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16/04/2024
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Notícias(Março/2007)

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SEARA/CARGILL MATA MAIS UM
Marcos Antônio Pedro, 29 anos, a mais nova vítima fatal de acidente de trabalho na multinacional

Por Leonardo Wexell Severo Funcionário do setor de higienização e limpeza do frigorífico da Seara/Cargill de Sidrolândia, no interior do Mato Grosso do Sul, Marcos Antônio Pedro, índigena de 29 anos e pai de três filhos, é a mais nova vítima fatal de acidente de trabalho na multinacional norte-americana.

Marcos morreu na manhã desta quarta-feira (28/3) ao cair dentro do tanque de resfriamento de frangos (chiller). De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação de Sidrolândia (Sindaves), Clodoaldo Fernandes Alves, que é auxiliar de inspeção geral na Seara/Cargill, "Marcos estava fazendo checagem de resíduos no chiller, quando, sem nenhuma segurança, caiu e começou a ser sugado pela espiral (caracol) que puxa os frangos para a água. Quando os mecânicos chegaram, queriam cortar o tanque e tirá-lo por baixo, mas, ao invés disso, o controle de qualidade da empresa determinou que se invertesse o movimento de rotação das espirais. Não deu certo e ele foi praticamente cortado ao meio", denuncia.Quando as espirais puxaram o trabalhador para baixo, as hélices do chiller fatiaram Marcos vivo, cortando nervos e a coluna. "Estive com a menina que presenciou tudo, ouviu os gritos, foi terrível, Marcos teve ainda a cabeça prensada", conta Clodoaldo. O ocorrido colocou a cidade de luto e dentro da fábrica, a indignação é geral.

REVOLTA - "Há um clima de revolta pois a insegurança dentro da Seara/Cargill é generalizada, não é privilégio de nenhum setor. Apesar do Sindicato ter realizado inúmeras denúncias, até porque os acidentes se multiplicam, a empresa não dá a mínima e ainda faz todo tipo de chantagens e pressões para cima dos companheiros da CIPA", afirma Sérgio Bolzan, presidente do Sindaves e diretor da Federação Estadual dos Trabalhadores da Alimentação do Mato Grosso do Sul.De acordo com Sérgio, nos últimos dois anos, na mesma seção, ocorreram casos semelhantes, felizmente sem óbito. Num deles, o trabalhador perdeu totalmente a panturrilha de uma das pernas, tendo o seu músculo moído.Além de solicitar ao Ministério Público que acompanhe as investigações e exigir medidas que assegurem investimentos na saúde e segurança dos trabalhadores, o Sindicato e a Federação estão dando todo o apoio jurídico para assegurar uma justa indenização à família da vítima.Diante dos repetidos abusos, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Contac/CUT) e coordenador do Instituto Nacional de Saúde no Trabalho (INST), Siderlei de Oliveira, defende ações e fiscalizações mais rigorosas dentro das unidades da Cargill. "É preciso envolver os Ministérios do Trabalho, da Saúde e da Previdência numa operação conjunta, pois essa multinacional tem alavancado os seus lucros a partir de um ritmo estafante de trabalho, que vem lesionando e mutilando em todo o país. Esta morte infelizmente veio para coroar o circo de horrores que se transformaram os frigoríficos da Cargill, moendo carne humana", sublinhou Siderlei.

MAIS INFORMAÇÕES - (67) 9953.3603

Fonte: Portal Mundo do Trabalho
Enviada por Nilson Antonio, às 14:13 29/03/2007, de Jaraguá do Sul, SC


TIE-Brasil lança livro sobre História das Lutas dos Trabalhadores
Clique Aqui para ampliar a imagem
TIE ? Brasil e Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado do Rio Grande do Sul

Convidam

para cerimônia de lançamento do livro

?HISTÓRIA das Lutas dos Trabalhadores no Brasil?
de Vito Giannotti

Data: 30 de março de 2007
Horário: 19:30 horas
Local: Auditório da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação RS
Rua Jerônimo Coelho, 303 ? Porto Alegre ? RS

Solicitamos confirmar presença até dia 29 de março (quinta-feira) com Daniela/Neura (51)3224-2065 ou (51) 3264-2580
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:58 29/03/2007, de Curitiba, PR


Tentativa de intimidação: Comissão do Benzeno repudia atitude da CST-Acelor
Por Norian Segatto

A Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz), órgão que reúne representantes de diversas entidades sindicais emitiu uma nota de repúdio, em forma de abaixo-assinado, contra a tentativa da Companhia Siderúrgica Tubarão ? Acelor Brasil (CST) de processar uma técnica da Fundacentro, que detectou problemas na manipulação do benzeno, produto altamente cancerígeno.

Segundo Itamar Sanches, diretor do Sindicato dos Petroleiros Unificados de São Paulo, presente à reunião da CNPBz, ?a CST já fez isso no passado e tenta fazer novamente, pressionando a técnica e o governo para que relaxem na fiscalização?.

Leia, a seguir, a íntegra do abaixo-assinado encaminhado à Procuradoria Regional do Trabalho de Espírito Santo, estado onde a CST mantém sua sede.

Nós, abaixo-assinados repudiamos com veemência a atitude da empresa Companhia Siderúrgica Tubarão ? CST ? Acelor Brasil, por estar ameaçando impetrar medidas judiciais contra dra. Luiza Maria Nunes Cardoso e a Fundacentro, em caráter solidário, em função de Parecer Técnico de sua autoria datado de 24/03/2003.

A dra. Luiza M.N. Cardoso tem vasta experiência profissional na área de Higiene do Trabalho e, em especial, na avaliação de situações de risco envolvendo o benzeno, tanto em indústrias siderúrgicas como químicas, refinarias e petroquímicas. Tem dado significativa contribuição para as melhorias das condições de ambiente de trabalho envolvendo este agente cancerígeno. É totalmente equivocada a atitude da CST ? Acelor Brasil nesta ação de desqualificar o parecer por ela emitido, a qual consideramos uma tentativa de intimidação à ação técnica dos profissionais do governo no seu trabalho de identificar situações de risco à saúde e segurança dos trabalhadores e fazer a partir destes dados recomendações de melhoria destas condições.

Descabida também é a ameaça à Fundacentro, de também ser arrolada nas medidas judiciais em caráter solidário pelo fato de ter em seus quadros profissional de tal qualidade e que faz seu trabalho levando em consideração pesquisas científicas das melhores fontes assim como os controles tecnológicos mais eficientes relatados em literatura ou observados em seus inúmeros trabalhos e visitas a empresas que por algum processo manipulam este agente.

Vale lembrar que esta não é a primeira vez que a empresa utiliza mecanismos intimidatórios contra a atuação de profissionais do governo no cumprimento de suas atividades funcionais.
Enviada por Ubiraja Freitas, às 16:40 27/03/2007, de Belo Horizonte, MG


Justiça do Trabalho concede direito de sindicalista contra INSS
A juíza da Vara Acidentes do Trabalho-PE, Jeanine Sodré da Mota, concedeu liminar (tutela antecipada) requerida pela sindicalista Maria Auxiliadora de Souza (Dora) em ação movida contra o INSS, determinando que autarquia federal proceda a transformação do auxílio- previdenciário em auxílio-doença acidentário.

Em seu despacho, a magistrada reconheceu como inaceitável o comportamento do INSS em autorizar alta médica para a trabalhadora, em 16/9/6, o que constitui um verdadeiro abuso ao seu direito. A juíza acrescentou também que o INSS com esse tipo de comportamento concorre para que ocorra uma desenfreada distribuição de ações naquela Vara de Acidentes do Trabalho, com casos que poderiam ser resolvidos administrativamente pelos próprios médicos do Instituto, bastando apenas que as suas funções fossem exercidas com responsabilidade.

Durante 10 anos, Dora exerceu a função de operadora de produção na Phillips e por causa dos movimentos repetitivos foi acometida da síndrome da Lesão de Esforço Repetitivo (LER). Nos anos de 1997 e 1998, o INSS lhe concedeu dois auxílios-doença. Em seguida, ela foi submetida a duas cirurgias, mas retornando ao trabalho continuou realizando a atividade, sendo prejudicada pela mesma doença, desta vez na mão esquerda, em 11/8/6, ano e que acabou sendo dispensada pela empresa.

Vale ressaltar que a ação contra a Phillips (que se negou a emitir a comunicação de acidente de trabalho) está em andamento. A comunicação foi expedida pelo Sindicato da sua categoria, em 18/8/6, porém, o INSS não reconheceu a doença como decorrente do trabalho e lhe concedeu um auxílio-doença com alta médica programada. Dora alegou que se encontra atualmente fazendo fisioterapia e não tem condições de retornar as atividades profissionais.

Fonte: CUT / Pernambuco
Enviada por Hugo Chimenez, às 16:36 27/03/2007, de São Borja, RS


Trabalhadores na Ford realizam Encontro Nacional
A Rede dos Trabalhadores na Ford Brasil realizou no último final de semana, 24 e 25 de março, o Terceiro Encontro Nacional dos Trabalhadores na Ford.

Durante o Encontro os Trabalhadores discutiram sua situação assim como o futuro da empresa no Brasil e no Mundo. Como é sabido a relaidade enfrentada pelos Trabalhdores brasilerios é bastante distinta na Ford em de outros países, principalmente nos Estadou Unidos, onde a emrpesa fecha fábricas, demite Trabalhadores e reestrutura seu processo produtivo assim como o mix de produção.

Os Trabalhadores na Ford estabeleceram um calendário de atividades e ações visando coordenar seu Trabalho sindical e fortalecer a Rede dos Trabalhadores na Ford.

Este encontro contou com o apoio de TIE-Brasil e do Projeto Latino-Americano. Dois outros Encontros Nacionais (Curitiba, 2004 e Taubaté, 2005) e um Internacional (Salvador, 2005) foram realizados com o apoio de TIE-Brasil, CNM-CUT e do Projeto Latinoamericano.
Enviada por TIE-Brasil, às 10:19 27/03/2007, de Curitiba, PR


Pela manutenção do veto à emenda 3, centrais vão realizar greves pelo país no próximo dia 10
Para garantir o veto presidencial à emenda 3, as sete principais centrais sindicais vão realizar greves por todo o país no próximo dia 10. Serão greves de advertência, com duração média de três horas, em diferentes ramos de atividade. Participam da mobilização CUT, Força Sindical, CGTB, CGT, SDS, CAT e Nova Central.

Amanhã, dia 27, as centrais realizam em Brasília uma grande plenária no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, a partir das 10h30, com o objetivo de construir as paralisações do dia 10. Além das lideranças sindicais, militantes participarão da plenária, para marcar posição e pressionar o Congresso.

Serão convidadas as presidências do Senado e da Câmara e as lideranças das bancadas partidárias. Durante a plenária, será reafirmado o combate à emenda 3, em defesa do veto e dos direitos dos trabalhadores.

Uma segunda plenária será realizada no próximo dia 3, na quadra do Sindicato dos Bancários, capital paulista.

Desde já, as centrais estão realizando panfletagens em suas bases e orientando os sindicatos a pressionarem os parlamentares que se manifestam a favor da derrubada do veto. Na semana e no dia da votação, as centrais vão organizar uma grande mobilização em Brasília.

Presidências nacionais da CUT, Força Sindical, CGTB, CGT, Nova Central, SDS e CAT.

Não à Emenda 3! Ela quer roubar você

A emenda 3 é uma invenção de um grupo de deputados e senadores para favorecer os patrões que não gostam de pagar os direitos dos trabalhadores. Esses deputados enfiaram a emenda no projeto de lei que cria a Super Receita.

Se a emenda 3 não for destruída, uma nova lei vai impedir os fiscais do Ministério do Trabalho e da Previdência de punir empresas que praticam as seguintes fraudes contra os trabalhadores:

- não assinam a Carteira de Trabalho de seus funcionários

- obrigam esses funcionários a abrir firma e a emitir nota fiscal, como se eles fossem grandes empresas prestadores de serviço e não trabalhadores que dão expediente todo o dia e estão sujeitos a regras e disciplinas típicas de quem é contratado em carteira

- a empresa não paga o salário se o funcionário não emitir nota fiscal

- se o trabalhador acha ruim, é dispensado

O trabalhador que é forçado a se tornar pessoa jurídica (PJ) e a emitir nota fiscal, como se fosse uma empresa, deixa de receber 13º, férias remuneradas, FGTS, vale-transporte, valerefeição, assistência médica e aposentadoria.

Além de ter esses direitos roubados, continuam recebendo os mesmos salários que tinham antes e são obrigados a bancar do próprio bolso as passagens de ônibus, trem ou metrô, o almoço e até o INSS, se quiser se aposentar quando ficar mais velho. E todo o mês precisa pagar imposto de renda, impostos para a prefeitura da cidade e ainda pagar salário para um escritório de contabilidade. Se não pagar essas taxas, fica com o nome sujo.

Isso é um roubo e já acontece em diversas empresas. Trabalhadores de diferentes categorias já fazem isso, porque se não fizerem são demitidos.

Se a emenda 3 passar, a situação vai piorar muito mais. Os fiscais do governo, que hoje têm o poder de denunciar esses patrões e forçá-los a regularizar a situação dos trabalhadores, serão proibidos de cumprir essa missão. Aí, até quem ainda tem carteira assinada vai ser 'convidado' pelo patrão a abrir firma e emitir nota fiscal.

Pela emenda 3, se alguém quiser reclamar vai ter de procurar a justiça. Se o patrão ficar sabendo, vai demitir, é claro. Os deputados e as empresas que defendem a emenda 3 querem mesmo é acabar com a carteira de trabalho e jogar na lata do lixo todos os direitos básicos dos trabalhadores - que já não são muitos.

Por que a TV, o rádio e os jornais não nos contam essas coisas? A resposta é simples. Nos jornais, rádios e emissoras de TV - até mesmo na Globo, que tem tanta grana - a imensa maioria dos funcionários já foram obrigados a se tornar PJ e a emitir nota fiscal todo o mês.

Do motorista ao apresentador e à apresentadora do telejornal todos já caíram nessa armadilha (só que o apresentador e a apresentadora ganham muito, aparecem na revista Caras e escondem essas verdades de você).

Se os fiscais perderem o poder de fiscalizar as empresas, elas vão ficar livres de pesadas multas. Por isso é que estão defendendo a emenda 3.

E atenção: com muitas mentiras. Os jornais dizem, por exemplo, que quem é multado é o funcionário que emite nota fiscal, o que não é verdade.

