TIE-Brasil
20/04/2024
Cadastre-se | Esqueci a senha!
Nome: Senha:
Mantenha seu Firefox atualizado: clique

Notícias(Junho/2012)

(clique para ver todas)

Manutenção programada para 04/07/12
Na madrugada do dia 04 de Julho, próxima Quarta-Feira, o servidor que hospeda tie-brasil.org, passará por uma manutenção de rotina. Esta se faz necessária para a otimização do servidor.

- Início: 00:01h
- Término: 06:00h

Dentro deste intervalo de tempo, a base estará indisponível durante alguns minutos, portanto recomendamos que evite utilizá-la no período especificado.
Enviada por TIE-Brasil, às 13:17 29/06/2012, de Curitiba, PR


Brasil propõe acordo para reduzir tarifas de roaming. Advinha quem é contra.
O Brasil fez propostas para um acordo global em comunicações que visa cortar significativamente os custos de "roaming internacional", as chamadas pelo celular feitas no exterior.

O Brasil propõe que a tarificação usada para as chamadas feitas pelo cliente com seu celular no exterior seja aquela do plano mais popular do país em que ele tenha feito a chamada. Assim, um brasileiro usando seu celular nos EUA pagaria a taxa local de um operador americano, como AT&T ou Verizon, sem nenhuma cobrança adicional.

A União Europeia, que possui mecanismo parecido em seus 27 paises-membros, inicialmente mostrou simpatia pela ideia brasileira, mas agora hesita. Os governos do velho continente temem que ficará mais caro para um europeu usar seu celular no Brasil, esquecendo-se que duas das maiores operadoras que atuam no Brasil são europeias (Vivo e Tim) e que a Oi é associada à Portugal Telecom, também europeia.

O Brasil propõe ainda a criação de "roaming fronteiriço", onde a chamada deve ter a taxa local nos 25 quilômetros de cada lado da fronteira. Assim, um brasileiro usando o celular na fronteira argentina normalmente deveria pagar chamada local, sem taxação adicional como atualmente.

Os EUA se opõem a qualquer iniciativa limitando os custos de "roaming". As teles também começam a se mobilizar para opor-se à proposta.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 19:53 28/06/2012, de Curitiba, PR


Em defesa da Democracia na América Latina!
Enviada por Paranablogs, às 11:17 24/06/2012, de Curitiba, PR


Ato contra Golpe de Estado no Paraguai
Enviada por Cristiano Fernandes, às 11:10 24/06/2012, de Foz do Iguaçu, PR


Blogoosfero é noticia no Seu Jornal da TVT
Enviada por Valter Sanches, às 09:02 12/06/2012, de São Bernardo do Campo, SP


TIE-Brasil vai se mudar!!!
clique na imagem para ampliá-la
Car@s Amig@s e Companheir@s,

É isso aí! TIE-Brasil está de mudança, de mudança digital.

Iniciamos uma lenta, gradual e segura transição para a nova plataforma que ajudamos a desenvolver: Blogoosfero.

Lá no Blogoosfero já temos um blog de transição que vocês já podem acessar clicando em TIE-Brasil.

Como temos aqui mais que uma página de notícias, a transição levará algum tempo, mas quando terminada, vocês digitarão o habitual www.tie-brasil.org e o novo site abrirá normalmente na nova plataforma.

Enquanto não terminamos a mudança, nos visitem em www.tie-brasil.org, assim como em blogoosfero/tie-brasil

Contamos com a compreensão de vocês.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 20:05 04/06/2012, de Curitiba, PR


O Herói da Senzala contra a corporação da casa grande
Por Celso José de Brum

Nesses últimos dias, temos ouvido e visto à exaustão o “causo” que a grande imprensa, digo, o partido da grande imprensa, explora com fúria apocalíptica: a denúncia, digo, a afirmativa do ministro do STF Gilmar Mendes de que o ex-presidente Lula solicitou-lhe que o conhecido “mensalão” não entre na pauta de julgamento, a troco de uma blindagem do referido ministro na CPI do Cachoeira. Tanto o ex-presidente Lula, como a terceira pessoa presente na tal reunião, o ex-presidente do STF, Nelson Jobim, já negaram que tal coisa tenha ocorrido. Mas, o partido da grande imprensa continua unilateralmente dando destaque à afirmativa de Gilmar Mendes. É óbvio que um político esperto, inteligente e experiente como Lula, se tivesse que fazer uma proposta dessas a Gilmar Mendes, nunca a faria pessoalmente. Como se trata de matéria controversa, palavra de Gilmar Mendes contra as palavras de Lula e de Nelson Jobim, pode-se acreditar numa coisa ou noutra. Eu acredito que Lula não cometeu tal derrapada e a insistência do partido da grande imprensa no tema é pelos motivos conhecidos.

