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Notícias(Março/2006)

(clique para ver todas)

A ética do PSDB barra CPI em São Paulo
PSDB barra CPI para investigar Nossa Caixa e governo Alckmin

Parlamentares do PSDB e da base de sustentação do governador paulista, o pré-candidato tucano à Presidência Geraldo Alckmin, impediram ontem a abertura de uma CPI para investigar as denúncias de irregularidades no banco estatal Nossa Caixa.

O pedido de abertura da comissão parlamentar de inquérito na Assembléia Legislativa de São Paulo partiu do líder do PT, deputado Enio Tatto - que também solicitou a convocação de quatro pessoas suspeitas de envolvimentos em fraudes do banco - entre elas Roger Ferreira, agora ex-assessor especial de Comunicação de Alckmin. Ferreira pediu demissão na segunda-feira por conta das denúncias.

Dos 14 presentes à reunião de líderes feita ontem para deliberar sobre o pedido de abertura da CPI, 10 votaram contra e três se ausentaram (deputados do PRN, PCdoB e PSC - partidos da base aliada). Apenas Tatto votou a favor da instalação da CPI.

Os deputados governistas também retringiram a Comissão de Fiscalização e Controle da Assembléia a solicitar apenas os dados envolvendo contratos publicitários da Nossa Caixa que já constam de investigação do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União (TCU).

O líder petista denunciou suposta "operação abafa" dos aliados de Alckmin para evitar a criação da CPI e acusou "blidagem" do governador, afirmando que nenhum dos 69 pedidos de instalação de comissões parlamentares para investigá-lo foi aprovado até hoje.

"Essa foi mais uma CPI das 69 que não deixam instalar pela blindagem em torno do Geraldo Alckmin. É uma blindagem completa orientada pelo Executivo, que prega - mas não cumpre - a lavagem ética", protestou Enio Tatto.

O líder do governo na Casa, deputado Edson Aparecido, negou qualquer "operação abafa" e disse que a iniciativa petista tem caráter eleitoral. "O PT, evidentemente, quer jogar tudo na mesma vala que a deles", disse.

De acordo com investigações do Ministério Público de São Paulo, há ilegalidade na intermediação de verbas publicitárias da Nossa Caixa para favorecer aliados do governo.
Enviada por Ubiraja Freitas, às 11:19 29/03/2006, de Belo Horizonte, MG


Sindicato entrega dossiê contra Seara/Cargill
Sindicato dos Trablhadores na Indústria de Alimentação de Jaraguá do Sul entrega dossiê de denúncias contra Seara/Cargill ao deputado Dionei

Por Sérgio Homerich

Objetivo é regulamentar a velocidade das esteiras nos frigoríficos de modo a reduzir os casos de doenças profissionais que afetam os trabalhadores

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Alimentação de Jaraguá do Sul e Região, Sérgio Eccel, entregou ao deputado estadual Dionei Walter da Silva (PT) uma proposta de Projeto de Lei que regulamenta a velocidade das nórias (esteiras) nos frigoríficos avícolas. Devido ao crescimento do consumo e da exportação da carne de frango, as vagas no mercado de trabalho não cresceram proprorcionalmente. A alta velocidade das nórias e o forte ritmo de trabalho exercido nos frigoríficos estão causando inúmeros casos de mutilações nos trabalhadores. "O patrão aproveitou os lucros das exportações nestes últimos anos e os trabalhadores ficaram com o ônus: a doença, as lesões", denuncia o presidente do Sindicato. Alguns dirigentes sindicais, entre eles, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Químicos, Plásticos e da Borracha de Jaraguá do sul e Região, Sérgio Ferrari, estavamn presentes na reunião com o deputado.

A proposta do Projeto de Lei está fundamentada no crescente número de trabalhadores que buscam os Sindicatos e o INSS como auxílio para seus problemas. No caso do INSS o caso é grave pois, além das empresas não assumirem a culpa pelo aparecimento das doenças profissionais, ainda colocam nas mãos da Previdência estes trabalhadores doentes. Para os trabalhadores a situação é muito mais grave: além de seus problemas pessoais e familiares que, muitas vezes, vem acompanhado de todas as consequências sociais, psicológicas e também de dificuldades na economia familar, ainda ficam sem nenhuma garantia de emprego quando retornam para a empresa. A proposta apresentada pelo Sindicato ao deputado Dionei traz consigo algumas medidas de prevenção aos trabalhadores. Entre elas estão a regulamentação da velocidade das "nórias" e a instalação de "tacógrafos" para controlar a velocidade das mesmas, ou ainda a regulamentação e a definição de parâmetros para a velocidade das "nórias".

Dossiê aponta barbaridades

O Sindicato também entregou ao deputado um dossiê dos fatos documentados desde a Assembléia de aprovação da Campanha Salarial do ano de 2005 até os dias de hoje.

Na Assembléia, realizada em novembro de 2005, os trabalhadores reprovaram a proposta patronal e definiram prazo de 10 dias para os patrões reverem a proposta. Como isso não aconteceu, foi deflagrada greve na Seara/Cargill.

Estes fatos, já de conhecimento do deputado, que interviu no caso da denúncia do Sindicato referente à violência policial nos dias da greve, até o que está acontecendo nos dias atuais com demissões de trabalhadores com doenças profissionais, com cirurgia marcada (uma trabalhadora internada no hospital e sendo liberada no dia da rescisão) e até casos de trabalhadores com HIV, estão no dossiê entregue ao deputado Dionei para ser analisado.

Dionei pretende encaminhar as denúncias ao deputado federal e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, em Brasilia, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT/SP), para que também ele conheça as barbáries que a empresa Seara/Cargill vem fazendo em nosso país.

Segundo o presidente do Sindicato, "são informativos e matérias veiculadas na imprensa desde o mês de novembro até hoje e que mostram a situação dos trabalhadores da multinacional em Jaraguá do Sul".
Enviada por Nilson Antonio, às 08:59 29/03/2006, de Jaraguá do Sul, SC


Nota de solidariedade às mulheres camponesas
Infelizmente, casos como o descrito abaixo, que não são poucos neste país, não merecem a devida atenção da grande imprensa. E quando se fala do problema, busca-se criminalizar os Trabalhadores, suas organizações e seus representantes legitimamente eleitos.
Por quanto tempo mais seremos obrigados a engolir o falso moralismo da ridícula direita nacional e sua imprensa viciada e dependente?

Está ocorrendo no Rio Grande do Sul uma situação absurda em que o Estado ao invés de defender os interesses da sociedade, coloca todas as suas instituições, especialmente as forças de segurança pública, a serviço dos interesses do grande capital. Nesse sentido querem transformar uma questão social num crime comum.

A manifestação das mulheres da Via Campesina, no 8 de março, teve como objetivo denunciar ao mundo os crimes ambientais e sociais das empresas que promovem o deserto verde, como a Aracruz. Elas agiram em defesa da vida, de uma forma de desenvolvimento rural que se baseia na agricultura camponesa, na reforma agrária, na preservação da biodiversidade e na construção da soberania alimentar.

A ação das mulheres provocou um debate mais crítico na sociedade brasileira e mundial sobre o agronegócio. Porque as empresas e a mídia vendem uma imagem de que grandes empreendimentos geram muitos empregos. Mas a Aracruz gera apenas 1 emprego a cada 185 hectares plantados com eucalipto, enquanto a agricultura camponesa gera no mínimo um emprego por hectare.

