na qual o presidente do PL narra a reunião que teve com o presidente e o vice-presidente da República, então candidatos, e dirigentes do PT é apenas um dos elementos da entrevista ? e não seu principal foco. Tanto que a repercussão desta matéria deu-se em função da declaração de que Lula sabia do acordo envolvendo dinheiro?, disse Aluizio Falcão Filho, diretor de Redação. Como assim? Desde que a edição 213 de CartaCapital circulou, era do conhecimento público que Lula sabia do acordo. Presenciou o acordo. Instruiu José Alencar sobre como se portar em relação ao acordo. Será que Falcão não leu a reportagem de CartaCapital? Será, como sugere Blue Bus, que Costa Neto enganou o diretor de Redação de Época?

O comportamento da revista das Organizações Globo também foi tema de dois textos do Observatório de Imprensa, um veículo especializado em media criticism, na internet. Um deles, intitulado ?Receita de uma notícia requentada?, descreve o engodo e relembra que não é a primeira vez ? muito pelo contrário ? que uma notícia antecipada por CartaCapital é ignorada por seus concorrentes.

Em outro texto, ?Da arte de comer mosca e imaginar-se pitbull?, o editor do site, Alberto Dines, culpa ?o corporativismo e a indolência? da imprensa pelo fato de uma série de notícias que ligam veículos de comunicação ao escândalo do Mensalão não ter prosperado. Depois diz que, ?quando a CartaCapital, em 30 de outubro de 2002, contou parte da história sobre o acordo entre o PL e o PT, ninguém foi atrás. Nem a própria revista?.

As duas acusações não fazem justiça a CartaCapital. Esta revista noticiou, com chamada de capa, o jogo de chantagem entre as editoras Abril e Três a respeito da publicação de informações sobre a entrevista da secretária Fernanda Karina à revista IstoÉ Dinheiro (edição 348, 29 de junho de 2005). Noticiou que o jornalista Gilberto Mansur intermediou um encontro entre Domingo Alzugaray e Marcos Valério. Noticiou as diversas suspeitas que envolvem o jornalista Leonardo Attuch, autor da entrevista, no episódio? Também não é correto afirmar que ?nem a própria revista? foi atrás da história do acordo PT-PL na ocasião. Como já foi dito, em outubro de 2002, não havia indícios de ilegalidade no acordo.

Sem perder de vista em momento algum que todos os envolvidos em corrupção, arrecadação ilegal de recursos, tráfico de influência e quantos outros crimes forem descobertos devem ser punidos, CartaCapital não compartilha do sentimento, visível em quase toda a mídia, de que esta crise é uma oportunidade sem-par para destruir o PT, sangrar Lula e enterrar para sempre o sonho de um governo de esquerda no Brasil.
Enviada por João Cayres, às 21:32 26/08/2005, de São Bernardo do Campo, SP


Lula no renunciará, no se suicidará ni será echado
En el mensaje más fuerte que pronunció desde el inicio de las acusaciones de corrupción, delante de hombres y mujeres de prestigio nacional, el presidente brasileño Lula da Silva advirtió ayer que no renunciará, no permitirá que lo saquen del Palacio del Planalto y advirtió tácitamente que la crisis política no lo llevará al suicidio, como lo ocurrido con Getúlio Vargas en 1954.

Luego de sugerir que hay fuerzas que pretenden su caída, insistió en que permanecerá en el comando del país hasta el último día de su mandato. "Mi tarea central es gobernar el país", afirmó categoricamente.

"Quiero decirles que no haré como Getulio ni como Quadros. Y tampoco permitiré que me hagan lo que le hicieron a Goulart".

El discurso fue pronunciado por el Presidente de la República en el Consejo de Desarrollo Económico y Social, que reúne personalidades, empresários, sindicalistas y Trabajadores con gran influencia en la opinión pública.

Frente a ellos recordó algunos momentos históricos de Brasil: "Las crisis en este país llevaron ya al suicidio, en 1954, de Getulio Vargas; indujeron a Janio Quadros, que no era ningún hombre de izquierda, a desistir de la presidencia por causa de un enemigo oculto. Y a Joao Goulart lo obligaron a renunciar (por un golpe militar en 1964)". Fue entonces que alertó: "Quiero decirles que no haré como Getulio ni como Quadros. Y tampoco permitiré que me hagan lo que le hicieron a Goulart". Lula hablo que la experiencia brasileña "está llena de muertos en vida o muertos políticamente" y que en el siglo XXI, la elite política brasileña no tiene derecho a seguir cometiendo los "abusos" del pasado. Recordó que hasta Juscelino Kubitschek era ridiculizado por la prensa de su época. Por contraste, hoy es honrado como el mejor presidente desde los años 50. Fue el mentor intelectual de Brasilia y gobernó de 1955 a 1960.

Para Lula, la oposición debe ser criticada por anticipar el debate electoral. La acusó, además, de impregnar la crisis con "veneno político". Según el presidente brasileño, la situación se tornó más grave por causa de ese envenenamiento. Las denúncias, es verdad, saliran de la llamada "base governista", pero quién las usa son los partidos de derecha como el PFL y el PSDB y algunos políticos que no han obtenido el apoyo de Lula en las elecciones estaduales en el 2002.

Lula no acepta que bajo el pretexto de las elecciones de 2006 "las personas actúen de forma irresponsable. Tengo un mandato por cuatro años", subrayó. Dijo que sospechó de quienes quieren empeorar la crisis cuando intentaron involucrar a su ministro de Justicia, Márcio Bastos, en casos de corrupción mediante "las denuncias de un gángster (el dueño de una casa de cambio detenido por lavado de dinero) que está condenado a 25 años de prisión".

Comentó que los procuradores públicos del estado de San Pablo han violado los procedimientos de la procuración cuando denunciaron públicamente un presunto caso de corrupción del ministro Antonio Palocci sin que terminara de concluir la investigación. "Hicieron un carnaval sin preocuparse por poner en riesgo la economía brasileña", señaló. Rogerio Buratti, ex asesor de Palocci, cuando éste era intendente de la ciudad paulista de Ribeirao Preto, denunció después de ser detenido por la policía de San Pablo, que su ex jefe recibía coimas de una empresa recolectora de basura. Buratti, asi como otros denunciantes, no ha presentado pruebas materiales que comproven las denúncias.

Mientras el hombre declaraba frente a los procuradores del estado, uno de ellos ofrecía una conferencia de prensa para contar on line lo que decía el detenido. Esto provocó una profundización de la crisis que pudo ser superada por declaraciones del ministro ante los periodistas convocados el domingo pasado en su despacho de Brasilia.

Lula señaló respecto al procedimiento del Ministerio Público paulista que la sospecha es peor que la acusación concreta y objetiva: "Se embarra a todo el mundo y a la hora de las pruebas se ve que lo dicho no era verdad".

Lula tuvo también su buen párrafo para la prensa. "Ya vi títulos de tapa de los diarios y artículos que decían que la condición básica para salir de la crisis era que no me presente como candidato". Según el presidente, "ya oí también decir que tienen que desangrarnos y llevarme a una sesión de hemodiálisis".

Lula dijo que aún no decidió si se presenta a la reelección. "No es eso lo que me desvela". Para muchos de los que asistieron al discurso presidencial, "fue un mensaje corajudo". Así opinó el presidente de la empresa privatizada Compañía Siderúrgica Nacional, Benjamin Steinbruch. Dijo que el presidente estuvo "vibrante. Fue muy bueno y en un momento adecuado".

Horacio Lafer Piva, presidente de Klabin uno de los principales grupos económicos brasileños, vio en el discurso de Lula "el pronunciamiento de quien cree que está haciendo lo mejor, con transparencia y promoviendo las investigaciones necesarias". João Felício, presidente de la CUT - Central Única de los Trabajadores, dijo que foe un discurso "de quién está trabajando por el país y está dispuesto a enfrentar todas las adversdidades"
Enviada por Sérgio Bertoni, às 09:46 26/08/2005, de Curitiba, PR


Se liga Brasil: menor desemprego em 13 anos!!!!
Segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - o desemprego em julho de 2005 de 9,4% é o menor registrado no país em 13 anos! Segundo o mesmo estudo a renda do Trabalhador subiu 2,5%!!!

E ainda tem gente que tenha a coragem de dizer que a política econômica é essencialmente igual a do outro governo. É parecida em alguns pontos, sem dúvida, mas agora gera-se mais emprego que em todos os períodos fernandistas. No primeiro período fernandista, o do Collor, houve somente redução de postos de Trabalho. No segundo período fernandista, o de FHC os postos de trabalho criados eram 12 vezes menos que os criados atualmente fazendo com que o desemprego só aumentasse.

Se liga Brasil!!! As coisas estão acontecendo. Os que já estavam empregados podem até não perceber, mas quem passou os últimos 13 anos na pindura entre um bico aqui outro acolá, sabe o quão importante é conseguir um emprego com carteira assinada.

Acorda Brasil!!!lando o país. Aqueles que nunca sentiram a crise em sua própria pele não conseguem admitir que as coisas no Brasil possam melhorar, mas as coisas estão mudando e vão mudar para melhor!!!

Não se deixe enganar. Fique atento, pratique sua cidadania e coloque sob marcação cerrada a todos aqueles que desde sempre só engambelaram o povo.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 21:22 25/08/2005, de Curitiba, PR


A farra das fusões
O governo federal tenta mais uma vez acabar com a "farra" do Imposto de Renda iniciada com o artigo 36 da Lei nº 10.637, a última assinada por Fernando Henrique Cardoso e Everardo Maciel.

A lei permite que as empresas reduzam drasticamente o IR a pagar por meio de planejamento tributário em fusões, cisões e incorporações.

Com isso o país perde duas vezes, já que as empresas quando se fundem demitem pessoal e ainda deixam de pagar os devidos impostos.

São coisas assim que deixam a maioria da população indignada com a cara-de-pau de certos políticos que quando estavam no governo fizeram a festa e agora querem se passar por santos e virgens.

O país precisa se mobilizar e punir exemplarmente a todos que por mais de 500 anos surrupiam a riqueza deste povo Trabalhador.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 16:48 25/08/2005, de Curitiba, PR


Metalúrgicos rechaçam especulações sobre DC JF
O Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora, que representa os trabalhadores na DaimlerChrysler do Brasil, não trabalha com a perspectiva de fechamento da planta local da DaimlerChrysler e rechaça notícia publicada pela agência de notícias EFE, considerando-a mera especulação.

A maior parte dos investimentos feitos na fábrica de Juiz de Fora foi financiada pelo estado de Minas Gerais. Mesmo com baixa demanda a unidade local da DC gera resultado positivo para o grupo, já que conta com vários incentivos fiscais, inclusive, isenção de impostos sobre veículos da marca importados da Europa e EUA comercializados no Brasil.