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Faça o download dos arquivos abaixoe e participe da Campanha pelo veto à Emenda 3

Panfleto pelo veto à emenda 3 (pdf) - Clique Aqui

Faixa (zip) - Clique Aqui

Arquivo Emenda 3 em .p65 (zip) - Clique Aqui

Lista de endereços de e-mail dos Senadores (doc) -Clique Aqui

Lista de endereços de e-mail dos Deputados (xls) -Clique Aqui

Fonte: CUT
Enviada por SindLab, às 10:03 27/03/2007, de São Paulo, SP


Mundo: Nanotecnologia, o que é isso?
Por Leonardo Boff *

Nos últimos anos, está ocorrendo de forma extremamente acelerada, não uma nova onda tecnológica mas um verdadeiro tsunami tecnológico. É a nanotecnologia. Trata-se de uma tecnologia que produz elementos e coisas não presentes na natureza a partir do mais pequeno como átomos e células que são colocados em lugares desejados. Um nanômetro é um bilionésimo de metro. A Wikipédia da internet nos informa que "para se perceber o que isto significa, imagine uma praia com 1000 km de extensão e um grão de areia de 1 mm; este grão está para esta praia como um nanômetro está para o metro". Trata-se, pois, de uma tecnologia do ínfimo, tão revolucionária que poderá tornar, em breve, a maioria das tecnologias obsoletas, especialmente aquelas aplicadas à agricultura, à indústria farmacêutica, à informática, à microeletrônica e aos computadores.

Já existem atualmente cerca de 720 produtos em nanoescala desde camisas e calças feitas com fibras à prova de amassamento e de manchas (compráveis no Shopping Eldorado de São Paulo), protetores solares, alimentos até nanotubos de carbono substituindo o cobre e sendo dez vezes mais eficientes na condução da eletricidade.

Na nanotecnologia convergem a física, a química e a biologia, produzindo organismos ou partículas invisíveis com uma altíssima mobilidade. Por obedecerem as leis da física quântica são por isso imprevisíveis. Especialmente a nanobiotecnologia começa a conhecer avanços insuspeitados. Criam-se, por exemplo, nanodispositivos que circulam no sangue e que podem detectar doenças ou fazer reparos em órgãos afetados. Todo o conteúdo da Biblioteca Nacional com seus milhões de livros pode caber num nanoaparelho do tamanho de um caramelo de doce de leite.

Há grandes incertezas e riscos associados a este tipo de tecnologia. Nanosensores que hoje controlam todo o processo da assim chamada "agricultura inteligente", podem ser usados para controlar populações e pessoas. Seria a intronização "do pequeno Irmão" que realizaria as funções do "grande Irmão" de A. Huxley. Como são aparelhos invisíveis e microscópicos não há como defender-se deles. Por isso a urgência de se observar o princípio de precaução e de se exigir do poder público códigos regulatórios.

Se para todos os problemas sempre há uma solução adequada, quem sabe, pelo caminho da nanotecnologia não poderemos responder às três grandes questões que nos afligem: a escassez de recursos naturais, as mudanças climáticas e o aquecimento global. Com ela poder-se-iam produzir abundantíssimos alimentos, a recuperação dos solos e da natureza. Nanopartículas poderiam ser postas nas superfícies do oceano ou na estratosfera para resfriar a Terra e equilibrar os climas. No mar entre a Nova Zelândia e a Antartica foram espalhadas partículas de 20 nanômetros de ferro com o objetivo de produzir plancton que, por sua vez, sequestraria o dióxido de carbono, reduzindo assim a temperatura. O efeito foi tão surpreendente e aterrador que um dos cientistas disse:"se tivesse meio petroleiro de nanopartículas poderia causar uma nova era glacial no planeta".

Essas reflexões possuem caráter meramente inicial e fragmentário. Mas seu objetivo é despertar as pessoas para os riscos e as virtualidades que nos são oferecidas pela nanotecnologia e sua possível resposta ao clamor ecológico.

* Teólogo. Membro da Comissão da Carta da Terra
Enviada por Nilson Antonio, às 16:20 22/03/2007, de Jaraguá do Sul, SC


Matte Leão: Mais uma empresa brasileira vai pro saco!!!
A Coca-Cola comprou a empresa Leão Junior S.A., companhia que produz o chá da marca Matte Leão.

Com a aquisição, a Coca-Cola incorpora a sua linha mais 60 produtos da empresa brasileira. A Coca-Cola adiquiriu as marcas pertencentes a Leão Júnior, entre as quais "Matte Leão", e as três unidades de produção da Leão Junior localizadas em Curitiba e Fernandes Pinheiro (PR) e no Rio de Janeiro.

Fundada em 1901, a centenária Leão Junior tinha sede em Curitiba e três fábricas com linhas seca (pós para chá) e de produtos prontos para consumo. Seu faturamento em 2006 aumentou 18,2% em comparação ao ano anterior, chegando a R$ 158,9 milhões, e seu volume de vendas subiu cerca de 29% no período.

A Leão Júnior era líder em seu setor e não precisava ser vendida para se manter no mercado. Era uma empresa mais que saudável e competitiva, segundo os critérios capitalistas.

É mais uma empresa familiar brasileira de sucesso que vai pro saco de uma Transnacional, simplesmente porque a elite nacional nem capitalista é e só quer viver de aplicações financeiras.

Acorda Peão!!!

A Coca-Cola Brasil decidiu pela manutenção da alta gerência da Leão Junior. É o prêmio pago aos que facilitaram as negociações e foram tão prestativos à transnacional gringa.

Certamente, os Trabalhadores na Leão Júnior não terão a mesma sorte e a coisa vai pegar para o lado dos sindicatos, já que há uma alta concentração do setor de bebidas em mãos de poucas empresas.

Depois da Ambev, que provocou uma forte concentração no setor de cervejas, agora é a Coca-Cola quem puxa a concentração no setor de sucos, refrigerantes e chás. Recentemente a Transnacional norte-americana adquiriu a Sucos Mais e sua parceira, a mexicana FEMSA, adquiriu a Sucos Del Valle.

éééé... como dizia um cartaz dos anos 1980:

Acorda Peão!!!
Enviada por Sérgio Bertoni, às 17:42 21/03/2007, de Curitiba, PR


Bush de garoto-propaganda do álcool???
Bush visitou às fábricas da General Motors e da Ford em Kansas City.

O mandatário gringo, George W. Bush, visitou duas fábricas de automóveis em dificuldades e aproveitou para promover o uso de carros que utilizem pouca ou nenhuma gasolina, por razões econômicas e ambientais.

Ele pediu ao Congresso que tome medidas imediatas para incentivar o uso de alternativas à gasolina, como eletricidade e álcool, ou de veículos híbridos. O plano também exigiria novas regras ambientais, às quais o setor automobilístico resiste.

"Seria um bom sinal de que reconhecemos que temos um problema aqui na América e que pretendemos resolvê-lo juntos", disse Bush durante a visita à farica da Ford...

Enviada por Sérgio Bertoni, às 17:28 21/03/2007, de Curitiba, PR


Venezuela rechaça declarações de chanceler colombiano
La República Bolivariana de Venezuela ha sido sorprendida por las infelices declaraciones de dos ministros del gobierno del presidente Alvaro Uribe, quienes en distintos escenarios arremetieron contra la democracia venezolana y contra el presidente Hugo Chávez.

Estimamos como inconveniente que el canciller de una República hermana, con quien mantenemos excelentes relaciones, declare de manera ligera desde Washington sobre temas relacionados con el presidente de la República Hugo Chávez, dando espacios a la utilización de esas declaraciones en contra de nuestro país. Frente a esto nos preguntamos: ¿Se corresponde esta conducta del canciller colombiano con una política oficial de su gobierno?

Nos preocupa profundamente que el Ministro de Relaciones Exteriores del gobierno de Alvaro Uribe utilice su gira por los EE.UU para emitir declaraciones en contra de Venezuela, conociendo los esfuerzos que nuestro país y nuestro Gobierno han hecho, hacen y harán, en el proceso de paz que adelanta el gobierno del presidente Alvaro Uribe con las fuerzas insurgentes de Colombia.

Para colmo, se suma a esto las declaraciones del ministro Carlos Holguín, quien en una entrevista al diario El Tiempo, ataca de manera deliberada al proceso democrático venezolano. Las declaraciones del ministro constituyen una intromisión en los asuntos internos de nuestro país, al calificar indebidamente la naturaleza del sistema democrático que impera en Venezuela, construido mediante elecciones transparentes avaladas por toda la comunidad internacional, que ha observado como nunca antes los procesos electorales que han dado como resultado la ratificación del presidente Chávez al frente de la primera magistratura de la nación.

Además señalar de manera despectiva el papel que cumplen las misiones sociales en Colombia, es un acto de desprecio a la naturaleza humanista y bolivariana de la solidaridad que Venezuela da a nuestros hermanos de Colombia y del Continente. No queremos pensar ni suponer que desde el propio gobierno de Colombia se pretenda disparar contra el presidente Chávez para convertirlo en un factor de la política interna de Colombia sobre todo, a propósito del proceso electoral que este país vivirá en los próximos meses.

Las declaraciones del ministro de Relaciones Exteriores Fernando Araujo y del ministro del Interior y Justicia, Carlos Holguín, le hacen un gran daño a la voluntad política expresada por el presidente Hugo Chávez y el presidente Alvaro Uribe de mantener las mejores relaciones entre nuestros países. Es por eso que la República Bolivariana de Venezuela espera una respuesta que restituya los términos de respeto y altura que deben caracterizar las relaciones entre ambas naciones.
Enviada por Luna Sol, às 17:18 21/03/2007, de Caraca, Venezuela


MPT encontra trabalhadores em condições degradantes na produção de álcool em SP
Fiscais do Ministério Público do Trabalho encontram cerca de 90 Trabalhadores atuando em condições degradantes em fazenda paulista controlada por estrangeiros

Na ação realizada em 20 de março de 2007, os fiscais autuaram a Usina Renascença Ltda. (responsável pelo plantio da cana-de-açucar) por 13 infrações.

Trabalhadores atuavam sem equipamento de proteção, banheiro e água potável. Segundo denúncias, 17 bóias-frias já morreram no interior do Estado de SP desde 2004. Suspeita-se que as mortes ocorreram por excesso de esforço físico.

O equipamento de segurança deveria ser fornecido pelo empregador, mas os trabalhadores eram obrigados a comprá-los em um mercadinho local.

O procurador Luís Henrique Rafael, do Ministério Público do Trabalho, disse que essa condição precária é comum no interior de São Paulo. Outras ações de fiscalização ocorrem na região de Marília (SP), área de expansão do plantio da cana.

O Ministério do Trabalho promete intensificar neste ano a fiscalização da colheita da cana em São Paulo (cerca de 60% da produção nacional).

A Usina Renascença foi arrendada em janeiro passado pelos coreanos Yung Soon Bae e Hei Suk Yang, que também são donos do Grupo Star BKS.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:40 21/03/2007, de Curitinba, PR


Procuradores do trabalho comemoram veto à Emenda 3 da Super Receita
Por Juliane Sacerdote
Da Agência Brasil

Brasília - A Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) comemorou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Emenda 3 do projeto de lei que criou a Super Receita. Em nota divulgada, a associação avalia o veto como ?uma vitória de todos os trabalhadores brasileiros?, e que o presidente demonstrou ?sensibilidade e compromisso com as questões sociais?.

Segundo a entidade, se fosse aprovada, a Emenda 3 prejudicaria as fiscalizações e traria aumento no número de nas relações de trabalho. O texto fala também da possibilidade do Congresso Nacional derrubar o veto do presidente, mas a categoria acredita que os parlamentares manterão o veto. A ANPT espera que seja elaborado um projeto de lei que ?não prejudique os direitos trabalhistas, como férias, 13º salário e FGTS?.

A Emenda 3 determinava que apenas a Justiça do Trabalho poderia tomar decisões sobre as relações de trabalho entre as empresas e pessoas jurídicas que a elas prestam serviço. Desse modo, os auditores fiscais ficariam impedidos de multar empresas que contratam profissionais que constituíram uma outra empresa, mas na verdade atuam como empregados.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 22:11 20/03/2007, de Curitba, PR


Lula vetou emenda que diminuía poder de auditores fiscais
Por Edla Lula
Repórter da Agencia Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou no dia 16 de março o projeto de lei que cria a Secretaria da Receita Federal do Brasil, conhecida como Super Receita.

O único veto foi da Emenda 3, acrescentada e aprovada pelo Congresso Nacional. A proposta diminuia o poder dos auditores fiscais ao transferir para a Justiça do Trabalho a decisão sobre a fiscalização e multa de empresas. Isso proibia, por exemplo, auditores fiscais multarem empresas que contratavam serviços de profissionais por meio de pessoas jurídicas para desconfigurar relação trabalhista. E também poderia inviabilizar o combate ao trabalho escravo.

Na avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a emenda poderia causar "constrangimentos jurídicos". A Emenda 3 impedia que os auditores fiscais multassem empresas por contratarem para prestação de serviço pessoas jurídicas de caráter "personalíssmo" - neste tipo de prestação de serviço apenas uma pessoa atua para a empresa, mas a relação não se configuraria como trabalhista porque há um contrato entre duas empresas. Em muitos casos, um empregado autônomo abre uma firma onde apenas ele é empregado, como pessoa jurídica, como atualmente ocorre em muitas empresas de comunicação.

"A emenda interfere no lado tabalhista. Veda a fiscalização trabalhista. Além disso, ela não tem uma redação clara e dá margem a controvérsias jurídicas", disse o ministro da Fazenda, ao justificar o veto à emenda. Em uma reunião com lideres da base aliada, o presidente Lula decidiu que o governo encaminhará ao Congresso um projeto de lei que atenda os objetivos da emenda, sem, no entanto, ferir a legislação trabalhista.

"É uma relação de trabalho nova no Brasil. e por isso a legislação anterior não consegue dar conta dessas mudanças. Queremos construir uma legislação nova que assegure os direitos e que impessa que haja desentendimentos ou abusos por parte das empresas", afirmou Mantega. O ministro informou que a formatação do novo projeto será discutida com representantes das centrais sindicais e também com as associações que representam o setor de serviços para construir juntos uma legislação que atenda às exigências das novas relações de trabalho.

Após a aprovação da medida no Congresso Nacional, a emenda foi criticada por centrais sindicais, por organizações não-governamentais (ONGs) e pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, com o argumento de que institucionalizaria o fim da fiscalização do trabalho. Por outro lado, foi defendida pela Ordem dos Advogados do Brasil, seção São Paulo (OAB-SP), e pelo ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, pelo fato de dar poder à Justiça do Trabalho.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 22:06 20/03/2007, de Curitiba, PR


Metalúrgicos: Composição inédita em São Caetano do Sul
Eleições dos Metalúrgicos de São Caetano: CUT está na chapa única

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano dos Sul (SP) realizará eleições para a sua diretoria nos dias três e quatro de maio. Dirigido por lideranças da Força Sindical desde a década de 80, o sindicato nunca contou com uma eleição democrática. A oposição, historicamente composta por metalúrgicos cutistas da Corrente Sindical Classista (CSC) e PT, ganhava no voto mas não levava na posse. Dessa vez a história é diferente. Cutistas e lideranças da Força inscreveram chapa única nesta quinta-feira (14).