Estranhamente, ao invés de se preocupar em investigar as empresas, que com apoio financeiro dos governos, estão provocando destruição ambiental, desemprego e êxodo rural, concentração fundiária, entres outros crimes o Estado do Rio do Sul se apressa em achar um culpado ou culpada para ação contra o deserto verde.

A arbitrariedade com que agiu o delegado de polícia Rudimar de Freitas Rosales (delegado de polícia de Camaquã) acompanhados de seis agentes policiais , na casa da Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais, em Passo Fundo, demonstra que objetivo das investigações policiais não é esclarecer fatos, e sim incriminar lideranças, e dessa forma negar a legitimidade da luta coletiva realizada por mais de 2 mil mulheres contra o deserto verde.

Eles chegaram por volta das 14 hs, arrombaram o portão, invadiram o espaço da Associação com armas de fogo na mão e renderam sete mulheres e uma criança que ali se encontrava encurralando-as para o espaço da cozinha. Sendo questionadas de forma veemente as mulheres não estavam entendendo o que estava acontecendo, pois os policiais não haviam se identificados e se apresentado e nenhum mandado até aquele momento, somente após um tempo é que mostraram o mandado de ingresso expedido pelo Juiz DR. SEBASTIÃO FRANCISCO DA ROSA MARINHO.

A arbitrariedade foi tamanha que as mulheres só tiveram permissão para contatar com o advogado 1 hora e 20 minutos após a invasão. A busca não se deteve à secretaria da associação, revirando todo espaço (cozinha, área de serviço, quartos, as sacolas das mulheres, espalhando tudo no chão).

Levaram os CPUs dos computadores , CDs, disquetes, passagens urbanas e interurbanas, dinheiro, talões de cheques, todos os documentos da Associação, pastas com os projetos e prestações de contas, cadernos e anotações, símbolos da Associação e nem fizeram uma relação do que foi apropriado pela polícia.

Além disso, a polícia invadiu, sem mandado judicial a sede da Associação Nacional de Mulheres Camponesas, que funciona no andar inferior da Associação estadual e tem entrada por outra rua.

Na sede nacional os policiais humilharam a funcionária e uma mulher que estava no local, arrombaram gavetas, levaram dinheiro, passagens urbanas e interurbanas, CPUs, disquetes e cd´s. E esse material foi apropriado pela polícia sem nenhuma ordem judicial.

Ainda sem a presença do advogado, o delegado fez a intimação para que todas se apresentassem para depor, ainda na tarde do dia 21/03, obrigando-as a assinar a intimação e forçando-as para depor sem a presença do advogado.

Somente com a chegada do advogado, foi que as mulheres puderam ir ao banheiro e passaram a ser tratadas como seres humanos. A atitude do delegado e dos policiais desrespeitou não apenas os direitos humanos como revelou o machismo da instituição, pois só diante da presença masculina passassem a respeitar as mulheres.

Reafirmamos a luta pelos direitos humanos, especialmente das mulheres trabalhadoras, que estão sendo agredidas por defender a vida, a biodiversidade, a soberania alimentar da população brasileira.

Via Campesina ? Brasil
Enviada por Sérgio Vidal, às 09:18 27/03/2006, de Salvador, BA


Belarus: Ditadura, violência e fraude eleitoral
A antiga república soviética da Bielorrussia, hoje Belarus, cujo povo heroicamente lutou contra a invasão nazista durante a segunda guerra mundial vive seus piores dias.

Governada por Aleksander Lukashenko, um sujeito pouco normal, burocrata vindo da direção de uma fazenda coletiva e apoiado pelos orgãos de repressão, mais precisamente a KGB, a Belarus enfrenta forte estagnação econômica há 12 anos, falta de liberdades políticas e é obrigada a conviver com uma imprensa mentirosa e vendida aos donos do poder repressivo.

Em 19 de março foram realizadas "eleições" presidenciais no país. Observadores internacionais denunciaram a falta de democracia e várias irregularidades durante a votação. Vergonhosamente fraudado o resultado do pleito deu vitória ao ditador com 83% dos votos, ficando Aleksander Milinkevitch, o popular candidato oposicionista com apenas 6%. Ninguém acreditou na mentira. Imediatamente a população saiu às ruas para protestar contra a fraude e exigir democracia, paz e liberdade a este país tão sofrido.

Há doze anos no poder, Lukashenko já demonstrou várias vezes seu desprezo pelos direitos humanos, à democracia e à racionalidade. Apoiado pelos orgãos repressivos e pelo atual presidente da vizinha Rússia, Lukashenko persegue seus opositores implacavelmente. Fechamento de partidos e sindicatos oposicionistas é algo corriqueiro no país. Líderes sindicais são pressionados descaradamente. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Radio-Eletrônicas e Automobilísticas da Belarus, o REPAM, onde funcionava a coordenação da campanha do candidato oposicionista, foi invadido várias vezes antes e depois do pleito eleitoral. Nosso companheiro Aleksander Boukhvostov * , líder sindical e coordenador da campanha eleitoral oposicionista, sofreu um infarto e foi internado em um hospital público. Felizmente Boukvostov se recuperou e foi retirado do hospital rápidamente. Corria risco de morte, pois poderia ser envenenado ou "desaparecer" do hospital como já aconteceu com outros oposicionistas famosos em anos anteriores.

Na madrugada de 24 para 25 de março os manifestantes que ocuparam a Praça da Liberdade em frente ao palácio presidencial foram brutalmente reprimidos. Centenas de pessoas foram presas e milhares ficaram feridas. Lukashenko usou os meios de comunicação para comunicar ao povo que havia derrotado a revolução de forma enérgica e decidida.

Os governos europeus e norte-americanos anunciaram sanções contra o ditador belarus e a cúpula do seu governo que a partir de agora não poderão mais viajar livremente pelos países da União Européia ou pelos estados norte-americanos.

Esperamos que governos de todos os países que dizem respeitar a democracia, a excessão da Rússia, repudiem veemente a ditadura de Lukashenko e pressionem os poderes estabelecidos para que a democracia seja retomada naquele país.

O governo e o povo brasileiro não podem deixar de manifestar seu contudente repúdio a ditadores que usam da força bruta para roubar eleições e espancar cidadãos que se manifestam pacifica e democraticamente em praça pública.

* Aleksander Boukhvostov, coordenador da campanha do candidato de oposição, esteve no Brasil em 1997 quando visitou sindicatos de Trabalhadores metalúrgicos e teve uma longa reunião com Lula. Na ocasião ambos eram candidatos a presidente em seus respectivos países.
Enviada por Sergio Bertoni, às 08:53 27/03/2006, de Curitiba, PR


Trabalhadores na DCBR iniciam curso nesta sexta
Os Trabalhadores das 3 unidades na DCBR - DaimlerChrysler no Brasil (antiga Mercedes-Benz) iniciam nesta sexta-feira, 24 de março, em São Bernardo do Campo, o Terceiro Curso de Formação Contínua (CFC) dos Trabalhadores na DCBR.

Mantendo a mesma estrutura de 6 seminários dos dois CFCs anteriores, este novo curso vem com inovações interessantes. Primeiro que o conteúdo dos seminários foi elaborado pelos Trabalhadores na DCBR. Segundo que os participantes dos dois cursos anteriores trabalharão no novo curso na qualidade de formadores e coordenadores das atividades do 3o. CFC. Além disso em todas as 6 unidades do curso estão previstas visitas de intercâmbios às unidades da DC e de outras empresas do setor automobilístico.