?A fábrica mesmo em baixo ritmo de produção gera lucro ?, relatou o representante do sindicato Henrique Almeida, Trabalhador na empresa.

A unidade da DC em Juiz de Fora foi vencedora de vários prêmios de qualidade e sistema de produção, ficando várias vezes em primeiro lugar no rank mundial DC, criado pela empresa para medir o desempenho das diversas unidades fabris do grupo espalhadas pelo mundo.

Atualmente, o know-how, a exepriência, da planta de Juiz de Fora aplica-se na fábrica do grupo localizada no estado do Alabama, EUA, onde se produz o modelo Fora-de-Estrada-de-luxo Classe M. 208 Trabalhadores de JF foram temporariamente transferidos para lá.

Já está provado que a planta de Juiz de Fora é uma das melhores do grupo em resultado e custo. Trabalha com uma produção enxuta segundo seus gestores. A jornada de trabalho da unidade é a maior do grupo - 44 horas semanais. A qualidade do produto e o sistema de produção estão entre os melhores do grupo, segundo a própria DC.

A luta dos Trabalhadores na DC de Juiz de Fora é pela manutenção dos empregos, geração de renda e cumprimento dos acordos firmados, que passa por um novo projeto, pela fabricação de um novo veículo para o mercado internacional, que ocupe toda a capacidade instalada e que resolva definitivamente o problema da unidade local.

No momento a fábrica inicia produção da Mercedes Classe C destinado ao mercado norte-americano. Experiência anterior demosntrou que este modelo produzido em JF alcançou qualidade superior aos veículos produzidos na Alemanha!!!

Juiz de Fora, 24 de agosto de 2005

Julio Oliveira, Representante dos Trabalhadores na DaimlerChrysler Juiz de Fora
Enviada por Julio Oliveira, às 21:27 24/08/2005, de Juiz de Fora


Seria a DC em Juiz de Fora mal administrada???
Jornal alemão reproduz idéia central de notícia publicada no sítio de TIE-Brasil em 18 de agosto de 2005.

A má gestão da fábrica de produção da Mercedes-Benz em Juiz de Fora e a falta de demanda do modelo que produz, o Mercedes Classe A, colocam a fábrica à beira do fechamento.

O jornal Financial Times Deutschland publica em sua edição de hoje que o atual presidente da Chrysler, Dieter Zetsche, deverá decidir o que fará com esta deficitária fábrica quando assumir a direção da Mercedes em primeiro de setembro.

Por sua vez, um porta-voz da companhia disse à EFE que a fábrica retomará em outubro sua atividade e que a possibilidade de fechamento da fábrica de produção se baseia somente em "especulações".

Segundo o jornal, a fábrica é um "monumento à má gestão". Em 1999 foram investidos U$820 milhões (672 milhões de euros) para criar "a fábrica de turismos mais moderna do mundo", que deveria produzir anualmente 70.000 automóveis da Classe A, dos quais fabrica somente 7.000 unidades.

Este veículo é, segundo o julgamento do periódico, pequeno, caro e de suspensão dura, por isso não encontra compradores em países em desenvolvimento.

O ainda presidente da Daimlerchrysler, Jürgen Schrempp, e o até o final de agosto chefe da Mercedes, Eckhard Cordes, prometeram a Valter Sanches, brasileiro membro do comitê de empresa do consórcio, a manutenção da fábrica de Juiz de Fora até 2007.
Enviada por Henrique Almeida, às 15:00 24/08/2005, de Juiz de Fora


No vácuo da crise, fazendeiros saem da lista suja
A crise gerada pelas denúncias de corrupção no governo federal concentrou as atenções da imprensa e da opinião pública nas lentes da TV Senado, em que são transmitidos os debates das CPIs. Ao mesmo tempo, a instabilidade política e a sensação de enfraquecimento do poder executivo ajudaram a criar um cenário propício para que certas ações - que sofreriam grande resistência da sociedade civil e de entidades governamentais - acontecessem. Isso foi constatado através do aumento significativo de liminares concedidas pela Justiça para que fazendeiros fossem suspensos da "lista suja" do trabalho escravo.

Dos 21 empregadores excluídos, 9 conseguiram o benefício agora em agosto - época de depoimentos quentes e manchetes bombásticas. Essa relação de empregadores flagrados com trabalho escravo existe desde novembro de 2003 e tem servido para impedir empréstimos bancários, checar a legalidade dos títulos de propriedade e identificar as cadeias produtivas.

Vale lembrar que as primeiras liminares para suspensão da "lista" foram concedidas pela Justiça no final de 2004, aproveitando o recesso para as festas de final de ano.

As quatro atualizações da "listas sujas" do governo federal foram divulgadas nos meses de novembro de 2003, junho de 2004, dezembro de 2004 e julho de 2005. Ao todo, contando com os nomes retirados por liminar, são 188 empregadores relacionados.

A "lista suja" traz propriedades que se localizam em Rondônia, Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro. Dos 21 excluídos, 17 liminares foram obtidas na Justiça Federal e quatro na Justiça do Trabalho. A Advocacia Geral da União está recorrendo desses casos.

A recordista de liminares é a Justiça Federal em Marabá (PA), com 11 - todas concedidas pelo juiz substituto Francisco de Assis Castro Júnior, sendo que boa parte das 9 exclusões provisórias foi autorizada por ele. Castro cobre as férias do juiz federal titular, que, ao contrário dele, não tem atendido à solicitação de fazendeiros e empresas da região Sul do Pará. Os 9 empregadores excluídos da "lista" em agosto são: Agropecuária Carajás (fazenda Primavera), Celso Mutran (fazenda Baguá), Euclebe Vessoni (fazenda Ponta de Pedra), José Coelho Vítor (fazenda Santa Lúcia), Márcio Ribeiro (fazenda Primavera), Marcus Carvalho (fazenda Tangará), Roberto Guidoni Sobrinho (fazenda Jaó), Romualdo Alves Coelho (fazenda São Paulo) e Viena Siderúrgica (fazendas Medalha).

O combate ao trabalho escravo sofreu com a crise política. A Secretaria Especial dos Direitos Humanos, que coordena a Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), perdeu seu status ministerial e tornou-se uma subsecretaria da Secretaria Geral da Presidência da República. A proposta de emenda constitucional que prevê o confisco das terras em que trabalho escravo for encontrado está parada na Câmara do Deputados - aliás, como todas as outras matérias de interesse público.

O proponente da PEC 438, deputado Paulo Rocha (PT-PA), que poderia acelerar o seu trâmite, está envolvido nas denúncias de recebimento ilegal de recursos e renunciou ao cargo de líder do governo na Câmara. Há casos aguardando um posicionamento do Supremo Tribunal Federal que desatariam nós no combate ao trabalho escravo, como a definição da competência (federal ou estadual) para julgamento desse crime e denúncias contra políticos que utilizaram esse tipo de mão-de-obra. Entidades da sociedade civil que militam na área do combate ao trabalho escravo avaliam que a imprensa tem um papel fundamental na defesa aos direitos humanos, pois funciona como um observatório que impede tanto o governo quanto grupos da sociedade de se aproveitarem do restante do país. Mas com a crise política e conseqüentemente a concentração da cobertura em um único tema, estabeleceu-se um vácuo em áreas importantes, como o combate ao trabalho escravo.

(Carta Maior)
Enviada por Hugo Chimenes, às 14:53 24/08/2005, de São Borja, RS


11 MOTIVOS PARA O LULA SAIR !!!
Segundo a oposição

1 - Criou, em 2 anos e meio DE GOVERNO, mais de 3 milhões e 135 mil novos empregos de carteira profissional assinada no país. no período anterior, de 1994 a 2002, foram criados apenas 737 mil.

2 - Mês após mês, são batidos todos os recordes nas exportações. Jamais se exportou tanto nesse país. Estamos conquistando novos mercados, com produtos de maior qualidade.

3 - Pagou ANTECIPADAMENTE uma parcela da dívida, ou seja, o Governo finalmente tem um caixa equilibrado.

4 - Disse NÃO para a possibilidade de novos empréstimos ao FMI. O Brasil faz empréstimos lá fora desde que foi "descoberto". ISSO DESAGRADOU MUITO O FMI.

5 - Quebrou o monopólio das indústrias farmacêuticas quanto aos preços abusivos de remédios para tratamento da AIDS o que barateou o produto em quase 50%.

6 - Está fazendo um projeto de irrigação no Nordeste com poços artesianos como NUNCA se fez nesse país, auxiliando na Reforma Agrária de áreas que ninguém tem interesse.

7 - Está fazendo três universidades federais novas, uma na região de Dourados, no Mato Grosso do Sul, uma no ABC Paulista, uma no Recôncavo Baiano, além de estar levando uma extensão da Universidade Federal de Minas Gerais lá para o Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres e abandonadas do país.

8 - Foi à África pedir perdão aos irmãos de lá pelos séculos de exploração dos negros neste país.

9- Realizou um encontro histórico entre o mundo árabe e o mundo sul-americano, abrindo novos horizontes de comércio, não restrito apenas aos EUA e União Européia.

10 - NUNCA a Polícia Federal teve tanta liberdade para atuar e efetuar prisões de figuras do alto escalão da política, da burguesia e do crime.

11 - O Brasil vai atingir a auto-suficiência em petróleo até o final de 2005, ou seja, não precisaremos ficar a mercê do petróleo de fora, com preços oscilantes e perigosos, vide a loucura dos EUA para "pegar" o petróleo do Iraque, por exemplo.

TUDO SEM PRIVATIZAR! COM O DÓLAR E A INFLAÇÃO SOB CONTROLE.

ISSO TÁ INCOMODANDO MUITA GENTE E MUITOS INTERESSES... Pense nisso e não acredite em tudo o que aparece nas revistas, jornais e na televisão. Os interesses deles também estão sendo "violados".
Enviada por Bira Freitas, às 13:18 22/08/2005, de Belo Horizonte, MG


Trabalhadores na DC discutem Comitê Nacional
Trabalhadores na DC Brasil que participaram do Sexto Seminário do "Curso de Formação Contínua dos Trabalhadores na DaimlerChrysler no Brasil - CFC DCBR", promovido por TIE-Brasil e os Sindicatos de Matalúrgicos do ABC, de Campinas e de Juiz de Fora, discutiram a necessidade de formação do Comitê Nacional dos Trabalhadores na DC BR.

Os Trabalhadores acreditam que o Comitê Nacional facilitará o processo de organização dos Trabalhadores, bem como proporcionará uma nova etapa no processo de negociações com a direção da empresa.

Segundo Henrique Almeida, Trabalhador na DC em Juiz de Fora e diretor do sindicato local, "o Comitê Nacional Trabalhadores na DC irá propor à direção da empresa a discussão de uma pauta unificada nacional que atenda aos interesses dos Trabalhadores nas tres plantas da DC no Brasil."