Metalúrgicos escrevem democracia com seus corpos em 81 Para uma grande parte dos trabalhadores que conhecem a história do movimento sindical de São Caetano a ação conjunta causou estranheza. Não é para menos, são mais de 20 anos se organizando para disputar um sindicato que nunca dava a vitória para quem legitimamente a conquistava. Lideranças cutistas explicam o que está acontecendo. É que depois de tanto tempo insistindo na democratização das eleições abriram-se condições para a realização de um acordo, baseado em dez pontos programáticos e uma lei, a de que todos manterão suas posições históricas mesmo compondo uma mesma chapa.

Segundo Marcelo Toledo, membro da CSC, 'quem é da CUT vai continuar na CUT, quem é da Força vai continuar na Força, portanto a chapa tem identidade política e ideológica diversa, mas com unidade programática em dez pontos. Nós da CUT não abrimos mão do nosso ponto de vista, não compactuamos com as práticas que vinham sendo implementadas no sindicato. O que fizemos foi um acordo, que também passou por uma discussão entre lideranças nacionais como o Arthur da CUT, o Paulinho da Força e o João Batista da CSC, no sentido da democratização e transparência da entidade. Queremos que o sindicato seja mais representativo e legítimo instrumento da luta dos trabalhadores'.

O desafio do momento é esclarecer os trabalhadores sobre composição da chapa

Os dez pontos que possibilitaram, entre outras questões, uma composição inédita para a disputa do sindicato já tem alguns eixos bem alicerçados. Entre eles está a democratização e a transparência da entidade. Demissões compulsórias, muito freqüentes nos últimos dez anos, e a valorização do salário também estão na pauta. O fortalecimento da luta no chão da fábrica foi ponto crucial para a composição, assim como o fortalecimento das comissões internas de prevenção de acidentes (Cipas) existentes nas montadoras.

'O principal desafio dos metalúrgicos agora é esclarecer ao conjunto dos trabalhadores sobre o que está acontecendo. Uma grande parte estranhou a composição desta chapa, outra parte já compreendeu e a abraçou. Em breve lançaremos um jornal em que as principais referências da CUT declararão seu apoio. Queremos esclarecer que este caminho que tomamos não é contraditório com o que sempre defendemos, pelo contrário, foi a forma que encontramos para finalmente democratizar o sindicato e fazer dele aquilo que sempre sonhamos, um instrumento legítimo da luta dos trabalhadores em defesa de seus direitos e por um estado e país mais justo e soberano', declarou Marcelo Toledo, cipeiro da GM desde 1993.

A liderança do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Carlos Alberto Grana, já declarou publicamente seu apoio à chapa. Os metalúrgicos de São Caetano procurarão fazer o mesmo com o presidente da CUT, Artur Henrique, entre outros.

Unidade para fortalecer o sindicato nos seus 50 anos

A chapa com 56 nomes, tem um terço de trabalhadores da oposição cutista, entre eles Marcelo Toledo, da CSC, que é candidato a primeira secretaria da entidade. Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, membro da Força Sindical, permaneceu como candidato à presidente. Além da Força e da CSC, também compõem a 'chapa um' trabalhadores do PT e do Psol.

Como foi inscrita apenas uma chapa, já registrada em edital publicado no jornal ABC Repórter, a mobilização será para, entre outras questões, atingir o quorum, que é de cinqüenta por cento mais um de votantes.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul foi fundado no dia oito de dezembro de 1957.

Ao longo desse tempo sempre foi protagonista do desenvolvimento econômico e social da região do ABC e do país, representando uma categoria aguerrida e combativa. Protagonista de greves históricas conquistou aumento salarial acima da inflação e redução da jornada de trabalho, marcando o movimento sindical brasileiro e empolgando trabalhadores de outras categorias na busca dos seus direitos. O sindicato tem uma base superior a 12 mil trabalhadores, sendo cerca de três mil sindicalizados. Em dezembro de 2007, o sindicato completará 50 anos de lutas. As lideranças sindicais não poderiam ter dado presente melhor a sua base buscando a unidade pelo fortalecimento da entidade.

Fonte: Vermelho
Enviada por Sindlab, às 11:32 20/03/2007, de São Paulo, SP


Justiça nega pedido de censura feito pela Cargill
Por Helena Palmquist
Assessoria de Comunicação do MPF no Pará

Com base no Código de Processo Civil, o juiz da Subseção Judiciária Federal de Santarém (PA) Francisco de Assis Garcês Castro Júnior indeferiu os pedidos da Cargill Agrícola S.A em mandado de segurança que pretendia impedir o Ministério Público Federal de agir ou divulgar atos para fechamento do terminal graneleiro da empresa no Rio Tapajós.

A decisão judicial é de extinção do processo por ilegitimidade da parte (o MPF não poderia ser proibido de atuar em caso de interesse público) e por inadequação do instrumento ? porque a questão do fechamento ou não do porto já está em discussão no Judiciário, no processo 2000.39.02.000141-0, e não pode ser debatida em nova ação judicial.

A Cargill tentava com a ação impedir uma fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o conseqüente embargo do porto, a pedido do MPF. O centro da questão é o terminal graneleiro para exportação de soja construído pela empresa e mantido em funcionamento desde 2004 sem elaboração dos estudos de impacto ambiental (EIA-Rima), exigidos pela Constituição brasileira. Com o mandado de segurança, já são oito recursos jurídicos tentados pelos advogados da empresa para evitar a elaboração do EIA-Rima para o empreendimento. Sete já foram indeferidos pela justiça.

O pedido de embargo foi feito pelo procurador da República Felipe Fritz Braga ao Ibama, com prazo de dez dias, prorrogado por mais dez. Até o dia 26 de março, o órgão federal deve empreender fiscalização ambiental na empresa para conferir a legalidade ou não do funcionamento do terminal, em obediência à liminar da Justiça Federal que proibiu a emissão de licenças à Cargill.

Em 2000 ? O MPF ajuiza ação civil pública contra a Cargill e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente para que sejam paralisadas as obras do terminal e elaborado EIA-Rima. No mesmo ano o juiz federal Dimis da Costa Braga concede liminar cancelando as autorizações para o porto e obrigando à confecção dos estudos. A Cargill ajuíza recursos e obtém efeito suspensivo, iniciando as obras mesmo com a questão judicial irresolvida.

2003 ? O terminal graneleiro começa a operar. Os dois primeiros recursos da Cargill contra a liminar da Justiça são derrubados no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília. A empresa ajuiza outros dois recursos.

2004 ? Sai a sentença do processo principal, também condenando a empresa a fazer EIA-Rima. A Cargill ajuiza apelação cível e a decisão fica suspensa até apreciação pelo TRF. Enquanto isso, os outros recursos contra a liminar de 2000 são negados pelos desembargadores federais.

2005 ? Os advogados da empresa ajuizam outros dois recursos, para serem enviados às instâncias superiores (Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal).

2006 ? Os últimos recursos são negados e nem chegam ao STJ ou ao STF. As decisões publicadas só poderiam ser questionadas até fevereiro, o que a empresa não faz.

2007 ? Em janeiro o MPF é notificado do trânsito em julgado do processo e requisita ao Ibama uma inspeção no terminal, para verificação das licenças ambientais e conseqüente embargo de atividades.

A Cargill tenta evitar novamente o EIA-Rima ajuizando mandado de segurança para impedir a fiscalização, mas a Justiça não concorda. Fonte: www.jornalabsoluto.com.br
Enviada por Nilson Antonio, às 09:55 15/03/2007, de Jaraguá do Sul, SC


Sindicato pede que empresa pague custos de cirurgia de funcionária
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Criciúma e região realizou, ontem, durante a troca de turno do meio-dia, um manifesto em frente a Seara/Cargill em Forquilhinha. O Sindicato alega que a empresa Seara se nega a arcar com os custos da cirurgia da funcionária Valdirene João Gonçalves da Silva, que trabalhou durante 11 anos na empresa, na mesma unidade, e ficou inválida aos 35 anos, por problemas decorrentes da função de desossadora de frango. De acordo com o presidente do sindicato, Renaldo Pereira, era uma funcionária que vestia a camisa, e chegou a desossar sete coxas por minuto. O sindicato alega que a empresa desistiu de arcar com a cirurgia da empregada depois que o médico deu garantia de apenas 60% de que Valdirene volte a ter os movimentos. ?Eles querem que os médicos garantam 100%?, disse.

Hoje pela manhã, o sindicato prometeu levar a funcionária para uma nova avaliação com outro médico em Florianópolis. Renaldo contou que Valdirene, hoje, devido aos remédios que precisa tomar, não consegue se alimentar bem. Passa a água e bolacha e está pesando 45 kilos. A dor é constante, aplacada apenas a base de morfina. Ele informou também que a empresa não passa para o sindicato o valor correto da cirurgia. Desde o inicio do ano passado, ela está afastada e recebendo os benefícios a que tem direito, por insistência do sindicato. Segundo ele, infelizmente, este não é um caso isolado, é o resultado do ritmo de produção intenso estabelecido pela Seara Cargill, em que os trabalhadores vem sendo submetidos a um número abusivo de serviços de cortes de frango. Ele informou que, desde janeiro de 2006 até agora, o sindicato afastou 61 pessoas com problemas de saúde desta empresa. ?Eles não estão cumprindo os deveres de empregador. Passam informações incorretas ao INSS e ainda não preencheram a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)?, acrescentou. A equipe do JM entrou em contato com o setor de relações públicas da empresa, que ficou de dar uma posição, mas até o fechamento da edição, não enviou nenhuma resposta aos questionamentos solicitados.
Enviada por Nilson Antonio, às 09:50 15/03/2007, de Jaraguá do Sul, SC


Ação de empresas de celulose junto a universidades é questionada
Nos últimos anos, as empresas de celulose vêm investindo fortemente em acordos com universidades públicas e privadas, financiando pesquisas que auxiliem a expansão de seus negócios. Esse movimento começa a enfrentar resistências no Rio Grande do Sul por parte da comunidade universitária e de movimentos sociais, especialmente nas instituições públicas. Neste mês de março, duas iniciativas foram tomadas para denunciar o aparelhamento de universidades públicas por parte de empresas do setor.

Em Rio Grande, na região sul do Estado, o Movimento Universitário Unificado promove, de 13 a 15 de março, o I Acampamento de Alerta ao Papel da Universidade Pública, na Fundação Universidade Federal de Rio Grande (FURG). O alerta está relacionado à expansão dos desertos verdes e à instalação de um pólo de celulose na região.

Recém-criado, esse movimento é composto por diversos centros e diretórios acadêmicos, o Diretório Central de Estudantes da FURG, Associação dos Profissionais Técnicos Administrativos da universidade, o projeto de extensão Vivências em Educação Popular e Central dos Movimentos Populares/Rio Grande, entre outras entidades.

O evento foi organizado para desmentir professores que têm utilizado o nome da universidade para defender empresas de celulose. Segundo os organizadores, o coordenador do Estudo e Relatório Ambiental (EIA/RIMA), Gilberto Griep, está realizando uma verdadeira campanha em favor da Votorantim, que pretende instalar uma fábrica de celulose na região.

O Movimento Universitário Unificado pretende denunciar a confrontar os setores e pessoas da instituição que estariam mais interessados em servir aos interesses do grande capital do que aos da população. O I Acampamento de Alerta ao Papel da Universidade Pública tem um caráter de alerta e não pretende acusar ou atacar a reitoria da FURG ou a instituição. Pretende, ao contrário, defender o nome e a credibilidade da Fundação Universidade Federal de Rio Grande.

Para tanto, está reivindicando um pronunciamento público do reitor da FURG em relação à instalação da fábrica de celulose e à monocultura do eucalipto, desmentindo as afirmações de Gilberto Griep. Além disso, o movimento entrará com um pedido junto ao Conselho Universitário, solicitando a instalação de uma comissão permanente de avaliação das parcerias público-privadas.

Parceria UFRGS-Aracruz é suspensa

No dia 8 de março, mulheres da Via Campesina e estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul conseguiram a suspensão de um protocolo de cooperação entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Aracruz Celulose. Em audiência com o reitor da UFRGS, José Carlos Hennemann, e o vice-reitor, Pedro Fonseca, foi manifestada a preocupação com o aumento dos desertos verdes no Rio Grande do Sul.

As integrantes da Via Campesina e os estudantes alertaram que a expansão da monocultura do eucalipto já estaria provocando nefastas conseqüências no estado, como intensificação da concentração de terras, aumento das secas, elevação das temperaturas e destruição do Bioma Pampa, que só existe nas terras gaúchas. E questionaram a natureza e os objetivos de um acordo com a empresa de celulose.

Os manifestantes defenderam que estabelecer uma parceria com a Aracruz significa concordar com a destruição ambiental e social provocada pelas multinacionais do eucalipto. Os estudantes também lembraram "as práticas de violações aos direitos humanos que marcam a trajetória da Aracruz Celulose em todos os estados, em especial contra indígenas e quilombolas no Espírito Santo".

O reitor e o vice da UFRGS se comprometeram em suspender o protocolo com a Aracruz que seria votado na próxima reunião no Conselho da Universidade. "A UFRGS tem uma história de defesa do meio ambiente, tem cursos e pesquisas voltadas para a ecologia. Inclusive nos jornais da universidade têm sido publicadas matérias sobre os eucaliptos no estado. Creio que precisamos aprofundar o debate deste tema na comunidade universitária. Por isso o processo está suspenso. Não vamos assinar nenhum protocolo ou convênio para pesquisas que sejam prejudiciais a sociedade", disse Hennemann.

A jornada de luta das mulheres da Via Campesina no Estado foi encerrada com o lançamento, de uma campanha em defesa da produção de alimentos saudáveis. "O agronegócio gera os desertos verdes, a agricultura camponesa produz alimentos, cultiva a vida. Queremos que a universidade forme profissionais para trabalhar para a vida não para o projeto de morte das transnacionais", defende a Via Campesina.

No Rio Grande do Sul, advertiu a organização, as universidades têm sido um alvo preferencial das empresas de celulose com o objetivo de obter aval científico para seus projetos. Em Santa Maria, a Via Campesina também conversou com a reitoria da UFSM, mas não obteve a mesma receptividade que encontrou na UFRGS. O reitor da universidade defendeu os convênios com a Aracruz e a Votorantim, alegando que as universidades públicas estão sem recursos e as parcerias com empresas têm dado condições de manter as pesquisas. As empresas apostam justamente nesta escassez de recursos para aumentar sua influência entre os pesquisadores, professores e alunos das instituições.

Publicado em: 14/03/2007
Fonte: Agencia Carta Maior
Enviada por Hugo Chimenes, às 15:07 14/03/2007, de São Borja, RS


Íntegra do acordo sobre Biocombustíveis
A seguir publicamos (em português) a íntegra do Memorando de Entendimento entre o Brasil e o Estados Unidos no setor de Biocombustíveis.