Outra característica importante deste CFC é que os monitores/formadores têm liberdade para debater com o grupo e escolher a metodologia que melhor se aplique a este, fazendo com que o curso seja bastante dinâmico e flexível, livre de esquemas previamente elaborados. Isso permite que o grupo de Trabalhadores em formação possa opinar e participar nas decisões sobre os métodos a serem aplicados, eliminado a tradicional divisão social do trabalho, onde uns pensam e outros executam.

Os temas de cada um dos seminários são:
1. O que é Sindicato e História do Movimento Sindical.
2. Como se preparar para as negociações. Plano de ações.
3. Questões de Gênero, Reforma Sindical e Legislação Trabalhista
4. Mapeamento do Processo Produtivo e Evolução da Indústria Automobilística
5. Saúde do Trabalhador e Organização da Produção
6. Projeto de Formação no Chão de Fábrica.

Caso queira conhecer mais sobre a proposta do CFC do Trabalhadores na DCBR é só enviar uma mensagem para tie@tie-brasil.org informando seu e-mail, local de trabalho e telefone, que enviaremos o texto com a descrição do CFC
Enviada por Sérgio Bertoni, às 07:52 23/03/2006, de Curitiba, PR


Trabalhadores na Benteler fazem reunião nacional
Os Trabalhadores nas 4 unidades da Benteler, autopeças e sistemista de origem alemã que fornece para montadoras como Ford, Renault, Citroen-Peugeot, entre outras, realizam nestes dias 15 e 16 de março de 2006 sua Primeira Reunião Nacional.

A reunião realizada em Curitiba tem como objetivo intercambiar informações e experiências entre os Trabalhadores e Sindicalistas de base e conhecer-se mutuamente.

Os companheiros paranaenses mostraram sua hospitalidade e convidaram os delegados de outras plantas a conhecer a unidade onde trabalham, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Infelizmente a visita não foi possível, já que os responsáveis pela área de Recursos Humanos da Benteler em todo o Brasil não têm autonomia nenhuma para decidir questões simples como esta e precisam pedir benção ao chefão de RH na sede da Benteler em Campinas.

Por um motivo tão simples a empresa mostra o quão ela é anti-democrática, anti-sindical e fechada ao diálogo com seus Trabalhadores.

Apesar de todo o discurso de responsabilidade social que muitas empresas fazem na mídia, na verdade elas não praticam esta mesma responsabilidade com os seus próprios Trabalhadores, elementos chaves nos sistemas social e produtivo das empresas...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 01:00 16/03/2006, de Curitiba, PR


Scania persegue sindicalistas na Rússia
No dia 24 de fevereiro de 2006 os Trabalhadores na Scania-Piter, filial russa da transnacional sueca Scania, organizaram o seu Comitê Sindical de Base, a pervitchka, como chamam os russos.

Tão logo soube do ocorrido a direção da empresa começou a pressionar os Trabalhadores e no dia 26 de fevereiro o presidente do Comitê Sindical de Base - CSB, Andrei Perepelkin, recebeu a carta de demissão.

Os Trabalhadores são assediados com ameaças de demissão caso eles não repensem o que estão fazendo.

O CSB é formado por 15 pessoas dispostas a lutar por seus direitos. É preciso apoiar este companheiros neste difícil momento de resistência e luta. É muito importante para eles receber o apoio de seus companheiros de todo e mundo e saber que eles não estão sozinhos nesta luta.

Cartas de apoio podem ser enviadas para
78roman@mail.ru

Cartas de protesto contra o autoritarismo da Scania-Piter, enviar para
mail@scaniapeter.ru

ou para o fax da empresa (7812) 346-6879

Os telefones de contato de Andrei Perepelkin, Presidente do CSB são (7812) 946-4202 ou (7812) 388-0506
Enviada por Petr Zolatariev, às 02:22 14/03/2006, de Toggliatti, Rússia


Reserva de Vagas nas Universidades Públicas
Espalhem a notícia!!!!

É vitoriosa a ação social do Movimento Negro na defesa de reserva de vagas nas universidades públicas para a escola pública, respeitando a proporção de negros e índios presentes nas diversas regiões do Brasil.

No último dia 15 de fevereiro, no Ministério da Educação, em Brasília, foi fechado acordo entre os movimentos sociais, a ANDIFES (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) e o Ministério da Educação.

Veja os pontos do acordo e veja porque é necessário continuarmos atentos nesta luta:

A. Os pontos do acordo: Vitória do MSU! Brilho nos olhos de famílias inteiras da periferia!
1. As novas universidades federais adotarão desde seu começo a reserva de no mínimo 50% de vagas, por curso e por turno, para a escola pública, respeitando a presença de negros e índios por região.
2. As universidades federais já existentes adotarão, num prazo máximo de 6 anos, a reserva de vagas de no mínimo 50% das vagas, por turno e por curso, para a escola pública, respeitando a presença de negros e índios por região.
3. Para 2007, as universidades federais deverão garantir um mínimo de 12,5%, por curso e por turno, de vagas reservadas para a escola pública, respeitando a proporção de negros e índios presentes em cada região da federação brasileira.
4. O Ministério da Educação garantirá às universidades federais verba suplementar para a permanência (comida, moradia, livros, transporte) dos ingressantes pelo regime de reserva de vagas nas universidades federais.

B. A luta continua. No congresso e na sociedade é preciso de ação, ação e ação. Veja os últimos acontecimentos.

Os deputados Rodrigo Maia, Alberto Goldman e José Carlos Aleluia entraram com recurso, na Câmara dos Deputados, para que o projeto de reserva de vagas aprovado na Comissão de Contituição e Justiça da Câmara seja votado no Plenário. Eles querem ganhar no tapetão. O raciocínio é simples. O normal seria que o projeto fosse direto para o senado depois da aprovação em três comissões na Câmara. Como foi um golaço do MSU e dos movimentos sociais, o lobby do ensino privado reagiu usando de artimanhas do regimento da câmara, para tentar ganhar tempo - enrolar, pois o projeto está lá desde 1999 - e anular o gol, dizendo que nós estávamos em posição de impedimento.

É o lobby bilionário do ensino privado e dos cursinhos comerciais agindo, dando uma de juíz. Cerca de 80 deputados assinam o recurso. Desde que o MSU teve acesso ao recurso, os nomes dos deputados do lobby do ensino privado e dos traidores da escola pública foram colocados em www.msu.org.br, porque nossa luta é pública e pra valer.

Agora, devido ao grande efeito que já teve o envio de mensagens eletrônicas (e-mails) aos deputados, estamos novamente insistindo na tecla da necessidade de enviarmos de forma urgente e contundente mensagens para estes 80 deputados cobrando satisfações deles sobre seus posicionamentos como representantes do povo. Por exemplo, o deputado José Carlos Aleluia, que assinou pedido de urgência à favor e encabeça o recurso contrário, foi cobrado por coordenadores do MSU em seu próprio gabinete em Brasília: o homem ficou vermelho e bravo, irado, levantou a voz e não conseguiu justificar o injustificável: como ele assina um documento à favor de um projeto e depois um documento barrando o projeto?

Por que será que são sempre os mesmos que demonstram "pânico mal dissimulado/ diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer/ Plano de educação que pareça fácil e rápido/ e vá representar uma ameaça de democratização do ensino" como cantavam Caetano e Gil em Tropicália 2???
Enviada por Geraldo Werneck, às 02:07 14/03/2006, de Juiz de Fora, MG


Cargill demite Trabalhadora em tratamento médico
Depois de 10 anos dedicados à empresa, trabalhadora é demitida poucos dias antes de ser hospitalizada para tratamento de trombose na perna.