Os presentes aprovaram ainda a realização do Encontro Nacional dos Trabalhadores na DC Brasil no final de outubro para definir políticas e ações conjuntas dos Trabalhadores na DC e de seus sindicatos.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 12:28 22/08/2005, de São Bernardo do Campo, SP


Transformar a decepção em teimosia
Por Leonardo Boff

Apesar das traições e fracassos, as bandeiras suscitadas pelo PT já há 25 anos devem ser defendidas. Não por serem do PT, mas porque valem por elas mesmas, por seu caráter humanitário, ético, libertador e universalista.

Não basta se indignar contra a corrupção política praticada pelos dirigentes do PT levantando suspeitas, a serem ainda claramente apuradas, de envolvimento de altos escalões do governo. Nem é suficiente a amarga decepção provocada na população, particularmente nos militantantes do PT que suspiram cabisbaixos: ?nós que te amávamos tanto, PT?.

O que tem de ser suscitada agora é a esperança, pois esta é notoriamente a última que morre. Mas não qualquer esperança, esperança de bobos alegres que perderam as razões de estarem alegres na esperança. Mas a esperança crítica, aquela que renasce das duras lições aprendidas do fracasso, esperança capaz de inventar novas motivações para viver e lutar e que se consubstancia em novas atitudes face à realidade política e em consequência em novas iniciativas práticas.

Essa esperança só tem sustentabilidade e eficácia se primeiro identificar as causas dos equívocos, dos erros e das ofensas à ética que foram cometidas. A corrupção de setores importantes do PT é a culminância de um processo que precisa ser conscientizado e criticado, caso contrário, vai repetir e perpetuar o mesmo descalabro atual.

O PT foi antes de tudo um movimento nascido no meio dos oprimidos e de seus aliados: por um outro Brasil, de inclusão, de justiça social, de democracia participativa, de desenvolvimento social com distribuição de renda. Como movimento era antes de tudo carisma. Ao crescer, virou inevitavelmente uma organização partidária.

Como organização virou poder. Onde há poder há disputa de poder, hierarquização e mecanismos de inclusão e exclusão. Começa então a aparecer o demônio que habita todo poder e que, se não for continuamente vigiado, pode pôr tudo a perder. Com isso não queremos satanizar o poder, mas nos darmos conta de sua lógica. Ele é, em princípio, bom: a mediação necessária para a transformação e para a realização da justiça. Portanto, ele é da ordem dos meios. Mas quando vira fim em si mesmo, perverte e corrompe, porque sua lógica interna é essa: não se garante o poder senão buscando mais poder. E se o poder significa dinheiro, ganha formas de irracionalidade: os milhões e milhões se sucedem sem qualquer sentido de limite e de responsabilidade. Foi o que, entristecidos, constatamos.

Há um outro problema ligado à organização: se os dirigentes perdem contacto orgânico com a base, se alienam, se independizam e facilmente se tornam vítimas da lógica perversa do poder como fim em si mesmo. Poder chama poder, sob todas as suas formas. Surgem as alianças espúrias e os métodos escusos. A cupidez do poder produz a corrupção. Foi o que aconteceu lamentavemente com setores dirigentes do PT. Se estivessem ligados às bases, vendo os rostos sofridos do povo, suas lutas terríveis para sobreviver, sua vontade de lutar, de resisitr e de se libertar, seu sentido ético e espiritual da vida se sentiriam fortificados em suas opções e seriam continuamente reeducados por ele e assim se impediria que sucumbissem às tentações do poder corruptor. Mas a descolagem das bases os fez perder.

Agora para o PT se trata de fazer dos erros uma escola de humilde aprendizado. Para os militantes e demais brasileiros que abraçaram a causa do PT, o desafio consiste em transformar a decepção em teimosia.

A teimosia reside nisso: apesar das traições, fracassos e decepções, as bandeiras suscitadas pelo PT já há 25 anos devem ser teimosamente sustentadas, defendidas e proclamadas. Não por serem do PT, mas porque valem por elas mesmas, por caráter humanitário, ético, libertador e universalista que representam.

A bandeira é um sonho-esperança de um outro Brasil possível e diferente, não mais rompido de cima abaixo pela opulência escandalosa de uns poucos e a miséria gritante das grandes maiorias. Um Brasil da inclusão, com um projeto de nacão aberto à fase planetária de humanidade, um Brasil cujos governos pudessem, com a participação popular, realizar a utopia mínima de todos poderem comer três vezes ao dia, de irem ao médico quando precisassem, de enviarem suas crianças à escola, de trabalharem e com o salário garantirem uma vida minimamente digna e, quando aposentados, poderem enfrentar com desafogo os achaques da idade e poderem despedir-se agradecidos deste mundo e não maldizendo-o.

Os portadores desse sonho-esperança é grande maioria dos brasileiros, sobreviventes de uma grande tribulação histórica de submetimento, exploração e exclusão. Sempre os donos do poder organizaram o Estado e as políticas em função de seus interesses, deixando o povo à margem. Tiveram e ainda têm vergonha dele, tratado como zé-povinho, jeca-tatu, joão-ninguém, carvão para o processo produtivo. Mas ele, apesar desse espinhezamento, nunca perdeu sua auto-estima, sua capacidade de resistência, de sonho e de visão encantada do mundo. Conseguiu organizar-se em inumeráveis movimentos, criou uma Igreja da libertação, fundou seus partidos de cunho popular e o PT.

Essa utopia alimentou o PT histórico e ético. É retomar esta bandeira que vai refundá-lo, confiando mais na devoção que na ambição, mais na militância que na profissionalização que quer mais e mais dinheiro, severos com os marqueteiros maquiadores da realidade e dos candidatos e, por isso, farsantes. Foi esta bandeira que galvanizou as massas, que teve uma função civilizatória ao fazer que o pobre descobrisse as causas de sua probreza, se politizasse e se sentisse participante de um projeto de reinvenção do Brasil sem tantos empobrecidos e excluídos.

Porque é místico e religioso (o PT soube valorizar o capital de mobilização que possui esta dimensão?) o povo brasileiro tem um pacto com a esperança, com grandes sonhos e com a certeza de que se sente sempre acompanhado pelos bons espíritos e santos fortes a ponto de suspeitar que Deus seja brasileiro. É bebendo desta fonte popular que o PT pode se renovar e cumprir sua missão histórica de refundação de um outro Brasil.

Isso é o que deve ser. E o que deve ser tem força invencível.

Leonardo Boff é teólogo.
Enviada por João Cayres, às 22:38 19/08/2005, de São Paulo, SP


Números que assustam!!!
Os números que fazem a diferença também são os que andam assustando muita gente "fina" neste país.

No governo FHC foram criados em média 8 mil empregos por mês. No governo Lula já são 104 mil novos empregos por mês!

O PIB brasileiro em 1994 era US$ 543 bilhões, caiu para US$ 459 bilhões em 2002 e hoje está em US$ 601 bilhões. Não só recuperou o que foi perdido, mas também cresceu em relação ao ano de melhor desempenho do PIB no outro governo.

Enquanto no período anterior a educação foi privatizada no atual já foram autorizadas a criação de 31 Universidades Federais, portanto públicas e gratuítas, isso sem falar no programa pró-Uni que já garantiu 120 mil vagas para estudantes pobres em Universidades particulares.

Estes números falam por si. Por isso tem muita gente, extremistas à direita e à esquerda, preocupada em desestabilizar o país. Eles ainda seguem o lema "Quanto pior, melhor" e não querem que o país se torne justo e igualitário.
Enviada por STIM Sorocaba, às 10:08 19/08/2005, de Sorocaba, SP


Mazda faz bem, mas braço financeiro dá mais lucro
A recuperação da Mazda Motor, montadora japonesa controlada pelo grupo Ford Motor Company, está fazendo bem a saúde da transnacional norte-americana. A empresa japonesa registrou lucro de US$ 428,5 milhões relativo ao ano fiscal japonês encerrado em 31 de março passado. Não é considerado grande coisa pelo mercado, mas este lucro é continuo e vem se repetindo ao longo dos anos.

Já o braço financeiro da Ford gerou 83% dos US$ 3,5 bilhões de lucro líquido registrado em 2004 pela Ford Motor Company.

A Ford planeja lançar no mercado americano novos veículos baseados em modelos desenvolvidos pela Mazda como forma de recuperar sua fatia de mercado.
Enviada por Sérgio, às 22:29 18/08/2005, de Curitiba, PR


Metalúrgicos querem estabilidade até 2007
O Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora tenta prorrogar até 2007 o acordo de estabilidade para os 1.100 Trabalhadores na DaimlerChrysler na cidade.

A unidade da empresa em JF corre o risco de fechar devido ao erro estratégico da direção da empresa em querer montar no país um veículo fora dos padrões de consumo dos brasileiros. Isso levou a empresa a produzir em 5 anos 63.000 unidades do Classe A, quando a capacidade instalada em Juiz de Fora comportaria 70.000 unidades anualmente.

Depois de desistir de outro possível fracasso, a produção de um modelo Smart, a Direção da DC pressionada pelos Trabalhadores e pela opinião pública resolveu montar, a partir de peças importadas da Alemanha, o sedã médio Classe C a ser exportado para os EUA.

"Esta medida pode adiar as demissões, mas a vejo como um tapa buraco" afirma Geraldo Werneck, presidente do sindicato dos Metalúrgicos. Para Werneck é preciso que a produção do modelo seja nacionalizada. "Com isso, empregos serão gerados, teremos aumento de renda na região e perspectivas de crescimento", comentou.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 22:18 18/08/2005, de Curitiba, PR


Parmalat é condenada por discriminação racial
A 1ª Turma do TST confirmou, na última terça-feira, 9, decisão das instâncias ordinárias da Justiça do Trabalho que condenou a empresa Parmalat Brasil S.A. - Indústria de Alimentos a indenizar um empregado alvo de racismo no ambiente de trabalho.

Eletricista industrial da fábrica de laticínios instalada em Carazinho (RS), ele era chamado pelos chefes de "chipan", "chipanzé" , "monque" e outras expressões de baixo calão.

A 1ª Turma decidiu também encaminhar ao Ministério Público do RS, informações sobre a decisão.

Além de indenização por dano moral, correspondente à última remuneração (cerca de R$ 1 mil) multiplicada pelo número de meses trabalhados na fábrica, o empregado assegurou, já na primeira instância, a rescisão indireta do contrato de trabalho. Admitido em dezembro de 1996, ele trabalhou na Parmalat durante cinco anos.

"No cenário em que se denota a preocupação mundial em erradicar práticas discriminatórias, não sobra espaço para tolerar a exposição vexatória a que foi submetido o reclamante em decorrência de sua raça", disse o relator, ministro João Oreste Dalazen. As expressões e os apelidos racistas e de conteúdo depreciativo usadas pelo chefe imediato para se dirigir a empregado negro constituem "ato injurioso, ofensivo da dignidade da pessoa", reforçou.

