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Notícias(Fevereiro/2007)

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Trabalhadores Descalços
Funcionários da Seara /CA RG ILL vão de pés descalços para casa

Dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação denunciam a falta de respeito e humilhação que os trabalhadores estão sendo submetidos na Multinacional CA RG ILL, que tem na cidade um Frigorífico de Aves que industrializa a marca Seara . O fato ocorreu nesta tarde de segunda-feira (26/02) quando o sindicato estava entregando uma pesquisa sobre a troca de horário que a empresa está pensando em implantar. Segundo o diretor do sindicato Valcir Rodrigues ?houve trabalhadores que saíram da empresa e foram de pés descalços para casa.? Para os trabalhadores isso já vem acontecendo a tempo. Na semana passada já havia acontecido algo semelhante.

A revolta ? para Rodrigues a revolta era clara. ?Quando os trabalhadores do segundo turno chegaram para trabalhar a fila para esperar a sua vez de trocar a roupa era grande e os trabalhadores vinham contar para nós o que estava acontecendo?. Os trabalhadores não tinham outra opção a não ser ficar em baixo do sol e de um calor insuportável. Mas o fato que mais impressionou os dirigentes sindicais foi o triste episódio de uma trabalhadora que saiu de pés descalço e levando seus EPIs para casa por não ter onde deixar e para não perder o ônibus. Ao sair da empresa a trabalhadora demostrava claramente a sua indignação e revolta. Os comentários de que ?sempre quando a empresa manda a gente vir trabalhar aos sábados temos de vir senão acontecem ameaças de que teremos de assinar advertências. E agora a empresa vai assinar a advertência também? Ela vai ganhar ?gancho??

Mas este foi apenas um entre tantos casos. Denunciam os diretores. Segundo eles na hora que estavam saindo da porta da fábrica para retornar ao Sindicato presenciaram algo lamentável. Uma trabalhadora que acabara de sair da empresa com os pés descalços havia perdido o ônibus para ir para casa. Com menos de um mês de empresa já sentiu o drama de ter de trabalhar na multinacional. Com o filho na creche ela veio de carona com os diretores até a creche para poder buscar seu filho e ir para casa.

Não muda nada ? para o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores, Sérgio Eccel, ?há muito tempo acontecem casos de desrespeito com os trabalhadores na Empresa. Os fatos mais explicitos foram na época da greve e que vem acontecendo até os dias de hoje.? Segundo o Presidente, a empresa está pensando em colocar em funcionamento o terceiro turno. Para isso é necessária a contratação de mais gente, porém a empresa fez o processo oposto: ao invés de ampliar vestiários e banheiros e depois contratar os trabalhadores ela contratou antes os trabalhadores e as denuncias agora são freqüentes. ?Somente isso pode explicar o fato dos trabalhadores irem de pés descalços para casa?, comenta o presidente. Parece até coisa de filme e ficção, mas é a realidade para mais de 1300 trabalhadores da Seara /CA RG ILL.
Enviada por Nilson Antonio, às 15:49 26/02/2007, de Jaraguá do Sul, SC


França: Desespero em cadeia na Renault
A promotoria de Versalhes abre uma investigação depois de três suicídios consecutivos na Renault. O terceiro morto deixou cartas em que denuncia a dureza das condições de trabalho

Por Lluis Uria

Na primeira vez foi atribuído a um mero desequilíbrio pessoal. Um engenheiro de 39 anos que trabalhava no projeto Logan no Technocentre da Renault, na cidade francesa de Guyancourt, a oeste de Paris, suicidou-se em 20 de outubro passado, atirando-se do alto do edifício principal, de cinco andares. Várias dezenas de seus companheiros de trabalho foram testemunhas daquele último e trágico gesto de desespero. A mulher dele explicou que fazia tempo que sofria de estresse.

Nada especialmente chamativo. Todos os anos, entre 300 e 400 trabalhadores franceses - o número não é totalmente confiável - tiram a própria vida em seu local de trabalho. A morte do engenheiro, portanto, entrou na estatística, uma quota razoável para um grande centro da firma automobilística francesa, no qual trabalham cerca de 12.500 pessoas e onde estão sendo desenhados os 26 novos modelos da marca.

Na segunda vez, muitos ficaram com o sangue congelado nas veias. Haviam passado somente três meses daquele fato chocante quando, em 24 de janeiro, um técnico em informática de 44 anos, Hervé Tison, associado ao projeto do novo Twingo, foi encontrado afogado em um tanque de captação de águas do Technocentre. A investigação realizada pela polícia de Guyancourt concluiu que foi um suicídio e qualificou a vítima de "depressivo".

A justiça descartou qualquer vinculação entre as duas mortes. Mas os sindicatos começaram a atribuí-las às más condições de trabalho no Technocentre, especialmente desde que o presidente da companhia, Carlos Ghosn, implementou o plano Power 8 para tentar levantar a situação econômica da empresa. O balanço econômico de 2006, divulgado por Ghosn no último dia 8, confirmou o momento delicado por que passa a companhia: as vendas mundiais caíram 4% (de 2,5 para 2,4 milhões de veículos), enquanto o resultado do exercício caiu quase 15% (de 3.367 para 2.869 milhões de euros).

Uma semana antes, cerca de 800 trabalhadores do Technocentre desfilaram em silêncio pelo recinto, convocados pelos sindicatos, para lembrar seus dois companheiros desaparecidos e denunciar a situação laboral. "Na violência desses atos, não vemos nenhuma fatalidade. Há vários meses reina no centro de Guyancourt um clima de ansiedade", salientou então o sindicato SUD. Outra central, a CGT, denunciou as pressões da empresa para obter resultados, o forte ritmo de trabalho, as ameaças de deslocalização, a concorrência entre técnicos...

A direção da Renault negou qualquer relação entre os suicídios - que atribuiu a causas pessoais - e as condições de trabalho. Mas a Direção Regional do Trabalho constatou que desde a chegada de Ghosn à presidência da empresa, em 2005, havia um "verdadeiro mal estar" no Technocentre.

Dois suicídios em três meses no mesmo centro de trabalho não é muito comum, mas pode corresponder a uma mera e fatal casualidade. Uma hipótese plausível que foi derrubada na última sexta-feira. Nesse dia foi encontrado morto em sua residência em Saint-Cyr-l'Ecole outro trabalhador do Technocentre, Raymond D., 37 anos, um técnico que trabalhava no projeto do novo Laguna. Havia se enforcado com seu cinturão, aproveitando que sua mulher e seu filho de cinco anos estavam em viagem no exterior.

Mas desta vez a vítima deixou várias cartas. Nelas, segundo o jornal "Le Parisien", confessava-se incapaz de assumir seu trabalho - "é muito duro de suportar", escreveu - e culpava pela situação os responsáveis máximos da empresa. Diante disso, a promotoria de Versalhes abriu uma investigação oficial com o fim de determinar se Raymond D. pode ter sido vítima de assédio moral. A direção da Renault insiste que "o suicídio é sempre resultado de uma situação pessoal complexa" e pediu que não se tirem "conclusões precipitadas". A viúva, porém, já tirou as suas: "Meu marido sofria uma pressão enorme, levava os assuntos para casa e se levantava à noite para trabalhar; ultimamente já não conseguia dormir", ela explicou.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
Enviada por Almir Américo, às 14:27 24/02/2007, de São Paulo, SP


Quando será que iremos aprender o básico?
As recentes notícias sobre as ações dos chamados governos progressistas na América Latina dividem opiniões no campo daquelas forças consideradas de esquerda, progressistas ou humanitárias.

Debate-se, compara-se muito e rotula-se ainda mais, como se ganhar o poder político em nossos países fosse a panacéia, a solução para todos os males e mazelas latino-americanos.

Muito do que ocorre em nossos países provem de determinadas tradições européias, tão bem implantadas pelos colonizadores do velho continente que, infelizmente, ainda nos fazem pensar que eles sejam o paradigma de civilização e progresso...

Mas não fiquemos no debate periférico, não!

O que queremos debater aqui é a questão central, determinante:

- Quando finalmente nos daremos conta de que para mudar o mundo, acabar com o capitalismo, é preciso ter e controlar o poder econômico?

- Quando nos daremos conta de que para consquistar o poder econômico é preciso Trabalhadores organizados em seus Locais de Trabalho, sejam estes rotulados como "formais" ou "informais"?

- Quando nos daremos conta que esta organização no local de trabalho não serve apenas para inflar discursos bonitos e radicais, não serve apenas para falar de um futuro esplendoroso e justo, mas sim para aprender como funciona o processo de produção e controlá-lo para poder mudá-lo, transformá-lo?

Não queremos entrar aqui na discussão babaca de quem é mais ou menos revolucionário ou quem é mais ou menos traidor ou combativo. Não importa a adjetivação nem o grau da mesma.

Nos interessa saber e debater:

- Quando as forças progressistas e humanitárias botarão definitvamente a mão na massa e organizarão as bases, efetivamente, em seus Locais de Trabalho, ou seja, onde acontece a produção e a geração de conhecimento?

- Quando é que deixarão o atual faz-de-conta de combatividade e organização, sairão de suas salas e gabinetes e irão para onde o povo está, como já dizia a canção de Milton Nascimento???

- Quando intelecutais e jornalistas combativos deixarão as interpretações, os maços de papel, os computadores e belas análises para organizar a si mesmos e a seus pares?

É muito gostoso fazer análises a partir de salas com ar-condicionado e com empregos, muitas vezes públicos, garantidos. Isso dá um ar de intelctualidade a muitos e os Trabalhadores até acham isso bonito.

Mas, como bem destacou Marx a sua época, é preciso parar de interpretar o mundo e TRANSFORMÁ-LO.

Parte da desgraça das esquerdas e dos movimentos progressistas, mesmo aqueles que se proclamam marxistas, é que continuam tentando interpretar o mundo em lugar de transformá-lo.

Para transformar o atual mundo capitalista precisamos conhecer suas entranhas, não só através de livros e publicações, mas na prática, ao lado do Trabalhador que rala todo dia para produzir riquezas e conhecimento que abastecem os cofres capitalistas.

É preciso ganhar o poder econômico e dominar o conhecimento gerado no processo de produção material para recuperar tudo aquilo que é fruto de nosso Trabalho e empenho econômico e social.