Doente, portadora de Tromboflebite superficial extensa - com início de trombose na perna direita -, a trabalhadora Maria Ângela Borges de Azevedo, 30 anos, recebeu no dia 7 uma notícia que aumentou ainda mais o seu drama: foi demitida da empresa Seara Cargill Alimentos, de Jaraguá do Sul, depois de 10 anos de trabalho no setor de limpeza de peito de frango.

Desde 9 de março, Ângela está internada para tratamento de saúde no Hospital e Maternidade São José e ali permanecerá até o dia 23. A rescisão do contrato de trabalho está marcada para o dia 15, no Sindicato.

"Ganhei a conta e estou internada, nem sei como vou fazer, porque ainda estarei hospitalizada" - indigna-se Maria.

A gerência do setor, a supervisora, o médico e a enfermeira da empresa sabiam desde janeiro do problema de saúde vivido pela trabalhadora. No dia 20 de janeiro, ela foi encaminhada para consulta com a médica Daniela Belia da Silva, que sugeriu o tratamento da doença com o médico angiologista Celso Orlando Storrer da Silva. O atendimento aconteceu no dia 9 de março. "Ele me disse que eu deveria estar internada desde janeiro, porque não posso ficar andando com a perna deste jeito, é caso de emergência", conta Ângela, mostrando o inchaço, as inflamações visíveis, manchas e febre localizada.

"O médico falou que a cirurgia só poderá ser feita daqui a três meses". A sua maior preocupação, no entanto, é com o Plano de Saúde da Unimed, mantido pela empresa."Acho que não tenho direito ao convênio se estiver demitida", receia a trabalhadora, que pensa nas dificuldades que terá pela frente para o sustento da filha Maiara, de seis anos.

Desde 1995, Maria Ângela trabalhava oito horas em pé, no ambiente frio e úmido do seu setor. "Esta doença só pode ter relação com o meu trabalho", acredita Maria Ângela. Enquanto as mulheres comemoravam o seu dia internacional, em 8 de março, ela vivia o drama da insegurança.

A direção do Sindicato ainda negocia para que a Seara Cargill reveja a demissão injusta da trabalhadora Maria Ângela. "Mas em nenhum caso, até hoje, a empresa voltou atrás", avalia o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Alimentação, Sérgio Eccel, sem muitas expectativas. "Eles não são obrigados a ficar com a trabalhadora mas, pelo menos, que devolvam ela para a sociedade da mesma forma como entrou na empresa, com saúde", protesta o presidente. "É difícil encontrar alguém com oito, dez anos de trabalho na Seara Cargill e que esteja com saúde. As mulheres ainda estão em situação mais complicada, porque já têm uma carga horária extenuante, levantam às 3 horas da manhã para trabalhar, voltam para casa à tarde para lavar roupa, cuidar dos filhos. E o pior é que a empresa está demitindo todo o pessoal mais antigo e que participou da greve ocorrida no final de dezembro do ano passado", denuncia Eccel.

Nesta semana o Sindicato pretende entrar com ação no Ministério Público do Trabalho contra a demissão injusta da trabalhadora Maria Ângela. "Estamos juntando outros exemplos absurdos ocorridos na Seara Cargill e vamos montar um dossiê de denúncias, alguma coisa precisa ser feita", apela o presidente do Sindicato de Alimentação. "A empresa reduziu a produção nos últimos meses, mas continuou demitindo trabalhadores e, assim, não diminuiu o ritmo desumano de trabalho, ou seja, não pode perder um frango, mas pouco importa a saúde e a sobrevivência dos seus trabalhadores", critica.

Somente no mês de fevereiro, a Seara Cargill demitiu 68 trabalhadores (18 delas foram pedidos de demissão), mais do que as rescisões ocorridas em toda a categoria (57) no mesmo período. Nesta sexta-feira, outras 24 rescisões foram encaminhadas ao Sindicato e no dia 15 de março serão mais 10. "Estas são apenas as que passam pelo Sindicato, porque se trata de trabalhadores com mais de um ano de empresa", lembra o presidente do Sindicato, salientando que "a rotatividade na Seara Cargill é alarmante".
Enviada por Nilson Antonio, às 01:38 14/03/2006, de Jaraguá do Sul, SC


Brasil coeso contra proposta norte-americana
Mais que indignação, o movimento social no Brasil mostrou-se firme e coeso em relação à atitude que o país deve ter para afastar qualquer possibilidade de interferência por parte da USAID na política de prevenção desenvolvida quando o assunto são os adolescentes e a prevenção. A coordenadora do Instituto Cultural Barong, Marta McBritton disse não ter sido uma surpresa a intenção da Agência Norte-Americana. "O fato do Brasil não aceitar o ABC, não faz com que a USAID mude de idéia. Esta verba tem diversas formas de entrar no Brasil que não seja por meio das ONG/Aids, chegando a pessoas reacionárias e conservadoras e que ninguém fique sabendo. Há um interesse financeiro e ideológico. Já ouvi dizer que a USAID tentou alocar essa verba por meio do Fome Zero. A USAID acredita na abstinência, é a política do BUSH e eles não vão desistir. E isto é mais forte ainda nos Estados Unidos. O Bush acredita nisso. Quem trabalha com jovens sabe que prevenção dessa forma não funciona. Eu vou convidar o Bush para trabalhar um dia no trailer do Barong no Guarujá para falar de abstinência, debaixo daquele sol, com aquele mar, para aqueles adolescentes cheios de hormônios à flor da pele",provocou Mcbritton.

Segundo Mário Scheffer, do Pella Vida de São Paulo, este tipo de imposição faz parte da política américana. "É um absurdo, mas é a forma como eles agem. Nossa função é não aceitar isso. Nós já criamos mecanismos suficientes para impedir ações que não tenham consonância com a política de prevenção adotada pelo governo e pela sociedade civil. Hoje é impossível implementar ações sem discussão prévia. É uma conquista. Já está dito que o Brasil não aceita interferência sobre sua política, a questão da soberania já está colocada. Se a USAID aceitar as determinações, não vejo problema nela continuar a auxiliar na luta contra a Aids. Qualquer orçamento a mais é bem-vindo," analisou Scheffer.

Já a Coordenadora Geral da Abia - Associação Brasileira Inderdisciplinar de Aids, Cristina Pimenta, considerou uma afronta à soberania nacional, aos profissionais de saúde e à sociedade civil como um todo. Pimenta lembrou que o tema o já havia sido conversado nos últimos dois anos. Ela lembrou que a política brasileira, do "governo com a sociedade civil", não aceitou o repúdio aos profissionais do sexo, que fazem parte da resposta brasileira à epidemia desde 1984. "Temos um trabalho de respeito aos direitos humanos e à cidadania, faz parte da prevenção." Ela fez questão de ressaltar que "a abstinência não pode existir como estratégia de prevenção. Não aceitamos esta imposição. Infelizmente, alguns países da América Latina aceitam isso. Toda resposta que o Brasil teve deve-se à multi-setorialidade e à multi-disciplinariedade - direitos humanos, cidadania, saúde, educação, vulnerabilidade da população. As pessoas mais vulneráveis, os adultos têm direito de exercer sua sexualidade. Quando falta o "C" (condom-camisinha), não podemos aceitar. Propor abstinência a pessoas jovens vai contra as evidências científicas de estudos realizados no mundo inteiro, inclusive nos Estados Unidos. No ambiente de trabalho, eles estão excluindo camisinhas como forma de prevenção para pessoas que têm vida sexual ativa", explicou Cristina Pimenta.