O partido da grande imprensa insiste que foi Lula quem estimulou a criação da CPI do Cachoeira. De onde tiraram tal conclusão? Lula jamais fez tal afirmativa, tudo não passa de uma conclusão, digo, invenção da grande imprensa. E a CPI do Cachoeira seria para tirar o foco do julgamento do “mensalão”, outra invenção da grande imprensa, pois, não existe nenhuma manifestação de Lula a esse respeito.

E o mensalão? É um processo de 47.000 páginas, com um grande leque de acusações contra 38 pessoas. Recentemente, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) isentou ou teria isentado os réus da acusação de improbidade administrativa, conforme vi no “Band News”. Alguns juristas afirmam que processualmente o “mensalão” é uma peça fraca, apesar de toda a onda de falsa indignação criada em torno do “maior escândalo da história”. A verdade verdadeira, com toda a certeza, com certeza absoluta e com certeza completa, é que tudo se resume a duas perguntas: 1 – Houve peculato? 2 – Existem provas de que houve peculato? Ou seja, houve desvio do dinheiro público e existem provas?

Fico sempre esperando que as revistas campeãs das salas de espera e os jornalões apresentem as provas concretas de peculato. É evidente que, se essas provas existissem, as revistonas, os jornalões e a poderosa emissora de TV não parariam de divulgá-las. Concluo, sem nenhuma dificuldade e nenhuma hesitação, que tais provas não existem. O que temos são as acusações repetidas e repetidas e repetidas e repetidas, para que se crie uma pressão irresistível sobre os ministros do Supremo Tribunal Federal. Relembro, embora quem sabe desnecessariamente, que, depois das acusações, devem ser apresentadas as provas do delito, depois será feita a defesa, depois o julgamento e finalmente será conhecida a sentença. Da forma como se posiciona o partido da grande imprensa quanto ao “mensalão”, depois das acusações só deve ser permitida a condenação dos réus, essa é a perfeita expressão de como a grande imprensa entende o presente processo do chamado “mensalão”. E pensar que, na minha juventude, eu lutei pela liberdade dessa imprensa.

Mas, tudo isso, “mensalão” inclusive, faz parte de um amplo movimento dos antigos detentores do poder político, dos nababos e dos marajás das grandes fortunas, dos reacionários incrustrados nos arcanos da grande imprensa, eternos defensores dos privilégios dos poderosos, contra a massa ignara que experimenta agora um raro momento de exercício do poder. Numa história em que pontificaram justamente os representantes dos privilegiados e que os pobres e desvalidos, vítimas da fatalidade histórica, se danassem.

Eu não vou ter a pretensão de incluir tal drama na eterna e metafísica luta entre o bem e o mal, é um pouco demais. Modestamente e dentro dos estritos limites da nacionalidade, prefiro classificar o drama como decorrência histórica da casa grande e da senzala. “Casa grande e Senzala” é um livro de Gilberto Freyre, em que ele procurou explicar a formação do homem brasileiro, examinando as relações e o cruzamento das três raças, índios, africanos e portugueses. E o escritor exprime o seu pensamento: “O que houve no Brasil foi a degradação das raças atrasadas pelo domínio da adiantada. A relação de brancos e negros foi a de vencedores com vencidos.” Para Gilberto Freyre, o patriarca da terra era tido como dono de tudo: escravos, parentes, filhos, esposa, enfim, tudo e tudo.

Por séculos esse espírito patriarcal tem predominado entre os detentores do poder econômico, é a Casa Grande em ação. Podemos até afirmar que existe até hoje no Brasil a Corporação da Casa Grande.

E a Corporação da Casa Grande, com seus poderosos tentáculos, tem dominado a política e a maioria das instituições controladoras da sociedade. Em todos os casos, as exceções confirmam a regra. E no domínio da Corporação da Casa Grande, o Brasil continuou a ser o gigante deitado em berço esplêndido, o eterno país do futuro.