É preciso dominar o que Marx chamou de "Infraestrutura Econômica", aquilo que determina a "Superestrutura Político-Social". Caso contrário, seguiremos fazendo tudo errado, correndo atrás do rabo.

Aqui resite outra parte da desgraça de esquerda que em sua maioria, inclusive a marxista, eternamente busca ganhar o poder político (a "Superestrutura") para mudar as normas jurídicas e sociais, achando que é possível mudar o mundo a partir dos palácios. Exatamente o contrário do indicado não só por Marx, mas também por outros militantes e ativistas comunistas e anarquistas ainda na segunda metade do século 19, há mais de 150 anos!!!

Na atualidade latinoamericana, chegamos a um ridículo maior, onde muita gente boa acha que ser progressista é ficar apontado o dedo na cara dos outros e chamando-os de reacionários, traidores, etc, num exagerado sectarismo ou "esquerdalha" *, como chamou Lênin, ao definí-lo como a doença infantil do comunismo.

Organizar os Trabalhadores no local de Trabalho, dominar e se apropriar do conhecimento e da riqueza ali produzidos é a única saída para a esquerda conseguir transformar o mundo. Isso vale para todo o mundo do Trabalho, seja ele "formal"ou "informal". Vale, inclusive, para os nobres economistas, sociológos e outros "licenciados", "mestres", "doutores" e "acadêmicos" que vivem apontando as cagadas dos diversos governos, sindicatos, movimentos sociais e populares, mas não conseguem nem se organizar enquanto categoria profissional em seus locais de trabalho nos institutos de pesquisa e universidades.

- Quando voltaremos a realizar o Trabalho de base e junto com as massas, com os Trabalhadores, fazer os mapeamentos dos processos produtivos que nos permitam conhecer os sistemas produtivos por dentro e a partir deste conhecimento organizar a luta dos Trabalhadores?

Então, quando aprenderemos o básico???

* A palavra russa usada por Lenin foi Levizna traduzida para o português como esquerdismo. Porém, nós a consideramos uma tradução errada devido ao tom pejorativo contido tanto na frase de Lênin quanto no uso cotidiano da palavra levizna. Por isso achamos mais apropriado adotar aqui o termo esquerdalha como sinônimo que melhor representa a palavra russa levizna.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 13:27 24/02/2007, de Curitiba, PR


Uruguai: Telefônicos rechaçam privatização
Compañer@s:

Ante un nuevo intento privatizador, en nuestro pais y nada mas y nada menos que desde la fuerza que hoy gobierna nuestro pais y en la cual los trabajadores pusimos todas nuestras esperanzas, confiando en que seguiria por el camino de la defensa de los bienes públicos y la soberania nacional, hoy los Uruguayos trabajadores de la primer empresa de telecomunicaciones del país y comprometidos con las causas mas nobles de preservar el patrimonio del pais y la soberanía nacional, apelamos a la hermandad de nuestras naciones y en especial a los gremios fraternos, para que envien mensajes de rechazo ante esta nueva escalada privatizadora que intenta establecer el gobierno "progresista" del Uruguay, sin observar lo que esta pasando con las privatizaciones en el resto del continente y el mundo, donde los Slim y Telefónica Española se enriquesen a costa de la pobreza de los paises, sembrando la desestabilidad laboral, la desocupación y la pobreza de nuestros pueblos.

Publicamos abajo la resolución del Congreso Nacional de Delegados de nuestro gremio, a los efectos de informarlos.

Los mensajes rechazando la privatización del Call Center se deben enviar a:

msimon@antel.com.uy
ecarvalho@antel.com.uy
webmaster@opp.gub.uy
pitcnt@adinet.com.uy
sutel@adinet.com.uy
beper62@hotmail.com

Resolución del Congreso Nacional de Delegados de SUTEL

Montevideo, 15 de Febrero de 2007.

El Congreso Nacional de Delegados de SUTEL, reunido en la fecha, ante los anuncios de creación de una Sociedad Anónima para operar el Call Center que ya existe en ANTEL, luego de un profundo análisis y debate de la situación,

RESUELVE:

Rechazar enfáticamente la solución planteada por el Directorio de ANTEL en representación del Gobierno, entendiendo que la solución planteada no es buena y va a contrapelo de la historia de defensa de ANTEL empresa pública tan sentida por el pueblo uruguayo y sus organizaciones populares.

Hay contracciones en el Directorio de Antel que plantea una Sociedad Anónima bajo el derecho privado en la cual tendrá entre el 95 y 99 % de las acciones y a su vez dice que lo que está promoviendo es un proceso de estatización; cuando hoy ya tiene bajo la órbita del estado este sector estratégico para la vida de nuestro ente de las Telecomunicaciones.

Esta decisión de Antel contradice flagrantemente lo establecido en el programa de gobierno de la fuerza política que ostenta el mismo; que en sus bases programáticas estableció : ? recuperar para el estado el control de las áreas estratégicas, establecer que las Empresas Públicas deberán ser fortalecidas ? y respetar los pronunciamientos populares.

Reafirmar las resoluciones del 9º Congreso del PIT-CNT en cuanto a rechazar y enfrentar todo intento de privatización, tercerización, enajenación o asociación que atente o abra puertas a la pérdida de patrimonio o soberanía estatal sobre las Empresas Públicas.

Profundizar junto al PIT-CNT y la propia AETA en la búsqueda de alternativas que permitan el desarrollo del Call Center de ANTEL, al punto de transformarlo en el Call Center del Estado uruguayo, en el entendido de que existen en el marco estatal las herramientas para tal tarea sin que el Estado, en esta caso representado por ANTEL, pierda protagonismo ni patrimonio.

Propender, en función de esas herramientas que existen y que deben explorarse, a buscar a la vez la mejor solución que ayude a garantizar los puestos de trabajo de los trabajadiores provistos por las empresas suministradoras de personal, asegurando la estabilidad de los mismos y mejorando sustancialmente sus condiciones de trabajo.

UNA ANTEL PÚBLICA Y EFICIENTE NO PUEDE ESTAR CONDICIONADA A NINGÚN GOBIERNO, DEL SIGNO QUE SEA, Y SUS TRABAJADORES, CON EL CONJUNTO DEL MOVIMIENTO SINDICAL Y DEL PUEBLO URUGUAYO, SOMOS LA GARANTÍA DE SU DEFENSA.

Sindicato Único de Telecomunicaciones (SUTEL MSC PIT-CNT)
Enviada por Isidro Carreño, às 11:30 24/02/2007, de Montevideo, Uruguai


Esse discurso o Brasil nunca ouviu
Ou alguém já ouviu um governador brasileiro declarar-se enfaticamente de esquerda?

A mídia grande não deu destaque ao discurso ? feito em 1º de janeiro de 2007, data da posse de todos os eleitos no país ? apesar de estar cheio de novidades em relação ao que essa mídia está acostumada a divulgar. O discurso ataca com veemência os direitistas e os neoliberais, apontados como criminosos e traidores de Pátria, e garante que esse não será um governo de conciliação nem de centro-esquerda, mas verdadeiramente de esquerda, em defesa da maioria da população. Uma surpreendente peça política, para ler e guardar.

Como gostaríamos de ouvir algo assim pronunciado por políticos de outros partidos...

Discurso de Posse do Governador Roberto Requião, Paraná

Por escolha dos paranaenses, assumo pela terceira vez o Governo do Estado. Na verdade, estou pouco interessado em marcas históricas, em recordes. O que importa não é o tempo em que estive e que ainda vou estar no Palácio Iguaçu. O que conta são as realizações, o que fizemos no primeiro e no segundo mandato. As obras, e também as palavras. Já que nunca dissociei a ação do discurso.

De todas as disputas, desde que fui eleito deputado em 1982, esta foi a mais difícil de todas. Não acredito que, ao longo da nossa história republicana, tenha havido no Paraná um pleito renhido quanto este.

Nunca se viu uma união de forças tão poderosa, tão obstinada, tão arrogante e, ao mesmo tempo, tão sem escrúpulos como a que enfrentamos.

Nada os deteve. Passaram como uma horda de bárbaros sobre as mais comezinhas regras da convivência, da urbanidade. Possivelmente nenhum outro governante paranaense tenha sido exposto de forma tão desumana, tão desapiedada. Não estou aqui lamentando fatos. São coisas da vida e eu as registro. Certamente, para desagrado de alguns companheiros que chegaram a pedir que fizesse um discurso de conciliação, de congraçamento, de paz.

É a velha história de sempre. O mito da cordialidade. O oportunismo da ?união de todos?. Toda vez que se vêem em perigo ou depois de uma derrota, os interesses dominantes ? a direita, sejamos claros ? ressurge com a conversa mole da harmonia, da concórdia, ?somos todos amigos, somos todos irmãos? e patranhas da espécie.

No processo eleitoral não demonstraram nenhuma cordialidade, fizeram de tudo para que fôssemos esmagados, liquidados. Discursavam com gosto de sangue na boca, com punhal entre dentes. Se vencedores, prometiam terríveis vinganças.

O que muitos companheiros, secretários de Estado, diretores de empresas, gente do primeiro, do segundo escalão, dirigentes do partido não entendem é que dois lados muito claros e distintos opuseram-se nesta eleição. Provavelmente, nunca em uma eleição paranaense esse antagonismo deu-se tão evidente.

Do lado de lá reuniram-se todos os interesses contrariados. Vi-os todos no palanque do adversário. Os que quebraram e privatizaram o Banestado.

Os que quebraram e tentaram privatizar a Copel, os que alienaram o controle da Sanepar, não investiram em saneamento e fizeram ressurgir até mesmo a cólera em nosso Estado. Os que privatizaram as estradas e criaram aqui a mais abusiva de todas as tarifas de pedágio. Os que destruíram a educação pública, acabaram com o ensino profissionalizante e fizeram o Paraná regredir aos piores índices de qualidade de ensino no país.

Estavam todos lá. Os que deram toda sorte de vantagens e privilégios às multinacionais e esmagaram o empresário paranaense. Os que se acumpliciaram com as transnacionais na conspiração para submeter os produtores paranaenses ao domínio de suas sementes patenteadas. Os que transformaram o erário quase que em caixa privado e dilapidaram o Estado.

Estavam todos lá. Os que viveram durante tanto tempo às expensas das verbas públicas e comercializaram suas opiniões. Os que fizeram da liberdade de imprensa um negócio muito próprio e muito próspero.