Este documento também pode ser encontrado nas versões português e inglês no sítio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Vale lembrar que acordo parecido (clique aqui) já havia sido firmado com a Venezuela em 14 de fevereiro de 2005 quando da visita da então Ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef, a Caracas. Já neste outro link vocé encontra um outro memorando sobre o mesmo tema assinado em 2003, também por Dilma Roussef.

Nenhum destes dois acordos gerou tanta polêmica como o de agora, mesmo tendo conteúdos bastante parecidos!!!

Todos os Atos ou Acordos Bilaterais em vigor assinados por Brasil e seus parceiros estão disponíveis aqui.

Já os firmados com os EUA desde 12 de dezembro de 1828 você encontra clicando aqui.

Confira!

Ministério das Relações Exteriores
Assessoria de Imprensa do Gabinete
Palácio Itamaraty
Térreo
Brasília - DF
CEP: 70170-900 Telefones: 0(xx) 61-3411-6160/2/3
Fax: 0(xx) 61-3411-8002
E-mail: imprensa@mre.gov.br

Nota nº 97 - 09/03/2007
Distribuição 22

Memorando de Entendimento entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América para Avançar a Cooperação em Biocombustíveis

O Governo da República Federativa do Brasil e O Governo dos Estados Unidos da América (doravante designados como ?Participantes?),

Reconhecendo os interesses comuns compartilhados pelos Participantes com relação ao desenvolvimento de recursos energéticos baratos, limpos e sustentáveis;

Considerando a importância estratégica dos biocombustíveis como força transformadora na região para a diversificação de recursos energéticos, para a promoção de crescimento econômico, para o avanço da agenda social e para a melhoria do meio ambiente;

Conscientes dos benefícios de forjar uma parceria Brasil-Estados Unidos para direcionar os recursos de nossos setores público e privado na direção do fortalecimento dos biocombustíveis e tecnologias relacionadas;

Levando em conta os mecanismos e a cooperação existentes nas áreas de energia, agricultura, meio ambiente, ciência e tecnologia sobre biocombustíveis;

Tendo presente que este Memorando tem por objetivo prover um quadro geral e expressar a intenção de cooperação entre os Governos;

Observando que os temas relacionados com comércio doméstico e tarifas devem ser tratados em outros foros multilaterais, regionais e bilaterais,

Expressam aqui a intenção de cooperar no desenvolvimento e na difusão dos biocombustíveis numa estratégia de três níveis (bilateral, em terceiros países e global):

I. Bilateral: Os Participantes pretendem avançar na pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia para biocombustíveis de nova geração, potencializando, sempre que possível, o trabalho em andamento no âmbito do Mecanismo de Consultas entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do Brasil e o Departamento de Comércio dos Estados Unidos (Diálogo Comercial Brasil-Estados Unidos); do Comitê Consultivo Agrícola (2003); do Mecanismo de Consultas sobre Cooperação na Área de Energia (2003); da Agenda Comum Brasil - Estados Unidos sobre Meio Ambiente (1995); e da Comissão Mista Brasil - Estados Unidos de Cooperação Científica e Tecnológica (1984, emendada e ampliada pelo Protocolo assinado em 21 de março de 1994).

II. Terceiros Países: Os Participantes tencionam trabalhar conjuntamente para levar os benefícios dos biocombustíveis a terceiros países selecionados por meio de estudos de viabilidade e assistência técnica que visem a estimular o setor privado a investir em biocombustíveis. Os países tencionam começar a trabalhar na América Central e no Caribe encorajando a produção local e o consumo de biocombustíveis, com vistas a trabalhar conjuntamente em regiões-chave do globo.

III. Global: Os Participantes desejam expandir o mercado de biocombustíveis por meio da cooperação para o estabelecimento de padrões uniformes e normas. Para atingir esse objetivo, os Participantes tencionam cooperar no âmbito do Fórum Internacional de Biocombustíveis (FIB), levando em conta o trabalho realizado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade do Brasil (INMETRO) e o Instituto Norte-Americano de Padrões e Tecnologia (NIST), bem como coordenando posições em fóruns internacionais complementares.

Os Participantes tencionam estabelecer um Grupo de Trabalho para supervisionar as atividades realizadas sob os auspícios deste Memorando para que seja assegurada coordenação adequada entre os três níveis de cooperação.

O Governo dos Estados Unidos da América indica o Subsecretário de Assuntos Econômicos, Energia e Temas Agrícolas do Departamento de Estado como o ponto focal norte-americano para a implementação deste Memorando.

O Governo da República Federativa do Brasil designa o Subsecretário-Geral Político I do Ministério das Relações Exteriores como o ponto focal brasileiro para a implementação deste Memorando.

Cada representante ou as pessoas por ele designadas são responsáveis em prover informações sobre ações tomadas pelos Governos que os designaram.

Este Memorando entra em vigor na data de sua assinatura.

Feito em São Paulo, nos idiomas português e inglês, no dia 9 de março de 2007.
Enviada por Luna Sol / Sérgio Bertoni, às 11:32 14/03/2007, de Caracas, Venezuela / Curitiba, PR, Brasil


Software Livre: Dell troca Windows por Linux
A Dell já começou a vender notebooks com o sistema operacional Linux. O gerente de marketing e produto da Dell, Sidnei Shibata, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta segunda-feira, dia 12, que o Linux já foi instalado em alguns modelos de notebooks.

O Linux é um sistema operacional de código fonte aberto. É o chamado software livre, que não cobra licença. Já o Windows tem código fonte fechado e cobra licença de uso.

Shibata disse que a venda de computadores da Dell no Brasil ?vai muito bem?.

Leia os principais pontos da entrevista com Sidnei Shibata:

A Dell apenas faz o lançamento de produtos com Linux red hat em linha workstation, que é a linha chamada Precision da Dell. Essa linha já vem com o Linux instalado nas fábricas.

Para Shibata, o Linux atende a um público exigente, que exige uma máquina mais potente, para rodar aplicações 3-D e para rodar processamentos gráficos.

Já no modelo N Series vem com free DOS, que permite o cliente fazer o boot. Ou seja, o usuário poderá colocar o flavour de Linux que ele achar melhor, instalar o Linux que lhe convier.

Para Shibata, as vendas de computadores pela Dell vão muito bem. A empresa registrou grande crescimento nos últimos quatro trimestres.

A Dell continua a ampliação de investimentos no Brasil. A Dell está confiante no mercado brasileiro.
Enviada por Almir Américo, às 10:13 14/03/2007, de São Paulo, SP


Ortega e Lula discutem biocombustíveis na quarta, 14/03
Lula receberá Ortega om honras oficiais

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, fará no dia 14 de março de 2007 sua primeira visita oficial ao Brasil desde que está no poder.

Ortega e Lula terão uma reunião privada, assinarão uma série de documentos que estão em processo de redação sobre diferentes assuntos de cooperação, e farão uma declaração conjunta à imprensa.

Um dos principais assuntos que Lula e Ortega discutirão será a implementação de programas de cooperação na área de biocombustíveis, em particular de etanol, elaborado no Brasil com base na cana-de-açúcar, produto abundante na Nicarágua e no resto da América Central e do Caribe.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 19:15 12/03/2007, de Curitiba, PR


Com apoio da CNM/CUT, trabalhadores na Gerdau conquistam acordo nos EUA
Após quase três anos de negociações, a Gerdau Ameristeel e a United Steelworkers (USW) - Sindicato que reúne os trabalhadores do setor siderúrgico nos Estados Unidos - acertaram novos acordos de trabalho para os funcionários de três unidades.

São as plantas de Beaumont (Texas), St. Paul (Minnesota) e Wilton (Iowa). A proposta foi votada na tarde de ontem pelos funcionários das três usinas, que respondem por pouco menos de 30% da produção da Ameristeel.

Os termos dos acordos, que valem até 2010, não foram divulgados, mas foram considerados 'satisfatórios' pelo sindicato, de acordo com Carolyn Kazdin, representante para América Latina da USW. Assim, encerra-se a queda-de-braço iniciada em setembro de 2004, quando o grupo Gerdau adquiriu a North Star Steel da Cargill. Na época, os acordos trabalhistas estavam vencidos. O recrudescimento das negociações levou a Ameristeel a adotar o locaute - a proibição da entrada dos funcionários no local de trabalho - em Beaumont entre maio e dezembro de 2005. Funcionários de outras unidades da Ameristeel também discutiam a possibilidade de realização de greve.

Em pelo menos duas ocasiões, representantes dos trabalhadores estiveram no Brasil para tentar um encontro com a direção da empresa, sem sucesso.

Nos EUA não há legislação trabalhista e os acordos são efetuados diretamente entre as companhias e seus funcionários. A USW informava na época que a Gerdau pretendia reduzir salários e cortar benefícios como seguro saúde e plano de aposentadoria. A Gerdau ainda tem pela frente negociações nas unidades de Calvert City (Kentucky) Joliet (Illinois) Sand Springs (Oklahoma) e Whitby (Canadá), cujos contratos também venceram. A Ameristeel tem 19 usinas nos EUA e Canadá e produz mais de 9 milhões de toneladas por ano.

Entre essas unidades, a próxima a voltar a mesa de negociações será a de Joliet no dia 13 de março. Para a planta de Sand Springs, ainda não há uma data definida, mas a Gerdau já tem planos de refazer uma proposta salarial.

Jim Stewart, um dos negociadores que representou os trabalhadores nas reuniões com a empresa disse que 'realmente foi uma grande vitória e um passo importantíssimo para fechar os demais acordos'.

Pete Savoy, presidente da USW em Beaumont diz que agora 'os trabalhadores de Beaumont podem voltar ao trabalho com respeito e dignidade'.

Em nota, os dirigentes da USW e os trabalhadores da Gerdau nos EUA agradeceram ainda o apoio da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) e os sindicatos do Brasil pela 'solidariedade concreta, com estratégia forte e companheirismo total' durante as negociações.

Fonte: Valor e Assessoria de Imprensa CNM/CUT
Enviada por SindLab, às 11:21 12/03/2007, de São Paulo, SP


Bush joga no racha das forças de esquerda na América Latina!!!
Um dias depois de visitar o Brasil, garantir que não vai diminuir os impostos cobrados sobre o etanol brasileiro e se esquivar em falar sobre redução de subsídios para os produtos agrícolas, o dirigente yanque muda o discurso no Uruguai.

Primeiro, Bush qualificou o encontro com seu colega uruguaio como "muito construtivo, útil e positivo", porque os dois países têm "muito em comum". Depois completou dizendo que seu país está "plenamente preparado para reduzir subsídios agrícolas. "Apenas queremos ter certeza de que há acesso de mercado para os nossos produtos".

O establishment neoconservador (neocon) que rodeia Bush joga espertamente com a fragilidade e as debilidades da esquerda latinoamericana. Em um país os neocons mandam Bush fazer o papel de durão, em outro ser o amigão. Para uns eles falam "vocês vão se ferrar", para outros dizem "se forem bonzinhos o papai gringo até deixa os meninos latinos brincarem de livre mercado".

Há muito alertamos nesta página sobre a imbecilidade da própria esquerda em tentar provar que este ou aquele dirigente latinoamericano é mais ou menos revolucionário ou é melhor que outro. Há muito falamos aqui que este tipo de divisão só serve aos gringos. Parece que agora neocons resolveram jogar o jogo de dividir para governar.

O triste é que, neste ponto, Bush conta como o irrestrito apoio de muita gente que se acha vanguardista, progressista e revolucionário, paradoxalmente anti-bush, mas que não aprendeu ainda que a correlação de forças nestes tristes anos 2000 nada tem a ver com a briguinha de dois impérios chamada de Guerra Fria. A briga já não é mais entre irmãos no andar de cima, mas entre as famílias do andar de cima e com as do andar de baixo. E se o andar de baixo não estiver organizado e unido, a casa cai. E os de cima caem sobre os debaixo, soterrando-os.

Enfim, Bush acaba tendo o apoio de gente que não entende que, independentemente dos adjetivos usados, o que importa é que estamos a duras penas construíndo uma alternativa de poder na América Latina. Cada um a seu modo, mas todos contra o império e contra a submissão dos povos latino-americanos aos interesses gringos.

Infelizmente, essa gente ainda não entende que são as chamadas condições objetivas e a organização de base (nos bairros, nos locais de trabalho, nas escolas, universidades) são os fatores que nos permitirão avançar na luta de libertação latinoamericana. Essa gente não entende que ficar gritando adjetivos ou palavrões não ofende a mais ninguém, mas contribue fortemente para a divisão da esquerda, tão desejada pelo império.

Xingar e adjetivar de pouco adianta. É preciso, organizar, organizar as bases e partir para a ação direta.

Acorda. gente!

De pé, ó vitimas da Fome. De pé famélicos da terra!
Enviada por Sérgio Bertoni, às 15:16 10/03/2007, de Curitiba, PR


Jogo pesado no tanque
Artigo de CartaCapital desta semana analisa o "súbito" interesse dos EUA pelo etanol brasileiro e busca levantar quais são as vantagens e desvantagens que o Brasil leva em um acordo com a gringolândia.

Confira no sítio de CartaCapital a íntegra do artigo, acessível a todos os leitores.

Este tema ainda dará muito o que falar!!!
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:50 10/03/2007, de Curitiba, PR


Rússia: O regime e seus porões
Qualquer semelhança entre os assassinatos atuais e os chamados "processos" de Moscou de 1937 não são meras coincidências. A diferença é que Stálin tentava legalizar os assassinatos através dos tribunais. Putin parece não querer se dar ao luxo. Para economizar recursos, talvez...

O regime e seus porões

por Redação CartaCapital

Mais uma persona non grata ao governo russo morre em circunstâncias misteriosas

O corpo do ex-coronel Ivan Safronov, repórter do jornal russo Kommersant, foi encontrado junto ao edifício onde morava em Moscou, na tarde de sexta-feira 2 de março, com múltiplas fraturas, caído do quinto andar onde morava. A procuradoria suspeita que foi ?suicidado? e abriu uma investigação.

Segundo o jornal, Safronov, especialista em assuntos militares, acabava de voltar de uma feira internacional de armamentos em Abu Dabi e estava para escrever sobre a venda de caças SU-30 à Síria e complexos de defesa antiaérea ao Irã, uma operação na qual a Bielo-Rússia faria o papel de intermediária para evitar acusações do Ocidente e de Israel. Já em 2005, o jornalista tivera informações sobre a venda de mísseis à Síria, mas teria sido prevenido de que, caso as publicasse, o Serviço Federal de Segurança, sucessor da KGB, o acusaria de divulgar segredos de Estado e o levaria a tribunal.

As mortes de jornalistas na última década já somam 88 e poucas foram investigadas ? o que faz da Rússia o segundo país mais perigoso para a profissão, depois do Iraque e à frente da Colômbia. Isso não inclui outras mortes misteriosas de pessoas ligadas a denúncias de corrupção, violação de direitos humanos e transações secretas por parte do governo russo, dentro ou fora de suas fronteiras, como o ex-agente da KGB Alexander Litvinenko, morto em Londres por envenenamento radioativo.