Redação Agência Aids
Enviada por Frederico Meyer, às 01:31 14/03/2006, de Nova Iorque, EUA


USAID alia-se ao Vaticano pela Abstinência Sexual
A USAID - AGÊNCIA DE COOPERAÇÃO DO GOVERNO NORTE-AMERICANO , INSISTE EM CONFRONTAR NOSSA SOBERANIA E O PROGRAMA NACIONAL DE DSTs/AIDS

Como se não bastasse ferir a soberania nacional, a USAID pretende agora interferir na vida sexual dos brasileiros, impondo a abstinência como única forma de prevenção às DSTs/AIDS.

Você aceita que o governo norte-americano diga o que você deve fazer na cama, algo que não é feito pelo próprio governo brasileiro?

Segundo as estimativas feitas no início dos anos 1990 pelo Banco Mundial, o Brasil teria hoje o dobro do número de infectados pela epidemia. Para nossa satisfação, as estimativas se mostraram equivocadas e isso graças a manutenção das estratégias de prevenção que incluem a distribuição de preservativos e o respeito aos direitos humanos.

Acreditamos que somente uma política coerente, baseada na participação cidadã, na autonomia, no bom senso, na pesquisa científica e no uso do preservativo, poderemos frear a disseminação das DSTs/AIDS não só no Brasil, mas em todo mundo.

O respeito às diferenças culturais, a soberania e ao conhecimento são essenciais para o enfrentamento de uma epidemia ainda incurável.

É inadimissível que, em pleno século XXI, ainda vejamos ideologias comuns na Idade Média - ou idade das trevas - serem postas em prática por um governo que se diz democrático, laico e desenvolvido. Exigimos respeito a nossa soberania e ao livre arbítrio do cidadão!

Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS
Enviada por Frederico Meyer, às 14:33 11/03/2006, de Nova Iorque, EUA


Neo-liberais não permitem aumentos reais. E agora?
Segundo o DIEESE as negociações salariais tiveram em 2005 o seu melhor ano desde 1996

Eis aqui mais um motivo para a oposição (a direita liberal e néo-liberal e a esquerda festiva) ficar de cabelo em pé.

Ao longo do ano passado, os Trabalhadores brasileiros obtiveram o melhor resultado, desde 1996, em suas negociações salariais coletivas. Essa é a conclusão de um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O reajuste pactuado com os empregadores foi equivalente ou superou a inflação em quase 90% das 640 negociações salariais de 2005 analisadas pelo Dieese. É o melhor resultado desde 1996, quando o órgão criou seu Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS).

Até então, o melhor resultado apurado pelo Dieese era o de 2004, quando se observou que 81% dos reajustes repunham de forma integral as perdas provocadas pela inflação.

"Convém ressaltar que 2004 é o ponto de reversão da tendência de resultados desfavoráveis aos trabalhadores nas negociações salariais, que se iniciou em 2001 e teve seu pior momento em 2003", ressalta o DIEESE.

Das negociações examinadas pelo Dieese em 2005, 72% determinaram reajustes salariais acima da inflação acumulada em um ano. Outras 16% resultaram em reajustes iguais à variação do INPC e somente 12% ficaram abaixo deste índice.

Os aumentos reais de salário foram mais freqüentes na indústria, com 84% do total do segmento. No comércio o índice chegou a 70%, no setor de serviços foi de 80%.

O Dieese usou como deflator o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ficam aqui algumas perguntas:
- Se a realmente o governo Lula é neo-liberal e incompetente e, por conseqüência, uma contiuidade do governo FHC, como querem alguns, por que então ele permite que Trabalhadores e empresários fecham acordos saláriais com aumento real?
- Por que os "competentes" governantes do passado recente só fizeram a renda do Trabalhador baixar?
- Será que todos os sindicatos estão realmente defendendo os interesses dos Trabalhadores?

É a primeira vez na história do país que se tem redistribuição de renda, moeda estabilizada, inflação controlada e Democracia que permite a livre ação e negociação entre os diversos agentes sociais.

Se a tendência se repetir neste ano, é água no moinho da reeleição de Lula.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 00:35 11/03/2006, de Curitiba, PR


O que é isso, banqueiros?
O COPOM mantém gradualidade na queda dos juros. Mas o culpado não é só o banqueiro Meirelles...

A decisão do triunvirato (Mantega, Meirelles e Palloci) que compõe o Conselho de Política Monetária - COPOM , em reduzir a taxa de juros básica em 0,75% é conservadora, medrosa e impede o crescimento sustentável do país.

Um dos argumentos usado para sustentar esta política injusta e irracional que mantém o país escravo da dívida interna e dos detentores dos títulos públicos é ridículo. Afirmar que a agitação que ocorreu nos mercados internacionais nesta semana leva o Copom a cautela é mostrar medo, falta de coragem em assumir que se faz a coisa errada em benefício de uns poucos. Por isso é preciso culpar alguém de fora. As várias equipes econômicas que gerenciam o país sempre culpam fatores externos para justificar suas decisões internas impopulares. É um mito.

Mantida esta gradualidade até 01 de outubro, o COPOM poderá "gradualmente" fazer mais estragos ao governo Lula que todas as acusações ou ataques da oposição já feitos.

Este medo todo, além de derrubar qualquer esperança, poderá criar uma das mais poderosas alianças anti-governamentais deste país, unindo um amplo espectro de forças políticas, da direita católica a setores do movimento sindical passando pelo empresariado industrial, que lentamente vai afinando o discurso contra os juros altos e a farra do capital financeiro.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:00 09/03/2006, de Curitiba, PR


Gestor do valerioduto processa PFL e PSDB
O empresário Marcos Valério, publicitário que geria o chamado valerioduto, decidiu acionar judicialmente o PSDB e o PFL.

Vai cobrar os R$ 10,5 milhões que repassou, por meio da agência SMP&B, para o caixa dois da coligação que se formou em torno do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) nas eleições para o governo de Minas Gerais em 98.

Para quem não se lembra quem governava o Brasil naquela época e candidato a reeleição era FHC, encabeçando a coligação PSDB/PFL.

Valério contratou o advogado Rodolfo Gropen, de Belo Horizonte, para mover o processo. O advogado de Valério está reunindo os documentos que instruirão o processo e pretende ajuizar a ação na Justiça Federal de Minas no mês de março.

A CPI dos Correios tem agora mais um motivo para aprofundar suas investigações e provar que realmente quer passar o país a limpo.

Depois do que ocorreu na última semana a CPI pode provar que é séria e que não faz o joguinho sujo de determinados grupos políticos que sentam em cima do rabo, mas apontam para o rabo dos outros como se este fosse o maior do mundo.

Se as declarações e lista de Marcos Valério serviram como provas para incriminar o PT devem também servir como provas contra os demais partidos que fizeram uso do Valérioduto.

Este caso precisa ser investigado a fundo e mais seriamente. Quem sabe Marcos Valério não decida falar quem foi o político, o especialista, o intelectual, que bolou o esquema operado pelo publicitário mineiro...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 10:33 05/03/2006, de Curitiba, PR


Samba carioca é motivo de disputa na Venezuela
A Escola de Samba Unidos de Vila Isabel, grande vencedora do Carnaval carioca de 2006 virou alvo de disputa política na Venezuela.