Estavam todos lá. Os que viviam de fraudar concorrências, de superfaturar e de fazer das concorrências públicas uma ação entre amigos.

Estavam todos lá. Aqueles que em oito anos de governo não produziram mais que 38 mil empregos com carteira assinada. Porque não cortaram impostos, desprezaram os pequenos, quebraram as empresas públicas, não investiram em infra-estrutura, não atraíram negócios que gerassem intensivamente novas vagas para os trabalhadores.

Estavam lá os que não apenas não criaram qualquer programa social para minorar e atender emergencialmente os nossos irmãos mais pobres, como eliminaram os que existiam, aumentando a dor da exclusão, aprofundando a humilhação e a ofensa da miséria.

Estava lá o Banco Itaú, contra quem o Estado do Paraná demanda na Justiça e que ganhou o Banestado de presente, de graça, num dos processos mais absurdos da privataria, do desbaratamento do patrimônio público. Estava lá o Banco Itaú que quer fazer valer contratos absolutamente insustentáveis contra o interesse paranaense. Estava lá o Banco Itaú financiando a candidatura de dois dos meus adversários. E estavam lá os meus adversários aceitando recursos de quem demanda contra o Paraná.

Estavam lá também pessoas de boa índole, sinceras, honestas, corretas, empenhadas na batalha eleitoral, acreditando que aquela fosse a melhor alternativa. Certamente uma minoria pouco influente porque o que predominava mesmo era a voz do dono.

Este o lado de lá. E qual o nosso lado?

O lado dos mais pobres, dos trabalhadores, dos pequenos, dos agricultores familiares, do fortalecimento das políticas públicas de saúde, educação e segurança, da recuperação das estradas, da construção de escolas e hospitais, da criação de empregos, da isenção de impostos, do microcrédito, do fundo de aval, do programa do leite, da tarifa social da água, da luz fraterna, da recuperação do Estado, da transparência, da austeridade. O lado do povo.

Há quem se constranja, fique encabulado ou até mesmo sinta urticária quando se fala em povo. Os dominantes, essa gente do mercado, os do lado de lá, os que sempiternamente viveram do sangue, do suor, da miséria, da exploração do povo. Os que excluem, esmagam, discriminam, ofendem e humilham o povo. Os que enganam e manipulam o povo.

Essa gente torce o nariz quando algum governo declara sua opção, seu amor, sua solidariedade para com o povo. É impressionante como os valores do mercado, sua boca torta de fumar o cachimbo da dominação transmite-se e são assimilados até mesmo por aqueles que estão entre nós.

E lá vem essa conversa toda de populismo, do horror a um Hugo Chávez, a um Evo Morales, a um Rafael Correa, a qualquer um, enfim, que se oponha ao Consenso de Washington, aos ditames do FMI, às receitas do neoliberalismo, à ação sem freio do mercado.

O nosso lado é o lado do povo.

E como então aceitar a conciliação que alguns companheiros urdem?

É interessante. Quando chega a vez, quando temos possibilidades concretas, reais de fazer alguma coisa por aqueles que mais precisam, por aqueles que a vida toda restaram à margem, insistem que sejamos equânimes, que pesemos os dois lados, que olhemos à esquerda e à direita, que não nos afastemos dos grandes, dos poderosos, dos manda-chuvas.

Companheiros de Governo, paranaenses.

Nesses quatro anos que passaram acredito que tenha ficado claro a todos para quem governamos. Ou não salta aos olhos a nossa opção? Será que há alguma dúvida?

Pois bem, nos próximos quatro anos vamos radicalizar essa opção. Vamos ainda mais a fundo na tarefa de governar para o povo.

E não é um governo de centro-esquerda, não. Não venham com esses centrismos, com esse equilibrismo. Somos, sim, um governo de esquerda. E que a má interpretação ou a distorção daquilo que disse o Presidente Lula não sirva de pretexto para que alguns neguem o lado em que nos posicionamos. Somos de esquerda, porque ser de esquerda é ser solidário, fraterno, humano. É ser gente. É ter os olhos, a alma e o coração voltados para as desigualdades e as misérias deste mundo.

O fosso entre os que têm e os que não têm alargou-se de tal forma nos últimos anos, nesses malditos anos de expansão do neoliberalismo, que não seria catastrófico antecipar a possibilidade do colapso da civilização.

Tenhamos olhos para ver. E vejam.

Hoje a metade da população mundial, calculada em 6 bilhões e 800 milhões de almas, tem um patrimônio de tão-somente 4.500 reais.

A tragédia brasileira da desigualdade, da exclusão, da concentração de renda segue o ritmo mundial.

Por mais escandaloso e surpreendente que pareça, quem ganha mais que 800 reais por mês em nosso país está entre aquela parcela de 5 por cento de brasileiros mais ricos.

Escandalizem-se. Mas reajam, mas façam alguma coisa, mas desendureçam o coração e arejem o cérebro. Alinhem-se à esquerda, formem entre aqueles que ainda não perderam a capacidade de indignar-se e lutar. Perfilem entre os que não perverteram as características básicas de seres humanos, que não se transformaram em homens lobos dos homens.

Enfim, recuperemos as nossas condições de seres humanos. Segundo Aristóteles, ?animais políticos?; isto é, gregários, solidários, civilizados, já que civilização pressupõe solidariedade, irmandade. É isso que nos distingue da barbárie, da irracionalidade.

E o que é a globalização, a sanha do mercado por lucro, a dominação impiedosa dos países e povos periféricos? O que é a transformação do individualismo, da competição, da esperteza, da ascensão a qualquer preço a valores máximos dos nossos tempos? O que é tudo isso que não a volta à selvageria, ao embrutecimento, à incultura, à grosseria, à rudeza, à brutalidade, à desumanidade das hordas pré-civilização?

Já próximo da morte, nas reflexões finais sobre a sua trajetória política, François Mitterrand disse que a direita julga que o poder é dela por delegação natural, como se fosse a reprodução do direito divino dos reis. Assim, para a direita, a eventual ascensão da esquerda é usurpação, é antinatural.

Isso é de tal forma difundido, está de tal forma entranhado em nossa cultura, que muitos, à esquerda ou ditos de esquerda, ou do centro, parecem constrangidos quando ganham uma eleição. Quase que pedem desculpas à direita por chegar ao governo, por ocupar um espaço naturalmente dela, naturalmente dos senhores, naturalmente dos dominantes.

Talvez seja por isso que, segundo dizem, nada mais parecido com o conservador que a esquerda quando chega ao governo. Ou como se dizia no Império: ?Nada mais parecido com um luzia do que um saquarema no Gabinete?.

Não aqui no Paraná.

Palavras e obras. Coerentemente. O que pensamos, o que discursamos, o que declaramos corresponde, sempre, ao que fazemos.

Desmontaram o Estado, diminuíram-no, enfraqueceram-no. Afinal, para os neoliberais, a existência do Estado justifica-se à medida que sirva ao mercado. E todas as políticas públicas são desperdício de recursos. Recursos que eles querem para pagar as dívidas, o serviço da dívida. Superávits para acalmar o mercado e sinalizar as nossas condições de pagamento.

O risco brasileiro é falta de dinheiro para saúde, educação, segurança, infra-estrutura, geração de empregos, má distribuição de renda.

Mas o risco, que eles medem como se medissem a febre e o perigo de vida de um paciente, o risco para eles é faltar recursos para pagar a dívida, já tantas vezes paga e ainda assim tornada impagável pela prestidigitação contábil dos credores, dos rentistas internos ou externos.

Nós recuperamos o Estado e o Estado passou a ser um elemento essencial para a retomada do desenvolvimento paranaense.

Nesses quatro anos transformamos a Copel de uma empresa à beira da quebra, deficitária, na terceira melhor empresa de energia do mundo. E na principal empresa de energia das Américas. De longe, a melhor empresa de energia do Brasil.

Para o lucro de quem? Dos paranaenses, que pagam hoje a menor tarifa de energia do país; dos nossos empresários, que têm oferta de energia barata e abundante para o desenvolvimento de seus projetos; de um milhão de paranaenses de famílias mais pobres, que recebem energia de graça em suas casas. Porque energia elétrica é saúde.

A Sanepar voltou ao controle público e hoje desenvolve a mais ousada e abrangente política de saneamento do Brasil, transformando o Paraná em referência nacional em oferta de água e esgoto tratados.

E a tarifa social da água atende mais de um milhão e quatrocentos mil paranaenses de menor renda. Porque saneamento é saúde.

O Porto, livre da sanha dos privatistas, da especulação, recuperado, saneado, eficiente e lucrativo.

Na Educação, uma transformação extraordinária. Não há quem no Brasil deixe de reconhecer os avanços da educação pública paranaense nesses quatro anos. A qualidade do ensino, o livro didático gratuito, o portal da educação, os 40 mil computadores, toda a rede escolar interligada por rede de fibra ótica, o plano de cargos e salários, a construção de novos colégios e salas de aula, a volta do ensino profissionalizante, os extraordinários índices de aprovação dos nossos alunos na Universidade Federal e nas Universidades Estaduais. Além dos grandes investimentos no ensino universitário público estadual.

Na Saúde, os esforços extremos para recuperar as defasagens acumuladas nos oito anos que nos antecederam. Estão aí os 24 hospitais, em construção, reforma ou ampliação para dar, enfim, aos paranaenses a base física indispensável a uma política pública de saúde universal e eficiente. Pela primeira vez, em anos, reduzimos os índices de mortalidade infantil, com a colaboração imprescindível da Pastoral da Criança, e somos hoje um dos dois Estados brasileiros que mais avançou nesta área. Os 126 Centros da Saúde da Criança e da Mulher, que já estamos construindo, vão fazer com que esses índices sejam reduzidos ainda mais.

Na Segurança Pública, a implantação de um novo conceito de segurança: a Polícia Comunitária, próxima das pessoas, integrada com elas e interagindo com elas. Daí o Projeto Povo, a Patrulha Escolar, os Bombeiros Comunitários, o Geoprocessamento do Crime, os Conselhos de Segurança. Reequipamos as Polícias Civil e Militar, aumentamos o efetivo, reajustamos os vencimentos. Avançamos, mas temos a consciência de que ainda há muito o que fazer.