Os dissidentes da Rússia de Putin talvez ainda tenham uma expectativa de vida maior que os de Stalin, mas já têm razões para invejar os de Kruchev e Brejnev, cujos riscos, em geral, limitavam-se aos do Gulag ou do exílio. Se o Kremlin não é o responsável direto por esses assassinatos, seu controle sobre os porões do regime é tão precário quanto o da ditadura militar brasileira em seus piores momentos.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:32 10/03/2007, de Curitiba, PR


Agroenergia: um desafio estratégico
Por incrível que possa parecer a visita de Bush ao Brasil foi ótima para a esquerda e para o movimento sindical.

A visita do sanguinário mandante gringo colocou na pauta de discussões um tema que estava relegado a um segundo ou terceiro plano de prioridades no meio sindical, em particular, e na esquerda, como um todo: a Agroenergia.

Debates sobre o tema "energias renováveis" acontecessem neste país desde a criação do Pró-álcool ainda em meados dos anos 1970. Porém, nunca como agora se discutiu com tanta intensidade o que isso representa em termos de mudanças tecnológicas, produtivas, ambientais e humanitárias, em seu conjunto, como um todo.

Antes mal se percebia tratar-se do surgimento de um novo setor estratégico na economia: a Agroenergia, um setor que mexe com os interesses de várias indústrias e as mobiliza em um só bloco, dantes inimaginável.

A Agroenergia consegue juntar em um mesmo campo de interesses os setores primário (agricultura), secundário (indústria de transformação) e o terciário (serviços e distribuição). Ela chama para si setores como o agronegócio, a agricultura familiar, a agroindústria, a indústria de automóveis e materiais de transporte, indústria do setor de grãos e alimentação, indústria de extração e transformação de petróleo, as tradings - grandes importadoras e exportadoras nacionais e internacionais, distribuidoras de combustíveis e por aí vai.

Como novo setor da economia lança um grande desafio para o movimento sindical e para a esquerda acostumados com o tratamento estanque dos setores envolvidos, coisa própria do corporativismo, do qual ainda não conseguiram se libertar por completo.

Como se dará a atuação sindical, a organização dos Trabalhadores de base em um setor que envolve Trabalhadores tão "distintos", devido às grandes diferenças salariais, níveis de formação e educação, realidades sociais (urbanas e rurais), condições de vida e acesso aos distintos serviços e direitos que a cidadania nos oferece?

Como serão as novas células ou núcleos dos partidos ou organizações de esquerda neste novo setor?

Continuaremos a tratar de forma diferenciada os Trabalhadores do campo e da cidade, dividindo-os de forma teórica e esquemática entre assalariados e não-assalariados, com empregos formais e informais, qualificados e sem-qualificação profissional, mesmo que sejam explorados por conglomerados de um mesmo setor econômico, em uma mesma cadeia produtiva?

Como aprender a mapear e estudar esta nova cadeia produtiva e estabelecer junto com os Trabalhadores de base o nexo, a interligação lógica, que existe entre os anteriormente distintos setores econômicos?

Será que ambientalistas e sindicalistas ficarão de lados opostos no debate sobre a segurança ambiental no planeta, ou entenderão que juntos podem se tornar em agentes de grandes transformações que poderão por fim ao sistema capitalista que explora todos os recursos possíveis e imagináveis em nome do lucro imediato e rápido, criando a miséria, pobreza, efeito estufa, desgraças ambientais e humanitárias?

Ou será que o Greenpeace continuará a divulgar propagandas nas grandes redes de TV, como fez recentemente, dizendo algo como "no passado vocês lutaram por mudanças (mostrando cenas do movimento de 68, greves operárias, movimento hippie, etc)...Parabéns!! vocês conseguiram" (mostrando cenas do aquecimento global, destruição de matas, descongelamento de geleiras, cidades poluídas, etc), como se fora culpa da esquerda e dos movimentos libertários, o aquecimento global produzido pelas indústrias do sistema capitalista?

Bem! Apresentamos aqui alguns dos desafios que este novo setor econômico nos apresenta. Certamente existem outros e outros mais aparecerão durante os debates ou durante o processo de evolução da Agroenergia.

Temos claro que a Agroenergia não é boa nem má por si só. Se nos levará ao futuro promissor ou nos devolverá ao triste passado dos ciclos econômicos (pau-brasil, cana-de-açucar, ouro, borracha, etc), isso dependerá diretamente do nível de organização e capacidade de análise e ação direta por parte dos Trabalhadores, do Movimento Sindical e Operário e da esquerda como um todo.

Nossa proposta é que busquemos elaborar um nova estratégia de organização dos Trabalhadores a partir da base, revertendo o processo que desde sempre privilegia as chamadas vanguardas e seus debates pseudo-intelectuais, que raramente se transformam em ação concreta nos locais de Trabalho.

Se não for para criar uma nova forma de ação no local de Trabalho de nada adianta as famosas e cansativas análises de conjuntura, debates, eventos e reuniões onde cada um só quer mostrar que sabe fazer o discurso mais bonito. Chega de blá, blá, blá!!! Chega de reunião para marcar reunião!!!

A criação deste novo setor da economia pode ser encarada como uma verdadeira "porta da esperança", pois abre ao movimento sindical e operário a possibilidade para mudar as práticas viciadas e fazer aquilo que sempre diz fazer: entender o sistema de produção e suas cadeias produtivas, defender os interesses dos Trabalhadores, organizá-los em seus locais de Trabalho e operar a transformação sócio-econômica pela qual luta há séculos.

Este é um desafio que deve ser encarado com muita maturidade e vontade de mudanças.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:03 10/03/2007, de Curitiba, PR


Etanol: será que o acordo com os gringos é bom?
Dando continuidade ao debate sobre o etanol, interesses nacionais e imperialismo gringo, publicamos abaixo um texto de Paulo Henrique Amorim enviado por nosso colaborador e companheiro Almir Américo, de São Paulo.

Como já afirmamos anteriormente, não importa se você, ao final da leitura, concorde ou não com todo o conteúdo do documento.

Confira, pois é mais um importante subsídio ao debate.

Aproveite e confira também os demais artigos publicados nesta página contendo a opinião de TIE, do MST, do Bautista Vidal sobre o tema.

Seguimos afirmando que quanto maior a transparência nos atos e negociações do governo federal e quão melhor for a comunicação com a população menores serão as confusões criadas.

ETANOL: POR QUE O ACORDO É BOM

Paulo Henrique Amorim

Máximas e Mínimas 206

. Ao longo de um almoço, hoje, no Itamaraty, que o Presidente Lula ofereceu ao Presidente da Alemanha, Horst Köhler, pude conversar com um diplomata brasileiro que negociou o acordo de biocombustíveis que Lula assina amanhã com o Presidente Bush, em São Paulo.

. Veja as vantagens para o Brasil:

. Cooperação com outros países. Empresas brasileiras que já operam em Honduras e na República Dominicana, e muitas outras, como a Dedini, de Ribeirão Preto, que constrói destilarias, poderão investir na América Central e no Caribe e vender para os Estados Unidos sem tarifa.

. Esquece, porque os americanos não vão retirar as tarifas sobre o etanol brasileiro tão cedo (US$ 54 centavos por galão, ou R$ 30 centavos por litro).

. O Brasil vai poder vender álcool hidratado para Honduras, desidrata em Honduras e entra no mercado americano.

. Essa tarifa americana é até uma tarifa virtuosa: já imaginou se os americanos tiram a tarifa? Ia faltar álcool para os carros brasileiros.

. Cria-se um mercado global para biocombustíveis. Com isso se fixarão normas, padrões internacionais, grau de pureza - e é do interesse do Brasil - que tem o etanol mais competitivo - não deixar que os padrões internacionais se fixem a partir do etanol de milho americano.

. O Inmetro brasileiro já trabalha nisso, para permitir que o etanol da cana brasileira seja aferido com um padrão internacional.

. Vai entrar dinheiro americano de Pesquisa e Desenvolvimento na pesquisa do etanol e seus sub-produtos. Eles têm um gigantesco projeto de pesquisas no Colorado e isso será compartilhado com o Brasil.

. A energia renovável vai sofrer dramáticas inovações tecnológicas e o Brasil precisa estar preparado para não perder o bonde, depois de vencer a guerra do etanol.

. A próxima etapa é produzir energia por um processo celulósico, que extrai da palha da cana ou de qualquer outra palha.

. E mais na frente, ainda, será o hidrogênio, a melhor de todas as energias.

. E a melhor fonte de hidrogênio é precisamente a conversão de etanol de cana.

. O processo celulósico e o hidrogênio vão precisar de muito dinheiro para pesquisa.

. Outros benefícios. O Brasil vai poder exportar carro bi-combustível - e este ano toda a produção brasileira de automóveis será de carros flex-fuel.

. O Brasil vai poder fazer um acordo importante com a Tailândia, que pode vir a ser um grande produtor de cana.

. O Rei da Tailândia tem uma mini destilaria de álcool no quintal...

. A Tailândia está entre a Índia e a China e na porta do Japão.

. O problema para o etanol brasileiro no Japão - e o Japão pode ser um grande concorrente - é que o Japão não quer ficar na mão de um fornecedor só, o Brasil.

. A Tailândia pode ser uma alternativa, associada a empresários brasileiros.
Enviada por Almir Américo, às 09:53 10/03/2007, de São Paulo, SP


Lucro da Caixa Econômica Federal supera R$ 2,3 bi em 2006
Resultado histórico foi impulsionado pelo aumento nas concessões de crédito

A Caixa Econômica Federal obteve em 2006 um lucro líquido de R$ 2,39 bilhões. O resultado supera em 15,45% o lucro líquido de 2005, que foi de R$ 2,07 bilhões. Ano a ano a instituição vem consolidando sua posição no mercado, o que é comprovado pelos crescentes resultados apresentados nos últimos períodos. Parte expressiva do lucro líquido, no montante de R$ 1,146 bilhão, é destinada ao Tesouro Nacional a título de dividendos e juros sobre capital próprio.

O ano de 2006 trouxe um retorno de 26% sobre o patrimônio líquido, que cresceu 15% sobre o saldo de 2005, passando de R$ 7,952 bilhões para R$ 9,182 bilhões. Em dezembro de 2006 o Índice de Basiléia, que mede os ativos ponderados pelo risco, estava em 25,29%.

O saldo das operações de crédito cresceu 23% no ano, enquanto as receitas dessas operações subiram 19%. Isso significa que o spread médio dos empréstimos caiu na CAIXA, beneficiando os clientes. No final de 2005 o saldo das operações de crédito alcançava R$ 37,195 bilhões, saltando para R$ 45,689 bilhões no final do ano passado.

Em 2006, a CAIXA concedeu R$ 45,649 bilhões em crédito comercial, volume 30,1% superior ao realizado em 2005. ?A metade do valor foi emprestada para empresas, em sua maioria micro e pequenas, que no ano passado receberam 47% dos R$ 35,097 bilhões desembolsados?, disse o vice-presidente de Controladoria, João Dornelles.

Em habitação foram aplicados R$ 13,850 bilhões ? sem considerar os mais de R$ 380 milhões de consórcio ? e mais R$ 3,739 bilhões em saneamento e infra-estrutura.

CRÉDITO ? O crescimento do crédito foi acompanhado da melhoria da qualidade dos empréstimos. Dos financiamentos feitos pela CAIXA, 66% são de baixíssimo risco, sendo classificados de AA a B, de acordo com os critérios do Banco Central. Apenas 10% do crédito concedido está classificado nas letras E/H. Em 2006 a CAIXA provisionou R$ 1,136 bilhão para créditos de liquidação duvidosa.

No ano passado o banco alcançou R$ 121,39 bilhões em depósitos, um crescimento de 14% em relação ao ano anterior. Desse total R$ 8,638 bilhões referem-se a depósitos à vista, R$ 42,191 bilhões de depósitos a prazo e R$ 60,063 bilhões em caderneta de poupança. Líder de mercado, a CAIXA detém 31,72% dos depósitos feitos em todo o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

As receitas de prestação de serviços passaram de R$ 5,166 bilhões em 2005 para R$ 5,595 bilhões em 2006. Elas praticamente cobrem os gastos com pessoal que subiram 11,8% no ano ? de R$ 5,585 bilhões para R$ 6,244 bilhões ? devido à abertura de novas agências e contratação de pessoal. No período, a CAIXA contratou mais 3.995 empregados, decorrente de ajustes à nova política de terceirização de serviços da empresa e cumprimento de Termo de Ajuste de Conduta firmado com o Ministério Público do Trabalho.

FUNDOS ? Em dezembro de 2006 a CAIXA alcançou o volume de R$ 167,5 bilhões de patrimônio de fundos de investimento e carteira administrados pela vice-presidência de ativos de terceiros. O volume é 28,6% superior ao patrimônio administrado em 2005, que era de R$ 130,3 bilhões. O banco encerrou o exercício passado com 5,79% de participação na indústria de fundos no país.

A captação líquida dos fundos de investimento de rede, no ano passado, foi de R$ 4,1 bilhões, gerando para a instituição uma receita R$ 573 milhões em taxas de administração. O resultado representa um crescimento de 42% em relação ao ano anterior.

SOCIAL ? Como principal agente dos programas sociais do governo, a CAIXA viabilizou, no ano passado, a transferência de renda de R$ 7,528 bilhões para os brasileiros de baixa renda, via Bolsa Família. A maioria dos beneficiários é da região Nordeste do País, que recebeu recursos da ordem de R$ 4,038 bilhões. Nos pagamentos de FGTS, PIS, seguro-desemprego e outros, foram desembolsados R$ 72,54 bilhões no período.

A CAIXA está presente em todos os 5.562 municípios brasileiros, com uma rede de 18.440 pontos de atendimento. Até mesmo a pequena Serra Nova Dourada (MT) conta com os serviços da instituição.

Segundo a presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho, o desafio da CAIXA neste ano é continuar aumentando o volume de crédito concedido às pessoas físicas e jurídicas, tanto no segmento comercial quanto no de habitação e saneamento básico.

?A CAIXA é o principal agente do governo no programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Cerca de 20% dos investimentos do programa serão geridos pela instituição?, afirma. ?Para 2007 são R$ 17,4 bilhões em habitação e R$ 7,2 bilhões em saneamento e infra-estrutura?, ressalta a executiva.