O TRT-RS rejeitara a justificativa da empresa de que "o empregado aceitara o tratamento que lhe era dispensado no trabalho". O depoimento de testemunhas deixou evidente o visível constrangimento do eletricista que chegou a confidenciar aos colegas "que não reagia, pois pensava em sua família".

O recurso da Parmalat não foi conhecido pelo TST, por unanimidade, com o fundamento no "ordenamento jurídico brasileiro e normas internacionais que proíbem ao empregador e a qualquer pessoa a adoção de qualquer prática que implique preconceito ou discriminação em virtude de raça".

O relator citou a Constituição que proíbe qualquer foram de discriminação decorrente de raça e também convenções internacionais ratificadas pelo Brasil e a Declaração da Organização Internacional do Trabalho sobre princípios e direito fundamentais no trabalho, na qual os estados-membros se comprometem a eliminar a discriminação no trabalho.

A empresa não obteve êxito também no pedido de redução do valor da indenização, que - segundo ela - deveria corresponder à maior remuneração recebida pelo trabalhador multiplicada pelos últimos dois anos de serviços prestados, período em que, reconhece, teria ocorrido a discriminação contra o empregado.

Segundo o relator, a empresa não apontou violação a dispositivo de lei federal ou da Constituição ao pedir a reforma da decisão de segundo grau e a limitação da indenização aos dois últimos anos de prestação de serviço. O advogado Sérgio Ivan Elias atuou na defesa do reclamante.
Enviada por Hugo Chimenes, às 09:36 17/08/2005, de São Borja, RS


O Brasil precisa de projeto
Por João Pedro Stédile

O país precisa de rumo, de um projeto de nação que recupere a soberania nacional e popular. E isso só se constrói debatendo.

A sociedade brasileira está perplexa diante da "nudez política" a que foi exposto o Parlamento e a forma como funcionam as campanhas eleitorais no Brasil. Os partidos se abastecem nas empresas públicas ou privadas, em alguns bancos a fim de sustentar suas campanhas, obter privilégios pessoais e parlamentares, derrubando com isso as barreiras que separam as arrecadações legais das ilegais. Em troca, só Deus sabe o que é oferecido.

Certamente, o que causou mais perplexidade foi a prática tradicional da direita agora ser comprovadamente realizada também pelo principal partido da esquerda. E a opinião pública espera que seja revelada a origem dos recursos, quem são os empresários pagadores e quais seus verdadeiros interesses. Afinal, ninguém entrega milhões de graça.

Mas, para além dos casos de corrupção, é preciso refletir sobre a natureza dessa crise. As evidências são mais graves.

Nosso país vive uma crise que abrange a economia. É verdade que o PIB cresceu, ainda que mediocremente, que a inflação está controlada, que as grandes corporações e bancos têm lucros fantásticos e que os saldos da balança comercial batem recordes. Mas a economia não está resolvendo os problemas básicos da população: emprego, renda e bem-estar social. Há uma crise social. Nossos níveis de violência social são equiparados aos dos países em guerra. (Oxalá nos lembremos disso na hora de votar contra a venda de armas no Brasil, em outubro!)

Há uma crise política, a população não se vê representada pelos políticos e partidos, e uma crise ideológica. Não há debate de idéias, de projetos, de propostas para a sociedade. O neoliberalismo conseguiu reduzir e transformar a política num mero mercado de votos, controlado por "marqueteiros" de aluguel que cobram fortunas para enganar o povo.

Infelizmente, nenhuma força social organizada tem claro qual projeto quer para a sociedade. E as universidades e meios de comunicação, que seriam espaços necessários para esse debate, também estão alienados dos verdadeiros problemas da população.

Diante desse quadro, a avaliação do MST, da Via Campesina e de outros movimentos sociais é que a saída para a crise não está apenas na punição necessária de quem praticou corrupção. Não basta pedir aos partidos que façam a autocrítica. Não basta reduzir a questão a apoiar ou não o governo Lula. Os movimentos sociais, como o MST, devem manter sua autonomia em relação ao governo, ao Estado e aos partidos.

Onde está a saída, então?

A saída dessa crise requer diversas medidas, que abarcam aspectos econômicos, políticos e sociais.

No campo econômico, é preciso mudar essa política econômica neoliberal que só beneficia os bancos e as grandes corporações. A imensa maioria da sociedade é contra a atual política econômica -inclusive o vice-presidente da República. É preciso subordinar a política econômica aos interesses do povo e à sociedade.

É preciso que o Estado oriente a economia para resolver prioritariamente o problema do desemprego e de renda de todos os brasileiros, como, por exemplo, aumentando o salário mínimo.

É preciso priorizar os gastos públicos na educação, moradia, saneamento básico, saúde, reforma agrária e incentivo a uma política de promoção de atividades culturais.

O professor Fábio Konder Comparato já defendeu inúmeras vezes a necessidade de uma reforma política que recupere o poder de decisão do povo, incorporando o direito de convocar plebiscitos e referendos populares, o direito de revogar mandatos legislativos e executivos e o controle sobre os orçamentos públicos -entre outras medidas da democracia direta.

Na reforma agrária, o governo está em dívida conosco e com a sociedade, pois o Plano Nacional de Reforma Agrária caminha a passos de tartaruga, enquanto 130 mil famílias sobrevivem debaixo de lonas pretas ao longo das estradas brasileiras, indignando a todos.

É necessário realizarmos um amplo mutirão nacional de debate de um projeto para o país, como foi proposto pela semana social da CNBB e por todas as forças sociais. O país precisa de um rumo, de um projeto de nação que recupere a soberania nacional e popular, que reoriente a economia para atender às necessidades do povo. E isso só se constrói debatendo, aglutinando forças.

Estamos convencidos de que qualquer outra "saída milagrosa" (de constituinte, reeleição, não-reeleição, candidatos suprapartidários ou esquerdistas...) não será a solução se não debatermos um projeto e possibilitarmos a participação efetiva da população na definição dos rumos do país.

João Pedro Stedile, economista e especialista em economia agrária, é membro da direção nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Enviada por João Pedro Stédile, às 16:10 15/08/2005, de São Paulo, SP


Conflito trabalhista em hospital público
Los trabajadores del Hospital Garrahan están en conflicto por reivindicaciones salariales mínimas. Luego de muchos años de sueldos congelados, demandan una remuneración que por lo menos se aproxime a un ingreso que les permita atender las necesidades más elementales de alimentación, salud, y educación de sus familias.

Hacía meses que venían insistiendo con su reclamo sin obtener ninguna respuesta válida, sólo dilaciones y promesas vacías. Pero al momento de transformar su demanda salarial en conflicto gremial, estos mismos trabajadores que durante décadas han venido asegurando con su esfuerzo constante y capacidad profesional la vida y la salud de miles de niños, pasaron a ser acusados deslealmente de seres malignos a quienes no les importan los chicos.

Estos mismos trabajadores que han demostrado su enorme vocación para garantizar el funcionamiento del hospital como centro médico de excelencia mundial por sobre las erráticas políticas de las sucesivas gestiones, que han debido salir a denunciar los robos de equipos e instrumental, los desvíos de dinero, los mecanismos de corruptela permanente y la eterna falta de presupuesto, son ahora presentados ante la opinión pública como los responsables de los males del Garrahan.

Y el gobierno (de la ciudad y nacional) que se vanagloria de un superavit record al mismo tiempo que niega los aportes que la Salud y Educación públicas necesitan, se transforma en acusador, como si no fuera él mismo responsable directo de lo que pasa con los chicos, pacientes o alumnos de esos sistemas.

El mismo gobierno que para ahorrar gastos no cubre los puestos necesarios de enfermería en las salas de internación o de terapia, exige a través del Ministerio de Trabajo que los trabajadores cubran guardias mínimas que son equivalentes al total de los puestos actualmente existentes, violando normas internacionales que protegen el derecho de huelga y las propias regulaciones de la OIT sobre conflictos en servicios esenciales.

Un manejo cínico del discurso y la complicidad de muchos medios de información masiva permite el engaño que transforma a las víctimas en victimarios y a los responsables en jueces.

Pero el conflicto del Garrahan encierra ahora algo más que estas graves contradicciones. Porque el mismo parece haber sido elegido por el gobierno como una prueba de fuerza destinada a torcer el brazo de los trabajadores, a imponer una derrota ejemplar que corte la ola de luchas salariales y por otras reivindicaciones justas y legítimas que está recorriendo todo el país.

Con el objeto de aislar y doblegar a estos trabajadores se ha llegado incluso a conceder a otros sectores u hospitales las demandas que a ellos se les niegan.

Por eso todos los trabajadores deben apoyar esta lucha: porque es justa, porque su resultado nos afecta a todos. Por el salario y la salud pública.

Desde el TALLER DE ESTUDIOS LABORALES expresamos nuestra total solidaridad con los trabajadores del Hospital Garrahan. El reconocimiento por parte del gobierno de sus reivindicaciones es el único camino justo para reestablecer el normal funcionamiento del hospital y empezar a mejorarlo.

Taller de Estudios Laborales

ww.tel.org.ar
Enviada por TEL-Argentina, às 09:46 15/08/2005, de Buenos Aires


El modelito chileno
Gerentes chilenos tienen poder de compra más alto del mundo!!!

Así lo determinó un estudio de Mercer Human Resource Consulting, que analizó los sueldos promedio de gerentes de 53 países, en lo que se incluyó a 10 de América Latina. Los ejecutivos top de Chile tienen el poder de compra más alto del mundo en relación a sus pares del resto del planeta.

Así lo determinó un estudio de Mercer Human Resource Consulting, que analizó los sueldos promedio de gerentes de 53 países, en lo que se incluyó a 10 de América Latina.

El análisis demostró que los gerentes chilenos obtienen el índice más alto, en términos de poder de compra, lo que significa que con sus sueldos pueden adquirir casi el doble de los ejecutivos de Panamá, y hasta seis veces más que los de los de Vietnam, nación que ocupa el último lugar del ranking.

Algo similar pasa con los ejecutivos de Ecuador y Uruguay que ocupan el segundo lugar dentro de los países de la región, muy cerca de Suiza y Hong Kong, que ocupan el tercer y cuarto lugar, respectivamente.

Al desglosar el estudio, se observa que en relación a una misma canasta de bienes y servicios, los profesionales que ocupan actualmente un alto puesto gerencial en Chile y Ecuador -que ganan un salario neto promedio de US$ 85.000 y US$ 67.000 anuales, respectivamente- puden adquirir 5,9 y 5,1 veces esta canasta, mientras los gerentes de Vietnam pueden comprarla sólo una vez.

Y aunque los ejecutivos de Europa y Asia tengan un mayor nivel de sueldos como para adquirirla más veces, los altos precios de los productos y servicios en sus países hacen que no puedan alcanzar el poder de compra de los de América Latina.