Para gerar mais empregos, para incentivar investimentos e aumentar a produção aplicamos a mais ousada política fiscal do país, que agora serve de inspiração ao governo federal ao editar a Lei Geral da Microempresa. Hoje, 172 mil micro e pequenas empresas paranaenses são beneficiadas pela isenção de ICMS ou pela redução do imposto.

Os resultados espelham-se no alargamento da longevidade das empresas paranaenses, bem superior à média nacional, e, principalmente, na criação de novos empregos. Do início do nosso mandato até novembro de 2006 foram criados no Paraná 365.623 empregos com carteira assinada, resultado da política do Paraná somada à política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nos oito anos do governo que nos antecedeu não foram criados mais que 38 mil empregos formais. A diferença é notável. Pena que a nossa imprensa, tão rápida na crítica, não tenha se debruçado sobre esse espantoso confronto de números e não tenha feito uma das perguntas básicas da boa reportagem: Por quê?

O programa do microcrédito, que tanto sucesso fez neste primeiro governo, alavancando milhares de pequenos negócios, terá dobrado os seus recursos. Vão ser agora 160 milhões de reais para financiar quem queira abrir um negócio ou ampliar o que já tem.

Concluímos nesse dezembro o ingente esforço de recuperação da malha rodoviária estadual. Mais de cinco mil quilômetros devolvidos ao trânsito seguro dos paranaenses. Sem pedágio.

Com isso, temos prontas as condições para a implantação de um novo projeto, Os Caminhos da Liberdade, oferecendo alternativas às estradas pedagiadas. Não descuramos a batalha contra o abuso do pedágio. As concessionárias fecham o ano com uma arrecadação estimada de 735 milhões de reais e nem 30 por cento disso foram aplicados em benefícios para os usuários.

É por isso que temos mais de 40 ações na Justiça contra o abuso das tarifas e o descumprimento dos contratos.

A luta contra os interesses dominantes do mercado se fez também com a implantação do software livre.

Com isso buscamos não apenas universalizar, democratizar o acesso à informática como também economizamos recursos financeiros para o Estado. Desde que o software livre foi implantado, em maio de 2003, até agora já economizamos 147 milhões de reais, dinheiro que desperdiçaríamos com as empresas que monopolizam o setor.

Além dos programas sociais da água, do leite e da luz, dos avanços na educação, da política fiscal, da geração de novos empregos, da construção de estradas e hospitais, uma das ações que mais me empolga, mobiliza e emociona é o programa de construção de bibliotecas públicas em todo o Paraná.

Breve, cada município paranaense, por menor e distante que seja, terá a sua biblioteca, bem provida de livros, interligada à Internet.

Vocês não imaginam o efeito transformador que uma biblioteca tem sobre as nossas comunidades, especialmente nas cidades do interior. Elas são a porta para um mundo maravilhoso, para a criação, para a fantasia, para a formação. Criado em uma biblioteca, sei do que falo.

O Fundo de Aval, para dar suporte aos nossos agricultores familiares, é também um outro programa vitorioso. Neste novo mandato iremos além. Vamos investir um bilhão e trezentos milhões de reais para diversificar a agricultura, para industrializar a produção agropecuária, para incentivar a produção agroecológica. Para o programa Panela Cheia, reservamos 100 milhões de reais; para o Fundo de Aval, 200 milhões; para o programa do trator solidário, 40 milhões, para começar a ação. Intensificaremos a irrigação noturna como meio seguro de aumentar a produtividade e minorar os efeitos das estiagens que têm se tornado tão freqüentes. Para enfim dar às 320 mil pequenas propriedades agrícolas em nosso Estado o apoio necessário, a fim de que se consolidem e se desenvolvam.

Tantos avanços em tão pouco espaço de tempo não seriam possíveis se não recuperássemos a capacidade do Estado de pensar, de planejar, de executar. E se não contássemos com um corpo de funcionários públicos, de profissionais, tão eficiente e capaz como o que temos.

Paranaenses. As bases para um novo salto estão construídas, solidamente construídas. As prioridades definidas. Os rumos claramente delineados. Os objetivos, evidentes.

É a Educação, é a Saúde, é a Segurança, é a geração de empregos, é o incentivo a novos investimentos e ao aumento da produção, é o combate aos desequilíbrios sociais e aos descompassos entre as regiões.

Enfim, acima de tudo, sobretudo, o povo, as pessoas. O progresso das pessoas, sua promoção, seu desenvolvimento, sua inclusão neste admirável mundo novo, neste tão injusto mundo novo.

Nestes próximos quatro anos vamos radicalizar a política de defesa do meio ambiente.

Não é possível mais contemporizar com a destruição.

Vejam, 82 por cento dos brasileiros moram em nosso litoral. E, segundo especialistas, a prosseguir neste rumo insano o aquecimento global, todo o nosso litoral vê-se ameaçado de inundações.

É uma perspectiva apocalíptica.

Ainda assim, a irresponsabilidade de meus adversários transformou em mote de campanha a licença para a devastação ambiental. Não consideremos, não cederemos a pressões. A vida está acima do lucro imediato.

Por fim, não poderia faltar uma palavra sobre comunicação, imprensa, que vou dizê-la mesmo contra o conselho dos que querem ?deixar disso?, e para desassossego dos pregadores da cordialidade.

O debate sobre o papel da imprensa no processo eleitoral ganhou o país. Pela primeira vez, em tantas décadas, a mídia foi colocada sob suspeita. E criticada, coisa que ela detesta mais que o satanás dá água benta.

A militância dos jornalões a favor de uma candidatura só não detectou quem não quis. Caso de má-fé cínica ou de ignorância córnea?

Optaram, sim, por um lado, torceram e distorceram por ele e quando isso foi identificado e denunciado reagiram dizendo que se ameaçava a liberdade de imprensa.

Não tiveram a coragem, o desassombro de assumir em editoriais a opção feita, mesmo que a não disfarçassem, mesmo que isso fosse refletido escandalosamente no tom reservado à cobertura de cada um dos candidatos.

Fizemos um estudo criterioso, científico, estatisticamente responsável sobre o comportamento da mídia paranaense nas eleições estaduais. Os resultados todos conhecem, pois os divulgamos amplamente.

Quando falamos em exclusão social e econômica, quando falamos sobre as desigualdades, os desequilíbrios, os privilégios nunca, ou quase nunca, fazemos referência ao monopólio da informação.

Nunca mencionamos o domínio da mídia por determinados interesses e, por conseqüência, o afastamento de suas páginas, de seu vídeo e áudio dos interesses dos dominados, dos apartados, dos segregados, dos discriminados, dos trabalhadores, do povo, enfim.

Que liberdade de imprensa é essa que acolhe sempre a voz dominante, a voz do mercado, dos poderosos? Que liberdade de imprensa é essa que restringe o acesso do povo e de suas manifestações? Que trata e maltrata os trabalhadores, quase sempre com desdém, com o corte da visão de classe senhorial?

Que liberdade de imprensa é essa que, quando critica, quando acusa, mesmo que distorcendo os fatos, concede à parte ofendida, quando muito, uma misericordiosa meia linha, para que ?o outro lado? se manifeste? É o acepipe cinicamente ofertado antes da execução.

Não tenhamos ilusões, não sejamos ingênuos, não esperemos muito da grande mídia. Ela tem um lado, nós é que não aprendemos isso ainda e ficamos insistindo em um diálogo de surdos.

Hoje, apenas seis redes privadas controlam 667 veículos ? emissoras de TV, de rádio e jornais diários ? atingindo 87 por cento dos domicílios, em 98 por cento dos municípios brasileiros.

Há ainda quem ouse dizer que isso não é o monopólio da informação, que isso não é o controle da opinião pública, que isso não é uma verdadeira ditadura do pensamento dominante?

É salutar que finalmente o poder da grande mídia comece a ser colocado em xeque e a sua credibilidade como agente formador da opinião pública seja questionada.

Mas que comunicação queremos?

Queremos uma comunicação de interesse público. Que estimule o debate. Que tenha compromisso com a formação, a educação e a construção da cidadania. Que democratize e produza instrumentos de socialização da informação. Que crie, utilize e valorize espaços de mídia alternativos, como as rádios comunitárias, a Internet, os eventos públicos.

Queremos uma comunicação que resista à hegemonia dos meios de comunicação de massa e crie referências críticas ao que eles veiculam, que não engulam tudo que os jornais nacionais, que as novelas buscam empurrar goela abaixo do povo.

Queremos uma comunicação que busque o envolvimento da sociedade e estimule a sua participação. Queremos uma comunicação de mão dupla, que interaja, que comunique a diversidade de opiniões. Queremos uma comunicação que favoreça a inclusão do maior número de cidadãos no debate político.

Nós queremos, enfim, uma comunicação popular, onde mil flores desabrochem e mil correntes de pensamento rivalizem.

Paranaenses, estes são os meus compromissos. E diante de minha mulher Maristela, dos meus filhos Maurício e Roberta, do Ricardo, renovo-os. Incluam-me em suas orações, peçam a Deus por mim, para que Ele me ilumine e me faça forte, firme e corajoso na defesa dos interesses do nosso povo.

Ao trabalho, que temos mais quatro anos para consolidar as transformações que iniciamos e dizer ao Brasil que o caminho do Paraná é o caminho da libertação, da independência, da altivez, do compromisso com os interesses nacionais e populares.

Afinal temos um lado. O lado da solidariedade, da generosidade. O lado do povo. O lado esquerdo do peito.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 18:14 21/02/2007, de Curitiba, PR


Palmeiras, Serra e LG juntos?
Só para ferrar Operário!
Pode parecer piada ou hipocrisia, mas os mesmos tucanos que vivem defendendo o estado mínimo, privatizando, cortando gastos e piorando os serviços públicos só sabem aumentar impostos.

Desde 1995 quando FHC assumiu houve uma verdadeira derrama moderna neste país. A carga tributária passou de algo em torno de 20% do PIB para quase 35% em dezembro de 2002. Praticamente duplicou, mesmo vendendo "jóias da coroa" em nome da modernidade e da eficiência do Estado.O engraçado é que naquela época não havia toda esta grita por parte da imprensa e dos empresários contra a carga tributária, como há agora.

O tucano Serra, não quer ficar atrás do "príncipe dos sociólogos" e também mete a mão no bolso do cidadão e do consumidor. O IPVA em São Paulo é um dos mais caros do país. Vale lembrar que os tucanos governam este estado há quase 12 anos. O IPTU na cidade de São Paulo também foi aumentado sob o tucanato comandado por Serra.