Até que um dia surgiu o imprevisível, inesperado, extemporâneo, impensável, impremeditável e absolutamente extraordinário herói. Ele não vestia uma armadura dourada, nem usava um elmo imponente, nem portava poderosa lança, nem montava um magnífico cavalo branco. Era um pobre como os pobres, vestia calça surrada e camiseta sem gola, no lugar do elmo um chapéu de couro, no lugar da lança um bastão de peregrino, calçava sandálias e montava impávido um pequeno jumento. Mas, ele conhecia o seu Brasil e conhecia as dores dos pobres. E cada pobre viu nele o seu igual e a chance de ser, com ele, herói e protagonista da história.

A Corporação da Casa Grande foi literalmente surpreendida com a presença daquele herói da humilhada senzala. Mas, a Corporação confiava que o herói da senzala não teria competência e mergulharia o país no caos. Aí, com o país no caos, ficaria provado que só a Corporação podia exercitar o poder. E a Corporação acharia um jeito de reentronizar, no comando do governo, o seu príncipe poliglota, que falava tão bem o francês, fazendo biquinho com tanta graça.

Para a surpresa da Corporação, o herói da senzala fez um governo notável, acordou o gigante, trouxe para a classe média mais de 30 milhões de pessoas, reduziu a pobreza extrema em mais de 50% e tanta coisa mais que não caberia neste artigo. O herói da senzala implantou o revolucionário conceito de que o crescimento é feito com inclusão e distribuição de renda, uma coisa extraordinária. E por tudo isso ele é amado pelo povão. Quando saiu do governo tinha 87% de aprovação e só míseros 4% de desaprovação, justamente do pessoal da Corporação da Casa Grande.

Mas, a Corporação não se conforma com o sucesso do herói da senzala, também conhecido como Lulinha-Paz-e-Amor. Então faz de tudo, sem o menor escrúpulo, para manchar a sua imagem, como a da sua filha espiritual, a conhecida Dilminha Durona. A guerra da Corporação não vai cessar nunca: maquinações, calúnias, conspirações, etc. tudo se fará contra o herói da senzala, até o último dia de sua vida.

E no último dia da vida do herói da senzala, ele não morrerá. Sob a proteção do Padim Ciço, do São Jorge da Lua e daquela Senhorinha Morena que saiu das águas, o matreiro Lulinha montará no seu jumentinho mágico e voará direto para os corações dos pobres. O manhoso Lulinha-Paz-e-Amor já encontrou o seu jeito de ficar vivo para sempre.

Celso José de Brum é ex-professor de Sociologia e Estudo dos Problemas Brasileiros, da Unitau.

Enviada por TIE-Brasil no Blogoosfero, às 08:45 04/06/2012, de blogoosfero.cc/tie-brasil


Terminou o 5º Congresso dos Metalúrgicos de Taubaté e Região
abredomingoO 5º Congresso dos Metalúrgicos de Taubaté e Região terminou neste domingo, dia 03, após a apresentação dos trabalhos de grupos e votação das resoluções e emendas ao Caderno de Tese.

Foram 3 dias de debates e discussões sobre o tema Um Novo Olhar para a Sociedade, com a presença de grandes lideranças políticas e sindicais que contribuíram de forma fundamental para o andamento do Congresso.

O 5º Congresso dos Metalúrgicos de Taubaté e Região já entrou para a história do Sindicato como um dos maiores congressos da categoria, por conta do alto nível dos debates realizados e da participação da sociedade.
Enviada por TIE-Brasil no Blogoosfero, às 08:40 04/06/2012, de blogoosfero.cc/tie-brasil


Linha do tempo da CPI do Cachoeira e do Conselho de Ética do Senado
Não chega a ser um um _blog_ mas a Agência Senado preparou um linha do tempo resumindo a "CPI do Cachoeira" e do Conselho de Ética do Senado (caso Demóstenes).[1]

* 29 de fevereiro de 2012 -- O empresário goiano Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, é preso pela Polícia Federal na operação Monte Carlo, sob a acusação de comandar uma quadrilha que explorava o jogo ilegal em Goiás. Além de Cachoeira, outras 34 pessoas são presas e são cumpridos 37 mandados de busca e apreensão. No mesmo final de semana, reportagem da revista Época aponta ligações entre o senador por Goiás Demóstenes Torres, então no DEM, e o empresário, que teria dado uma geladeira e um fogão importados de presente de casamento para o senador.

* 6 de março de 2012 -- Diante das acusações de envolvimento com Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres se defende em discurso no Plenário. Mais de 40 parlamentares se manifestam em solidariedade ao colega. Segundo Demóstenes, ele manteria uma relação de amizade com Cachoeira, que se casou com a ex-mulher de seu suplente, amiga da esposa do parlamentar.