Debido a esto, la encuesta realizada por Mercer también determinó que no necesariamente tiene que existir una correlación entre sueldo y poder de compra, pues comprobó que los gerentes de Latinoamérica tienen un mayor nivel de poder adquisitivo que sus pares de Europa, Japón y Estados Unidos.
Enviada por Jaime Sau, às 00:58 14/08/2005, de Santiago do Chile


Arraes e Milani: duas baixas na esquerda nacional
Sábado, 13 de agosto de 2005, não foi um dia de sorte para a esquerda brasileira. Morreram duas pessoas que durante anos dedicaram sua vida à causas revolucionárias em defesa de um país justo e decente.

Neste sábado o Brasil perdeu Miguel Arraes e Francisco Milani. Um com 88 anos, outro com 68. Um político e bom na interpretação de seu papel histórico. Outro ator com muita história e bom de política.

Arraes era presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro e Milani ator da Globo e membro do partidão. Arraes foi governador de Pernambuco e Milani candidato a vice de Benedita da Silva (PT) em 2000.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 00:41 14/08/2005, de Curitiba, PR


Lula se diz traído e pede desculpas à nação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em pronunciamento à nação se disse traído e indignado com a grave crise política.

"Eu me sinto traído por práticas inaceitáveis. Indignado pelas revelações que chocam o país, e sobre as quais eu não tinha qualquer conhecimento."

Lula destacou o papel da Polícia Federal nas investigações e garantiu que afastará imediatamente os apontados por envolvimento. "Estamos investigando todas as denúncias. Ninguém será poupado", disse.

O presidente pediu desculpas "ao povo brasileiro"

Em discurso, o presidente Lula fez o que outros presidentes Não tiveram coragem de fazer: admitiu erros do partido e do governo. "Não tenho nenhuma vergonha de dizer que nós temos de pedir desculpas. O PT tem de pedir desculpas. O governo, onde errou, precisa pedir desculpas", afirmou Lula.

Lula ainda declarou-se "indignado com as revelações", sentimento que seria compartilhado "pela grande maioria de todos aqueles que nos acompanharam nessa trajetória".

O presidente defendeu as bandeiras da ética e da honestidade na política. "O PT foi criado para fortalecer a ética na política". E sentenciou: "eu não mudei, e tenho certeza disso." Conquistas econômicas

Lula listou os resultados econômicos, ressaltando o crescimento da oferta de trabalho e o que chamou de "revolução do consumo em massa". Em seu governo, disse, foram criadas 104 mil novas vagas formais por mês. Três milhões e meio no total do governo. Ele destacou ainda os recordes da balança comercial e o controle da inflação. "Tenho certeza de que o povo sente a diferença. O país está mudando para melhor." Ao final de seu pronunciamento, Lula pediu aos empresários que não deixem de investir no país por conta da crise política. "Este país não pode parar", afirmou. E mais uma vez reforçou seu sentimento em relação aos supostos casos de corrupção. "Sei que vocês estão indignados, e eu estou tão ou mais indignado que qualquer brasileiro".

Para encerrar declarou: "sei que posso contar com o povo brasileiro".
Enviada por Sérgio Bertoni, às 16:33 12/08/2005, de Curitiba, PR


CUT se manifesta sobre o Salário Mínimo
Nosso mínimo é pra valer

Ninguém em sã consciência e com trajetória verdadeira de luta pelos direitos dos trabalhadores, como a CUT, pode colocar-se contra um salário mínimo cujo valor supera o esperado. Mesmo quando a proposta surge de setores conservadores que sempre impediram uma política real e permanente de valorização do salário mínimo e investiram toda a sua influência, por décadas, para aprofundar as desigualdades sociais brasileiras.

Portanto, alertamos a sociedade para a armadilha que pode estar contida na proposta oportunista de alguns senadores, que só querem de fato acrescentar mais atritos à crise política. Prova disso é a atitude do senador Antonio Carlos Magalhães, ao fazer deboche em cima de um assunto tão sério e que afeta a vida cotidiana de milhões de brasileiros.

Para a CUT, o mais importante é que essa discussão não prejudique a elaboração de uma política séria e responsável de valorização permanente do mínimo, pela qual o movimento social tanto vem lutando.

As centrais sindicais e empresários estão dialogando com o governo para a elaboração de uma política de salário mínimo que deve virar lei. Ou seja, após aprovada, terá de ser cumprida por qualquer governo e em quaisquer circunstâncias futuras. É assim que esperamos, de forma séria, chegar o mais rapidamente possível ao mínimo defendido pelo Dieese, esse sim, o pesadelo dos conservadores e o objetivo da CUT.

Direção Nacional da CUT

Enviada por Valter Sanches, às 16:12 12/08/2005, de São Paulo, SP


Direita em festa de irresponsbilidade
A direita brasileira parece estar conseguindo aquilo que queria: impedir a reeleição de Lula.

Saiu a primeira pesquisa que aponta uma possível vitória de Serra contra Lula no segundo turno em 2006. No primeiro turno, segundo a pesquisa do datafolha Lula ficaria com 30% e Serra com 27%, mas aconteceria uma virada e Serra ficaria com 48% contra 29% de Lula.

Com isso a direita se deleita e até abre uma "vigília cívica" no congresso. Até parece que eles são puros...

Tudo isso faz parte do sujo jogo político que domina o país fazendo com que os jovens e Trabalhadores percam as esperanças na Democracia e acabem presas de oportunistas e extremistas de todas as espécies. Nisso reside o maior perigo da atual crise.

Lula deve se pronunciar e mostrar quem realmente manda no país. Não porque a direita exige isso dele, mas porque aqueles que nele votaram e nele acreditaram assim esperam. Lula não deve satisfação aos guimarães, ao bornhausens, cardosos e cavalcantis, mas sim aos santos e silvas, como ele, que tanto sofrem, mas acreditam e amam este país.

Lula já entrou para história por ser o primeiro operário eleito Presidente da República. Mas a direita quer que ele passe para a história como o cara que levou o país aos caos que, na verdade, foi criado pela direita em mais de 500 anos de farra.

Lula deve mostar para que veio sob o risco de perder tudo o que conquistou em uma vida de lutas e sofrimento.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:54 12/08/2005, de Curitiba, PR


Gerdau não quer conversar com Trabalhadores
GRUPO GERDAU SE RECUSA A RECEBER DELEGAÇÃO DE TRABALHADORES E SINDICALISTAS E CHAMA A POLÍCIA

A delegação de trabalhadores da Gerdau de várias plantas dos EUA e sindicalistas de outros países, entre eles o Secretário-Geral da CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT), Fernando Lopes, foram hoje ao escritório central do Grupo Gerdau na América do Norte, em Tampa (Flórida) tentar negociar com representantes do grupo.

Os diretores da Gerdau se recusaram a receber os trabalhadores e ordenou aos agentes de segurança que retirasse a delegação do prédio. Depois, quando um grupo maior de trabalhadores de vários sindicatos de Tampa se juntou a delegação da Gerdau e de sindicalistas de outros países para fazer uma panfletagem, a Empresa chamou a polícia. Apesar da provocação, os manifestantes não se intimidaram e concluíram a panfletagem sem maiores incidentes.

Desde segunda-feira, dia 8, representantes de centrais sindicais de vários países - entre eles, o secretário geral da CNM/CUT, Fernando Lopes - estão nos Estados Unidos, para participar de mobilizações de solidariedade aos trabalhadores do Grupo Gerdau que estão sendo pressionados com atitudes terroristas e anti-sindicais de suas chefias. A empresa quer impor aos trabalhadores um contrato coletivo de quatro anos que tira uma série de direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora.

HOJE, ELES PARTICIPAM de uma reunião com o Conselho Unitário de Trabalhadores da Gerdau em St. Paul, Minnesota; nos dias 11 e 12/8 participam de reuniões com o Conselho Unitário da USW; no dia 13/08 visitam a linha de piquete, em Beaumont.

MAIS INFORMAÇÕES, FALAR COM FERNANDO LOPES, SECRETÁRIO GERAL DA CNM/CUT ? Confederação Nacional dos Metalúrgicos, que atenderá a imprensa no celular 11-9103-6467, inclusive enquanto estiver nos EUA.

HISTÓRICO:

A Gerdau Ameristeel colocou em Lockout cerca de 300 membros do sindicato local (Uinted Steelworkers Local 8586), em Beaumont, Texas, em 26 de maio. Nos EUA, quando um trabalhador se associa ao sindicato ele é considerado um membro da entidade. Por isso, foram 300 os demitidos em uma só unidades do grupo.

O impasse entre trabalhadores e a companhia começou quando a Gerdau propôs um acordo coletivo de quatro anos que prevê eliminação de horas extras, corte de 30% no período de férias anuais (um trabalhador com 15 anos de serviço, por exemplo, teria as férias cortadas de 168 para 120 horas). Além disso, pelo acordo, a Gerdau pode aumentar o número de horas de trabalho de 12 para 16 por dia.

A VERSÃO DO GERENTE GERAL DA GERDAU: O objetivo do acordo é ?reduzir a incerteza e ansiedade do processo de acordo coletivo e assegurar a estabilidade de longo prazo?. Segundo o gerente, todo mundo lucrará em termos financeiros.

Os sindicalistas, que visitarão várias plantas do Grupo Gerdau, atenderam um pedido de ajuda dos líderes das duas maiores centrais sindicais americanas: a AFL-CIO e a USW.
Enviada por CNM-CUT, às 08:24 11/08/2005, de São Paulo, SP


Corrupção aqui é Lobby lá!!!
As investigações das CPIs em andamento no Congresso Nacional nos levam a pensar que o valerioduto, esquemão operado por Marcos Valério e seus comparsas para financiar campanhas eleitorais e depois obter benefícios disso, nada mais é que uma espécie de Lobby, um lobby preventivo.

Por que esperar para "convencer" os "nobres" deputados e senadores depois de eleitos se é possível eleger aqueles que convencidos já estão?

O esquema parecia perfeito. Empresas contratavam as agências de publicidade de Marcos Valério que emitia notas fiscais pelos serviços prestados e repassava o dinheiro para os candidatos que "simpatizavam" com a idéia. Depois de eleitos os legisladores aprovavam leis e emendas orçamentárias que no final da linha beneficiavam as empresas daqueles que contrataram os serviços de Marcos Valério. Tudo por mero acaso, é claro!!! Ou alguém aí tem dúvida da lisura de nossos políticos e empresários?

Este tipo de coisa nos EUA é chamada de Lobby e está legalizado. Aqui é chamado de corrupção e "repudiado" pela imprensa nacional que tanto bajula o sistema norte-americano.

O Brasil precisa combater tanto a corrupção como a hipocresia e o falso-moralismo que toma conta de nossos noticiários e do debate político nacional.