Agora, Serra decidiu taxar monitores de computador produzidos em Manaus, na Zona Franca, para favorecer a LG que produz monitores em Taubaté.

O legal desta história é que os tucanos em suas campanhas eleitorais dizem defender, entre outras idéias neo-liberais, a redução de impostos e as ZPEs - Zonas de Processamento de Exportações, onde habitualmente não são cobrados impostos e nem respeitados os direitos trabalhistas.

Como é o negócio? Os caras defendem as Zonas Francas, mas taxam os produtos provenientes de Manaus?

A incoerência tucana, contudo, é parcial. É que, bem ou mal, as empresas instaladas na Zona Franca de Manaus, oficialmente aceitam a existência de sindicatos e acabam negociando com eles, mesmo sendo as relações trabalhistas nesta região do país muito atrasadas. Nas ZPEs nem relação atrasada há. É só ferro nos Trabalhadores. É exatamente neste ponto que vemos toda a coerência tucana...

O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté vive organizando greves na LG por conta dos constantes desrespeitos, por parte de transnacional coreana, às leis sindicais e trabalhistas brasileiras.

A LG gosta de ferrar operário, assim como fizeram os tucanos em todos os seus governos. O Palmeiras também ferrou o Operário na noite de quarta-feira, goleando-o por 5x0. Serra é palmeirense e tucano. Logo se a LG, o partido e o time do coração do governador paulista só ferram operário, há de se apoiar a empresa coreana instalada no estado de SP! Quem sabe um dia ela passe a patrocinar o alvi-verde de Parque Antártica ou otras agremiações, diríamos, azul-amarelas?

Fala Sério!!!

O Estado de São Paulo eliminou a redução de ICMS para as fabricantes de monitores de computador instaladas na Zona Franca de Manaus, beneficiando diretamente a coreana LG Electronics, instalada em Taubaté, no interior de São Paulo. A medida da Fazenda paulista que eleva a alíquota de 12% para 18% a partir de 1º de abril e atinge diretamente os interesses das principais concorrentes da LG - Samsung, Gradiente e AOC, instaladas em Manaus.

Além disso o governo paulista, no início deste ano por meio de um decreto cancelou 22 benefícios fiscais e, em seguida, os reestabeleceu por meio de comunicados e portarias estaduais.

Esta prática inconstitucional do governo de São Paulo (retirar benifício e depois reeditar) visava exatamente evitar que uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) promovida pelo Estado do Paraná fosse julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Empresários avisam que estas manobras do governo tucano não evitarão outras Adins.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 09:58 15/02/2007, de Curitiba, PR


Precarização do Trabalho aprovada por deputados. Lula deve vetar
A Câmara dos Deputados aprovou, na tarde desta terça-feira, por 304 votos a 106, a emenda ao projeto de lei da "Super Receita" que impede auditores fiscais do trabalho de apontarem vínculos empregatícios entre patrões e funcionários, quando forem constatadas irregularidades. Segundo o texto aprovado, apenas a Justiça do Trabalho terá competência para determinar se uma pessoa é ou não empregada de outra. Caso entenda que seus direitos não tenham sido honrados, o trabalhador deverá por conta própria recorrer ao poder judiciário contra o empregador.

O deputado Nélson Pellegrino (PT-BA) classificou a aprovação como uma "tragédia" que vai acabar com a fiscalização no Brasil. Segundo ele, a emenda é inconstitucional, pois atenta contra o direito de fiscalização do Estado. A emenda agora segue para apreciação da presidência da República.

A bancada do PT anunciou que pedirá ao presidente Lula que vete o texto. "Conto com isso. Mas, se não acontecer, vou defender que o PT entre com uma ação de inconstitucionalidade na Justiça", disse Pellegrino.

A emenda também inviabiliza fiscalizações do Ministério do Trabalho e Emprego nos casos de trabalho escravo. Com ela, quando uma equipe de fiscais encontrar pessoas sem carteira assinada dentro de uma fazenda, o empregador pode simplesmente dizer que as pessoas dali não têm vínculo com ele. Caberia, então, à Justiça do Trabalho, caso algum empregado entre com uma ação judicial, definir quem tem razão, o empregador ou a equipe de fiscalização. Os auditores estariam impossibilitados de aplicar autos de infração, que hoje são um dos instrumentos mais importantes no combate ao trabalho escravo.

A emenda foi proposta pelo senador Ney Suassuna (PMDB/PB), a pedido de empresas de comunicação que vêm se utilizando cada vez mais do trabalho terceirizado.

Nota desta redação: O presidente Lula deverá vetar a emenda, mas os Trabalhadores, Sindicatos e Centrais Sindicais não podem contar só com a boa vontade de Lula.
É preciso pressionar o governo, inclusive para que o próprio Lula tenha mais argumentos para justificar o veto.
Este tema é muito sério para ficarmos de braços cruzados esperando que tudo se resolverá só porque Lula é o presidente.
Enviada por Almir Américo, às 10:14 14/02/2007, de São Paulo, SP


O novo perfil do operário brasileiro
Revista Exame, do Grupo Abril, encomendou uma pesquisa a Márcio Pochmann sobre o perfil do operário brasileiro.

Marcio Pochmann é professor da Universidade de Campinas e um dos maiores especialistas brasileiros em trabalho e, segundo a revista, levantou que o operário brasileiro hoje estuda mais, ganha melhor e passa mais tempo no emprego.

As mudanças tecnológicas e a reestruturação produtiva levaram a uma maior escolarização dos Trabalhadores. Por outro lado a pesquisa mostra também que em alguns casos a produtividade triplicou.

Isso tudo gera desemprego, mas devido ao viés ideológico da revista este fator é deixado de lado, coisa que Pochmann certamente deve ter descoberto. A revista contudo prefere não falar nisso e carca fumo na competição entre os Trabalhadores dizendo que os coreanos são duas vezes mais produtivos que os brasileiros.

Seguindo em sua batalha ideológica a revista, sem deixar claro quem são, afirma que "Segundo os especialistas, é na direção da Coréia que o Brasil deve seguir: um investimento pesado em educação, especialmente para crianças e jovens, colocaria à disposição das empresas funcionários capazes de sustentar ainda mais seus investimentos em tecnologia e tornar o país mais competitivo".

Que o país deve investir em educação é ponto pacífico e ninguém discorda disso. O que discordamos é que este investimento seja feito somente visando a competitividade e a produtividade, esquecendo-se da cidadania e do ser humano como fator principal e objetivo final de todo e qualquer avanço científico-tecnológico.

Simplesmente não queremos ser "mais um tijolo na parede" como dizia a canção de Pink Floyd de 1979.

Se você quiser conferir a íntegra da matéria Clique Aqui
Enviada por Sérgio Bertoni, às 12:53 13/02/2007, de Curitiba, PR


Petrobrás: lucro recorde de R$ 26 bilhões
A Petrobras, maior empresa brasileira, anunciou hoje que obteve lucro recorde de R$ 25,9 bilhões no ano passado, o que representa alta de 9% em relação a 2005 (R$ 23,7 bilhões).

O lucro do quarto trimestre atingiu R$ 5,2 bilhões, uma queda de 27% em relação ao terceiro trimestre. Segundo a Petrobras, o resultado foi prejudicado pela queda dos preços do petróleo no mercado internacional, que tiveram uma redução média de preços de 14%.

Combustíveis como o diesel e a gasolina, que representam 60% da receita da Petrobras, não sofrem alterações de preço desde o final de 2005.

Os outros 40% dos preços da Petrobras variam de acordo com o mercado externo, caso de produtos como o querosene de aviação, a nafta e o óleo combustível.

Em outras palavras, em governos anteriores toda vez que o preço do petróleo subia lá fora a Petrobrás aumentava o preços dos combustíveis aqui dentro e, mesmo assim, não conseguia lucros tão expressivos. Há 15 meses os preços dos combustíveis não são aumentados pela Petrobrás e ela bate recordes de lucro.

Quais serão as mágicas de antes e de agora? Ora, os tucanos não vendem a imagem de infalíveis e competentes administradores?

Preços no atacado demonstram que há cartel no varejo

É interessante notar que a atual política de preços da Petrobrás desmonta uma velha choradeira do setor varejista de combustíveis que sempre colocava a culpa do aumento de preços nas costas do governo e da empresa estatal.

Os preços dos combustíveis nos postos, no varejo, continuaram subindo nos últimos 15 meses, mesmo sem a Petrobrás ter aumentado o preço nas refinarias, no atacado. Se a culpa dos aumentos sempre foi da Estatal porque o preço na bomba não está congelado há 15 meses?

Antes dizia-se que havia tabelamento de preços, que os postos não tinham liberdade para concorrer entre si e por isso também os preços eram altos. Agora o Estado não controla mais o preço do combustível na bomba... Tudo isso mostra claramente que em muitas cidades do país atuam verdadeiros cartéis no setor de postos de gasolina.

Curitiba, a cidade de "primeiro-mundo" para os incautos, é uma delas. Durante todo o mês de janeiro o preço da gasolina na capital paranaense foi caindo de R$ 2,60 o litro até chegar a R$ 2,05. No sábado, 10.02.07, pela manhã ainda era possível abastecer pagando R$ 2,08 o litro, coisa fácil de provar porque abasteci neste dia. Na tarde do mesmo dia o preço já havia pulado para R$ 2,60 na maioria absoluta dos postos da cidade.

Motivo?

As férias escolares acabaram e os curitibanos voltaram das praias...

É preciso dizer mais?

Ah! sim, certamente é por culpa da Petrobrás que as crianças voltaram às aulas...

Ou seria culpa do Estado que estabelece um número mínimo de dias letivos no ano e acaba forçando todas as crianças a voltarem às aulas na mesma época, prejudicando a livre concorrência capitalista??? he! he! he!
Enviada por Sérgio Bertoni, às 10:20 13/02/2007, de Curitiba, PR


Brasil privatiza a dívida externa
Dados publicados no Valor Economico de 13.02.2007 demonstram aquilo que o povo já sabe: pobre paga dívida e rico é caloteiro.

Nos anos de FHC US$ 80 bilhões da dívida externa era do estado e US$ 20 bi das empresas privadas (em média, óbvio). Hoje as empresas devem US$ 60 bi e o estado US$ 40. Em outras palavras o governo Lula reduziu em 50% a dívida externa e privatizou grande parte. Quem está endividado hoje são so empresários e não o Estado, como sempre foi norma no país.