Assessoria de Imprensa da Caixa Econômica Federal
(61) 3206-8543/ 6943/ 8022

Fonte: Assessoria de Imprensa da Caixa
www.caixa.gov.br
Enviada por Celio Padilha, às 09:14 09/03/2007, de Curitiba, PR


"Vamos virar um povo de escravos", diz pai do Pró-álcool
Por Luciano Pires

Crítico do governo e da forma como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende conduzir os projetos de parceria com os Estados Unidos, José Walter Bautista Vidal, criador do Programa Nacional do Álcool (Pró-álcool) e professor aposentado da Universidade de Brasília (UnB), afirma que o Brasil não está preparado para assumir a posição de líder do mercado de energia limpa e renovável, ainda que tenha a "chave" para resolver um problema mundial. "A vinda do Bush é para fechar negócio, é para tomar tudo. Os americanos consideram isso aqui o quintal deles", resume o cientista em entrevista ao Correio.

O Brasil ganha ou perde ao firmar uma parceria com os Estados Unidos?
Só perde. Que parceria é essa, em que nós entramos com tudo e eles não entram com nada? Eles estão vindo para dominar. Nós vamos virar um povo de escravos, mesmo tendo a riqueza que movimenta o mundo. Temos terras, sol, água, tecnologia. Essa visita do Bush é extremamente perniciosa. Ficaremos pelos próximos 100 anos de joelhos, como uma colônia de quinta categoria.

O país está condenado a transferir seu know-how aos americanos?
Com essa classe de gente, vai ser entregue tudo. Voltamos à República Velha. Esses usineiros são loucos por dólares, estão entregando terras, destilarias. É evidente que, quando os Estados Unidos forem donos da nossa terra, eles vão definir o preço internacional. E serão os donos da nossa energia.

O setor sucroalcooleiro enxerga esse mercado no curto prazo. O erro está aí?
Sim. Mas porque são burros, são incompetentes. Os usineiros estão vendendo as indústrias por um pouquinho a mais do que valem, pegando o dinheiro e virando rentistas. Os americanos vão tomar tudo e, quando os empresários quiserem comprar as destilarias e as terras de volta, elas estarão muitas vezes mais caras. Os usineiros estão se comportando de uma maneira absolutamente estúpida.

Há como barrar esse processo? A responsabilidade é do presidente Lula?
Corremos o risco de desaparecer como sociedade soberana. Não sei se cabe ao Lula ou não. Cabe a todos nós, disso eu tenho certeza. A nossa soberania está totalmente ameaçada e os militares estão preocupadíssimos com isso.

Sem ferir as regras de mercado, o que pode ser feito?
O Brasil precisa de uma empresa para gerenciar esse negócio em nível doméstico e internacional. E não pode ser uma subsidiária da Petrobras. Por que não? Porque a Petrobras é uma das maiores do mundo em energia, tem gente qualificada há mais de 30 anos para isso e não pode do dia para noite ser atirada em outro segmento. O negócio dela é petróleo. O governo precisa criar uma outra empresa, de economia mista, na área de energia renovável. Sem investimento externo, mas disposta a atrair sócios.

Fonte: SindLab / Correio Brasiliense
Enviada por SindLab, às 09:01 09/03/2007, de São Paulo, SP


CUT mostra suas preocupações sobre OMC
A Central Única dos Trabalhadores, em 06 de fevereiro de 2007, enviou carta ao Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, mostrando suas preocupações em relação retomada das negociações na OMC - Organização Mundial do Comércio.

Apesar de ter sido divulgada a mais de um mês a carta ainda se mantém atualíssima, pois um dos temas discutidos entre a diplomacia brasileira e a alemã e norte-americana nestes dias de março é exatamente a retomada das negociações na OMC. Lula falou sobre isso com o presidente alemão nesta quinta-feira e falará sobre isso com o chefe do império gringo nesta sexta-feira.

O conteúdo mostra também que a comunicação do Governo com o povo e com os movimentos sociais é débil. Várias vezes os autores da carta cutista referem-se a fatos divulgados pela imprensa e por isso solicitam esclarecimento do governo.

A íntegra da carta você pode encontrar em Carta da CUT ao MRE sobre OMC

Confira!
Enviada por Sérgio Bertoni, às 08:52 09/03/2007, de Curitiba, PR


Polícia de Serra e do PSDB reprime manifestação contra Bush
A Polícia Militar do Estado de São Pauo, orgão subordinado ao governo do Estado e tendo como seu comandante-em-chefe o governador José Serra, do PSDB, reprimiu violentamente a manifestação pacífica realizada na tarde desta quinta-feira, 08 de março.

Cerca de 10 mil pessoas ocuparam as pistas da Avenida Paulista, o centro financeiro do país para protestar contra a visita do mandante gringo.

A PM paulista baixou o pau e dezesste pessoas ficaram feridas entre manifestantes e policiais.

Outros protestos contra a visita de Bush ocorreram em várias capitais brasileiras, mas somente a PM do PSDB de São Paulo fez de tudo para mostrar-se eficiente na defesa de seu chefe maior, George W. Bush.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 08:01 09/03/2007, de Curitiba, PR


51 vôos atrasados por culpa do Bush
O Aeroporto Internacional de São Paulo em Cumbica, Guarulhos fechou por 20 minutos para chegada de Bush e provocou o atraso de 51 vôos!!!

Lembrando a propaganda de uma famosa cachaça o número 51 seria uma "Boa Idéia". Mostra, porém, o quão colonizados são a elite e a imprensa brasileira.

O fechamento de Cumbica ocorreu entre as 19h50 e as 20h10, para que a aeronave presidencial norte-americana pousasse às 20h04.

Onde estão os arautos, os intelectuais, da imprensa nacional, colonizados e vendidos aos interesses gringos? Por que não estão fazendo escândalo sobre os atrasos de hoje no aeroporto internacional de São Paulo?

E onde estão so nobres parlamentares que querem a CPI do chamado apagão aéreo? Será que incluirão os atrasos nos vôos de hoje em suas "investigações"? Será que terão culhões para indiciar Bush pelo caos aéreo no país???

Esse gringo e seus puxa-sacos nacionais só causam problemas ao Brasil e aos povos latinoamericanos!
Enviada por Sergio Bertoni, às 22:10 08/03/2007, de Curitiba, PR


Urgente: Solidariedade com Trabalhadores e Sindicalistas nas maquilas do Sri Lanka!!!
Caros Companheir@s,
Abaixo segue (em inglês) uma solicitação de solidaridade urgente. Ela nos foi enviada por companheiros nossos do Sindicato de Trabalhadores nas Maquiladoras no Sri Lanka, que estão sendo ameaçados e intimidados de forma violenta por grupos extremistas nacionalistas. Estes grupos querem tomar o controle do Sindicato progresista, democrático e internacionalista, usando como pretexto a Guerra Civil que se reiniciou no país.

Vários ativistas sindicais "desapareceram" e as autoridades se recusam a fazer algo. Por favor, mandem suas mensagens de solidaridade ao presidente do Sri Lanka como indicado no exemplo abaixo.

Estimados compañeros,
Adjunto (en ingles) les mandamos una pedida de solidaridad urgente de parte de nuestros compañeros del Sindicato de Trabajadores de Las Maquiladoras en Sri Lanka, que son amenazados y intimidados de forma violente por grupos nacionalistas extremos que quieren tomar control de su sindicato progesisto y democratico, usando como pretexto la guerra civil reiniciado en el pais.

Varios activistas sindicales han "desaparecido" y las autoridades recusan de hacer algo. Por favor manden sus mensajes de solidaridad al presidente de Sri Lanka como indicado en el ejemplo abajo.

Dear friends,
Enclosed we send you a solidarity request from our colleagues of the Free Trade Zone Workers Union in Sri Lanka, and forwarded by TIE-Asia, who are being threatened and intimidated in a very violent manner by extreme nationalist groups who want to bring their progressive, democratic and internationalist union under their control, using the pretext of the renewed civil war in the country.

Various union activists have "disappeared", and the authorities refuse to take action. Please send urgent protest letters to the Sri Lankan president as indicated in the sample text below.

Lives and trade union activities at risk in Sri Lanka:
Intimidation and threats of abduction

The background

On 06.02.2007 three men including a railway trade union activist and two media personnel were abducted by unknown groups in Colombo. These abductions indicate the spread of disappearances. As clearly evidenced in recent times, such acts are used as a means of dealing with opponents. Whereabouts of hundreds of abducted men and women in the recent past still remains a mystery. This sparked a spontaneous protest by an independent and progressive segment of trade unionists immediately the next day in front of the country?s prominent Fort Railway Station. The protestors with the backing of about 500 trade union activist agitated for the release of their union colleague.

In the wake of the sudden protest and preparations for a mass campaign by the unions, compelled the government on 08.02.2007 to announce that the abducted men including the union activist are in government custody and they are being interrogated on suspicion for alleged collaboration with LTTE insurgents. Unions have no objections to the government?s plans of safeguarding law and order. Trade unions are willing to extend their fullest cooperation to such just efforts.

Intimidation of free exercise of trade union rights

It is extremely regrettable and startling to note, some factions of the government and certain extremist political forces with a record of abductions and murders are waging a vicious campaign to tie-up trade union activists who participated in the protest against the abductions, as terrorist collaborators. Key activists of these trade unions are now publicly hounded and made the subject of mass publicity campaigns. They are projected as covert terror operatives working for the LTTE. This is an attempt to foster suspicion and anger among the general public against the organizers of the Fort Railway Station Protest campaign.

These malicious campaigns are carefully aimed at placing the lives of these trade union activists at risk and choke public support for their trade unions. It is also aimed at creating an atmosphere of public animosity so that trade union activities will systematically subside.

Why intimidate?

The trade unions that are being hunted represent a group of independent private and public sector unions that were in the fore front of the fight for fundamental trade union liberties. Among the recent endeavours of these unions, the ILO Committee on Freedom of Association Complaint against the government over the suppression of right to strike, campaigns against the declaration of Essential Services and arbitrary labour reforms are prominent.

These unions continue to show signs of growing strength and gaining support from battered workers. They are fast becoming able to mobilise their strength in rapid actions capable of changing course of the employers and the government. This has become a cause of concern to many.

Trade union rights and lives of unionists at risk

Since 08.02.2007, posters depicting trade union leaders as traitors and terrorist operatives have sprung up in many places of the country and they call for the arrest of these union activists. Among the targeted trade unionists Anton Marcus, of the Free Trade Zone and General Services Employees? Union (FTZGSEU), Sman Ratnapriya and Ravi Kumudesh of the Health Sector Trade Union Alliance (HSTUA), Sampath Rajitha and Raja Kannangara of the Joint Railway Trade Union Alliance and Joseph Stalin of the Ceylon Teachers Union are prominent.

Some of these posters are displayed in the vicinity of export processing zones, public transport stations, hospitals, etc.. An organized campaign with the support of a section of the national print and electronic media too is underway to demonise and cause discredit to the image of trade unions. These are well orchestrated moves aimed at isolating unions and distancing them from the general public, to ensure public or workers support will not be forthcoming when union activists are under attack.

These aggressive campaigns are capable of creating doubts and scepticisms in the minds of ordinary citizens and workers. Unions in some instances are experiencing public resistance due to this false propaganda. Several threats have been made on the lives of these activists.

The possibility of arrest or abduction of trade union activists under false charges of terrorist complicity seems very likely. In view of these alarming developments on 21.02.2007 the FTZGSEU and the HSTUA lodged complaints with the police seeking protection and urging investigations against the malicious misinformation campaign of putting union activity and lives of unionist at risk. The law enforcement authorities have hitherto failed to take constructive measures to guarantee the safety of union activists and create an atmosphere conducive to exercise fundamental trade union freedoms.

The challenge

The situation shows clear signs of drifting towards a systematic suppression of trade union freedoms. The logical sequence of these events clearly demonstrates the erosion of fundamental pre-requisites of the right to freedom of association. This has opened a new dimension of a serious threat to the right to freedom of association.

Measures designed to deprive trade union leaders and members of their freedom entail a serious risk of interference in trade union activities. It is very clear, such an atmosphere amounts to intimidation and fear prejudicial to the normal development of trade union activities. The fate of many other rights is inevitably linked to the free exercise of the right to freedom of association.

This is an alarming situation. If not engaged with timely and constructive intervention it can perpetuate a climate of permanent union repression. The lives of union activists and the future of trade union freedom will certainly depend on how effective we are in engaging this situation.

Appeal for solidarity

In view of the above unfortunate turn of events we urge you to join hands with us at this time of challenge. Extend your support to exert pressure on responsible authorities to:

- Guarantee the safety of all trade union activists under threat and ensure an environment free of intimidation and fear which is conducive for the normal development of trade union activities.

- Investigate the complaints made by the aforesaid trade union activists to the police and take all appropriate measures necessary to ensure their safety and the free exercise of trade union activities.

- Ensure the due process of law on all acts of alleged threats, intimidations and union repressive manoeuvres and take appropriate and timely measure against all offenders disregarding their political and other influences.

In achieving the above we fraternally urge you to write to the President of Democratic Socialist Republic of Sri Lanka seeking to ensure the above demands.

A sample is included at the end of this appeal. Please feel free to use it as you wish.

The President, Democratic Socialist Republic of Sri Lanka His Excellency Mahinda Rajapakshe
President?s House
?Temple Tree?
Colombo 3
Sri Lanka
Postal and e-mail address: gosl@presidentsl.org
Fax No: 94 11 2542919

If you need any more information or clarification please do not hesitate to contact us.

Please inform us any action you will take on this matter and send us the copy of the letter that you will send as requested by us.

In solidarity

Anton Marcus
Joint Secretary
Free Trade Zones & General Services Union
141, Ananda Rajakaruna Mawatha,
Colombo 10, Sri Lanka
Phone/Fax: 94 11 4617711
E-Mail :ftzunion@wow.lk

Saman Ratnapriya
President
Health Services Trade Union Alliance
889-1/2, Maradana Road
Colombo 10, Sri Lanka
T.Phone: 94 11 2684031
E-mail: president@gnoasl.org

SAMPLE LETTER

The President, Democratic Socialist Republic of Sri Lanka His Excellency Mahinda Rajapakshe
President?s House
?Temple Tree?
Colombo 3
Sri Lanka
Postal and e-mail address: gosl@presidentsl.org
Fax No: 94 11 2542919

Your Excellency,

RE: APPEAL TO ENSURE SAFETY OF INNOCENT LABOUR ACTIVISTS

We appeal that threats and harassments against the following be stopped:

§ Anton Marcus, Joint Secretary, Free Trade Zone and General Services Employees? Union (FTZGSEU)

§ Saman Ratnapriya and Ravi Kumudesh of the Health Sector Trade Union Alliance (HSTUA)

§ Sampath Rajitha and Raja Kannangara of the Joint Railway Trade Union Alliance

§ Joseph Stalin of the Ceylon Teachers Union

These and other trade unionists in the country are being threatened and depicted as terrorists and traitors in a vicious campaign by some factions of the government and certain extremist political forces. To accuse innocent trade union activists, as terrorist collaborators must be stopped.

We urge the government of Sri Lanka to:

- Guarantee the safety of all trade union activists under threat and ensure an environment free of intimidation and fear which is conducive for the normal development of trade union activities.