* 23 de março de 2012 -- Gravações da Polícia Federal, divulgadas pela imprensa, mostram Demóstenes Torres pedindo R$ 3 mil a Carlinhos Cachoeira para pagar um táxi-aéreo.

* 27 de março de 2012 -- Demóstenes Torres pede afastamento da liderança do DEM no Senado. No mesmo dia, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminha ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de inquérito para apurar as denúncias contra o senador.

* 28 de março de 2012 -- O PSOL pede abertura de processo no Conselho de Ética do Senado contra Demóstenes Torres por quebra de decoro parlamentar.

* 29 de março de 2012 -- Ministro Ricardo Lewandowski do Supremo Tribunal Federal (STF) decide acatar pedido do procurador-geral, Roberto Gurgel, e abre inquérito para investigar Demóstenes Torres. Para isso, autoriza a quebra do sigilo bancário do senador pelo período de dois anos.

* 2 de abril de 2012 -- O DEM, partido do senador Demóstenes Torres, decide abrir processo disciplinar que poderá levar à sua expulsão do senador.

* 3 de abril de 2012 -- Demóstenes Torres pede desligamento do DEM. Sua saída arquiva processo de expulsão aberto pelo partido.

* 10 de abril de 2012 -- O presidente interino do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), aceita o pedido do PSOL e abre processo contra Demóstenes Torres. O senador Humberto Costa (PT-PE) é designado relator do caso.

* 12 de abril de 2012 -- Demóstenes Torres volta ao Senado depois de 22 dias de ausência e se defende no Conselho de Ética. Promete apresentar provas de que é inocente.

* 17 de abril de 2012 -- Líderes partidários apresentam requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista para investigar as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados, entre os quais parlamentares e empresários. São 330 assinaturas de deputados e 67 de senadores favoráveis à comissão de inquérito, cujas investigações podem se estender às empresas relacionadas com Cachoeira, como a construtora Delta.

* 19 de abril de 2012 -- Requerimento que pede a criação da CPI mista para investigar as relações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados é lido em sessão conjunta do Congresso, e a CPI é oficialmente criada. Em outra frente, o Conselho de Ética do Senado aprova requerimentos para pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria Geral da República (PGR) informações sobre o envolvimento de Demóstenes Torres e Cachoeira.

* 25 de abril de 2012 -- A CPI é instalada no Congresso. O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) é escolhido presidente e o deputado Odair Cunha (PT-MG), relator. A CPI encaminha pedido de informações ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria Geral da República (PGR), requerendo acesso aos inquéritos das operações da Polícia Federal.

* 2 de maio de 2012 -- A CPI recebe do Supremo Tribunal Federal (STF), em CD, os 40 volumes do inquérito aberto para investigar o esquema de contravenção em Goiás. No mesmo dia, parlamentares aprovam cronograma de trabalho da comissão parlamentar, marcando os primeiros depoimentos a serem ouvidos. São marcadas as oitivas de Carlinhos Cachoeira, para o dia 15, e do senador Demóstenes Torres, para o dia 31.

* 3 de maio de 2012 -- Relator da denúncia contra Demóstenes no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, senador Humberto Costa (PT-PE) pede abertura de processo disciplinar contra Demóstenes Torres, que pode resultar em sua cassação.

* 4 de maio de 2012 -- A CPI instala sala de acesso aos dados sigilosos do inquérito compartilhado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para ter acesso ao material, parlamentares que a integram são proibidos de entrar no recinto com celulares, máquinas fotográficas ou filmadoras. Além disso, têm de assinar um termo de responsabilidade para preservar o sigilo das informações.

* 7 de maio de 2012 -- Segunda parte do processo contra o empresário Carlinhos Cachoeira, o inquérito da operação Monte Carlo, que corre na 11ª Vara Federal de Goiânia, é entregue à CPI mista que investiga as relações de Cachoeira com agentes públicos e privados. A documentação é submetida aos mesmos critérios de segurança que receberam as informações da operação Vegas.
No mesmo dia, o advogado de Cachoeira, Márcio Thomaz Bastos, avisa ao presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que o empresário só prestará informações à comissão se a defesa tiver acesso aos documentos protegidos por segredo de Justiça.

* 8 de maio de 2012 -- A CPI colhe ouve seu primeiro convocado: o delegado federal Raul Alexandre Marques de Souza, responsável pela Operação Vegas, que fala aos parlamentares em sessão fechada. Em sete horas de depoimento, ele confirma o envolvimento de parlamentares com a organização criminosa comandada por Carlinhos Cachoeira, que permanece preso.