Além disso devemos recordar que FHC dizia precisar vender as empresas estatais para fazer caixa para equilibrar as contas do Estado e pagar a dívida. Ele privatizou como louco e a dívida externa pública quase dobrou em dois anos, saindo de algo em torno de US$ 50 bi em 1998 para US$ 80 bi em 2000/2001.

Outro dado interessante é que a Argentina de Kirchner tinha em 2002 uma dívida que era 150% do PIB e hoje está em menos de 50%. Os festejados calotes e heterodoxia argentinos parecem não ser tão heterodoxos assim. Os dados indicam que Kirchner tem pago suas contas com mais afinco que Lula, mesmo sendo o PIB argentino muito menor que o brasileiro.

Hoje, o que mata no Brasil não é mais a dívida externa pública, mas a interna alimentada pela Selic e pelos porta-vozes dos rentistas e da banca encastelados no Banco Central.

O artigo de Valor mostra que há um movimento generalizado entre os chamados emergentes para diminuir a dívida externa. Brasil, Argentina, México, China, Coréia do Sul, Indonésia, Filipinas, Nigéria e Rússia, se matam para pagá-la.

No outro lado da distribuição de renda internacional, a dívida norte-americana não para de subir e os neoconservadores não param de gastar dinheiro em armas, em guerras e em propaganda enganosa para vender sua ideologia fascista e ensinar mundo a viver, como se soubessem como se faz a coisa.

O agravante nessa história é que toda a luxuria gringa é mantida em grande parte pela China que é hoje um das maiores credores do regime de Bush. Enquanto milhões de chineses são obrigados a trabalhar por salários miseráveis, o dito governo comunista chinês aplica suas rendas na ciranda financeira internacional e financia as loucuras militares de Bush pelo mundo afora.

Admirável mundo novo... E tem gente que ainda acredita em papai noel...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 09:54 13/02/2007, de Curitiba, PR


Mal foi lançada e a "novidade" já está ultrapassada
Microsoft "Vienna": sucessor do Vista chega em 2009

Que o marketing da Microsoft é poderoso todo mundo sabe. Eles tentam nos vender coisas ultrapassadas tecnologicamente como se novidade fosse.

Agora eles se superaram e confessaram: mal saiu o Vista, e o CEO da Microsoft, Steve Ballmer, anunciou que o próximo Windows, de codinome "Vienna", chegará às prateleiras em 2009.

A falta de foco da equipe de desenvolvimento fez com que muitas características planejadas para a recém-lançada versão do sistema fossem deixados para trás, como por exemplo o sistema de arquivos WinFS, HD DVD nativo e suporte à FireWire-B, reconhecimento avançado de voz e sincronização PC-PC. Algumas outras características que ficaram de lado deverão ser incluídos no primeiro Service Pack do Vista, que terá codinome "Fiji".

Com isso os magnatas da Microsoft assumem que o padrão de desenvolvimento de software da Microsfot está esgotado. Declaram que aquilo que acabaram de entregar ao mercado por um preço absurdo é um produto com data de validade vencida, está bichado. Enfim, gastaram bilhões para fazer propaganda enganosa.

Tudo o que a Microsoft apresentou como novo no rWindows Vista, (Widgets, Busca Simultânea, Desktop 3D, etc) já existem no Linux há anos com outros nomes: SuperKaramba, Beagles e OpenXGL, respectivamente. A grande novidade do Internet Explorer, as abas, estão presentes no Firefox desde suas primeiras versões.

Então, se você foi picado pelo mosquito da propaganda enganosa, lembre-se que a cura está em você mesmo e de graça. Basta baixar qualquer uma das distribuições Linux gratuitamente da internet e migrar para o sistema operacional mais confiável, seguro e estável que não está preocupado em meter a mão no teu bolso e trabalha tranquilamente sem te incomodar.

A decisão é tua

Se você tem dinheiro de sobra para trocar de software e de computador sempre que o Bill Gates quiser ou gosta de viver perigosamente usando programas piratas, continue com os ultrapassados softwares da monopolista norte-americana.

Se você gosta de ser enganado comprando gato por lebre, nada podemos fazer.

Agora se você é daqueles que simpatizam com a idéia do Software livre, mas acham que tudo que é de graça não presta, sugerimos que contribua com o desenvolvimento do Softawre Livre adquirindo CD's (em média R$ 10,00) das várias distribuições Linux.

A Mandriva Linux oferece por R$ 269,00 um pendrive de 2 GB com um sistema operacional completo com a maioria dos aplicativos necessários, tais como suíte de escritório, internet, desktop 3D, reconhecimento automático de hardware que permite você usar seu sistema operacional em qualquer computador no mundo inteiro e ainda salvar tuas mensagens e arquivos produzidos quando está fora de casa ou do escritório. Todas as informações sobre este pendrive estão em www.mandriva.com.br

Uma opção bem mais barata e bastante interessante é a promoção do Guia do Hardware que te oferece por R$ 38,00 (mais frete) o Livro Kurumin 7, Guia Prático + CD do Kurumin 7.0 + kokar 7.0. O livro de 324 páginas é mais que um manual, é um verdadeiro suporte aos usuários Linux e um forte incentivo aos novatos. O CD trás o sistema operacional brasileiro mais popular, completíssimo com vários aplicativos livres e adaptadíssimo ao hardware vendido em nosso país. Já o Kokar é um CD que contém um cache dos arquivos de instalação dos programas instaláveis via Internet, mas que ficam inacessíveis se você tiver um problema com a tua rede local ou com a empresa que te fornece acesso a rede mundial de computadores. Mais informações em www.guiadohardware.net

Lembrando que se você não quiser pagar pelos CD's ou pendrives oferecidos pela várias empresas e ONG's que militam na área do Software Livre, é possível baixar gratuitamente as versões mais recentes de todas as distribuiçães Linux nos sítios dos desenvolvedores e mantenedores ou em sítios como o Superdownloads onde você encontra não as diversas dsitribuições do sistema operacional Linux, mas também aplicativos diversos para suas necessidades.

Segundo o sítio Superdowloads o Kurumin Linux já foi baixado por mais de 590.000 usuários, seguido pelo Mandriva Linux com quase 180.000 downloads e Conectiva 10 com mais de 120.000.

Já a distribuição sul-africana Ubuntu/Kubuntu/Edubuntu, uma das mais populares no mundo além de poder ser baixada da Internet, oferece um serviço de entrega de CD's da última versão LTS na sua casa, em qualquer lugar do mundo, para que você distribua e divulgue o Sistema Operacional para seus amigos. Demora em torno de 2 meses desde o pedido até o recebimento no Brasil, portanto você deve ter paciência. Você não precisa pagar nada por isso, basta acessar o site e solicitar seus CDS.

Software livre uma questão de liberdade de expressão

Não se esqueça que este debate sobre o Software Livre não é apenas um debate técnico entre adolescentes viciados em computadores. É uma discussão sobre a liberdade e a forma como nos comunicamos atualmente e no futuro.

A cada dia que passa aumenta a convergência dos vários meios de comunicação e a cada dia mais e mais pessoas vão sendo iniciadas na arte dese comunicar via internet e outros meios eletrônicos que encurtam distâncias e economizam tempo e dinheiro.

Muita gente notou que, se nos anos 30 e 40 Getúlio encontrou no rádio uma forma de fugir ao bloqueio que lhe foi imposto pelos tradicionais meios de comunicação de então, agora a esquerda tem na Internet o espaço de comunicação e divulgação de idéias que lhe é negado nos atuais meios de comunicação controlados pela elite conservadora.

Porém, a maioria dos computadores usados para acessar a internet estão equipados com programadas da Microsfot. E como estes programas possuem seu código fonte fechado e você não pode estudá-los e entender como funcionam e o que fazem, é muito difícil saber o que realmente estes programas estão fazendo, para quem realmente estão enviando as informações que você produz e divulga via internet.

O contraditório neste história é que a maioria daqueles que se consideram revolucionários, anti-imperialistas, ainda continuam usando as armas produzidas pela empresa de Bill Gates para lutar contra o imperialismo.

É como se um vegetariano comesse soja transgênica da Monsanto porque não come carne. Se comer soja transgência parece ridículo, porque não lhe parece ridículo divulgar informações usando o "transgênico" patenteado pela Microsoft? Sim porque Bill Gates não inventou os sistemas operacionais. Elas já existiam antes dele. O que Bill Gates fez foi mudar algumas linhas dos sistemas que existiam e patentear, fechando o código fonte e adquirindo o direito de cobrar e caro por este achado. Ou seja um "transgênico" da computação.

Seguir usando softwares do monopolista em nossa comunicação tática e estratégica é como entregar o ouro para o bandido e ainda se achar esperto e moderno.

Com materiais publicados por Júlio César Bessa Monqueiro em www.guiadohardware.net
Enviada por Sérgio Bertoni, às 23:20 12/02/2007, de Curitiba, PR


Novo Windows Vista é alvo de hackers russos
Foi publicado recentemente no site Normantranscript.com um artigo dizendo que o Windows Vista, novo sistema operacional da Microsoft, está completamente vulnerável à hackers. Veja parte da matéria, traduzida:

"A propaganda de marketing do novo Microsoft Windows Vista como "a versão do Windows mais segura" não surtiu efeito para parar os hackers com "chapéus brancos ou pretos" (bons ou ruins) de descobrirem novas vulnerabilidades. A não ser simplesmente que você seja um cobaia da Microsoft, é melhor esperar antes de testar o Windows Vista.

Estavam perturbando completamente a Microsoft as recentes revelações que seu próprio programa Live OneCare, desenvolvido especificamente para Vista, é incapaz de bloquear muitos vírus conhecidos. Uma outra versão do anti-vírus da McAfee também não fez o trabalho.

Isto cumpre as predições feitas em 2006 pela empresa de anti-vírus Symantec (desenvolvedora do Norton AntiVirus), isso por causa da falha da Microsoft de fornecer maneiras para os programadores de anti-vírus integrarem inteiramente o seu produtos com o Vista, muitos teriam um bom período para proteger arduamente os usuários do Vista. Eu suponho que inclua a Microsoft também.