- Investigate the complaints made by the aforesaid trade union activists to the police and take all appropriate measures necessary to ensure their safety and the free exercise of trade union activities.

- Ensure the due process of law on all acts of alleged threats, intimidations and union repressive manoeuvres and take appropriate and timely measure against all offenders disregarding their political and other influences.

Yours truly,

Sigantures.....
Enviada por Sérgio Bertoni, às 10:59 08/03/2007, de Curitiba, 08.03.2007


Tanques cheios as custas de barrigas vazias: a expansão da indústria da cana na América Latina
Os verdadeiros objetivos de Bush
Neste Dia Internacional de Lutas das Mulheres Trabalhadoras, dia em que o sanguinário mandante do império norte-americano chega ao Brasil buscando controlar a tecnologia e produção do álcool combustível, vale recordar o texto publicado no sítio do MST no início do mês que fala sobre a produção de biocombustíveis e a situação da mulheres trabalhadoras "contratadas" para o corte da cana-de-açucar.

Não importa se você, ao final da leitura, concorde ou não com todo o conteúdo do documento.

Como já afirmamos anteriormente, se houvesse mais transparência nos atos e negociações do governo federal e uma melhor comunicação com a população muitas confusões poderiam ser evitadas...

Confira, pois é um importante subsídio ao debate.

Nós, representantes de entidades e movimentos sociais do Brasil, Bolívia, Costa Rica, Colômbia, Guatemala e República Dominicana, reunidos no seminário sobre a expansão da indústria da cana na América Latina, constatamos que:

O atual modelo de produção de bioenergia é sustentado nos mesmos elementos que sempre causaram a opressão de nossos povos: apropriação de território, de bens naturais, de força de trabalho.

Historicamente a indústria da cana serviu de instrumento para a manutenção do colonialismo em nossos países e a estruturação das classes dominantes que controlam até hoje grandes extensões de terras, o processo industrial e a comercialização. Este setor se baseia no latifúndio, na superexploração do trabalho (inclusive no trabalho escravo) e na apropriação de recursos públicos. O setor se estruturou no monocultivo intensivo e extensivo, provocando a concentração da terra, da renda e do lucro.

A Indústria da cana foi uma das principais atividades agrícolas desenvolvida nas colônias. Permitiu que setores que controlavam a produção e a comercialização conseguissem acumular capital e com isso contribuir para a estruturação do capitalismo na Europa. Na América Latina, a criação e o controle do Estado, desde o século XIX, continuaram a serviço dos interesses coloniais. Atualmente, o controle do Estado por este setor é caracterizado pelo chamado ?capitalismo burocrático?. A indústria da cana definiu a estruturação política dos Estados nacionais e das economias latino-americanas.

No Brasil, a partir dos anos 70, quando houve a chamada ?crise? mundial do petróleo, a indústria da cana passa a produzir combustível, o que justificaria sua manutenção e expansão. O mesmo ocorre a partir de 2004, com o novo Pró-Álcool, que serve principalmente para beneficiar o agronegócio. O governo brasileiro passa a estimular também a produção de biodiesel, principalmente para garantir a sobrevivência e a expansão de grandes extensões de monocultivo da soja. Para legitimar essa política e camuflar seus efeitos destruidores, o governo estimula a produção diversificada de biodiesel por pequenos produtores, com o objetivo de criar o ?selo social?. As monoculturas têm se expandido em áreas indígenas e em outros territórios de povos originários.

Em fevereiro de 2007, o governo estadunidense anuncia seu interesse em estabelecer uma parceria com o Brasil para a produção de biocombustíveis, caracterizada como principal ?eixo simbólico? na relação entre os dois países. Essa é claramente uma face da estratégia geopolítica dos Estados Unidos para enfraquecer a influência de países como Venezuela e Bolívia na região. Também justifica a expansão de monocultivos da cana, soja e palma africana em todo o território latinoamericano.

Aproveitando-se da legítima preocupação da opinião pública internacional com o aquecimento global, grandes empresas agrícolas, de biotecnologia, petroleiras e automotivas percebem que os biocombustível representam uma fonte importante de acumulação de capital.

A biomassa é apresentada falsamente como nova matriz energética, cujo princípio é a energia renovável. Sabemos que a biomassa não poderá realmente substituir os combustíveis fósseis e que tampouco é renovável.

Algumas características inerentes da indústria da cana são a destruição do meio ambiente e a superexploração do trabalho. Utiliza-se principalmente da mão-de-obra migrante. Portanto, estimula processos de migração, tornado os trabalhadores mais vulneráveis e dificultando ainda mais sua organização. O duro trabalho no corte da cana tem causado a morte de centenas de trabalhadores.

As mulheres trabalhadoras no corte da cana são ainda mais exploradas, pois recebem salários mais baixos ou, em alguns países, como na Costa Rica, não recebem seu salário diretamente. O pagamento é feito ao marido ou companheiro. É comum também a prática do trabalho infantil em toda a América Latina, assim como a exploração de jovens como principal mão-de-obra no estafante corte da cana.

Os trabalhadores não têm nenhum controle sobre a pesagem de sua produção e consequentemente de seu salário, pois são remunerados por quantidade de cana cortada e não por horas trabalhadas. Esta situação tem sérios efeitos para a saúde e causa até mesmo a morte de muitos trabalhadores por fadiga, pelo trabalho excessivo que demanda o corte de até 20 toneladas de cana por dia. A maioria das contratações é terceirizada por intermediários ou ?gatos?. Isso dificulta a possibilidade de reivindicação dos direitos trabalhistas, pois não existe um contrato formal de trabalho. A figura do empregador é escondida nesse processo, que nega a própria relação de trabalho.

O Estado brasileiro estimula a utilização de terras dos assentamentos de reforma agrária e de pequenos agricultores, que atualmente são responsáveis por 70% da produção de alimentos, para produzir biocombustíveis, comprometendo a soberania alimentar.

Portanto, assumimos o compromisso de:

Ampliar e fortalecer as lutas dos movimentos sociais na América Latina e no Caribe, por meio de uma articulação entre as organizações dos trabalhadores existentes e as entidades de apoio.

Denunciar e combater o modelo agrícola baseado no monocultivo concentrador de terra e renda, destruidor do meio ambiente, responsável pelo trabalho escravo e a super exploração da mão de obra. A superação do atual modelo agrícola passa pela realização da Reforma Agrária ampla que elimine o latifúndio.

Fortalecer as organizações de trabalhadores rurais, assalariados e camponeses para construir um novo modelo alicerçado na agricultura camponesa e na agroecologia, com produção diversificada, priorizando o consumo interno. É preciso lutar por políticas de subsídios para a produção de alimentos. Nosso principal objetivo é garantir a soberania alimentar, pois a expansão da produção de biocombustíveis agrava a situação de fome no mundo. Não podemos manter os tanques cheios e as barrigas vazias.

São Paulo, 28 de fevereiro de 2007
Enviada por Sérgio Bertoni, às 10:16 08/03/2007, de Curitiba, PR


Viva o Dia Internacional de Lutas das Mulheres Trabalhadoras
Capa do caderno publicado por TIE-Brasil
Clique para ampliá-la
Hoje, 8 de março, comemora-se o Dia Internacional de Lutas das Mulheres Trabalhadoras.

As companheiras seguem lutando por seus direitos em todo o mundo, mas infelizmente são muitos os países onde o 8 de março não é comemorado como um dia de lutas.

Há países onde esta data é comemorada como se fosse um dia das mães. Em outros países, como se fora o dia da dona de casa.

Nos chamados países "desenvolvidos" comemora-se este dia em homenagem às 129 mulheres que teriam morrido queimadas vivas em um fábrica durante uma greve em Nova Iorque no anos de 1857.

As Mulheres Trabalhadoras comemoram o seu dia de Lutas, das lutas por dias melhores, pelo fim da opressão e da injustiça capitalista.

A origem do 8 de março está exatamente nas Lutas das Mulheres Trabalhadoras e Socialistas por seus direitos e pelo fim do sistema capitalista.

O mito da mulheres de Nova Iorque foi criado durante a Guerra Fria para esconder uma outra greve, ocorrida na cidade de São Pertersburgo, Rússia, que deu origem a Revolução Russa de Fevereiro de 1917.

A história completa sobre a origem do dia 8 de março você pode encontrar na publicação "O Dia da Mulher nasceu das mulheres socialistas" publicado por TIE-Brasil em parceria com o NPC.

Leia e veja o que a companheirada já fez por este mundo afora em defesa de seus interesses e de um mundo justo e fraterno!

Viva a Luta Internacional das Mulheres Trabalhadoras!!!
Enviada por Sergio Bertoni, às 09:16 08/03/2007, de Curitiba, PR


Álcool não é ALCA!
O Etanol é nosso!!!
A visita de Bush tem como objetivo enquadrar o Brasil e dominar a produção de álcool no país para evitar que os EUA dependam deste produto como hoje eles dependem do petróleo.

O governo brasileiro terá que ter muito pulso para não se deixar levar pela ladainha integracionista de última hora de um governo sanguinário metido com as maiores atrocidades que a humanidade viu desde Hitler e Stálin.

A questão é que os gringos pretendem montar a OPEA (Organização dos Países Exportadores de Álcool) - uma espécie de OPEP do álcool, sob sua batuta para estabelecer as regras do mercado, assim como a padronização do produto para que o mesmo possa ser comercializado em bolsas de valores tal como ocorre com o petróleo hoje em dia.

A primeira vista isso poderia parecer interessante ao Brasil, mas não é.

O governo Bush está pela tabelas e a economia do império demonstra sinais de fragilidade nunca dantes vistos. A "comunista" China sustenta maior parte do déficit público norte-americano, o maior do mundo. Se a China espirrar os Estados Unidos pegam um resfriado. E se os EUA se "resfriarem" a China pode pegar uma gripe e por aí vai... É só ver o que está acontecendo com as bolsas norte-americanas depois da queda da bolsa de Shangai para comprovar a relação carnal e íntima entre as economias destes dois "opostos".

O etanol é nosso!!!

Vejamos os números: EUA e Brasil juntos produzem hoje 37 bilhões de litros de álcool por ano e são responsáveis por 80% das exportações mundiais do produto!!! Isso justificaria o interesse dos EUA em ter o Brasil como associado e co-fundador da OPEA.

Acontece que só o Brasil produz 17 bilhões de litros, dos quais exporta cerca de 3,5 bilhões anualmente. Em outras palavras, o Brasil não precisa dos EUA para nada, só na qualidade de consumidor disposto a pagar o que nós pedirmos. E é exatamente aí que mora toda a esperteza dos gringos. Eles querem controlar a produção de álcool antes que o Brasil fique independente demais e passe a exigir preços ou ditar as regras deste mercado para os gringos.

Como o governo brasileiro não tem divulgado o que está negociando com os EUA, cria-se toda uma expectativa negativa na sociedade. Acostumada que está com governos nacionais que sempre entregam as jóias de nossa coroa aos tubarões imperialistas, a sociedade pergunta-se se não estaria em curso mais uma vez a submissão dos interesses nacionais de longo prazo aos interesses imediatos de alguns setores produtivos e, o pior, a submissão nacional aos interesses do império?

Esta sensação aumenta quando analisamos o que os gringos tem dito sobre o álcool e comparamos com dados sobre a produtividade nacional no setor. Nota-se claramente que a produtividade brasileira no setor é muito maior que a gringa. A cana-de-açucar pode gerar 7300 litros de álcool por hectare plantado, enquanto que o milho não chega a 3000 litros. Além disso para cada unidade de energia gasta na produção do álcool de cana, obtém-se 8 unidades de energia!!! No caso do milho ou da beterraba esta relação cai para 2 unidades. Traduzindo, em termos energéticos o álcool brasileiro é 6 ou 7 vezes mais produtivo que o álcool dos gringos.

Por isso eles querem se abraçar ao Brasil. É o abraço do afogado. Como eles já estão pelas pirambeiras ou nos levam para lá também ou se apóiam na gente para se salvar e tentar controlar o "pote de ouro" que está na origem do arco-iris: a biodiversidade, a biomassa, os biocombustíveis, energias renováveis e ecologicamente limpas.

Isso tudo aumenta em muito a responsabilidade do governo e do povo brasileiro. Este tema não é um assunto para ser tratado apenas por negociadores oficiais. Estamos diante de um debate nacional estratégico que merece a participação de todo o povo brasileiro.

Assim como a criação da Petrobrás foi um tema nacional, de debate popular e de grandes manifestações públicas através da campanha "O Petróleo é nosso", o álcool e os biocombustíveis devem ter o mesmo tratamento, afinal os dados mostram claramente que "O Etanol é nosso".

A defesa intransigente de nossa tecnologia e de alternativas renováveis de energia não é apenas uma retórica nacionalista e momentânea para ficar bem na fita ou agradar a ecologistas, ambientalistas e eco-chatos de plantão. É uma questão de soberania e desenvolvimento nacionais.

Álcool não é ALCA

Fontes do governo norte-americano andam dizendo que "se a ALCA [como projeto de integração dominante e imperialista] não deu certo, então vamos de álcool".

No passado muitas empresas norte-americanas sabotearam o Programa Pro-Álcool brasileiro, comprando cientistas e especialistas que iam aos meios de comunicação defender a produtividade e as vantagens econômicas dos veículos movidos a gasolina, enquanto Bautista Vidal e outros cientistas nacionalistas se batiam para defender o álcool combustível. Se no final dos anos 70 o programa chefiado por Bautista Vidal teve apoio oficial do governo, no início dos anos 90 ele já não contava com o apoio de ninguém e as transnacionais automobilísticas não ofereciam mais veículos com motores a álcool aos consumidores brasileiros. O lobby do petróleo/automotriz havia ganho aquela batalha.

É preciso virar este jogo!!! Acabar com esta submissão econômica e tecnológica. É preciso se mobilizar e mostrar que a tecnologia do biocombustível é nossa e serve para melhorar a vida dos Trabalhadores e do Planeta e não para alimentar o luxo e o conforto de uma minoria de ricos e gringos mal acostumados que vivem na luxuria às custas do terceiro mundo.

O etanol e os biocombustíveis não podem ser apenas uma mera mercadoria negociada em bolsas de valores para deleite de especuladores e amantes de jogos de azar. Devem servir como instrumento de geração de emprego e renda, além de ajudar a salvar o mundo da catástrofe ecológica criada pelo consumo desenfreado de combustíveis fósseis não renováveis estimulado pelo sistema capitalista.

O Brasil tem uma chance extraordinária para virar este jogo e liderar o movimento que, diferentemente do que acontecesse hoje no sistema capitalista de destruição do homem e da natureza, fará com que meio-ambiente e desenvolvimento sócio-econômico caminhem lado-a-lado e de mãos dadas, ... É só não se submeter à jogada fascistóide de Bush e sua turma.