É preciso parar com este negócio de dois pesos e duas medidas, de achar que o que é ruim aqui é bom lá e adotar um sistema legal que valha para todos os cidadãos independentemente de sua raça, credo ou classe social!!!
Enviada por Sérgio Bertoni, às 13:40 10/08/2005, de Curitiba, PR


PDT quer dar uma de virgem, mas também pecou
O PDT está gastando rios de dinheiro com propaganda veículada em todos os canais de TV para passar a imagem de que é um partido ético e coerente. Mas isso não corresponde a verdade já que deputados eleitos pelo partido também pegaram dinheiro com Marcos Valério.

A atual crise política brasileira mostra que o sistema está podre, que todos os partidos estão envolvidos em falcatruas, que é preciso fazer uma ampla reforma político-partidária, botar todos os culpados no xilindró e passar o país a limpo.

O que não dá mais é ficar aguentando esta cambada de oportunistas, à direita e à esquerda, querendo dar uma de virgenzinhas quando na verdade pecaram e muito.

Enviada por Sérgio Bertoni, às 12:54 10/08/2005, de Curitiba, PR


Acorda Rio Grande: a produção caiu só no RS!
A produção industrial brasileira encerrou o primeiro semestre com expansão em 13 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em relação a igual período do ano passado.

O Rio Grande do Sul foi a única região pesquisada a encerrar o semestre com resultado negativo (-3,1%).

Enquanto o Rio Grande de Rigotto fazia feio, 8 das 14 regiões registraram crescimento acima da média nacional, de 5% no período: Amazonas (20,2%), Paraná (8%), Minas Gerais (7,7%), Goiás (6,9%), Santa Catarina (6,5%), São Paulo (6,3%), Ceará (6,1%) e Pará (5,2%).

É preciso observar que o RS foi o único estado do sul do país a registrar queda na produção industrial.

Outros estados como Amazonas, Paraná e Goiás se destacaram positivamente devido ao desempenho na passagem do primeiro para o segundo trimestre. O crescimento da produção industrial no Amazonas passou de 14,0% nos primeiros três meses do ano para 25,6%, Paraná (de 4,8% para 11,1%) e Goiás (de 3,8% para 9,8%).

E isso tudo acontecendo em meio a forte crise política... Imaginem só se tudo estivesse na santa paz...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 12:37 10/08/2005, de Curitiba, PR


Justiça suspende cobrança da assinatura
A Justiça Federal de Brasília suspendeu, por meio de liminar, a cobrança da assinatura básica mensal da telefonia fixa. A assinatura básica --que custa hoje cerca de R$ 40-- é cobrada mensalmente nas contas de telefone.

A decisão vale para todas as concessionárias de telefonia fixa que operam o serviço local: Telefônica, Telemar, Brasil Telecom, Sercomtel e CTBC Telecom.

Atendendo ao pedido do Inadec (Instituto Nacional de Defesa do Consumidor), formulado em uma ação civil pública, o Juiz substituto da 2ª Vara Federal de Brasília, Charles Renaud Frazão de Moraes, decidiu suspender a cobrança da assinatura básica do serviço fixo.

De acordo com a decisão, o juiz considerou que "a tarifa básica imposta no serviço de telefonia fixa comutada não finca raízes na legalidade".

O Inadec argumentou que a cobrança da assinatura básica mensal "não encontra amparo legal".

Para o Inadec, há uma inversão de valores com relação ao projeto de universalização dos serviços previsto na privatização, pois hoje os consumidores de baixa renda preferem manter um telefone celular pré-pago para não terem que pagar a assinatura básica, enquanto a telefonia fixa tem milhares de linhas sobrando.

O juiz considerou que a cobrança da assinatura básica fere o Código Tributário Nacional, "pois não traduz contraprestação por serviço prestado", e fixou multa diária de R$ 100 mil para o caso de descumprimento da decisão.

A assinatura básica representa hoje uma receita mensal de aproximadamente R$ 2 bilhões para as concessionárias de telefonia fixa.

A 2ª Vara da Justiça Federal de Brasília foi apontada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) como a Vara competente para o julgamento de ações sobre a assinatura básica da telefonia fixa.

A concentração do julgamento de processos que questionam a validade da cobrança da assinatura básica de telefonia fixa na 2ª Vara de Brasília ocorreu porque em todo o país tramitavam ações sobre o assunto, podendo haver decisões diversas para serem cumpridas por uma mesma empresa.

No despacho, o juiz determina ainda que a Anatel comunique todas as empresas de telefonia fixa sobre a decisão de suspender a cobrança.
Enviada por Sergio Vidal, às 12:06 10/08/2005, de Salvador, BA


PT: se renunciar perde a legenda em 2006
Tarso Genro, o presidente do PT, deu um recado para todos os petistas e brasileiros em alto e bom som: "Se um companheiro meu, deputado federal, apresentar sua renúncia neste momento, sou favorável a que isso também seja considerado uma renúncia à sua candidatura no próximo pleito"

Aloísio Mercadante, líder do governo no Senado vai na mesma linha "Se eles renunciarem eu acho que não devem ter mais nossa legenda. Nós temos uma história e temos de nos reencontrar com ela."

O digno representante do povo brasileiro deve assumir seus atos e lutar até o fim e provar que nada tem a ver com o jabá eleitoral. Quem tiver culpa no cartório deve assumir seus atos e aceitar a devida condenação.

Só assim o PT conseguirá provar que é diferente do resto do espectro político nacional e que, apesar dos erros cometidos, aí está para promover as mudanças tão esperadas pelo povo brasileiro que viu em Lula esta chance de mudar o país para melhor.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 22:29 08/08/2005, de Curitiba, PR


A corrupção e os empresários
As denúncias de corrupção que assolam o país parecem atingir alvo distinto daquele desejado.

Se no começo da crise todos os holofotes estavam virados para o governo Lula, agora a medida que as investigações avançam, sigilos bancários, telefônicos e fiscais são quebrados, vai ficando evidente quem são os verdadeiros enlamaçados nesta história toda. Sempre onde há político corrupto há o corruptor por trás dele.

As investigações deixam cada vez mais claro o envolvimento de figurinhas empresariais que circulavam com desenvoltura pelos corredores do poder até janeiro de 2003 como os principais financiadores tanto da corrupção quanto das denúncias contra o governo Lula.

Como sempre afirmamos aqui esta é a hora de passar o Brasil a limpo e punir todos os culpados pela corrupção e desmandos que tomaram conta da nação.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 22:22 08/08/2005, de Curitiba, PR


Cacic hablará español
O sistema de inventário do governo brasileiro, o Cacic - Configurador Automático e Coletor de Informações Computacionais, um Software Livre com Licença Pública Geral (GPL em inglês) - conquistou a adesão dos governos da Argentina, Paraguai e Venezuela.

O ministério do Planejamento do Brasil e a Diretoria da PDVSA, empresa estatal veneuzelana de petróleo, firmaram um acordo para traduzir a ferramenta para o espanhol.

Este software permite disponibilizar informações patrimoniais e a localização física dos equipamentos, histórico de acessos e aumento da segurança nas redes estatais.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 22:13 08/08/2005, de Curitiba, PR


Uol lança discador para Linux
O Universo Online - UOL - lançou a primeira versão de seu discador para Linux que conta com os mesmos recursos que os discadores disponíveis para sistema proprietários.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 22:07 08/08/2005, de Curitiba, PR


Ford transfere Trabalhadores
A Ford transferiu 20 Trabalhadores da fábrica de transmissões para a fábrica de chassis, alegando que necessitava aumentar a produção de peças para caminhões.

A fábrica de transmissões diminuiu a exportação para a Índia e por este motivo a empresa teria feito a transferência de 20 Trabalhadores.
Enviada por SITIM Taubaté, às 22:04 08/08/2005, de Taubaté, SP


Software Livre vence mais uma na Europa
Os defensores do Software Livre e da Liberdade do Conhecimento estão comemorando a decisão do Parlamento Europeu que reprovou projeto de lei sobre patentes de software.

Parece que os deputados do velho continente se conscientizaram da importância do compartilhamento do conhecimento para o desenvolvimento tecnológico de todo o mundo.

Os parlamentares europeus resistiram bem ao forte lobby exercido por um determinada empresa estado-unidense de softwares que queria porque queria patentear tudo que pudesse na área de software.

Caso o projeto de lei europeu fosse aprovado, os países em desenovolvimento seriam os maiores prejudicados, pois seria a mesma coisa que decretar o fim do desenvolvimento de soluções livres. Países como o Brasil, Cuba, Venezuela, Índia e China que apostam suas fichas no desenvolvimento de Software Livre visando a inclusão digital de suas populações (que juntas são a metade de todos os seres humanos do planeta) seriam os grandes derrotados...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 22:01 08/08/2005, de Curitiba, PR


Quem trabalha sob ruído pode ter aposentadoria esp
Projeto de lei complementar (PLP 267/05) apresentado pelo deputado Manato (PDT-ES) concede aposentadoria especial a trabalhadores expostos a ruídos permanentes. A proposta altera a Lei 8213/91, que regulamenta os planos de benefícios da Previdência Social, para conceder aposentadoria ao trabalhador que atender a uma das seguintes condições:

- estiver exposto a níveis de pressão sonora superiores a 85 decibéis, após 25 anos de contribuição;

- estiver exposto a níveis de pressão sonora entre 75 e 84 decibéis, após 27 anos de contribuição; ou

- estiver exposto a níveis de pressão sonora entre 65 e 74 decibéis, após 29 anos de contribuição.

O que diz a lei

A Lei 8213/91 prevê a concessão de aposentadoria especial à pessoa que tiver trabalhado em condições que prejudiquem sua saúde ou integridade física durante 15, 20 ou 25 anos, mas não especifica essas condições. Já a Instrução Normativa 99/03 assegura aposentadoria especial aos trabalhadores submetidos a altos ruídos, mas apenas quando os níveis de pressão sonora estiverem acima de 80, 85 ou 90 decibéis, conforme o tempo de contribuição.

Segundo Manato, o projeto vem corrigir uma injustiça da atual legislação. "Trata-se de uma norma injusta, que condena os trabalhadores sujeitos a pressão sonora de 65 a 84 decibéis a exercer essa atividade prejudicial à saúde por mais dez ou cinco anos, no caso, respectivamente, de trabalhadores do sexo masculino e feminino", afirma o parlamentar.

Tramitação

O projeto tramita apensado (anexado) ao PLP 60/99, que trata do mesmo assunto e já foi aprovado pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. Na Comissão de Seguridade Social e Família, os dois textos aguardam parecer do relator, deputado Henrique Fontana (PT-RS). Em seguida, serão apreciadas pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania; e pelo Plenário.
Enviada por Hugo Chimenes, às 15:21 08/08/2005, de São Borja, RS


Gerdau decreta Lockout nos EUA
GRUPO GERDAU DEMITE E DECRETA LOCKOUT, NOS EUA, PARA PRESSIONAR SINDICALISTAS A ASSINAR UM ACORDO QUE PREJUDICA TRABALHADORES.