Os hackers russos postaram instruções a um fórum que descreve como implementar as ?escalas de privilégios? que poderia contornar algumas medidas de segurança do Vista. Este "hack" poderia escalar ?privilégios? de um usuário normal do Vista num de ?superusuário,? permitindo que mude qualquer coisa que desejasse no sistema."

Para ver o texto na íntegra, em inglês, acesse:
www.normantranscript.com

Postado por Júlio César Bessa Monqueiro em www.guiadohardware.net
Enviada por Sérgio Bertoni, às 22:12 12/02/2007, de Curitibam PR


Rússia: Trabalhadores na Ford entrarão em greve outra vez
Na madrugada de 02 de fevereiro os Trabalhadores da Ford Motors Company, na região metropolitana de São Petersburgo, encerraram um ciclo de assembléias. A última assembléia aconteceu à 01:30h, na rua, perto da fábrica, sob um frio de -15 C (menos quinze graus centígrados), pois a Ford, desrespeitando a legislação sindical e trabalhista russa, se negou a ceder um local coberto para que os Trabalhadores pudessem se reunir.

As questões discutidas na assembléia foram:
1) Introdução de regime de trabalho conforme normatizado pelo Código do Trabalho da Rússia;
2) Declaração de greve a partir de 14 de fevereiro de 2007 em defesa da assinatura do Acordo Coletivo segundo a proposta de redação dos Trabalhadores.

Nas assembléias realizadas durante todo o dia, 1300 Trabalalhadores estiveram presentes, ou seja, 70% dos Trabalhadores na Ford.

Somente 5 Trabalhadores se abstiveram, todos os demais votaram a favor da greve.

Nota desta Redação O conflito entre a Ford e os Trabalhadores teve início no segundo semestre de 2005, quando o sindicato começou a reivinidcar aumento salarial na ordem de 30%. Como é sabido, o menor salário que a Ford paga na unidade da Bahia é equivalente ao maior salário pago na filial de São Petersburgo.

De 2005 para cá a produção da Ford Rússia dobrou, atingindo a produção atual de 72.000 unidades. Já os salários, depois de duas greves realizadas, subiram entre 14,25% e 17,5% dependendo da profissão e da qualificação do Trabalhador.

Enviada por Aleksei Etmanov, às 10:17 12/02/2007, de São Petersburgo, Rússia


PD? Partido da Ditadura ou dos derrotados?
Fisiológicos do PFL perdem de vez o rumo e a identidade

Peefelistas tentam agora disfarçar sua decadência sob artifícios retóricos, rebatizando-se PD - PARTIDO DEMOCRÁTICO.

Na internet já está a maior gozação: tem gente usando "pedê" à moda da França, onde na gíria é assim que chamam os pederastas. Não acho justo que os homossexuais sejam vítimas de comparação com esse maldito entulho fisiológico-autoritário brasileiro.

Melhor sugestão encontrei num blog que rebatizou PD como o Partido da Ditadura ou ainda Partido dos Derrotados.

Muito bom!
Enviada por Almir Américo, às 12:45 11/02/2007, de São Paulo, SP


Crise Aérea? Busca de lucro reduz cobertura aérea do país
Aos poucos a imprensa pró-tucana é obrigaa a se retratar sobre as besteiras ditas no período eleitoral quando prestou um desserviço ao país.

Não convencidos de que em uma democracia o povo tem o livre direito de escolher um candidato que não o preferido da elite e de seus meios de comunicação, jornalistas, colunistas, redatore se editores fizeram de tudo para imputar ao Governo Federal e a Empresa Estatal Infraero, toda a culpa pelos acontecimentos.

Ideológicos e classistas estes serviçais da direita jogaram pesado contra o Estado e defenderam abertamente as emrpesas privadas em detrimento das estatais. Enfim a mesma ladainha de sempre do discurso único néo-liberal que aterroriza o mundo desde meados dos anos 70.

Mas a verdade acaba vindo a tona e a justiça reestabelecida. Por trás de tudo o que verm ocorrendo está um sistema aéreo internacional antiquado criado há várias décadas atrás e a louca corrida pela maximalização de lucro.

No caso brasileiro o segundo fator, a busca das empresas aéreas pelas rotas mais rentáveis, tem um peso fundamental e levou a uma redução da cobertura por tráfego aéreo no país e a uma alta concentração no setor.

De 1999 para cá, mais de 40 aeroportos do país deixaram de ser servidos por vôos regulares. Hoje, dos 138 aeroportos servidos por tráfego aéreo regular, os 15 principais concentram 73% dos vôos, o que ajuda a explicar o caos que se estabelece quando a operação no aeroporto de Congonhas (SP), por exemplo, é interrompida. Esse percentual era de 67% em 1999.

Já a Estatal Infraero continua mantendo todos estes aeroportos preteridos pela iniciativa privada. Se fossem privados, estes aeroportos já estariam fechados e seus funcionários no olho da rua.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 12:38 11/02/2007, de Curitriba, PR


Educadores de Curitiba entram em greve no dia 12
Os servidores se concentrarão em frente à Praça Santos Andrade, na segunda-feira (12/02), ás 8h da manhã. Depois seguirão em passeata até a Prefeitura Municipal de Curitiba

A Assembléia dos educadores que aconteceu na última sexta-feira (02), em frente a Câmara Municipal de Curitiba, decidiu, por unanimidade, paralisar as atividades por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira (12/02). Os educadores resolveram trabalhar durante esta semana para orientar os pais e explicar o motivo da paralisação.

Estarão paralisados os trabalhadores ocupantes do Cargo de Educador, lotados em Centros Municipais de Educação Infantil, Contraturno e Fundação de Ação Social (FAS).

Na segunda-feira (12/02) os servidores se concentrarão na Praça Santos Andrade, às 8h da manhã. Depois seguirão em passeata até a Prefeitura Municipal de Curitiba.

Reivindicações

Piso salarial de R$ 1.194,48;

Isonomia de 15% no crescimento vertical;

Processo de transição da educação para a FAS;

Direito de escolha do banco.

Manifestação dos Servidores Municipais de Curitiba

Dia 12/02 (segunda-feira)
ás 08 horas
Na Praça Santos Andrade

INFORMAÇÕES:
SISMUC - Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba
(41) - 3322.2475 ou (41) ? 8415.2817 com Irene
Enviada por Sismuc, às 14:15 08/02/2007, de Curitiba, PR


Uruguai: Telefônicos contra a privatização
A nota abaixo divulgada pelo Sindicato Único dos Telefônicos do Uruguai, além de chamar a atenção para o poblema por eles vividos com a privatização dos serviços de telefonia, reafirma a debate de que devemos tomar cuidado com os rótulos.

No início do governo de Tabaré Vasquez muita gente no Brasil e no Uruguai perdeu tempo tentando provar quem era mais esquerdista, Lula ou Tabaré. Muitos brasileiros chegaram usar exemplos do governo de Tabaré para justificar seus ataques e críticas ao governo Lula. Enfim, o mesmo jogo de sempre que serve mais aos interesses de nossos inimigos de classe que aos Trabalhadores, coisa que condenamos veementemente.

Não vamos aqui entrar na discussão de quem é mais esquerdista ou não, simplesmente queremos reafirmar que o mais importante é a Luta dos Trabalhadores e a necessidade de se combater planos de governo que vão contra os interesses dos Trabalhadores e de suas organizações. Não importa se o governante se chame Lula, Bachelet, Tabaré, Morales, Chavez, Castro, Calderón, Bush.

Seja quem for o governante, se tiver planos contra os Trabalhadores deve ser combatido com vigor e coragem. Se tiver planos que favorecem os Trabalhadores deve ser apoiado.

Sejamos coerentes com nossos interesses de classe e não com dogmas e crenças, quase que religiosas, estabelecidas décadas ou séculos atrás!!!

SUTEL dá um exemplo claro. O governo de Tabaré foi eleito com o apoio dos Trabalhadores e do movimento sindical uruguaio. Agora tenta fazer algo que vai contra os interesses dos Trabalhadores, estes reagem e lutam.

SUTEL A LA OPINIÓN PUBLICA

Ante la constitución de una S.A. como Centro de Atención Telefónica para la prestación de servicios de Call Center a Empresas Públicas y Privadas:

El Sindicato Unico de Telecomunicaciones ha sido un inquebrantable valuarte en defensa de la EMPRESA PUBLICA por considerarlas brindadoras de servicios esenciales y por significar un factor estratégico para el desarrollo de la economía en la perspectiva del País productivo que deberá ser. Por estas sustanciales definiciones estuvimos siempre promoviendo instancias de consulta a la ciudadanía toda vez que fueron amenazadas por antinacionales decisiones de gobierno. Las nefastas experiencias privatizadoras impulsadas en la región sólo pueden ser imitadas en nuestro País, para decirlo con palabras de ARTIGAS por los ? MALOS EUROPEOS Y PEORES AMERICANOS?.

Las tercerizaciones, o sociedades anónimas aunque constituidas en la órbita estatal, no son otra cosa que PRIVATIZACIONES ENCUBIERTAS, por el único e irrefutable argumento de someter a su principal protagonista que es el trabajador, a un deterioro en sus condiciones laborales, en sus percepciones salariales, en sus derechos. Que ANTEL esté ?obligada? a transitar este camino por la presión financiera a la que se encuentra sometida, es una ?solución? a la que SUTEL NO PUEDE ACEPTAR POR RAZONES DE PRINCIPIOS.

Si bien objetivamente las razones esgrimidas por las autoridades del Ente son reales, lo que es condenatorio y no podemos menos que repudiar con firmeza y decisión es la violación continuada que se ha venido haciendo al MANDATO POPULAR, desconociendo sus decisiones así como la CARTA ORGANICA DE ANTEL. Es aquí donde nacen los problemas de esta Empresa Pública que supo ser orgullo de todos los Orientales cuando en 1999, puso a nuestro País en el primer lugar de América Latina en telecomunicaciones, superando a todas las empresas privadas del continente. Sin duda que estas decisiones son parte de los compromisos leoninos y cipayos asumidos ante los designios filosóficos y comerciales del mundo imperialista.

La lucha por la defensa irrestricta de la Empresa Pública aún no ha terminado. Recuperar lo perdido, fortalecerlas y convertirlas en los grandes instrumentos para el desarrollo del PAIS, es la gran tarea que aún tenemos por delante. SUTEL NO FALLARA. Que lo sepan todos los que atenten contra ANTEL.