* 9 de maio de 2012 -- O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprova relatório do senador Humberto Costa (PT-PE) e abre processo disciplinar contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). A partir da decisão, o Conselho de Ética passa a investigar formalmente a ligação do senador com o Carlinhos Cachoeira.

* 10 de maio de 2012 -- CPI ouve o delegado da Polícia Federal Matheus Mella Rodrigues, responsável pela operação Monte Carlo, que resultou na prisão de Carlinhos Cachoeira. O delegado afirma que há indícios de envolvimento do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) com o empresário goiano. Durante a oitiva, a presença de advogados dos acusados no esquema provoca protesto dos parlamentares, já que a sessão deveria ser restrita aos integrantes da CPI. Presidente da comissão, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) afirma que autorizou a presença dos advogados, que seria constitucional.

* 14 de maio de 2012 -- +Defesa de Carlinhos Cachoeira consegue liminar que permite ao contraventor não depor à CPI até que tenha acesso ao inquérito Polícia Federal+.

* 15 de maio de 2012 -- O advogado de Demóstenes Torres, Antonio Carlos de Castro, o Kakay, afirma em entrevista no Senado que, com base em depoimentos de delegados à CPI, ficou evidente a falha processual que deu prosseguimento a investigações de seu cliente, sem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). No mesmo dia, os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Humberto (PT-PE) garantem que as investigações de Demóstenes não estavam voltadas a ele, que apareceu de maneira indireta por causa de ligações entre o parlamentar e Carlinhos Cachoeira.
A CPI aprova a abertura das informações em seu poder aos advogados de Cachoeira, de modo a tornar sem efeito liminar do Supremo concedendo ao bicheiro o direito de ficar calado nos depoimentos. A CPI também decide pedir esclarecimentos por escrito ao procurador-geral a República, Antônio Gurgel, o que evitará sua presença em depoimentos. A medida atende ao temor de que, ao se tornar testemunha, Gurgel fique impedido de atuar como procurador no inquérito aberto no STF.

* 16 de maio de 2012 -- +A CPI disponibiliza as informações aos advogados de Cachoeira, de modo a viabilizar o depoimento do bicheiro marcado para o dia 22 de maio+.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) revela indícios de sonegação fiscal por parte de Carlinhos Cachoeira, que declarou renda de R$ 20,4 mil em 2008 à Receita Federal, mas gastou R$ 589,2 mil por meio de cartões de crédito.

* 17 de maio de 2012 -- CPI mista do Cachoeira aprova 36 requerimentos de quebra de sigilo, como o da própria Delta em suas filiais na região Centro-Oeste, e o de empresas consideradas “de fachada”, criadas para receber dinheiro sujo da construtora. Também foram aprovados 51 requerimentos para a realização de depoimentos, como o do ex-diretor da Delta Construções, Cláudio Abreu; o de Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, acusado de ser informante e braço direito de Cachoeira; e de familiares de Cachoeira.

* 21 de maio de 2012 -- Com a liberação do acesso dos advogados de Cachoeira aos documentos sob a guarda da CPI, o Supremo nega pedido de novo adiamento do depoimento do contraventor à comissão, remarcado para 22 de maio.

* 22 de maio de 2012 -- Orientado pela defesa, o principal investigado da CPI, Carlinhos Cachoeira usa o direito constitucional de permanecer em silêncio, apesar das provocações de parlamentares. O investigado afirmou aos parlamentares que poderá falar à CPI após suas audiências na Justiça, marcadas para 31 de maio e 1º de junho. Após a reunião, o advogado de Cachoeira, Márcio Thomaz Bastos, afirmou que um acordo com o ministério público para a delação premiada está fora de cogitação.

* 23 de maio de 2012 -- Cachoeira não comparece à reunião do Conselho de Ética para dar ciência aos parlamentares da ausência de Carlinhos Cachoeira, que prestaria depoimento como testemunha. O advogado de Demóstenes Torres, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakai, afirmou que a ausência da testemunha não prejudicaria a defesa de seu cliente, Kakai insistiu na existência de irregularidades nos áudios das operações policiais e não descartou a possibilidade de recorrer ao Judiciário para que seu pedido de perícia nas gravações seja realizado.