Líderes das duas maiores centrais sindicais americanas pedem ajuda as centrais brasileiras CUT e Força Sindical

Na próxima segunda-feira, dia 8, dois metalúrgicos brasileiros - um da CUT e outro da Força Sindical - viajam para os Estados Unidos, para participar de mobilizações de solidariedade aos trabalhadores do Grupo Gerdau que estão sendo pressionados com atitudes terroristas e anti-sindicais de suas chefias. A empresa quer impor aos trabalhadores um contrato coletivo de quatro anos que tira uma série de direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora.

A Gerdau Ameristeel colocou em Lockout cerca de 300 membros do sindicato local (Uinted Steelworkers Local 8586), em Beaumont, Texas, em 26 de maio. Nos EUA, quando um trabalhador se associa ao sindicato ele é considerado um membro da entidade. Por isso, foram 300 os demitidos em uma só unidades do grupo.

O impasse entre trabalhadores e a companhia começou quando a Gerdau propôs um acordo coletivo de quatro anos que prevê eliminação de horas extras, corte de 30% no período de férias anuais (um trabalhador com 15 anos de serviço, por exemplo, teria as férias cortadas de 168 para 120 horas). Além disso, pelo acordo, a Gerdau pode aumentar o número de horas de trabalho de 12 para 16 por dia.

A VERSÃO DO GERENTE GERAL DA GERDAU: O objetivo do acordo é ?reduzir a incerteza e ansiedade do processo de acordo coletivo e assegurar a estabilidade de longo prazo?. Segundo o gerente, todo mundo lucrará em termos financeiros.

Os brasileiros, que visitarão várias plantas do Grupo Gerdau, atenderam um pedido de ajuda dos líderes das duas maiores centrais sindicais americanas: a AFL-CIO e a USW. No dia 8/8, eles chegam a Tampa, na Flórida; no dia 9/8 participam de uma ação junto com companheiros do Canadá, Minnesota e Texas, na matriz da Gerdau, em Tampa; no dia 10/8, participam de uma reunião com o Conselho Unitário de Trabalhadores da Gerdau em St. Paul, Minnesota; nos dias 11 e 12/8 participam de reuniões com o Conselho Unitário da USW; no dia 13/08 visitam a linha de piquete, em Beaumont.

ATENÇÃO: em Beaumont, os sindicalistas darão uma entrevista coletiva junto com os membros da USW 8586 ou farão um almoço e/ou reunião especial no sindicato.

MAIS INFORMAÇÕES, FALAR COM FERNANDO LOPES, SECRETÁRIO GERAL DA CNM/CUT ? Confederação Nacional dos Metalúrgicos, que atenderá a imprensa no celular 11-9103-6467, inclusive enquanto estiver nos EUA.

Enviada por João Cayres, às 10:59 05/08/2005, de São Paulo, SP


TIE-Brasil promove debate sobre Reforma Sindical
Nos próximos dias 04, 05 e 06 de agosto TIE-Brasil estará realizando em Curitiba o seminário "Reforma Sindical: Liberdade e Autonomia".

O objetivo desta atividade, que reunirá mais de 60 Trabalhadores e sindicalistas de todo o país, é afinar o discurso em defesa de uma Reforma Sindical que Democratize os sindicatos, que privilegie o direito de Organização nos Locais de Trabalho, que devolva a Liberdade e a Autonomia aos Trabalhadores brasileiros, enfim que atenda aos interesses do conjunto da classe Trabalhadora brasileira.

Para tentar dirimir as dúvidas que povoam o debate sobre a Reforma Sindical, assessores do Fórum Nacional do Trabalho prepararam um documento que visa ajudar a companheirada no debate sobre a importância da Reforma Sindical e suas vantagens para os Trabalhadores e à Organização no Local de Trabalho.

A íntegra do documento (um quadro comparativo) você encontra aqui
Enviada por Sérgio Bertoni, às 13:23 03/08/2005, de Curitiba, PR


Aproveitar a crise para repensar a política
As crises sempre geram oportunidades, tudo depende como as encaramos e buscamos soluções para as mesmas.

A atual crise política brasileira nos coloca diante de tantos questionamentos e dúvidas que nos obriga a pensar em alternativas a esta situação toda. A crise torna-se, assim, uma grande oportunidade para se repensar o Estado, a Política, as Instituições, os Partidos e muitos dogmas aos quais nos acostumamos como se naturais fossem durante décadas.

Apresento abaixo dois textos que me parecem oportunos e podem representar uma pequena contribuição ao debate sobre a crise brasileira.

Estes textos foram escritos no século 19 por Mikhail Bakunin, um russo que vivia no exílio na Suíça e podem ser encontrados no sítio www.dominiopublico.gov.br mantido pelo Governo Federal do Brasil

A ilusão do sufrágio universal

Os homens acreditavam que o estabelecimento do sufrágio universal garantiria a liberdade dos povos. Mas infelizmente esta era uma grande ilusão e a compreensão da ilusão, em muitos lugares, levou à queda e à desmoralização do partido radical.

Os radicais não queriam enganar o povo, pelo menos assim asseguram as obras liberais, mas neste caso eles próprios foram enganados. Eles estavam firmemente convencidos quando prometeram ao povo a liberdade através do sufrágio universal. Inspirados por essa convicção, eles puderam sublevar as massas e derrubar os governos aristocráticos estabelecidos.

Hoje depois de aprender com a experiência, e com a política do poder, os radicais perderam a fé em si mesmos e em seus princípios derrotados e corruptos. Mas tudo parecia tão natural e tão simples: uma vez que os poderes legislativo e executivo emanavam diretamente de uma eleição popular, não se tornariam a pura expressão da vontade popular e não produziriam a liberdade e o bem estar entre a população?

Toda decepção com o sistema representativo está na ilusão de que um governo e uma legislação surgidos de uma eleição popular deve e pode representar a verdadeira vontade do povo.

Instintiva e inevitavelmente, o povo espera duas coisas: a maior prosperidade possível combinada com a maior liberdade de movimento e de ação. Isto significa a melhor organização dos interesses econômicos populares, e a completa ausência de qualquer organização política ou de poder, já que toda organização política se destina à negação da liberdade. Estes são os desejos básicos do povo.

Os instintos dos governantes, sejam legisladores ou executores das leis, são diametricamente opostos por estarem numa posição excepcional. Por mais democráticos que sejam seus sentimentos e suas intenções, atingida uma certa elevação de posto, vêem a sociedade da mesma forma que um professor vê seus alunos, e entre o professor e os alunos não há igualdade.

De um lado, há o sentimento de superioridade, inevitavelmente provocado pela posição de superioridade que decorre da superioridade do professor, exercite ele o poder legislativo ou executivo. Quem fala de poder político, fala de dominação. Quando existe dominação, uma grande parcela da sociedade é dominada e os que são dominados geralmente detestam os que dominam, enquanto estes não têm outra escolha, a não ser subjugar e oprimir aqueles que dominam. Esta é a eterna história do saber, desde que o poder surgiu no mundo. Isto é, o que também explica como e porque os democratas mais radicais, os rebeldes mais violentos se tornam os conservadores mais cautelosos assim que obtêm o poder. Tais retratações são geralmente consideradas atos de traição, mas isto é um erro. A causa principal é apenas a mudança de posição e, portanto, de perspectiva.

Na Suíça, assim como em outros lugares, a classe governante é completamente diferente e separada da massa dos governados. Aqui, apesar da constituição política ser igualitária, é a burguesia que governa, e é o povo, operários e camponeses, que obedecem suas leis. O povo não tem tempo livre ou educação necessária para se ocupar do governo. Já que a burguesia tem ambos, ela tem de ato, se não por direito, privilégio exclusivo. Portanto, na Suíça, como em outros países a igualdade política é apenas uma ficção pueril, uma mentira.

Separada como está do povo, por circunstâncias sociais e econômicas, como pode a burguesia expressar, nas leis e no governo, os sentimentos, as idéias, e a vontade do povo? É possível, e a experiência diária prova isto. Na legislação e no governo, a burguesia é dirigida principalmente por seus próprios interesses e preconceitos, sem levar em conta os interesses do povo. É verdade que todos os nossos legisladores, assim como todos os membros dos governos cantonais são eleitos, direta ou indiretamente, pelo povo.

É verdade que, em dia de eleição, mesmo a burguesia mais orgulhosa, se tiver ambição política, deve curvar-se diante de sua Majestade, a Soberania Popular. Mas, terminada a eleição, o povo volta ao trabalho, e a burguesia, a seus lucrativos negócios e às intrigas políticas. Não se encontram e não se reconhecem mais. Como se pode esperar que o povo, oprimido pelo trabalho e ignorante da maioria dos problemas, supervisione as ações de seus representantes? Na realidade, o controle exercido pelos eleitores aos seus representantes eleitos é pura ficção, já que no sistema representativo, o controle popular é apenas uma garantia da liberdade do povo, é evidente que tal liberdade não é mais do que ficção.

Sobre a governabilidade

Sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: O governo da imensa maioria das massas populares por uma minoria privilegiada.

Esta minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários.

Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e pôr-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado.

Não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana.
Enviada por Frederico Duque Estrada, às 13:06 03/08/2005, de Nova York, EUA


América Latina: somos esperança na Ásia
"Nós queríamos muito que os brasileiros, que o PT, que o presidente Lula soubessem que estamos aqui resistindo bravamente à ideologia do Capitalismo de Desastre. Talvez sejamos apenas ingênuos pescadores, mas acreditamos na possibilidade de uma nova frente democrática vinda da América Latina que poderia de fato nos ajudar. Será que Lula, Kirchner, Chávez e Castro não poderiam juntos nos socorrer? Afinal de contas, nós também estamos nos debatendo aqui para encontrar, no meio de todo esse desespero, alternativas para esta precária ordem mundial".

Herman Kumara, líder da Nafso.

O tsunami que arrasou vários países asiáticos no final de 2004 trouxe consigo sérias e drásticas conseqüências político-econômicas.

Sob a fachada de ajuda humanitária e de reconstrução dos países arrasados pelo cataclismo o governo norte-americano, com o apoio de grandes corporações e até mesmo de mega-ONGs, articula novas estratégias de colonização, dominação, controle e exploração. É um verdadeiro "Capitalismo de Desastre" que se aproveita do desespero e necessidades das populações atingidas para lhe impetrar uma nova ordem sócio-econômica baseada nos princípios da sociedade capitalista ocidental em substituição ao modus social vigente até a catástrofe.

É um verdadeiro neo-colonialismo que destrói tudo em nome do deus moderno - o lucro da corporações privadas e seu primogênito o consumo desenfreado.