Em seu samba enredo "Soy loco por ti América, a Vila canta a latinidade", a tradicional Escola carioca homenageou a miscigenação no continente e fez menção a Simon Bolívar.

A Vila Isabel recebeu patrocínio da petroleira estatal Venezuelana PDVSA no valor de R$ 1 milhão. E é exatamente em torno deste patrocínio que a oposição venezuelana iniciou uma nova onda de ataques ao Governo de Hugo Chavez. Os oposicionistas acusam Chavez de ter gasto R$ 4 milhões do dinheiro público venezuelano em uma Escola de Samba estrangeira.

Os responsáveis pela Escola de Samba negam ter recebido tal soma e afirmam que a PDVSA foi apenas uma das empresas que patrocinaram a Escola.

A oposição venezuelana deve estar nervosa por dois motivos:
a) mais uma vez Chavez saiu vencedor, mesmo que indiretamente;
b) a grana não foi gasta nas praias de Miami com dissidentes cubanos e oposicionistas venezuelanos.

A PDVSA deu muita sorte, pois a empresa associada à estatal brasileira Petrobrás começa a investir no Brasil e já na primeira vez que apóia uma Escola de Samba no Rio de Janeiro, esta se sagra campeã.

Os vencedores de Vila Isabel garantiram que 60 integrantes da Escola mais o carro alegórico com Bolívar viajarão à Venezuela para mostrar ao povo daquele país o quão respeituosa a Escola foi com seus símbolos e com o patrocínio da PDVSA.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 01:41 05/03/2006, de Curitiba, PR


Gripe aviária poderá chegar ao país em setembro
Especialistas afirmam que a gripe aviária poderá chegar ao Brasil em setembro, quando as aves que estão no hemisfério norte começam a migrar para o hemisfério sul.

Muitas das aves migratórias fazem escala no Brasil durante a viagem. Muitas tem o Brasil como destino.

Os especialistas acham que o país deve ficar realmente preocupado se focos da doença forem detectados em aves no Canadá e EUA. É de lá que vem a maior parte da aves migratórias e as pestes portadas por elas. Entre as espécies "migratórias" que nos trazem as doenças do norte estão os tucanos.

Torcemos para que a enferminade não chegue ao Brasil, mas se chegar que atinja às aves da espécie bicuda. Por portarem doenças do norte, os tucanos correm sério risco de extinção e poderão ser abatidos em outubro próximo em todos os cantos do país.

A preocupação é tamanha no ninho tucano que até os bicudos paulistas começaram a se beijar. :-)
Enviada por Sérgio Bertoni, às 01:18 05/03/2006, de Curitiba, PR


Tucanos afinam discurso
Os tucanos paulistas Serra e Alckmin afianaram o discurso e em coro afirmaram que o pernambucano Lula é o anti-JK.

Certamente os companheiros da melhor idade lembram-se que na época de Juscelino, aquela dos 50 anos em 5, os meios de comunicação de massa também torpedeavam o mineiríssimo JK, então presidente da República. Eram saraivadas de denúncias e críticas todos os dias, a todas as horas. Um dos grupos da grande imprensa que mais o detratavam agora exibe uma minissérie na TV...

Juscelino era visto como o maior corrupto da história do país e muitos militares defendiam o golpe de estado para "acabar com a roubalheira". A coisa era tão brutal que convenceu o povo a votar no hébrio Jânio Quadros. Este ganhou as eleições para a sucessão de JK exatamente tendo como símbolo a vassoura que iria varrer toda a sujeira e corrupção. E realmente o fez, só que para debaixo do tapete...

Bem! Se é verdade que Lula é um anti-JK e se era verdade o que a imprensa falava na segunda metade dos anos 50, então os tucanos entram em contradição. Sendo um anti-JK, Lula seria também um anti-corrupção.

Mas não é isso que os tucanos e seus aliados e a grande imprensa dizem. Eles passaram todo o ano de 2005 tentando provar duas coisas:
a) que o governo Lula teria inventado o maior esquema de corrupção de todos os tempos ou até mesmo inventado a corrupção no mundo;
b) que os petistas além de não saber governar não sabem roubar e por isso o valérioduto fora descoberto.

Os tucanos precisam se definir. Se realmente é Lula o anti-JK ou se são eles, os tucanos, os autênticos anti-verdade.

O Brasil merece um debate político mais qualificado. O Brasil precisa discutir questões estratégicas que permitam construir um país de fato e não de marqueteiros e oportunistas engravatados a serviço dos poderosos da Avenida Paulista.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 01:04 05/03/2006, de Curitiba, PR


ACM Neto terá de investigar o avô!!!
O nobre deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) há muito tem se esforçado para provar que o governo Lula usou os fundos de pensão de funcionários públicos e de Trabalhadores em estatais para fins ilícitos.

Investigativo, o netinho de Toninho Malvadeza provou ser um legítimo herdeiro da tradição carlista. Levantou suspeitas. Jogou coisas no ventilador. Destruiu reputações, mas provou pouca coisa. Conseguiu, é verdade, descobrir que os Fundos de Pensão investiram R$ 60 milhões em dois dos bancos envolvidos no esquema do Valerioduto.

Tanto insistiu na tese do uso indevido do fundos de pensão que pode acabar por descobrir coisas que todo mundo já sabe ou desconfia: O governo de FHC e seus aliados usou e abusou dos Fundos de Pensão em favor da privatização e de seus amiguinhos de sempre.

Previ enterrou R$ 1,5 bi com a ajuda de ACM e Serra

Só o fundo Previ investiu durante o governo de FHC R$ 1,5 bilhão em projetos furados. No projeto que causa maior rombo às contas do Previ, o Complexo Turístico do Sauípe, na Bahia, a asssinatura de Antonio Carlos Magalhães, o Toninho Malvadeza, aparece como testemunha no protocolo de entendimento para a Construção do complexo. Neste projeto o Previ aplicou R$ 1,018 bilhão. Atualmente Sauípe vale R$ 171 milhões, ou seja, apenas 16,7% do valor investido.

Em outro caso, o do Hospital Umberto Primo em São Paulo, o Previ enterrou R$ 240 milhões. O então deputado José Serra "prontifica-se, como já vem fazendo, a manter contato com orgãos e instituições públicas a fim de encaminhar soluções possíveis" para os problemas então vividos pelo Hospital. Descobriu-se que por intervenção de José Serra, uma comissão de representantes do hospital foi recebida pelo presidente do Banco do Brasil. Em outubro de 1996 o Previ assinou o protocolo de intenções para a compra do hospital. Hoje o hospital vale R$ 34 milhões.

Estas são provas de como tucanos e pefelistas maltratam o bem-público e os interesses do Estado Brasileiro.

Será que agora ACM Neto manterá seu ímpeto investigativo?

Seria bom, pois provavelmente outras revelações surpreendentes estarão por vir. A nação agradeceria muito.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 01:39 04/03/2006, de Curitiba, PR


Hugo Chavez recompra títulos de dívida venezuelana
A exemplo do que têm feito os governos Lula, do Brasil, e Kirchner, da Argentina, Hugo Chavez também está reduzindo a dívida pública externa da República Bolivariana da Venezuela.

Se Brasil e Argentina optaram por saldar antecipadamente dívidas junto ao FMI que venceriam em 2006 e 2007, Chavez está recomprando títulos venezuelanos que venceriam somente em 2020. No total 3,9 bilhões de dólares serão gastos nesta operação. Desta forma o saldo da dívida venezuela diminuiria em 15,2%.