Sindicato Unico de Telecomunicaciones

Febrero 7/2007

SUTEL
Sarandí 283 - Telefax: 915-8494 916-6854 916-6855
Complejo SUTEL Miguelete 2332 al 2346 Teléfono: 403.39.47
Correo Electrónico: sutel@adinet.com.uy
Enviada por Isidro Carreño / Sérgio Bertoni, às 11:38 08/02/2007, de Montevideo, Uruguai / Curitiba, PR


Autoliv: relações trabalhistas da era da pedra!!!
Mobilização dos trabalhadores garante o pagamento da 2ª parcela da PLR na Autoliv

Os trabalhadores na Autoliv conseguiram depois de uma greve de seis dias a garantia do pagamento da 2ª parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 2006.

A proposta negociada entre Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté (CUT), Comissão de Fábrica e empresa foi aprovada em assembléia na segunda-feira, dia 05, encerrando de forma vitoriosa a mobilização dos trabalhadores.

De acordo com a proposta aprovada, os trabalhadores que atingiram a meta de absenteísmo (2%) receberão a quantia de R$ 500,00. Os trabalhadores que não atingiram a meta de absenteísmo recebem a quantia de R$ 238,00. A proposta garante o pagamento de todos os dias de greve aos companheiros que aderiram ao movimento. Foi garantido ainda um período de 45 de estabilidade de emprego para todos os trabalhadores.

É importante que os trabalhadores tenham consciência que esta proposta foi resultado da mobilização de todos e por isso foi importante a unidade durante o período de greve.

O Sindicato agradece a participação e a compreensão de todos os trabalhadores na Autoliv, que mais uma vez mostraram para a empresa que são conhecedores de seus direitos e que jamais deixarão de lutar por eles.

Entenda o caso da Autoliv

O impasse que resultou na greve começou no dia 29 de dezembro quando a Autoliv anunciou aos trabalhadores que não faria o pagamento da 2ª parcela da PLR 2006.

A Autoliv alegava que os trabalhadores não atingiram os índices de lucratividade e qualidade nas metas da PLR. Desta forma a empresa afirmou que só os trabalhadores que não tiveram problema com absenteísmo receberiam R$ 68,00 e os que apresentaram absenteísmo teriam que devolver R$ 425,00 para a empresa.

Depois de quatro dias de paralisação, e de uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho em Campinas, houve uma rodada de negociações entre Sindicato, Comissão de Fábrica e empresa na qual foi construída a proposta vitoriosa que foi aprovada pelos trabalhadores, colocando fim à greve.
Enviada por Emerson Pereira, às 11:41 07/02/2007, de Taubaté, SP


Cuidado com rótulos: Equador usa Chile como modelo de reforma administrativa
A direita latino-americana, derrotada nas urnas em vários países, tenda curar sua ressaca eleitoral colocando os governos progressistas, eleitos popular e democraticamente, em conflito uns com os outros.

Na tentativa de minar esta onda de latinidade que toma conta de pelo menos 9 países latinoamericanos, a direita e sua imprensa lacaia vire e mexe endeusa os governantes de uns países e demoniza a outros e vice-versa.

O chato da história é que muita gente boa e honesta, militante de esquerda, dos movimentos sociais, sindical e operário acaba embarcando nessa, na tentativa de rotular os governos latino-americanos segundo uma escala de revolucionarismo, reformismo e entreguismo.

Recentemente, o companheiro João Pedro Stédile, líder do MST, disse em entrevista ao jornal Valor Econômico que "A leitura que a Via Campesina faz é que o resultado no campo institucional gerou três blocos de governos diferentes. Um bloco é o de esquerda, com Cuba, Venezuela, Bolívia e agora, Equador. Há o bloco dos moderados, que adotam políticas ambivalentes: à vezes antineoliberal e antiimperialista e às vezes pró-mercado. É o caso do Brasil: é contra Alca mas é a favor da OMC. Estão nesse grupo também Argentina, Uruguai, Peru. O terceiro grupo é o pró-neoliberal: Chile, o Paraguai e a Colômbia, na América do Sul."

Assim como a Via Campesina, outros movimentos defendem idéias parecidas e acabam colaborando com o jogo do "dividir para governar".

Temos claro que cada qual a seu modo, todos buscam fortalecer a unidade latino-americana. Cada um sabe onde mais os sapatos lhe aperta os calos. Por isso, respeitando a soberania e a dignidade dos povos, sempre alertamos para o perigo de tentar rotular os governos da América Latina segundo modelos e concepções importadas do primeiro mundo e que até serviam como instrumento de análise lá no início do século XX.

A experiência atual mostra que se faz necessário reinventar conceitos e práticas ou até mesmo criar novos de acordo com a realidade dos povos latinoamericanos. É o que parece fazer, por exemplo, Rafael Correa, do Equador.

Classificado como esquerdista ao lado de Chavez, Fidel e Morales, Correa recorreu à experiência argentina para assessorá-lo em sua dívida externa. Agora, o governo do Equador busca a assessoria do Chile para melhorar sua gestão pública.

Uma missão da Chancelaria chilena esteve nos últimos dois dias em Quito para "trocar experiências" quanto à fusão de ministérios e à eliminação de burocracia.

O presidente Rafael Correa definiu que o Estado vai passar por uma reestruturação do sistema de administração pública, a começar pela fusão do Ministério do Comércio Exterior com a Chancelaria equatoriana. Por isso o recurso à assessoria chilena.

Já a assessoria argentina para a dívida acabou se transformando num moderado conselho para negociar, e não para a adoção de medidas drásticas como a moratória, tão festejada em 2001-2002. Os tempos são outros e os conceitos devem se adaptar aos novos tempos.

Portanto, respeitando-se a soberania dos povos, pois como diz a sabedoria poular "cada povo tem o governo que merece", há de se ter muito cuidado com rótulos. Caso contrário, além de ajudar o divisionismo plantado pela direita, podemos cair no ridículo e no descrédito quando um governo de esquerda recorre a conselhos e assessoria de néo-liberais...

Será que realmente muda alguma coisa rotular alguém?
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:17 07/02/2007, de Curitiba, PR


Vencimento de dívida externa cai em 2007 e cairá mais em 2008
Os vencimentos do principal da dívida externa privada e pública neste ano vão chegar ao mais baixo nível desde 1996

Segundo as regras atuais estabelecidas pelos sistema capitalista, o Brasil precisará pagar em 2007 US$ 21 bilhões, ou seja, menos da metade dos US$ 44 bilhões pagos em 2006.

A previsão para 2008 é de nova queda, para US$ 16 bilhões. Desses totais, o governo terá de pagar apenas US$ 4 bilhões em 2007 e US$ 2 bilhões em 2008 de principal.

Além de melhorar a situação financeira do país em termos globais, os dados mostram que governos e empresários não poderão seguir com a ladainha de que não têm dinheiro para investir no país. Qualquer pai ou mãe de família sabe que quando a gente consegue dimimuir nossas dívidas (ou temos que pagar menos por elas) sempre acaba sobrando uma graninha para investir na molecada, né?

Mesmo que questionável a origem e a legitimidade da dívida externa, ela hoje já não é mais um problema para o desenvolvimento do país. Já não há mais a desculpa externa. Se não crescemos é por culpa daqueles brasileiros que jogam contra o país, daqueles que adoram marcar um gol contra.

Só não investirá no país os que apostam no seu atraso, na sua colonização e dependência eterna.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 10:40 07/02/2007, de Curitiba, PR


Ué? Agora os fundos de pensão são superavitários...
É... a chamada grande imprensa brasileira é o que os russos chamam de "chto-to", ou seja, algo fora do comum, quando se trata de respeito à opinião e memória dos leitores/eleitores.

Quem não se lembra o que eles diziam sobre os fundos de pensão durante a crise política (2005-2006) e durante o processo eleitoral de 2006?

Rodrigo Maia, do PFL, sempre tinha dados sobre os prejuízos causados aos Fundos de Pensão e logo ligava-os ao suposto esquema do mensalão, diga-se de passagem, até hoje não provado.

A chamada "Bancada do Orelhudo" (deputados e senadores que fazem lobby para Daniel Dantas, o banqueiro, espião, bisbilhoteiro e amigo de FHC e dos tucanos) sempre imputavam à SECOM (Secretaria de Comunicação) do Governo Federal culpa pelos "enormes prejuízos" causados aos fundos de pensão. A ladainha era diária e bem diversificada. Todos nos lembramos disso.

Pois bem, na edição do Valor Econômico de 07 de fevereiro de 2007 a principal manchete traz na primeira página que os "Grandes fundos de pensão têm superávit de R$ 40 bi".

A maioria dos fundos citados agora como superavitários, no auge da crise política e da disputa eleitoral eram apresentados como deficitários, mal-geridos e "acumulando prejuízos que colocariam em risco a aposentadoria" de muitos Trabalhadores.

"Após quatro anos de ganhos, o superávit atuarial somado dos dez maiores fundos de pensão de previdência complementar fechada já supera os R$ 40 bilhões. O montante retrata o volume de recursos que os fundos têm de sobra em relação aos compromissos que precisam ser pagos no futuro (as aposentadorias)", diz o artigo de Valor Econômico, contrariando as teses publicadas nos últimos anos.

Seguindo na leitura do artigo, é possível ler que os fundos realmente tiveram déficits, mas estes ocorreram na época de FHC, como bem mostra a frase "Nem sempre, porém, os tempos foram de bonança para os fundos de pensão. Num passado relativamente recente, ainda no início da década, muitos sofriam com déficits em função de investimentos malsucedidos e da temporada de baixa pela qual passou a bolsa local."

Para quem não se lembra, FHC governou de janeiro de 1995 a dezembro de 2002, portanto, final da década passada início da atual. Já o governo Lula começou em janeiro de 2003.

Hoje os fundos aproveitam suas sobras para rever políticas que os levaram a ter problemas no passado, sem estardalhaços, sem bajulação ideológica por parte da imprensa, tão típica outrora.

É. companheir@s, por mais que os barões da (des)comunicação e seus lacaios jornalistas tentem enrolar o país com suas mentiras e factóides, eles mesmos acabam enrolados pelas linhas que escrevem...
Enviada por Sérgio Bertoni, às 10:25 07/02/2007, de Curitiba, PR


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