Por isso milhões já foram gastos na construção de hotéis e resorts para turistas estrangeiros, mas quase nada foi empregado na reconstrução de moradias populares. Há todo um movimento para retirar pescadores e pobres das zonas litorâneas para poder ali alocar empreendimentos hoteleiros lucrativos e predadores.

Esta política no Sri Lanka, por exemplo, levou a pescadores de etnias inimigas, até então, a se unirem em defesa de seus interesses sociais, políticos, econômicos e ecológicos. Eles fundaram o Movimento Nacional de Solidariedade aos Pescadores (Nafso). A lá MST, eles agora ocupam praias que, em uma manobra sórdida do governo local, foram decretadas áreas de segurança nacional e estão sendo entregues às incorporadoras imobiliárias para empreendimentos turísticos.

Os pescadores lutam por direitos mais que nobres de continuarem Trabalhando, existindo enquanto Cultura, ter acesso ao Oceano, continuar alimentando-se e defender suas Tradições. E nesta luta eles veem na América Latina o grande sinal de esperança.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 09:50 03/08/2005, de Curitiba, PR


DC em Juiz de Fora até 2007
A DaimlerChrysler deve garantir o funcionamento da fábrica de Juiz de Fora até, pelo menos, o início de 2007.

A promessa foi feita há uma semana, na terça-feira 26 de julho, pelo diretor mundial da divisão de veículos de passeio da montadora, Eckhard Cordes, em Stutgart, na Alemanha, conforme representante brasileiro no Comitê Mundial dos Trabalhadores da Daimler, Valter Sanches.

Em reunião, Cordes teria admitido que a decisão de fabricar o Classe C (modelo CKD), a partir deste segundo semestre, é paliativa, mas adiantou que o projeto definitivo, que já está sendo estudado por um grupo de executivos da empresa, deve ser anunciado em um prazo de seis a nove meses.

Até 2007, estariam assegurados também, segundo Sanches, os 1.100 empregos que são mantidos hoje na planta local. ?Foi uma promessa verbal, mas Cordes me garantiu que o grupo não tem intenção de encerrar as atividades em Juiz de Fora, e que o novo projeto para a unidade será conhecido até o início de 2006?, diz.

O diretor mundial teria explicado também, ao representante brasileiro, que a opção por fabricar poucas unidades do Classe C (seriam cerca de 800 até o final deste ano) não é economicamente rentável para a Daimler, mas foi a alternativa mais viável para evitar o fechamento da unidade.

Oficialmente, porém, as atividades em Juiz de Fora só estão garantidas até fevereiro de 2006, quando termina o acordo feito entre a fábrica e os trabalhadores juizforanos. A partir de setembro, quando começa a fabricação do Classe C, a carga horária da equipe volta a ser de 44 horas semanais, mas nada foi definido para o período posterior a fevereiro. ?Depois do encontro da semana passada, tenho uma expectativa muito positiva de que a empresa possa, de fato, garantir os postos?, avalia Sanches. Na opinião dele, o fato de a empresa garantir funcionamento até 2006 afasta o temor, comum a quase todos os envolvidos no processo, de que a Daimler tivesse intenção de fechar a fábrica assim que estivesse vencido o contrato com o Governo do Estado (em dezembro de 2006). ?Acredito que a gente já tenha superado esse problema?.

A preocupação de Sanches fica por conta da queda, sinalizada na semana passada, da diretoria mundial do grupo. ?Isso ainda não foi confirmado, mas toda a imprensa alemã dá como certo que, no ano que vem, a direção geral da empresa passa a ser de Dieter Zetsche. Isso pode mudar muita coisa, contra nós ou a nosso favor?. Por enquanto, as especulações em torno da mudança na Alemanha foram bem recebidas pelo mercado, que já elevou significativamente as ações do grupo.
Enviada por Valter Sanches, às 10:10 02/08/2005, de São Paulo, SP


O que você vai fazer Zé?
É, Zé, o Brasil está precisando de uma limpeza geral. E não dá para fazer como a maioria das empresas faz não. Não dá para terceirizar os serviços de limpeza subcontratando Trabalhadores mal remunerados. Também não dá para varrer a sujeira para debaixo do tapete... Nada disso dá certo e a sujeira volta para onde ela sempre esteve.

É..., é preciso arregaçar as mangas e limpar a casa, antes que oportunistas de plantão venham a se apresentar como "caçadores de marajás" com suas "vassouras a varrer a corrupção" e reestabelecer a "ordem e o progresso". Nossa história recente mostrou que toda vez que oportunistas destes chegam ao governo, ou são caçados e cassados ou varrem a sujeira para debaixo do tapete e fogem com medo de "forças ocultas". Já aqueles que diziam aí estar para reestabelecer a ordem e progresso jogaram a nação nas trevas e no atraso.

Alguns, achando-se mais espertos, renunciam aos mandatos para não perder seus direitos políticos e poder voltar a velho esquema em eleições seguintes.

Aconteça o que acontecer, precisamos acertar uma coisa: o digno representante do povo brasileiro deve assumir seus atos e lutar até o fim e provar que nada tem a ver com o jabá eleitoral.

Quem tiver culpa no cartório deve assumir seus atos e aceitar a devida condenação. Só assim este país poderá passar pelas mudanças tão esperadas pelo povo brasileiro que viu em Lula esta chance de mudar o país para melhor.

Pois é, Zé, então não dá para fazer como os outros fizeram e tentar pular fora do barco agora. Se você fez, assuma!!! Se não fez mostre ao Brasil que você não é da turma que acredita que no Brasil a única lei que vale é a "Lei do Gérson".
Enviada por Sérgio Bertoni, às 10:01 02/08/2005, de Curitiba, PR


Costa Neto renuncia a mandato
O presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, renunciou ao mandato de deputado federal para evitar uam possível cassação, manter seus direitos políticos e disputar as eleições em 2006.

Ao renunciar Costa Neto recarregou as pilhas do ventilador, mas nada garante que ele conseguirá ficar ileso da cassação de mandato que o povo poderá lhe impetrar em outubro do próximo ano, já que o "nobre" deputado assumiu não ter registrado certos financiamentos aos candidatos de seu partido durante a campanha eleitoral de 2004.

A decisão de Costa Neto incentiva ainda mais o aprofundamento das investigações e clama pela punição exemplar de todos os envolvidos no escândalo.

É uma grande oportunidade para a Democracia no Brasil passar a limpo tudo que foi jogado para debaixo do tapete em mais de 500 anos de lambanças com o dinheiro público.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 19:25 01/08/2005, de Curitiba, PR


PSDB se articula para frear investigações
As investigações da CPI dos Correios mostram que o Valerioduto - esquema de financiamento ilegal de campanhas políticas montado por Marcos Valério - irrigava os mais diversos campos politico-ideológicos e está em ação desde os anos 90.

Há quem sugira que o idealizador do esquema tenha sido FHC. Verdade ou não ainda não sabemos, mas é fato que o príncipe de Vilaboim deu uma escorregada na semana passada ao dizer que "A crise é agora, o resto é história". Em palestra recente FHC chegou ao cúmulo de dizer que nunca criticou o governo Lula.

Tudo isso não passam de manobras da oposição encabeçada pelo PSDB e PFL para frear as investigações na CPI, já que as evidências levam às contas destes partidos e de muitos "honrados" e festejados empresários que participaram da privataria nos "gloriosos" anos de governo FHC.

A crise detonada por Roberto Jefferson e carregada no colo com amor e carinho pelo PSDB e PFL acabou por desacreditar o Congresso Nacional e a Democracia, sem conseguir fazer o estrago planejado ao alvo a ser atingido: o governo Lula.

Mais uma vez defendemos aqui que tudo seja investigado e esclarecido para que o país seja passado a limpo e os Trabalhadores possam se orgulhar de um dia terem eleito um presidente da república de origem proletária.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 12:01 01/08/2005, de Curitiba, PR


Arcelor duplica resultados
Arcelor, o maior grupo siderúrgico da Europa, multiplicou por 2,2 seus ganhos no primeiro semestre de 2005.

Os resultados foram puxados pela alta dos preços do aço e pelas unidades brasileiras da holding que obteve lucro de 1,93 bilhão de Euros (cerca de R$ 5,6 bilhões).
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:43 01/08/2005, de Curitiba, PR


Operações na AL garantem lucro da Telefônica
A receita da espanhola Telefônica aumentou 20% no primeiro semestre de 2005 impulsionada pelas operações em Telfonia móvel na América Latina

O lucro da Telfônica foi de 1,84 bilhão de Euros (cerca de R$ 5,3 bilhões), ou seja, 25% maior que em 2004.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:39 01/08/2005, de Curitiba, PR


Brasil investe mais em TI
Os gastos com Tecnologia da Informação - TI - no Brasil são superiores a média do mercado latinoamericano. O Brasil investe 2% de seu PIB em TI enquanto a média latinoamericana é de 1,4%

Os investimentos em TI no Brasil crescem mais que o próprio PIB, o que em breve colocará o país no patamar dos investimentos de outros continentes, como por exemplo a Ásia que investe 2,6% de seu PIB em TI.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:28 01/08/2005, de Curitiba, PR


Belgo-Mineira vai bem obrigado!
A Belgo-Mineira apurou receita líquida de R$ 4 bilhões no primeiro semestre de 2005 ante os R$ 2,6 bilhões em 2004.

O lucro líquido da companhia alcançou R$ 1,22 bilhão.

Se contabilizados em moedas estrangeiras estes resultados são mais expressivos, já que o real foi uma das moedas que mais se valorizou em relação ao dólar e ao euro.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:22 01/08/2005, de Curitiba, PR


Telemar triplica lucros. E os salários???
O Grupo Telemar tem motivos para comemorar:ampliou em três vezes o lucro líquido no segundo trimestre passando de R$ 143,7 milhões em 2004 para R$ 458,4 milhões neste anos.

O lucro da holding no semestre foi de R$ 396,8 milhões.

Já os salários dos Trabalhadores não sobe na mesma proporção, nem as condições de Trabalho melhoraram...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:17 01/08/2005, de Curitiba, PR


Cafta Aprovado, mas Bush quase leva bucha
A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou em 28 de julho, por 217 A 215 votos, o acordo comercial com os países da América Central.

A vitória apertadíssima de Bush demonstra que nem todo mundo nos EUA está convecido da validade e importância destes tratados de livre comércio.

O governo Bush investiu pesado na aprovação do CAFTA e quase leva bucha. Foi muito esforço para conseguir apenas dois votos de diferença...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:12 01/08/2005, de Curitiba, PR


CST aumenta seus lucros em 33%
A Companhia Siderúrgica de Tubarão, do grupo belga Arcelor, obteve no primeiro semestre de 2005 lucro de R$ 1 bilhão, ou seja, 33% superior a igual período do ano anterior. Já a receita líquida da empresa cresceu 46% somando R$ 3,2 bilhões nos primeiros 6 meses deste ano.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:06 01/08/2005, de Curitiba, PR


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