Estes movimentos dos governos sulamericanos devem ser encarado com mais racionalidade e menos paixão. Muitos dos que defendem Chavez criticaram a Lula e Kirchner em dezembro passado, quando estes quitaram as dívidas com o FMI. Agora chegou a vez de Chavez de pagar antecipadamente.

Movimentos financeiros e diplomáticos como os vistos deste a Reunião de Cúpula de Mar del Plata demonstram uma fina sintonia entre os três governantes sulamericanos em relação aos organismos econômicos internacionais.

Enviada por Sérgio Bertoni, às 01:16 04/03/2006, de Curitiba, PR


Tritec: confusão na área!!!
Empresa brasileira garante que exportará veículos equipados com motores Tritec

A Óbvio! Autoveículos S.A, empresa carioca afirma ter vendido 50 mil unidades do modelo 828 para a norte-americana ZAP (abreviatura em inglês para poluição zero do ar). O valor total do contrato seria de US$ 700 milhões já que cada unidade teria sido negociada a US$ 14 mil. A Óbvio! já teria investido US$ 25 milhões no negócio que utilizará as dependências da antiga Fábrica Nacional de Motores (FMN) em Xérem, no Rio de Janeiro, para a fabricação dos novos veículos nacionais.

Notícias divulgadas pela grande imprensa informam que a nova automobilística trabalha com o sistema de produção por demanda, ou seja, só produz o que já está vendido.

A Óbvio!, que iniciará a produção em 2007, equipará seus veículos com motores Tritec de 115, 180 e 220 CV, produzidos em Campo Largo, PR. Chassi e carroceria serão fornecidos pela MVC, empresa do grupo Marcopolo, de Caxias do Sul, RS. Além destes, grandes empresas como Siemens, Magnetti Marelli, Tinkem, Fanavid, Michelin e ZF do Brasil estão na lista de fornecedores da Óbvio!

O modelo 828 que será produzido pela Óbvio! é uma modernização do Dacon 828 projetado pelo desenhista Anísio Campos e produzido no final dos anos 80 com mecânica Volkswagen.

Anísio Campos é o criador do velho e conhecido Pumã seria um dos sócios da Óbvio! ao lado do engenheiro Ricardo Machado e da norte-americana ZAP que, segundo dizem, deteria 20% da empresa brasileira.

Tem muita gente grande envolvida nesta disputa. É o futuro da Tritec que está em jogo. De um lado uma grande empresa chinesa. De outro uma desconhecida nacional aliada a gigantes mundiais da industria de autopeças. Na arquibancada: BMW e DC assistem a peleja, enquanto a Tritec parece largada a sua própria sorte. Tem confusão na área.

Só uma coisa é certa: alguém falta com a verdade...

Ou será que os motores seriam importados da China???
Enviada por Sérgio Bertoni, às 18:13 03/03/2006, de Curitiba, PR


Chineses comprarão fábrica e a levarão embora
Segundo informa a agência de notícias espanhola EFE, direto de Pequim, a empresa Chongqing Lifan Group, uma das maiores fabricantes chineses de motocicletas é a única participante da licitação para adquirir a Tritec Motors. A agência EFE se baseia em informações publicadas hoje no jornal Xangai Daily.

A empresa chinesa, de capital privado, recebeu em dezembro passado autorização estatal para começar a fabricar carros e, aparentemente, apresentou uma oferta para adquirir a Tritec Motors, criada a partir de uma joint venture firmada entre a BMW e a Chrysler e cuja sede fica na cidade de Campo Largo (PR).

"Depois da operação, esperamos comprar toda a linha de produção, desmontá-la, e trasladá-la em peças. Voltaremos a montá-la em Chongqing", disse um funcionário da empresa.

Tecnologia

Segundo o funcionário, a empresa espera adquirir tecnologia avançada e encurtar assim o tempo de pesquisa para desenvolver motores próprios. Para isso, a Lifan investirá 2,4 bilhões de ienes (US$ 298 milhões de dólares) em suas novas instalações em Chongqing, com capacidade de produção de 20 mil unidades ao ano.
Enviada por Valter Sanches, às 16:33 03/03/2006, de São Paulo, SP


Tucanos brigam só para inglês ver e a TV mostrar
A mentira parece ser elemento fundamental no política do PSDB.

A briga entre José Serra e Geraldo Alckmin para ver quem será o candidato do PSDB a presidência da república não passa de um jogo de cena. Os tucanos fazem isso para garantir espaço gratuíto nos noticiários escritos ou televisivos.

Se o PSDB já tivesse definido o candidato todos poderiam acusá-los de estar em plena campanha. Sem definir nada e fazendo de conta que estão brigados eles ganham espaço em todos os meios de comunicação, todos os dias, todas as horas e ninguém pode acusá-los de estar em campanha.

Esta suposta indefinição tucana lhes permite ainda acusar Lula de estar em campanha e usando o cargo público para tanto.

É a mentira ideal. Eles mentem, mas parecem estar falando a verdade enquanto aqueles que falam a verdade passam por mentirosos.

E assim a direita brasileira tenta enganar o povo brasileiro. Junto com a grande imprensa eles vão mostrando o quanto são mestres da mentira e do desrespeito à inteligência do povo brasileiro.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 16:08 03/03/2006, de Curitiba, PR


DC investimentos e demissões
DaimlerChrysler investe 200 milhões de euros em São Paulo, 19 bilhões no mundo e demitirá 6000 Trabalhadores

Diferente do último triênio, a Daimler Chrysler de São Bernardo do Campo (São Paulo) deve receber 12% a mais de investimentos em todas as áreas a partir de 2006. Serão 200 milhões de euros - cerca de R$ 520 milhões - destinados à empresa no ABC Paulista.

No mundo todo a empresa investirá 19 bilhões de euros. 3,8 bilhões de euros serão destinados à produção mundial de veículos comerciais. Os dados foram divulgados em fevereiro ao Comitê Mundial do Trabalhadores na DaimlerChrysler, na Alemanha.

Com os investimentos, cerca de 680 trabalhadores com contrato de trabalho temporário deverão ser efetivados na fábrica de São Bernardo. "Uma plenária será realizada no próximo sábado, dia 4, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Paulo, para discutir esta questão", afirma Valter Sanches, secretário de organização da CNM/CUT e representante brasileiro no Comitê Mundial dos Trabalhadores na Daimler Chrysler.

O Brasil ocupa o quarto lugar entre os países que mais receberam investimentos da DC. O país fica atrás da Alemanha, Estados Unidos e Japão. De 2002 a 2005, o valor superou 181 milhões de euros.

Para a unidade em Juiz de Fora, Minas Gerais, a empresa decidirá um novo produto para a fábrica em março próximo. O sindicato local tem um acordo que garante os empregos até fevereiro de 2007.

Saúde

Depois de oito meses de negociação, o Comitê Mundial dos Trabalhadores na Daimler e a FITIM devem assinar um acordo mundial de saúde e segurança do trabalhador em todas as unidades da empresa no primeiro semestre deste ano. "O importante é garantir o compromisso da empresa a nível mundial, com todos os investimentos necessários. Os fornecedores e terceiros terão que seguir os mesmos princípios", afirma Sanches.

Reestruturação

A DaimlerChrysler mundial divulgará no dia 26 de abril os detalhes da reestruturação da empresa anunciados em janeiro, com o número total de demissões nos setores de produção e administrativo de suas unidades.