Mais informação evita confusão

No programa de rádio "Café com o presidente", Lula ensaiou um discurso forte fazendo um contraponto aos EUA e sua política de subsídios. Mas o governo tem se comunicado mal com a sociedade. Aliás a comunicação, que parecia ter melhorado no final de 2006 começo de 2007, voltou ao mesmo estágio sofrível e deficiente da era 2004-2006.

Até Getúlio Vargas sabia que se não houver mobilização e apoio do povo estes discursos fortes acabam virando bravatas que ninguém leva a sério. Uma melhor comunicação do governo com seu próprio povo, fornecendo mais e melhores informações evitaria toda uma série de confusões.

Já passou da hora do governo começar a governar com o povo. Não importa para quem Lula governa e sim com quem governa. Qualquer populista, milico deslumbrado, pode governar para o povo. Lula precisa governar com o povo. Para isso ele foi eleito! Portanto, é preciso comunicar-se diretamente com este povo. Caso contrário, pouca diferença fará sua presidência, tanto em termos políticos, como em termos educacionais e de cidadania.
Enviada por Sergio Bertoni, às 11:34 06/03/2007, de Curitiba, PR


CMS prepara protestos contra visita de Bush
Os protestos organizados pela CMS - Coordenação dos Movimentos Sociais terão cartazes, bonecos, intervenções artísticas e um "banho de tinta vermelha" para representar as mortes no Iraque.

Quando o presidente norte-americano, George W Bush, desembarcar no Brasil, no próximo dia 8, encontrará o maior esquema de segurança já montado no país para a visita de um chefe de Estado. Além de contar com uma frota de seguranças e outros serviços de inteligência, a comitiva de Bush não divulgará os lugares exatos por onde ele passará.

Os riscos que George Bush sofra um atentado terrorista no Brasil são poucos, mas ninguém garante que o gringo não levará uma banho de tinta."Nas passeatas, vamos tentar representar, com a tinta vermelha, o sangue dos povos do Iraque", disse Lúcia Stúmpf, diretora de Relações Internacionais da UNE - União Nacional dos Estudantes.

Lúcia participa da coordenação dos protestos contra a visita de Bush ao Brasil e a expectativa é reunir mais de 20 mil pessoas no grande ato público que acontecerá no centro de São Paulo, a partir das 15 horas, com trajeto definido da Praça Osvaldo Cruz até o vão livre do Museu de Artes de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista.

Além das faixas e das palavras-de-ordem, a passeata vai contar com muita irreverência e intervenções artísticas dos estudantes. Serão esquetes teatrais, performances com bonecos, cartazes, faixas, adesivos, e protestos bem humorados em redes de lanchonetes norte-americanas.

?Contra o inimigo número 1?

Os protestos acontecerão também em outras cidades do país, demonstrando a insatisfação do povo brasileiro com a política de Bush. Apesar do segredo a respeito do paradeiro de Bush no Brasil, os estudantes prometem que vão encontrá-lo de algum jeito. O presidente norte-americano deve desembarcar na noite do dia 8.

Durante o dia 9, Bush vai se reunir com autoridades brasileiras para tratar, principalmente, de temas ligados à questão energética.

Em entrevista à rádio CBN,na sexta-feira (2), o membro da executiva nacional da CUT, Antônio Carlos Spis, disse que a mobilização não é contra os Estados Unidos, mas sim contra seu atual mandatário: "Queremos a integração do continente americano e a irmandade com o povo de todos os países". A diretora da UNE reforçou o discurso: "Somos solidários aos jovens americanos que morrem nos campos de batalha."
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:10 06/03/2007, de Curitriba, PR


Free Software Foundation pede a empresas PCs livres
A Free Software Foundation (Fundação do Software Livre) pediu à Sun Microsystems, HP, Lenovo, Dell e outras montadoras que vendam computadores com nenhum sistema operacional instalado, e que possuam soluções livres.

Segundo a FSF, "o documento recomenda que as indústrias tenham alguma ação em cinco áreas: desenvolvimento de drivers gratuitos, acabar com o "imposto Microsoft", remover o bloqueio à sobrescita do BIOS proprietário, ter suporte aos BIOS livres e rejeitar o famoso DRM (Digital Restrictions Management)."

Peter Brown, diretor executivo da FSF, acredita que a Microsoft acaba impondo as características de hardware aos fabricantes, que acabam se sentindo pressionados por ela. Com um computador sem sistema operacional ou com Linux, além das indústrias terem a liberdade de escolherem a configuração de hardware, muitos usuários poderão, em seguida, decidir qual sistema terá como padrão na máquina - desejos de incontáveis usuários.

A FSF usou como destaque os milhares de pedidos de usuários do Dell IdeaStorm, sendo incostestável o maior desejo de ter computadores sem sistema operacional ou baseado em software livre.

Veja mais em:

www.fsf.org (em inglês)
br-linux.org
Guia do Hardware
Enviada por Sergio Bertoni, às 10:18 06/03/2007, de Curitiba, PR


Lula critica subsídios norte-americanos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta segunda-feira (5), no programa "Café com o presidente", os subsídios norte-americanos na agricultura. Segundo Lula, agricultura e álcool devem ser os principais temas do encontro com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que visita o Brasil na próxima quinta-feira (8).

"Na própria discussão na OMC, a acusação que se faz aos Estados Unidos é que os Estados Unidos têm subsídio muito forte para a sua agricultura. Então, o que nós estamos pedindo é que os Estados Unidos deixem de dar o subsídio que dão hoje."

O presidente criticou ainda a taxação dos Estados Unidos sobre o álcool combustível (etanol) brasileiro. "Se é para ter livre comércio, vamos ter livre comércio para que a gente tenha oportunidade de vender e de comprar. Não tem sentido a alta taxa que os Estados Unidos impõem ao álcool brasileiro", afirmou Lula.

Segundo Lula, os Estados Unidos, ao produzir álcool de milho, elevam o preço do combustível. "Quando os Estados Unidos tiram o milho do mercado de ração para produzir álcool, o álcool fica caro e o milho também fica caro."
Enviada por Luna Sol, às 13:47 05/03/2007, de Caracas, Venezuela


Milícia Armada da Vallourec Mannesmann assassina Trabalhador
NOTA À IMPRENSA E À SOCIEDADE

MILICIA ARMADA DA VM - Vallourec Mannesmann - ASSASSINA COVARDEMENTE GERAIZEIRO DA COMUNIDADE DE CANABRAVA - MUNICIPIO DE GUARACIAMA/ COMARCA DE BOCAIÚVA - NORTE DE MINAS GERAIS

Antonio Joaquim dos Santos, lavrador e extrativista, 32 anos, casado, pai de quatro filhos foi assassinado covardemente por um guarda armado da VM - Vallourec Mannesmann - empresa que vem plantando milhares de ha de monocultura do eucalipto no Norte de Minas Gerais. Este assassinato é um desdobramento de um violento processo de expropriação das populações tradicionais do Norte de Minas em virtude da expansão da monocultura do eucalipto na região. Segundo informações obtidas na comunidade, o assassinato aconteceu ontem, dia 26 de fevereiro de 2007 às 21 horas, quando Joaquim junto com sua filha, Eudisleia dos Santos, de 16 anos retornava para casa após coletar lenha para ser utilizada em sua residência. Dois guardas armados contratados pela VM, conhecidos como Claudinei e Joãozinho de Carmina, após prenderem o Antonio Joaquim, o amarraram, e após baterem nele dispararam 2 tiros na boca em frente de sua filha.

Este fato aconteceu em uma das plantações de monocultura do eucalipto certificada pelo FSC - Conselho de Manejo Florestal - que teoricamente garante um manejo ecológico e responsabilidade social. Há muitos anos a Rede Alerta contra o Deserto Verde, uma rede que luta contra a expansão indiscriminada das monoculturas do eucalipto no Brasil denunciando a VM em virtude do impacto ambiental, social e econômico de suas plantações. No ano passado a comunidade de Canabrava fez uma denúncia internacional relatando o seu sofrimento e a falta de alternativas, entre estas o desmatamento dos cerrados provocado pela empresa deixando a comunidade sem acesso à lenha e às frutas nativas além do secamento do rio Canabrava. A resposta da VM foi a de aumentar a pressão sobre a comunidade que vivia desde então aterrorizada com as ameaças da milícia que pressionava inclusive quando as crianças, de volta da escola, traziam pequenos feixes de lenha na garupeira de suas bicicletas.

Segundo informantes da comunidade o Antonio Joaquim foi retirado pelos guardas da VM da propriedade de seu irmão onde tinha o costume de coletar lenha. Prenderam Antonio e sua filha e os arrastaram para dentro da área da VM, agredindo-os, ameaçando de morte Eudisleia. Alguns moradores que presenciaram o fato solicitaram que os soltassem. Sem atender o pedido, eles os levaram presos até que o amarraram em uma árvore e dispararam dois tiros em sua boca na presença da filha.

Esta não é a primeira vez que membros da comunidade de Canabrava são ameaçados pela milícia armada da VM. Existem diversos relatos e denuncias de apreensão de carroças, de ferramentas de trabalho dos agricultores, e de violência verbal e física contra os moradores. Na comunidade está instalado um clima de terror, com os moradores perdendo o direito de ir e vir em virtude das constantes ameaças. A Rede Alerta contra o Deserto Verde acionou autoridades agrárias e dos direitos humanos para uma intervenção imediata e enérgica contra os desmandos da VM, a saber: a Coordenadoria de Direitos Humanos, Meio Ambiente e Conflitos Agrários do Ministério Público de Minas Gerais através do Dr. Afonso Henriques de Miranda Teixeira, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa deputado Durval Ângelo, a Ouvidoria Agrária Nacional através do Desembargador Gercino José da Silva Filho, o Promotor da Bacia do São Francisco, Dr. Paulo César, o ITER através do Dr. Luiz Chaves. Denuncias vão ser encaminhadas ao FSC Brasil e FSC Internacional para uma cassação imediata do Selo Verde que foi outorgado à VM mesmo sabedores dos impactos ambientais e das condições desumanas que esta empresa vem tratando a comunidade.

REDE ALERTA CONTRA O DESERTO VERDE

CAA NM - CPT - FÓRUM REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO NORTE DE MINAS - MST - ASA MINAS GERAIS

Contato: CPT, em BH: tel: 031 3466 0202 com Marcilene.

Um abraço terno. Frei Gilvander Moreira
email: gilvander@igrejadocarmo.com.br
Enviada por Ubirajara de Freitas, às 13:44 05/03/2007, de Belo Horizonte, MG


Trabalhadores Protestam em Frente a Seara/Cargill
Dia 28 de fevereiro é uma referência para os Trabalhadores no combate a LER

Mais da metade dos trabalhadores da Seara/CARGILL admitem ter adquirido algum tipo de problema de saúde devido as condições de trabalho. Preocupados com o descaso da Multinacional dirigentes sindicais realizaram um protesto em frente a Sede da Seara/CARGILL em Itajaí, neste dia 28 de fevereiro: Dia Internacional de Combate a LER. No ano de 2006 trabalhadores e lideranças estiveram mobilizados em frente a Unidade de Jaraguá do Sul para pressionar a Multinacional a rever algumas atitudes e parar de encaminhar os trabalhadores com o auxilio de doença para o INSS. Nada mudou.

Debaixo de um sol quente, o suor era inevitável. Para quem sempre chegava na unidade da Seara/Cargill sabendo que iria encontrar o frio e a umidade este dia foi diferente. Com bonés brancos na cabeça para se proteger do sol ao invés das tocas brancas que por muito tempo usaram dentro da empresa para produzir o lucro da Multinacional e que nunca imaginaram que um dia teriam de estar na frente da empresa exigindo o fim do descaso com a saúde dos que ainda estão dentro de fábrica. E, além disso, há as dores em varias partes do corpo. Dores que começaram e se agravaram produzindo a riqueza. Mas a riqueza de quem? Quem é o dono deste prédio bonito, com fechadas de vidros escuros? E com uma ?banca? de sorvetes (sorvetes de ?marca?) na portaria da empresa. Para muitos foi estranho. Para outros curioso. Para outros revoltantes: ?quem produz não pode nem ir ao banheiro e aqui tem sorvetes na portaria? comenta um trabalhador segurando a muleta. Mas todos queriam ser ouvidos, apenas serem ouvidos. Os olhares atentos tentavam entender o que acontecia dentro da empresa. Por que aquelas pessoas armadas? Talvez fosse para intimidar ou talvez para dizer a comunidade de Itajaí que estavam se protegendo. Mas de quem?

O ato - No dia de ontem (28/02) os Sindicatos da Alimentação juntamente com a CONTAC e CUT-SC fizeram uma mobilização em frente ao escritório central da Multinacional em Itajaí ? SC. Além dos Sindicatos de Alimentação de Criciúma e Jaraguá do Sul e da Associação de Portadores de LER de Jaraguá do Sul estiveram presentes os Sindicatos dos Trabalhadores no Comércio de Itajaí e Jaraguá do Sul, Dos Metalúrgicos de Jaraguá do Sul e Joinville, Dos Mobiliários e dos Vestuários de Jaraguá do Sul, pois todos convivem com os mesmos problemas de doenças profissionais e os descasos dos patrões. A luta continua sendo as mesmas: o reconhecimento das doenas ocupacionais e o trtamento mais digno aos trabalhadores.

?Trabalhar sim, adoecer não? - Assim que os trabalhadores expressavam o seu desabafo em frente ao escritório da Seara/CARGILL. Para o trabalhador J.M, que trabalhou na empresa por mais de 10 anos e foi demitido quando começou a exigir a CAT por seus problemas no braço, a ?única coisa que ganhei da CARGILL nesses 10 anos de empresa foi a humilhação de meu chefe me chamando de analfabeto e burro?. Deixando claro que junto com a LER vem a pressão para dizer que a doença não existe, já que os sintomas não podem ser diagnosticados sem a realização de exames masis complexos.

Valdirene - O caso Valdirene também foi lembrado neste dia. A trabalhadora de Forquilhinha se tornou um símbolo de luta para todos os trabalhadores do Brasil no combate a LER. Segundo Célio Elias, Secretário Geral do STIA de Criciúma, ?Valdirene não foi a primeira e, infelizmente, não será a última. Mas precisamos dar um basta nesta mutilação de trabalhadores dentro das empresas. Valdirene é o símbolo do descaso e da covardia da Seara/Cargill?. Segundo Elias, ?O Sindicato realizará esta semana mais atividades nas cidades de Forquilhinha e Nova Veneza para repudiar esta mutilação e descaso das empresas?.

28 de fevereiro - O Presidente do STIA de Criciúma, Renaldo Pereira enaltece que ?queremos que a data de 28 de fevereiro não seja uma data comemorativa e sim uma data em que daremos um basta a esta mutilação vergonhosa dos trabalhadores por estas multinacionais.?

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Criciúma e Região.
Enviada por Nilson Anotnio, às 15:16 01/03/2007, de Jaragua do Sul, SC


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