* 24 de maio de 2012 -- O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, responde às indagações encaminhadas pela CPI do Cachoeira no último dia 15, sobre as operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. Em sete páginas, Gurgel reafirma que tomou a decisão acertada ao suspender, em 2009, as investigações da Vegas, que apurou esquema de jogo ilegal comandado por Cachoeira, e assume a responsabilidade por todos os atos relacionados ao caso. DiZ ter recebido o inquérito em 15 de setembro de 2009, tendo constatado que não havia fato penalmente relevante que pudesse ensejar a instauração de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), e que sua ação permitiu a continuidade das investigações.
Depoimentos de Wladimir Garcez Henrique, Jairo Martins de Souza e Idalberto Matias de Araújo à CPI do Cachoeira. Somente Wladimir se pronuncia, negando ter cometido irregularidades e dizendo trabalhar de “forma lícita” para a construtora Delta e para o empresário Carlinhos Cachoeira. Jairo e Idalberto, o Dadá, usaram a prerrogativa de permanecer em silêncio.
A sessão é conturbada, com a oposição acusando o relator, deputado Odair Cunha, de direcionamento. Os parlamentares mais uma vez pressionam pela aprovação de requerimentos de convocação dos governadores citados nas gravações e da transferência dos sigilos da Delta nacional.
+Três integrantes da CPI entraram com uma ação na 14ª Vara Federal contra a Delta Construções pedindo o bloqueio das contas bancárias e a indisponibilidade dos bens da empresa.+ O ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, autoriza a divulgação do material sigiloso em poder da CPI – menos os dados relativos às interceptações telefônicas – do inquérito do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) no Supremo.

* 29 de maio de 2012 -- A CPI do Cachoeira aprova a quebra de sigilos fiscal, bancário e telefônico da construtora Delta nacional. Dezenas de requerimentos são aprovados, entre eles os de convocação da ex-mulher de Cachoeira, Andréa Aprígio e do suplente do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), Wilder Morais. A convocação dos governadores de Goiás, Brasília e Rio de Janeiro é adiada graças a uma questão de ordem. Para o autor, deputado Gladson Cameli (PP-AC), a convocação poderia ferir o princípio federativo e a autonomia entre os entes federados. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) é eleito vice-presidente da CPI. No Conselho de Ética, Demóstenes Torres presta depoimento e nega conhecer as atividades ilícitas de Cachoeira. Diz ser vítima de um conluio do Ministério Público e da Polícia Federal e afirma estar vivendo o pior momento de sua vida.

* 30 de maio de 2012 -- SenadoDepoimento de quatro envolvidos com o esquema Cachoeira na CPI. Apenas Lenine Araújo de Souza – investigado como contador da organização de Carlinhos Cachoeira – fala. Ele nega qualquer relação com as atividades ilegais de Cachoeira e se diz disposto a colaborar com as investigações da CPI após defender-se em processo no Judiciário. Os outros três convocados permanecem calados. Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta Centro-Oeste; Gleyb Ferreira da Cruz, apontado como laranja do grupo comandado por Cachoeira; e José Olímpio de Queiroga Neto, acusado de ser gerente da organização. Em reunião administrativa, o presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB) anuncia possibilidade de convocação de governadores, em resposta à questão de ordem. Logo depois, é aprovada a convocação dos governadores Marconi Perillo, de Goiás, e Agnelo Queiroz, de Brasília. A convocação de Sérgio Cabral, do rio de Janeiro, é rejeitada. Também são aprovadas as quebras de sigilo fiscal, bancário, telefônico e de correios eletrônicos do senador Demóstenes Torres e empresas e pessoas ligadas a Cachoeira.

* 31 de maio de 2012 -- Termina em tumulto a reunião da marcada para depoimento do o senador Demóstenes Torres. Atacado pelo deputado Silvio Costa (PTB-PE) por permanece calado, Demóstenes teve seu direito constitucional ao silêncio defendido pelo senador Pedro Taques (PDT-MT). Os dois discutiram, e o presidente Vital do Rêgo (PMDB-PB) encerrou a reunião, que durou apenas 30 minutos.

* 1 de junho de 2012 -- A Delta Construções impetra mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal contra a decisão da CPI do Cachoeira de quebrar o sigilo fiscal, bancário e telefônico da empresa em nível nacional.

[1] BRASIL. Agência Senado. "Linha do tempo da CPI do Cachoeira e do Conselho de Ética do Senado":http://www.senado.gov.br/noticias/agencia/quadros/qd_391.html
Enviada por TIE-Brasil no Blogoosfero, às 08:38 04/06/2012, de blogoosfero.cc/tie-brasil


>>
Próximos eventos

Clique aqui para ver mais notícias.