Das 6000 demissões previstas, entre 1500 a 2000 são supervisores, gerentes e diretores. "A Daimler quer diminuir de 13 para 9 os membros da direção da empresa, pois a administração sempre ficava de fora deste processo. É um corte profundo", afirma Sanches.

De acordo com a CNM/CUT, o Comitê Mundial dos Trabalhadores na Daimler só aceita negociar redução de postos de trabalhos caso a empresa comprove que é necessário e, mesmo assim, de forma voluntária. A entidade reivindica que não haja precarização no emprego remanescente.

Na Alemanha, nenhum acordo foi feito entre a empresa e os sindicatos locais. "De certa forma, estes companheiros estão bem mais protegidos que nós no Brasil, pois há o acordo de garantia no emprego até 2011 para todos os postos de trabalho; além disso, as demissões devem ser feitas por um Programa de Demissão Voluntária (PDV)", diz Sanches.

As demissões devem acontecer até 2008 e, no momento, já há 5000 mil adesões ao PDV.
Enviada por Valter Sanches, às 10:29 03/03/2006, de São Paulo, SP


Protesto marca dia de Prevenção
Ato reuniu sindicalistas em frente à Seara/Cargill

Sindicatos de trabalhadores, políticos da microrregião e ex-funcionários da unidade Seara/Cargill de Jaraguá do Sul promoveram ontem manifestação para marcar o Dia Internacional de Prevenção às Doenças Relacionadas ao Trabalho. O protesto aconteceu no início da tarde, durante a troca de turnos, com distribuição do informativo "Sentinela do Trabalhador", produzido pelo Sindicato dos Trabalhadores de Alimentação de Jaraguá do Sul e Região.

Na pauta do dia, além de esclarecimentos de como se prevenir e identificar uma Lesão por Esforço Repetitivo (LER), foi feito protesto sobre o ritmo de trabalho da empresa.

Em artigo assinado pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, no "Diário Vermelho", do PCdoB, a empresa dificulta o trabalho sindical, passou a demitir os trabalhadores que participaram da greve de dezembro de 2005, com Aids e com cirurgia marcada.

Participaram da manifestação os vereadores Evaldo João Junkes (PT), o Pupo, de Guaramirim; Terrys da Silva (PTB), de Jaraguá do Sul; e a assessoria do deputado estadual petista Dionei Walter da Silva.

RH nega tudo!

Já a diretoria de Recursos Humanos da Seara /Cargil nega as acusações e garante que a empresa adota medidas preventivas e encaminha os funcionários com LER para tratamento médico. Também nega praticar qualquer tipo de discriminação contra os empregados.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Alimentação de Jaraguá do Sul e Região, Sérgio Eccel, explica que a manifestação foi pacífica, visando informar sobre a LER: "Estamos fazendo trabalho para sensibilizar para essas doenças, que muitos trabalhadores nem sabem. É para pensar e se prevenir, que é melhor do que remediar". Segundo ele, o maior problema é quando o trabalhador é afastado como se fosse doença comum, e não uma doença profissional. A situação é agravada principalmente pela postura de parte dos peritos do INSS, que diagnosticam o funcionário como apto a voltar ao trabalho, mesmo sem condições para isso. "Nesses casos, o trabalhador fica no prejuízo. Quando volta ao trabalho, é demitido", denuncia.

A presidente do Sindicato dos Trabalhores no Comércio, Ana Maria Roeder, lembra que dos mais de três mil comerciários da microrregião, cerca de 40 já ingressaram na Associação dos Portadores de Doenças Profissionais do Vale do Itapocu. Cita a função de caixa de supermercado, que hoje além de registrar, dar troco, também precisa pesar e empacotar os produtos, atividades repetitivas que estariam causando dor e danos nos membros superiores.

O representante da Transnationals Information Exchange, com sede em Curitiba, Sérgio Bertoni, explica que a organização não-governamental (ONG) apóia redes de trabalhadores para troca de informações. "Se a economia globaliza, por que não globalizar também os direitos trabalhistas, as condições de trabalho, dignidade e respeito?", questiona. "Aqui, o principal problema a ser debatido é a pressão exercida sobre do trabalhador devido a forma como está organizada a produção".

A ex-funcionária V.B., 24 anos, portadora do vírus HIV, acusa a empresa de ter sido demitida dia 6 de fevereiro, depois de completados três meses como mesanina (montadora de caixas e etiquetas). Conta que contraiu o vírus do ex-marido e que acredita ter sido vítima de discriminação. "Eu não tenho vergonha de falar. Foi uma injustiça", acusa, com lágrimas nos olhos. Ela entrou com ação por discriminação através do Sindicato da Alimentação.

RH nega e renega e culpa Trabalhador por doença

O diretor de RH da Seara/Cargill, Aroldo Vieira, reconhece que a LER é uma realidade, mas argumenta que o problema não está restrito às indústrias frigoríficas. "A desossa do frango é atividade que pode atingir trabalhador com pré-disposição. Temos feito trabalho para prevenir e também encaminhamos ao departamento médico, para a saúde ocupacionqal e de segurança". Sobre os encaminhamentos ao INSS, que não reconhece doença do trabalho, entende que o assunto "é complexo, porque os próprios peritos não reconhecem". Cita medidas como ginástica de compensação muscular e rodízio de função como iniciativas preventivas feitas pela empresa.

Nega com veemência que os cerca de 150 demitidos no início deste 2006 foram em represália à greve de 2005, creditando à gripe aviária (hoje a unidade soma 1.350 funcionários):"O consumo caiu muito no mundo. A Seara reduziu a produção em 17%", justifica.

Ainda segundo Aroldo, a empresa só soube que V.B. era portadora de HIV após a demissão, através do Sindicato. "De jeito nenhum. Não temos discriminação, nem por sexo, religião, cor ou doença", assegura.

Você acredita?
Enviada por Nilson Antonio, às 12:15 01/03/2006, de Jaraguá do Sul, SC


Seara-Cargill tenta intimidar Trabalhadores
Os Trabalhadores da Seara-Cargill realizaram neste terça-feira de carnaval um protesto contra o alto número de Trabalhadores portadores de lesões por esforços repetitivos (LER) na unidade da empresa em Jaraguá do Sul, SC.

Aproveitando que 28 de fevereiro é o Dia Internacional de Prevenção às Doenças Relacionadas ao Trabalho, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Jaraguá do Sul organizou a atividade em frente a fábrica da Seara-Cargill para denunciar:
- as más condições de Trabalho nesta empresa;
- os desrespeito aos Trabalhadores;
- a intransigência da empresa norte-americana que não respeita a legislação trabalhista nem os acordos que ela mesma firmou com os Trabalhadores e seu sindicato.

No mais tradicional método medieval de Relações Trabalhistas a Seara-Cargill não se furtou da modernidade no quesito "Intimidação aos Trabalhadores" e colocou um "cinematografista" para filmar os Trabalhadores e todos os manifestantes presentes ao pacífico protesto.

Sindicalistas, representantes de partidos políticos e vereadores de Jaraguá e região estiveram presentes na atividade levando seu apoio e solidariedade à justíssima luta dos Trabalhadores na Seara-Cargill.

Na foto o "cinematrografista" da Seara-Cargill, portanto o crachá da empresa, filmando os Trabalhadores e Sindicalistas presentes no protesto. Para ver os detalhes clique sobre a foto para ampliá-la.
Enviada por Sergio Bertoni, às 11:41 01/03/2006, de Jaraguá do Sul, SC


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